White Room escrita por Kev1n


Capítulo 6
Pelo Bem da Missão


Notas iniciais do capítulo

Só queria dizer que o fim se aproxima, to falando do fim da fic, mas aproveitem, ainda acontecerá muita coisa, espero que gostem.



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Tomo banho, visto uma blusa com cores verde escuro e preto, como se fossem roupas militares, uma calça com um tecido bem forte de cor preta com enormes bolsos, uma luva de couro e botas pretas pesadas. Algo me diz que devo levar o óculos comigo, coloco-o no meu bolso e sigo o pessoal até os caminhões, os mesmo veículos que me buscaram quando eu estava naquele quarto branco.

— Vamos destruir a CPA assim de dia? — Pergunto.

— Claro que não, iria chamar muita atenção. — Freddie começa. — E é por essa razão que Adam está aqui. — Ele aponta para um garoto de cabelos grisalhos, pele pálida, olhos roxos e estatura média.

O garoto estrala as duas mãos num movimento simples e logo depois o pescoço, ele levanta as mãos para o alto. De repente, seus olhos roxos ficam totalmente brancos, seu cabelo muda de cor para um azul marinho e o tempo fica noturno.

— Agora sim podemos ir. — Diz Freddie logo depois de dar um tapinha nas minhas costas.

Eu, Freddie, July e um outro pessoal entramos em um caminhão e nos sentamos nos bancos que tem em seu interior, pelas pequenas janelas do caminhão consigo ver outros grupos entrando nos vários veículos. Dirigimos por horas e horas, talvez essa instalação seja a centenas de km de alguma cidade e por essa razão demoramos tanto para chegar ao nosso destino.

Quando enfim chegamos à cidade, ela está totalmente deserta, como se ela fosse inabitada ou como se todos seus habitantes estivessem dormindo, sinto que Luke está de algum jeito interferindo nisso. Os caminhões param e todos saem, procuro Luke e não o encontro. Vejo Milla e vou até ela.

— Ei Milla, viu o Luke?

— Sim, ele está dentro do caminhão controlando os sonhos dos habitantes aqui da cidade. — Ela fala gesticulando e eu achei isso adorável.

— Sabia que ele estava envolvido nessa desertificação de certa forma, mas achei que ele só poderia controlar pesadelos. — Falo meio confuso.

— No começo ele só controlava pesadelos. — July aparece e começa a dizer. — Entretanto, agora ele controla sonhos, tem visões e pode criar projeções virtuais nas mentes das pessoas.

— Uou, que legal. — Fico me questionando se ele teve alguma coisa a ver com o sonho que eu tive noite passada.

— O.K. pessoal, chega de conversa. — Um cara grande e forte com características de um militar condecorado começa a falar. — Nossa missão é clara e simples, nos infiltrarmos na CPA e destruí-la, e lembrem-se, atirem para matar, vocês são agentes treinados e a grande maioria daqui com poderes especiais e eles são réis seres-humanos normais com algumas invenções medíocre.

— Tá, mas... cadê a CPA? — Uma voz feminina pergunta.

Marjorie anda pela multidão até estar do lado do militar.

— Marjorie nos guiará até a CPA, vamos! — Ele exclama.

Marjorie começa a andar, guiando a enorme multidão, até que ela para em frente à uma casa, aparentemente normal. O grandão anda até a porta e a chuta, ela se abre e dá acesso a um elevador no meio de uma sala de estar.

— É o seguinte, vamos em grupos de 5 pessoas descer por esse elevador, nada de empurrar, nem brigar, nem nada que comprometa nossa missão. — Ele termina de falar, logo após entrando no elevador, juntamente com Marjorie, July, Adam e um outro cara. Esperamos o elevador descer e voltar ao nosso andar, para então outras 5 pessoas nas quais eu não conheço entrarem nele, o ciclo se repete até todos os grupos descerem até a CPA.

Depois de um logo tempo estamos todos dentro da grande instalação, andamos por entre o corredor que está a nossa frente, de repente o prédio treme, o corredor muda de posição, girando, se partindo, girando de novo e se partindo mais uma vez. Todos ficamos divididos e sem nenhum tipo de comunicação.

— O que aconteceu? — Pergunto confuso olhando para o teto e para os lados sem perceber com quem estou.

— Foi a CPA, ela fez isso conosco, ela sabe que estamos aqui. — Marjorie fala atrás de mim de um jeito bastante sombrio.

— O que como assim? — Milla pergunta surpresa.

— A CPA não é só uma máquina. — July retruca. — No começo ela pode ter sido apenas uma máquina, mas agora a CPA é toda essa instalação.

— Espera, está me dizendo que ela tem, vida? — Adam pergunta confuso.

— Sim, ela tem. — Marjorie responde. — Mas isso não importa, temos que continuar nossa missão, não importa o que aconteça.

Começamos a andar. Passamos por grandes salas com vidros ainda maiores e vemos o que os cientistas de lá estavam criando, na primeira sala há corpos de híbridos entre animais e humanos mortos, na segunda sala há como se fosse um pequeno tornado controlado, como se eles estivessem tentando controlar o clima, na terceira sala há insetos em comportamos estranhos, como voando parados, formando palavras, de repente eles começam a se juntar todos no mesmo lugar, e formam um grande inseto que eu nunca vi, metade aranha, metade barata e metade formiga, o enorme híbrido de insetos destrói o vidro e começa a nos atacar.

