White Room escrita por Kev1n


Capítulo 7
Poder Supremo


Notas iniciais do capítulo

Eu só queria dizer que a fic está chegando ao fim, mas fiquem tranquilos, vai dar tudo certo



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July anda até Freddie, se ajoelha perto dele e o abraça, ele começa a chorar e a soluçar.

— A gente estava pensando. — Ele balbucia com lágrima rolando por suas bochechas. — Que quando isso estivesse acabado, poderíamos viajar para lugares distantes, Groelândia, Londres, França, Brasil... Até mesmo Japão. Mas agora. — Ele dá uma fungada brusca. — Não podemos.

— Eu sei que... parece ser egoísta de minha parte. — July começa a falar enquanto passa sua mão pela cabeça de Freddie. — Mas se você chorar, não vai trazer ela de volta e nem poderá vingar sua morte. — Freddie para de chorar do nada, se recompõe e levanta, July se levanta também, ainda com a mão em sua cabeça.

— E o que eu posso fazer para vingar a morte de Milla? — Freddie pergunta com um tom possesso.

— Você poderia... sei lá, destruir todo esse lugar após destruir a CPA. — July retruca e tira sua mão da cabeça do garoto.

— Tem razão, eu vou destruir tudo aqui. — Freddie responde, determinado.

July e Freddie voltam ao nosso pequeno grupo e com todos reunidos começamos a andar pelo corredor. Passamos por várias salas, por várias divisões, mas sempre continuamos em frente. Até que o corredor treme, uma parede surgi atrás de nós e nos deixa presos num pequeno espaço retangular.

As luzes daquele lugar se apagam e à nossa frente um feixe laser vem vindo em nossa direção.

— Cuidado. — Avisa Nicole se abaixando para se esquivar do laser. Freddie se derruba no chão, Marjorie se deita e July me empurra junto com ela e consigo ver parte de seu cabelo sendo cortado pelo laser, Mike não consegue ser tão ágil e tem sua cabeça cortada pelo laser e a mesma, decepada, começa a soltar laser pelos olhos, Nicole dá um grito e explode os olhos de Mike fazendo os lasers pararem.

Nos levantamos a ponto de vir outro laser que se dividiu em três, todos pulamos para frente de maneira vertical e conseguimos passar pelos espaços entre os lasers. Estamos todos preparados para o próximo laser, mas quando ele aparece, o mesmo se divide em dois, depois quatro, depois oito até cobrir toda a sala com lasers.

— Fodeu. — Falo baixo.

— Não fodeu nada. — July retruca e fica parada em frente à parede de lasers, e ela consegue fazer a parede de lasers parar, vejo seus olhos ficarem penetrantes naquelas luzes, sem nem piscar e com essa demonstração de seu poder as duas paredes, esquerda e direita, explodem mostrando dispositivos elétricos e ao lado deles um buraco que mostrava um novo caminho e adiante um novo grupo, composto por Adam, o general e mais 3 pessoas que nunca vimos.

— Que bom que encontramos vocês. — O general berra e nos chama para perto. — Achávamos que todos estavam mortos, mas vejo que se vocês sobreviveram, talvez os outros tenham uma mísera parcela de sobreviverem também.

Percebo que dois dos três nos quais eu não sei o nome, e Adam juntamente com o general, estão armados, então percebo que nesse grupinho só há uma pessoa com um poder agressivo. Começamos a caminhar pelo corredor. Vou até July e puxo conversa.

— Naquela hora. — Começo. — Que Freddie estava acabado e chorando, você fez algo com ele, como se estivesse controlando-o. O que você fez?

— Meu verdadeiro poder, eu consigo controlar a mente das pessoas soltando pequenas descargas elétricas pelos meus dedos. — July explica. — Controlo seus hormônios ou aprimoro uma área na qual o cérebro controla, apenas aumentei a adrenalina no corpo de Freddie e incentivei a área das emoções que faz a raiva e o ódio acontecerem, e Boo-Yah, esquentadinho esquentadinho.

— Gostei desse jogo de palavras. — Dou uma risada. — Você conhece eles? — Aponto para as três pessoas que não conheço.

— Aquela é Kitty. — Ela aponta para a garota com cabelos ruivos e olhos verdes. — Aquele é Khael. — Ela aponta para o garoto de cabelos curtos castanhos e olhos escuros. E aquele... bom, é o Marcus. — Ela aponta para o garoto com cabelos pretos e algumas sardas no rosto. — Ele é o único, além do Adam, que possui poderes.

— E qual o poder dele? — Pergunto.

— Ele consegue virar uma pessoa do avesso, e o seu verdadeiro poder e contorcer lugares.

— Como assim contorcer lugares? — Pergunto, impressionado.

— É como um buraco negro, ele cria uma fenda e consegue atravessar até o lugar desejado, é tipo ele ir daqui até o Japão ou até a Lua ou até outra galáxia. — Ela me explica com brilho nos olhos. — Ele é um dos nossos mutantes mais poderosos.

— Uou, ele realmente merece esse título. — Falo pasmo.

Andamos até vermos um guarda, ele se assusta e atira, raspando o rosto de Marcus, ele olha penetrante para o guarda e o mesmo é virado do avesso e morto.

— Achei que não tivesse ninguém aqui. — Kitty fala.

— Talvez a CPA tenha nos afastado e conseguimos chegar muito mais perto do que ela pensou que chegaríamos. — Marjorie retruca.

— Não podemos matar todos que aparecem aqui, eles não têm culpa, apenas estão seguindo ordens. — Adam fala.

— Não, eles estão fazendo isso porque querem. — Retruco.

