White Room escrita por Kev1n


Capítulo 9
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Esse é o último capítulo da fic, para dar aos personagens um final digno, espero que gostem



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P.O.V. Jake

— Nome completo? — A mulher de cabelos pretos, com um óculos de grau revelando seus olhos castanhos e pele morena pergunta.

— Jake Harrison Parker. — Respondo nervoso.

— Data de Nascimento? — Ela pergunta.

— Por que está me fazendo perguntas que tem no meu currículo, no qual está em suas mãos? — Questiono.

Ela levanta o olhar, abaixa um pouco os óculos e levanta a sobrancelha direita, fazendo carão. Fico envergonhado e respondo.

— 12 de abril de 2017, às 17:43. — Respondo suspirando.

— 16 Anos, signo... — Ela olha para mim. — Áries. — Ela se volta para um computador e digita várias coisas, nas quais eu não sei, mas gostaria de saber. — Você é muito jovem, o que você está querendo conosco?

— Eu gostaria de ter, hã... experiência no mercado de trabalho, vou para uma faculdade próximo ano e gostaria de trabalhar nessa empresa, pelo menos um estágio de meio-período, para poder ter meu próprio dinheiro, pagar minhas contas e poder iniciar minha vida adulta. — Respondo esfregando minhas mãos suadas em minha calça.

— Que faculdade irá cursar? — Ela pergunta debruçando-se na mesa com as mãos juntas em cima de algumas folhas de papel.

— Escrita criativa. — Engulo em seco.

— Em qual área dela você se adapta mais?

— Romances sobre aventuras. — Respondo já me relaxando, não preciso ter medo, é apenas uma entrevista de emprego. — Desde pequeno sempre tive sonhos e pesadelos muito reais e desde que me conheço por gente eu escrevo o que acontece neles, já criei um pequeno conto sobre um deles e entreguei para a minha professora de Literatura, ela por sua vez, enviou ao jornal do colégio, uma semana depois eu fui convidado a escrever semanalmente para ele, foi o meu primeiro trabalho. — Dou uma leve risada.

— Sr. Jake. — Ela se levanta. — Fico feliz em dizer que você está oficialmente dentro de nossa empresa jornalística, ainda iremos definir em qual parte do jornal você conseguirá, mas anseio e lutarei para você ter sua própria coluna. — Ela fala, sorri e estende a mão.

— Obrigado, muito obrigado mesmo. — Me levanto e aperto a mão dela com minhas duas mãos alegremente, eu não vou lhe decepcionar.

— Espero que não. — Ela se inclina para um telefone na ponta de sua mesa, aperta o botão de uma das linhas. — July, venha ao meu escritório e dirija o Sr. Jake até o cubículo 936.

Após algum tempo, uma garota de cabelo loiros presos num rabo de cavalo, olhos verdes e pele branca, levemente bronzeada, aparece.

— Meu nome é July e é um prazer ser sua nova companheiro de trabalho. — Ela se apresenta e apertamos nossas mãos. — Você deu sorte, pegou o cubículo ao lado do meu. — Ela ri levemente e me leva até meu cubículo, que realmente, é do lado do dela.

[…]

P.O.V. Milla

— T… I… G… E… R… S, vão tigers. — Eu e minhas meninas gritamos. O intervalo termina e voltamos para os bancos, o jogo está muito emocionante, estamos perdendo de 38 a 40, resta apenas 15 segundos de jogo, a nossa arma secreta, Freddie, acabou de ser empurrado abruptamente, até o chão, o médico do colégio foi até ele e disse que ele não deve jogar por uma semana, mas ele é o capitão e não irá desistir. O time da casa se junta num pequeno círculo com os braços cruzados entre si.

— Galera, é o seguinte. — Freddie começa e olha para o placar. — Temos 15 segundos e 3 pontos para fazer, precisamos fazer a formação Ômega.

— Freddie... você tem certeza disso? — Duvida um cara alto e forte, no qual não sei o nome. — Fizemos essa formação 4 vezes durante todos os jogos que jogamos.

— E quanto fizemos essa formação, quantas vezes ela deu certo? — Freddie pergunta sarcasticamente.

— 4 vezes. — Os outros respondem em uníssono.

— Então… vamos lá. Vai tigers. — Freddie grita primeiro e logo depois os outros gritam.

Eles correm até a quadra, o apito é soado, a bola é jogada, Freddie consegue empurrar a bola de basquete para trás, o cara grandão, que duvidou da formação Ômega, consegue pegá-la. Os jogadores do nosso time, começam a corre de um lado pro outro, o enorme cara joga a bola para Freddie, todos estão prestando atenção em Freddie, mas se esquecem do resto do time, enquanto 2 estão perto da linha dos 3 pontos com as mãos juntas formando um degrau para alguém usar o pezinho, o cara grandão e outro cara forte, porém baixo, estão protegendo Freddie, enquanto o mesmo está correndo agilmente com a bola nas mãos, a cada vez que a bola quica, alguém do time oposto tenta pegá-la, mas um dos fortões os interrompe se jogando ao lado de Freddie.

