Nunca brinque com magia! escrita por Lyana Lysander


Capítulo 10
O início do fim, ou o início de um novo começo!


Notas iniciais do capítulo

Só posso me desculpar pela demora! >.<
Obrigada a todos que comentaram!



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O mundo mudou...

Posso senti-lo na água...

Posso senti-lo na terra...

Posso senti-lo no ar...

Muito do que já existiu se perdeu...

Pois não há ninguém vivo que se lembre!

Tudo começou com a forja dos Grandes Anéis:

* Três foram dados aos Elfos imortais, os mais sábios e belos de todos os seres.

*Sete aos Senhores-Anões, grandes mineradores e artífices dos saguões das montanhas.

*E nove, nove anéis foram presenteados à raca do Homens, que acima de tudo, desejava poder!

Esses anéis tinham a força e o poder para governar cada raça. 

Mas eles foram enganados... Pois outro anel foi feito.

Na terra de Mordor, nas chamas da Montanha da Perdição, Sauron, o Senhor do Escuro, forjou em segredo um Anel-Mestre para controlar todos os outros. Sua malicia e maldade, e sua vontade de dominar todas as formas de vida. Um anel para todos governar.

Uma por uma, as Terras Livres da Terra Média, submeteram-se ao poder do Anel.

E nas encostas da Montanha da Perdição, lutaram pela liberdade da Terra Média.

A vitória estava próxima.

Mas o poder do anel não podia ser desfeito.

A história se tornou lenda. A lenda se tornou mito.

 

Acordei suada em minha cama, um medo profundo se apoderando de mim, e as ultimas palavras daquela voz poderosa e melodiosa ainda ecoavam em meu ser. "A história se tornou lenda. A lenda se tornou mito."

Observei com meu olhar o quarto iluminado apenas pela lua, e me dei conta das lágrimas que corriam por meu rosto, o que era aquilo, eu sabia que era importante, a voz parecia ainda assombrar-me, e mesmo assim eu mal conseguia me lembrar de tudo que esta dissera.

Eu estava angustiada, me senti até um pouco sufocada. Sabia que não conseguiria mais dormir aquela noite, mesmo aquele tendo sido um dia tão longo. Então, limpei meu rosto ainda molhado e decidi me trocar para caminhar. Sim, uma caminhada com toda certeza limparia minha mente. Assim levantei-me da cama e coloquei um vestido simples, e por fim sai do quarto sentido a brisa da noite.

Caminhei pelos corredores daquele belo lugar, e encontrei alguns elfos em meus caminho, todos me prestavam uma pequena reverencia, e eu assim os respondia, mas parecia haver um acordo mudo entre nós de não nos aproximarmos mais que isso. Como se todos pudessem entender de que eu precisava de um momento só pra mim.

A brisa noturna não me incomodava, eu me sentia leve agora, deixei que meus pés escolhessem o caminho ao qual me levar, aquilo sempre funcionava naquele reino, como se fosse mágica, a mágica dos elfos. Sorri tocada com a beleza noturna daquele lugar, e mesmo já tendo visto inúmeras vezes desde que chegará aqui eu não me cansava disso.

O Salão do fogo foi o destino escolhido naquele momento, então parei observando o fogo alto que crepitava ali, e me senti em paz, como sempre me sentia naquele lugar. Estava sozinha, então me encostei em uma das almofadas e me sentei. 

Observar aquele fogo e pensar, me trazia a mesma sensação de liberdade que chorar em um dia de chuva debaixo desta, ou o mais próximo da minha antiga vida, pensar debaixo do chuveiro. Há minha antiga vida, era engraçado como meu coração se angustiava com a preocupação de meus amigos aqui, mas este mal se move ao pensar no que deixei para trás. É engraçado como a voz perturbadora em meu sonho me fez pensar no aqui e agora, e não no passado.  Até mesmo minha preocupação atual é em como seguir em frente sem trazer tragedia a esse mundo, e não em voltar, nunca em voltar. Se eu for sincera, se ouvir a voz mais funda em meu coração, saberei que meu maior medo não é o de enfrentar essa guerra, e sim o de acordar e perceber que isso é um sonho.