Ele empurra Milla e a mim contra uma parede qualquer e vai para cima de Marjorie querendo devorá-la. Ela corre até chegar em frente a sala com um pequeno tornado e com uma grande força de concentração ela consegue fazer o tornado sair do controle, quebrando o vidro e fazendo o enorme inseto se dividir em dois e depois em quatro. Marjorie, July e Adam são atacados por insetos e não consegue reagir.

Me levanto e ajudo Milla e se levantar.

— Vamos acabar com esses insetos filhos da puta. — Ela fala com sangue nos olhos e rangendo os dentes de raiva.

Começos a correr em direção aos insetos.

— Jake, me joga no ar. — Ela me ordena gritando, faço o que ela pede e a jogo no ar com meus poderes. Quase tocando o teto ela assopra nitrogênio líquido e faz com que os insetos congelem, eles caem duros no chão e se partem, mas não adiantou, agora são 8 insetos híbridos de médio porte.

— Não adiantou de nada, o que vamos fazer. — Milla fala enquanto é atacada por pequenas baratas. — E agora, o que podemos fazer? — Consigo sentir um tremor vindo de uma das paredes, tento procurar de onde está vindo, mas não consigo encontrar.

— O óculos Jake, usa o óculos. — Marjorie grita pra mim e afasta os insetos da cara dela de uma maneira quase ineficaz, pois os insetos voltaram a atacá-la.

“Como ela sabe do óculos? ” Penso para mim mesmo. Sigo sua indicação, pego o óculos e o coloco em meu rosto. Ele muda a forma como eu vejo as coisas de maneira que agora consigo ver de qual parede está vindo o tremor, devido as vibrações que o óculos consegue ver. Me concentro na parede e ela se quebra. Freddie juntamente com um casal aparecem.

— Freddie? — Pergunto confuso. — Deixa pra lá, ajudem a gente.

A garota grita e os insetos para de nos atacar, como se eles estivessem hipnotizados, Freddie tira as luvas e faz um movimento de empurrão e chamas começam a sair de suas mãos queimando os insetos. Achamos que estava tudo bem até que um monstro feito de gosma aparece do buraco que eu criei na parede. Ele pega a garota que estava gritando e a prende no teto tapando sua boca, Freddie si vira para o monstro e lança chamas nele, mas nada acontece, a enorme gosma viva prende as mãos de Freddie na parede, o garoto que veio junto com Freddie lança raios lasers pelos olhos, mas assim como as chamas de Freddie, não fazem efeito nenhum nele, Milla começa a assoprar nitrogênio líquido nele, isso o deixa mais lento. O monstro lança gosma nos dois prendendo-os no chão.

Tenho a ideia de não deixa-lo andar prendendo suas pernas no chão, enquanto faço isso July e Marjorie saem correndo e libertam os outros que estavam presos. O monstro facilmente se solta de sua prisão e me lança ao ar com um soco.

— Como se destrói uma gosma? — A garota que veio junto com Freddie pergunta.

— Só há um jeito, queimando-a a uma temperatura muito alta e logo depois congelando-a numa temperatura muito baixa, ela não vai conseguir aguentar o choque térmico e irá se petrificar. — Milla fala.

— Mas Milla, temos duas pessoas que esquentam, mas você é só uma, não vai conseguir diminui a temperatura tão abaixo assim… a não ser que... não Milla, você não pode. — Freddie retruca gritando levemente no final.

— É pelo bem da missão Freddie, eu tenho que fazer isso. — Milla fala enquanto se aproxima de Freddie e lhe dá um beijo singelo. — Preparem-se, Jake, corre daí.

Após tentar mais uma vez de maneira falha prender a enorme amoeba, corro até o pessoal e fico lá. O garoto e Freddie lançam fogo no monstro, ele começa a absorver e sua cor começa a mudar para um vermelho alaranjado. Milla se aproxima da enorme gosma, com o rosto coberto de lágrimas, ela diz sua última frase.

— Adeus Freddie, eu sempre vou te amar. — Milla coloca seus braços abertos na horizontal, fecha suas mãos em punho, Freddie e o garoto param de lançar fogo no monstro, e num movimento subido de puxar os braços para si, Milla fica totalmente seca, as paredes murcham, as lâmpadas acima deles explodem e o monstro se transforma em pedra e logo depois se parte em pedaços.

Freddie corre até o corpo caído de Milla, coloca suas mãos embaixo da cabeça dela e consegue ver, mais uma última vez, o olhar doce e vívido dela, antes que seu corpo se transforme em pó. Freddie desaba em lágrimas.

— O que aconteceu ali? — Pergunto baixinho.

— Esse era o verdadeiro poder de Milla. — July responde. — Diminuir o oxigênio ou retirá-lo totalmente, e sem oxigênio a temperatura fica tão baixa que é quase impossível haver vida, quando Milla fez aquele gesto com as mãos, ela puxou totalmente o oxigênio daquele pequeno espaço, ela conseguiu destruir o monstro, mas teve que se destruir para isso.

— Chega a ser poético. — O garoto que lança raios lasers pelos olhos retruca.

— Cala a boca Mike. — Diz a garota.

— Desculpa Nicole. — Responde Mike cabisbaixo.


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Notas finais do capítulo

Eu fiquei bem triste quando eu tive que escrever a morte de Milla, mas, foi pelo bem da história, minha revisora tbm ficou bem bolada, e desde já eu quero falar que não me responsabilizo pelos meus atos



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