Freddie consegue chegar até os dois caras que estavam fazendo pezinho, ele pula, pousa em cima das mãos dos dois garotos, ambos o impulsionam para cima, segurando a bola ele direciona o seu corpo para a frente e com facilidade enterra a bola na cesta, Freddie caí no chão, o placar muda para 41x40, o apito soa, o tempo para em 2 segundos, Freddie está caído no chão em posição fetal, sua perna, está quebrada, todos correm até ele, inclusive eu.

O enfermeiro o coloca numa maca e o leva até o vestiário do time do colégio local, no caso, o nosso, gritos de vitória se espalham pelo ar, socos são dados ao alto e o nome Freddie soa o mais alto possível para que todos ouçam e nunca se esqueçam desse nome.

Todos saem para comemorar a vitória do campeonato numa lanchonete ali próxima, mas Freddie fica na maca, esperando seu pai chegar para lhe levar em casa, faço companhia para ele.

— Então né. — Começo andando em sua direção. — Os tigers ganharam.

— Sim ganhamos. — Ele se ajeita ficando sentado. — Vocês líderes de torcida também nos ajudaram bastante, vocês sempre nos dão motivação para continuar o jogo.

— Que isso. — Coro. — Apenas fazemos o nosso trabalho.

— Um ótimo trabalho aliás. — Ele olha para mim, eu olho para ele, nos encaramos firmemente, sua mão vai até minha cintura, ele me puxa para perto de si e selamos nossos beijos, é quente e muito bom até que sua irmã aparece pigarreando.

— É sério isso? — Ela protesta. — Minha melhor amiga? Fala sério. — Ela fala e dá uma risada de deboche. — Anda, papai chegou.

Ajudo Freddie a se levantar e o levo até o carro de seu pai. Chegando lá, é onde nos despedimos com mais um beijo.

— Te vejo segunda de manhã? — Ele pergunta mordendo o lábio inferior.

— Te vejo segunda de manhã. — Repito afirmando mordendo o lábio inferior e indo para casa com um sorriso no rosto.

[...]

P.O.V. Luke

Mais uma vez minha mãe me levou até meu psiquiatra, que até agora não me ajudou em nada com meus sonhos e pesadelos recorrentes, faz mais de 3 anos que tenho esses presságios e visões, fui levado de psiquiatra a psiquiatra, nenhum deles jamais resolveu esse meu problema, a única coisa que me resta agora é desabafar com eles.

— Me diga, o que você faz nesses sonhos? — O novo psiquiatra pergunta.

— Faço várias coisas, todos os dias são coisas diferentes, mas às vezes os sonhos se repetem ou se completam. — Respondo.

— Pode me dizer um exemplo? — Ele pergunta enquanto anota algo num bloco de notas.

— Estou num caminhão. — Começo. — De repente, eu saio, olho para o céu, está de noite, olho para o meu relógio, são quase 2h da madrugas, sigo um instinto e saio correndo, vejo um garoto um garoto de cabelos castanhos que nunca vi na minha vida, e mais a diante uma casa velha, mas logo ela é destruída por um monstro negro gigante de vários membros, meu instinto diz para eu puxar aquele garoto até o caminhão eu que eu estava, faço isso, chegando no automóvel, eu começo a lhe dizer coisas estranhas, sobre viajar no tempo e espaço, ele fecha os olhos e cria um portal, sinto algo vindo de cima do caminhão, destruindo seu teto, uma garra, empurro o garoto para dentro do portal que ele criou, a garra me divide em dois pedaços e eu acordo, suando, assustado. Esse é um dos sonhos mais frequentes que eu tenho.

— Luke. — Ele fala e dá uma pausa, escrevendo algo em seu bloquinho. — Eu sinceramente não sei o que é isso ou que significa. — Ele anota algo em um pequeno papel amarelo. — Entregue isso para a secretaria lá fora e pegue o seu dinheiro de volta, e me desculpe mais uma vez. Ah, e quando sair, mande o próximo entrar, obrigado e tchau.

Saio da sala, vou até a secretaria e entrego o pequeno bilhete amarelo para ela, a mesma o olha, lê e vira para trás e procurando o dinheiro para me devolver, olho para a Marjorie, estamos a tanto tempo nesse escritório psiquiátrico que nos tornamos amigos apesar de tudo.

— Ele pediu para você entrar. — Falo para Marjorie, ela me dá um meio sorriso, se levanta e entra na sala, a secretaria devolve o dinheiro, ligo para a minha mãe e ela vem me buscar.

[...]

P.O.V. Adam

Ainda não consigo acreditar que vou para minha primeira festa numa faculdade, nos filmes e séries que vi, festas assim sempre tem bebidas, drogas, jogos alcoólicos, sacanagens e muito sexo no final da noite, a parte do sexo não me interessa muito, mas a parte das bebidas e das sacanagens, aí já é outra história. Finalmente sou independente, não preciso mais dos meus pais me prendendo e dizendo quem sou e o que sou, posso finalmente ser quem sou, porque agora livre estou.

No convite dizia que a festa começava as 20h, mas se tem uma coisa que meu irmão mais velho me ensinou foi sempre chegar numa festa 1h e meia depois. 21:30 estou saindo do meu dormitório, me dirijo a casa SigmaPiÔmega.