Fiquei ali por tanto tempo perdida em pensamentos, que só dei por mim quando o salão começou a se encher, me fazendo perceber que já amanhecera. Então resolvi me levantar e segui para o meu desejum, pois eu assumira o papel de ajudar meu amigo Frodo em sua viagem, então precisava saber o próximo passo, e me preparar para ele.

—Almarë Aura! -sorri ao ver quem me saudava, e como sempre sua beleza iluminava todo o lugar. 

—Mára aurë Arwen! -deseje-lhe bom dia, e logo me juntei a ela.

—Queria te encontrar, mas senti que precisava de um tempo sozinha.

—Sim, algo em meu sonho me incomodou a noite, mas já me sinto melhor. -tranquilizei-a. -Mas diga-me, o que desejas. 

—Vim me despedir de você, logo mais partirei. -a olhei assombrada. -Meu pai mandou meus irmãos checarem os caminhos para que vocês possam partir em segurança. -ela me sorriu. -Sabe que apoio sua escolha, mais queria que soubesse que este também é seu lar agora, e que a protegeríamos com toda a nossa força. -ela parecia se iluminar ainda mais enquanto falava, como se o poder de seu povo corresse por todo o seu corpo.

Arwen era uma das melhores coisas que já tinham me acontecido, uma amiga inigualável como eu sempre sonhei, uma irmã para todos os momentos. Sua pureza e humildade, além de sua incrível sabedoria me encantavam, e eu me perguntava se havia ser nesse mundo que conseguia olhá-la sem ama-la. 

Mas por saber que suas palavras eram mais que sinceras, que eu precisava seguir em frente, pois jamais me perdoaria se algo acontecesse a ela por minha causa.

—Eu sei que sim, mas eu não quero ver aqueles que mais considero lutando por mim enquanto eu apenas observo, sei que você melhor do que ninguém entende isso. -peguei suas mãos apertando-as.

—Sim eu entendo, e é exatamente por esse motivo que devo partir agora, não vim pra faze-lá mudar de ideia, apenas queria deixar claro que há outros caminhos. Mas se está decidida, eu desejo apenas que Iluvata lhe proteja. 

—Que ele também a proteja em sua jornada!

Ambas sorrimos e depois de nos despedimos cada uma seguiu seu caminho, e eu me dirigi para o dejejum. A mesa como sempre estava cheia e meus amigos Hobbits já se empanturravam de comida, apenas Frodo parecia um pouco triste, e brincava com o que parecia ser um pão de mel.

—Bom dia.  -fiz uma reverência para eles que me saldaram felizes, e assim logo me sentei ao lado de Frodo que me sorriu leve.

—Bom dia Aura.

—Para mim com toda certeza é um bom dia, mas parece que a reciproca não é verdadeira meu amigo, o que aflige tanto sua alma para lhe tirar o sabor desta bela refeição. -nos olhamos sérios por alguns segundos, mas logo começamos a rir.

—Só a senhorita para fazê-lo rir. -Sam parecia mais aliviado agora.

—Aura, eu poderia dizer que é você a estranha por não se preocupar. -ele sorri um pouco amarelo agora.

—Me preocupar e perder o apetite são duas coisas diferentes meu bom amigo. E já dizia minha avó: "O que não tem remédio, remediado está!"

—Sabia palavras minha jovem, sua avó parece ter sido uma grande senhora. -Gandalf parou ao meu lado e fez um maneio de cabeça, que eu logo segui.

—Sempre acreditei nisso senhor Gandalf. -agora foi minha vez de sorri amarelo com a lembrança da velha senhora.

—Não fique com essa cara criança, pois as pessoas boas deixam alegrias, as más deixam lições, mas só as mais maravilhosas dentre todas, nos deixam lembranças. -meu coração se encheu de alegria com suas palavras e eu o agradeci, enquanto este se encaminhava para a cadeira vazia ao lado de mestre Elrond.

—Quando partiremos Gandalf? -perguntou um afobado Pipin.

—Assim que meus filhos voltarem jovem hobbit. -interveio mestre Elrond da ponta da mesa. -Precisamos ter certeza de que estarão seguros.