— Como você sabe? — Adam pergunta.

— Porque eu lembro perfeitamente deles me torturando para eu mostrar e aperfeiçoar meus poderes, eles não tinham ninguém os comandando, apenas agiam sem controle algum. — Respondo de cara fechada.

Percebo o semblante triste de Adam, talvez ele só quisesse que isso tudo acabasse sem que houvesse mortes desnecessárias. Voltamos a andar, chegamos numa parte em que há cientistas e outros guardas. Marcus fecha os olhos e fazem todos eles desaparecerem.

— O que você fez? — O general pergunta.

— Levei eles para Orlando. — Marcus responde e dá um leve sorriso para Adam, que retribui logo em seguida.

Viramos o corredor e vamos em direção aonde os cientistas e os guardas estavam, quando de repente a sala treme e mais uma vez a CPA nos divide, mas dessa vez ela separa Freddie dos outros, deixando-o totalmente sozinho, a única coisa que nos separa dele são 4 paredes de vidros, buracos começam a aparecer no chão e no teto e uma fumaça verde surge desses buracos.

— Não respire esse gás, Freddie, não respire. — Marcus ordena e Freddie o obedece.

Depois de um tempo prendendo a respiração, Freddie começa a bater incessante no vidro e gritando por Milla, até que Freddie e o a parede de vidro se tornam um só, as quatro paredes de vidro racham e se partem em pequenos pedaços. Os cacos começam a se movimentar até um único ponto e se tornam maleáveis, formando uma silhueta humana, até se mostrar Freddie.

— O que foi isso? — Marcus pergunta abismado.

— Acho que foi, o meu verdadeiro poder. — Freddie retruca ainda processando o que aconteceu.

— Se transformar em vidro? — Adam pergunta.

— Não, se misturar com o meio. — Marjorie retruca. — Isso é muito bom, você pode se misturar com as paredes da CPA e descobrir onde ela realmente está escondida.

— Tem razão, eu posso e farei. — Freddie fala e logo após coloca suas mãos em uma parede próxima, a mesma começa a ondular onde seus membros estão tocando e ele vai sendo engolido por ela até que some totalmente. Passado algum tempo, Freddie retorna. — Achei, me sigam.

Seguimos Freddie por vários corredores, o prédio treme e muda de direção várias vezes, mas Freddie continua andando como se ele mesmo tivesse um mapa em sua cabeça e soubesse por onde ir, mesmo que os corredores mudassem.

— Estamos perto venham por aqui. — Viramos um corredor e começamos a ouvir barulhos de engrenagens rangendo e batendo no chão.

— Que barulho é esse? — Kitty pergunta.

— Eu não sei, só sei que não são máquinas, não consigo sentir elas. — July retruca.

O barulho vai aumentando, cada vez mais e mais, até que ele aparece, um ser que não é máquina, mas tem partes metálicas, Marcus tenta virá-lo pelo avesso, mas parece não surtir efeito, Nicole dá um grito, numa tentativa falha de atordoa-lo, é como se ele... tivesse um escudo que impedisse poderes de atingirem ele, isso explica porque July também não sentiu que era uma máquina.

— Adam, Kitty e Khael. — O general grita. — Preparem suas armas, no meu comando... 3... 2... 1... Fogo. — Balas voam por entre o corredor e atingem a máquina, mas ela ricocheteia as balas nas paredes.

A máquina começa a correr em nossa direção, mas Adam, Kitty, Khael e o general não param de atirar. Eu e os outros começamos a usar nossos poderes, mas nada surte efeito na máquina. Ela consegue nos alcançar e nos lança pelos lados, ela pega Adam e começa a esmaga-lo com a mão.

— Solta ele. — Marcus grita e pula no braço da fera começando a bater nas partes metálicas, até que sua mão se desprende do braço, caindo no chão.

— Eu vi. — Adam fala tossindo. — Tem um troço, brilhando vermelho dentro da máquina, onde seria o coração, talvez seja o que impede nossos poderes de atingirem-na. Alguém de nós tem que tentar destruir.

— Deixa comigo. — Freddie se voluntaria e pula na máquina, começando a socar seu peito, onde era a mão destruída da máquina estava crescendo uma nova mão com dedos afiados.

— Freddie, cuidado. — Grito.

O dedo indicador da máquina atravessa o peito de Freddie e o joga pela parede, ele se levanta, ergue um mecanismo de cor vermelha e o joga no chão, quebrando-o. July usa seus poderes e faz a máquina se autodestruir com sua própria mão. Vejo Freddie caído no chão e corro até ele.

—Freddie, calma. — Repito mais para mim mesmo do que para ele, colocando minhas mãos sobre o ferimento em seu peito, ele não faz nada, apenas aponta para um lugar no corredor. — O que tem ali? O que isso quer dizer? — Ele abre sua mão e solta fogo por ela, e ao encostar na parede ele cria o contorno de uma porta. O general vai até lá e bate com seu pé, a porta se abre dando espaço a um grande salão com vários computadores, fios, tubos gigantes com líquidos e uma máquina. Volto minha atenção para Freddie, mas o mesmo já não está mais vivo, fecho seus olhos e me levanto, deixando-o no chão. — Adeus Freddie.

Todos entramos na sala.

— Olá, Jake, July, Marjorie, Nicole, Marcus, Kitty, Adam, Khael e Finny, estive esperando vocês durante muito tempo.

— O seu nome é Finny? — Khael fala e dá uma risada, logo depois o general, de nome Finny, lhe dá um tapa.


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Notas finais do capítulo

Acho que vou mudar meu nome para George R. R. Martin Jr.



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