A festa já invadiu o jardim da frente, entro na casa tão animada, barulhenta e colorida, assim que chego uma garota vem em mim e me beija, ela se afasta, pisca o olho direito para mim e olha de relance para um cara, ela vai para outro cômodo e o cara para o qual ela olhou chega perto de mim e me beija, ele se afasta e parece estar hipnotizado.

— O que você está fazendo? Um jogo comigo garoto? — Pergunto.

— Não é que... eu e minha prima fizemos uma aposta de quem pega mais pessoas hoje à noite, e ela tá ganhando. — Ele responde envergonhado.

— Tá. — Falo balançando o corpo. — E quem vencer a aposta, o que ganha?

— 100 dólares do perdedor. — Ele responde e olha para o lado.

— Isso é sério? — Rio de deboche, ele vai andando, mas eu o interrompo. — Espera... eu te ajudo. — Seus olhos brilham e ele sorri para mim.

— Sério? — Ele duvida.

— Claro que sim, conheço todo mundo nesse lugar e sei dos podres de cada um dele, posso usar aquela famosa chantagem para conseguir pelo menos um beijo deles. — Falo me vangloriando.

Ele aceita minha ajuda, começamos pela piscina, só lá o garoto conseguiu ficar com 9 pessoas, voltamos para a casa e fomos para a cozinha, mais 4 bocas beijadas, e a noite foi assim, beijos e diversão até que a festa é parada pela polícia que começa a prender garotos menores de idade por usarem drogas, o garoto e sua prima me puxam para junto deles e fugimos, pulamos a cerca do quintal dos fundos, chegamos na rua de trás e corremos até chegar na casa do garoto.

— Iaí. — A garota fala cansada. — Com quantas pessoas você ficou?

O garoto demora alguns segundos para fazer todas as contas, aproveito esse tempo para recuperar o fôlego.

— 43. — Ele responde.

— Só? Pff. — Ela bufa. — Fiquei com 67 pessoas, passa o dinheiro pra mamãezona. — Ela estende a mão e ele tira 100 dólares de sua carteira e entrega para a moça. — Obrigada, agora se me dão licença, eu tenho outra festa para ir, porque ninguém para Melanie Morgan. — A garota de nome Melanie entra no carro que estava estacionado perto de nós e sai pela rua, deixando a mim e ao garoto sozinhos.

— Pois é. — Começo. — Acho que eu vou embora. — Falo e aponto para a rua que leva até o dormitório da faculdade.

— Espera. — Ele me interrompe. — São quase 2h da madrugada, está tarde, a casa dos meus pais tem um quarto de hóspedes vazio, você pode dormir essa noite e voltar para a faculdade quando amanhecer.

— Certeza? — Questiono. — Tipo, nem te conheço, nem você me conhece, quem dirá que você não vá roubar meus rins e vender no mercado negro, ou quiçá eu mesmo não faça isso? — Ele dá uma risada de leve.

— Eu sei quem você é Adam, você é o Nerd do curso de Biomedicina, e mesmo que você saiba tirar os rins de uma pessoa, não faria isso. — Ele fala e sorri.

— Tem razão, eu não faria. — Falo e entro na casa.

O garoto me leva até o quarto de hóspedes subindo a escada, ele destranca a porta do quarto e ao adentrar, percebo que o lugar é enorme.

— Uau. — Falo boquiaberto. — Esse lugar é enorme. — Digo rodando no mesmo lugar, sem querer, tropeço no meu próprio pé e caio em cima do garoto, derrubando-nos no chão.

— Oi. — Ele fala e ri.

— Oi. — Respondo e rio, nos entreolhamos por alguns segundos, nossos rostos estão se aproximando cada vez mais um do outro, logo nossos lábios se encontram num beijo quente e demorado, suas mãos sobem da minha cintura até meus ombros tirando minha blusa, nosso beijo começa a esquentar mais, nos levantamos, vamos até a cama do quarto de hóspedes, ele retira sua blusa, nos beijamos cada vez mais intensamente, ele vai retirando o cinto de sua calça.

— Espera. — Interrompo tudo. — Eu nem sei o seu nome.

— Meu nome. — Ele responde enquanto me beija. — É Marcus. Ele tira sua calça.

— Espera. — Interrompo mais uma vez. — Eu... hã, acho que não estou pronto para isso, ainda. — Ele para, fica sentado na cama e dá um leve riso.

— Tudo bem, eu posso esperar. — Ele se inclina para perto de mim e me beija, colocando suas mãos em meu pescoço. — Então vamos dormir, essa festa me deixou muito cansado.

Aceno afirmativamente com a cabeça, ele se deita ao meu lado, nos cobrimos e dormimos abraçados.

[...]


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da fic como eu gostei, trabalhei muito nessa fic, foi um desafio para mim mesmo terminar ela, pois todas as outras que eu tinha feito eu desisti, fico feliz por vocês estarem aqui comigo e terem me incentivado a cada comentário, a cada dia, e não se preocupem, terão mais fics minhas, abraços, beijos quentes e até a próxima



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