Desejei bom dia a meu mestre com um maneio de cabeça e esse me respondeu da mesma forma, e me apontou um lugar para sentar, e eu assim o fiz já me servindo.

—Se me permitem a questão, onde estão os outros mestre Elrond?  -perguntou um Sam curioso.

—Meu bom Sam, Boromir foi com meus filhos, pois disse que precisava mandar um mensageiro para avisar seu pai de sua decisão. Já o jovem Legolas foi ele mesmo com seus companheiros contar ao seu. -o sorriso de mestre Elrond fez ao olhar para Gandalf me fez pensar no que estava implícito ali.

—E Passolargo? -Marry perguntou.

—Ele saiu à pouco, seguindo outros caminhos, mas com a mesma intenção. -deu uma garfada nos ovos. -Mas vamos comer, pois temos muito a fazer durante o dia.

Mestre Elrond não estava brincando, ele intensificou meu treinamento de uma forma que eu jamais poderia ter imaginado. A cada dia meus poderes ficavam mais forte, e segundo ele minha aurea brilhava mais. Então Gandalf passou a me ensinar como esconde-la e assim os dias foram passando. Glorfindel agora era meu mestre de armas, e este não me dava descanso, e apesar do cansaço eu estava feliz por está ficando melhor com essas.

Eu já sabia invocar o fogo e o vento, trabalhava com a água, e buscava a luz, curava pequenos machucados, e agora meu conhecimento sobre plantas estava maior. Segundo eles eu estava indo muito bem, e minha base anterior me ajudou bastante nisso. Mas ainda sim era notável meu crescimento. 

E assim mais alguns meses se passaram, até que finalmente os primeiros viajantes retornaram.

Legolas foi o primeiro a voltar, este parecia mais taciturno e passava boa parte do seu dia treinando na floresta. Logo após ele, chegaram os filhos de mestre Elrond juntamente com Boromir, Arwen chegou dois dias após eles, e por ultimo Aragorn que parecia mais cansado, me fazendo imaginar pelo que este tinha passado. 

Quando Aragorn passou pelos portões de Valfenda todos soubemos que nosso período de descanso havia acabado, e para dar veracidade a  este pressentimento mestre Elrond nos comunicou no jantar que dali a dois dias estaríamos partindo enfim para nossa grandiosa jornada. 

Inquieta, essa era a palavra que me definia naquele momento. Eu já havia corrido, nadado, pulado feito um macaco, e agora estava dando uma caminhada pela floresta. Os hobbits haviam se recolhido cedo para se organizarem, Aragorn havia sumido com Arwen e mestre Elrond e Gandalf estavam conversando na varanda da ultima vez que os vi. Sim, eu estava completamente entediada.

O céu noturno e estrelado iluminava meu caminho, e eu caminhava chutando as pedrinhas do chão. Em dois dias eu estaria em estradas nuncas vistas por mim, e apesar de tudo eu estava animada com o que poderia encontrar, mas sabia também que os maiores perigos que eu poderiam encontrar estavam a frente. Eu entendia Frodo, entendia suas apreensões, eu mais do que qualquer um ali tinha uma ideia do que este iria enfrentar. Mas por mais que eu tentasse eu não me lembrava com detalhes de tudo, e isso me preocupava, pois eu poderia antecipar algo de ruim, mas quanto mais eu tentava lembrar mais anuviada ficava minha mente. Será que isso era uma consequência de ter viajado para este mundo?

—Quem é você? -um mão forte agarrou meu pulso, e um medo tomou meu coração. Tentei soltar meu pulso de imediato no susto, mais esse segurava firmemente meu pulso. 

Olhei firmemente para a pessoa que me segurava, e seu porte forte e altivo se pós sobre mim tentando me intimidar. Não que ele precisasse de tanto, pois estávamos a sós no meio da floresta a noite.

—Me solte, quem você pensa que é? -brandei raivosa, pois após o medo, a raiva me tomou, principalmente quando reconheci Boromir.

—Quem você pensa que é menina, você deve obediência a mim, eu sou o regente de... -ele brandou como se eu fosse uma escrava, mas parou quando uma voz cortou a sua.

—Largue-a agora! -sua voz foi como uma brisa gostosa aos meus ouvidos acalmando rapidamente meu ansioso coração.

—Quem é você para me dar ordens? -Boromir cuspiu as palavras como veneno.

—Você está na casa de mestre Elrond como convidado, então sugiro que tenha modos e se porte como um. -ele se aproximou e antes que fizesse qualquer movimento Boromir me soltou.

—Nossa conversa não terminou aqui. -me afastei assombrada, e algo se pós a minha frente.

—Sim terminou, por que se até a nossa partida eu o vê a seguindo, eu mesmo falai com o senhor Elrond. -Boromir o olhou com ódio, mas não disse nada e apenas saiu pisando duro.

—Você está bem senhorita? -ele se virou preocupado me analisando.

—Melhor impossível, graças a você, muito obrigada, foi muita sorte está passando aqui. -fiz uma reverencia o agradecendo.

—Não há motivos para agradecimentos, não fiz nada demais. Contudo, devo esclarece-lhe que não foi sorte eu está aqui. -olhei diretamente naquele oceano de seus olhos que parecia me sorri. -Eu estava treinando aqui perto, e já a um tempo a vi por aqui, então resolvi segui-lá -pisquei sem entender. -Já a muito eu venho tentando lhe falar, devia-lhe desculpas pelo meu comportamento na primeira manhã que nos vimos. -senti minhas bochechas esquentarem ao me lembrar de nosso encontro a meses atrás. E o fato dele lembrá-lo e se sentir culpado não tornava a situação melhor.

—Não tem que se desculpar por nada. -olhei para o chão envergonhada.

—Sim eu preciso, nada justifica a maneira como lhe falei. Achei que estava bisbilhotando o lugar, e peço perdão por julga-lá sem antes conhece-lá. -sorri.

—Não se preocupe, em momento algum você me tratou mal. -ele se curvou.

—De qualquer forma deixe-me corrigir o mal entendido. -ele se afastou um pouco e me sorriu e seu sorriso era lindo.

—Eu me chamo Legolas Verde Folha, filho de Thranduil, e vim aqui quando nos conhecemos como mensageiro de meu povo, mas agora estou aqui como seu companheiro de viagem. -Iluvatar só poderia estar fazendo alguma piada maldosa comigo, pois meu rosto estava quente, meu coração estava louco, mas minhas mão estavam como o gelo. -É um prazer conhece-lá. -eu fiquei algum tempo parada o observando sobre o luar, curvado a mim daquela forma tão perfeita, e só depois de perceber que eu deveria me apresentar também foi que me apressei a falar, mesmo ainda meio perdida com tudo.

—Eu me chamo Aura Lopes, e estava aqui em treinamento, mas agora serei sua companheira de viagem. -me curvei. -O prazer é meu, príncipe Legolas! 

Eu não sabia o que falar, não sabia como agir, mas quando uma brisa noturna passou por meu corpo eu me encolhi sentindo um pouco de frio, pois ainda estava molhada.

—Peço perdão, mas devo ir agora, antes que fique doente. -eu disse um pouco sapeca, quebrando o clima.

—Queria ter algo quente para lhe oferecer, mas estou apenas com roupas de treino. -ele pareceu se culpar por isso, mas antes que eu pudesse dizer algo ele falou. -Posso acompanha-lá até o jardim? 

Fiquei aliviada com sua proposta, pois ainda me sentia estranha sobre o que aconteceu com Boromir, mas eu sabia que não deveria me aproximar tanto daquele belo elfo, pois ele não sabia quem eu era realmente, e eu nem sabia como dizê-lo.

—Eu apreciaria muito sua companhia. -agradeci, estava realmente curiosa sobre ele, e apesar de tudo aquela era uma ótima oportunidade para conhece-ló, mas enfatizei para mim mesma que era apenas conhecer, nada demais. -Principalmente se me contar sobre o lugar de onde veio, adoro ouvir a história de outros povos.

Ele sorriu mais uma vez, animado em me falar de seu reino, e nos pomos a caminhar parando um tempo no jardim, e nem me dando conta da roupa molhada em meu corpo. Só depois que nos despedimos, que me peguei pensando em como aquela tinha sido uma noite estranha, e cheia de reviravoltas. 

Os dois dias que antecederam nossa partida passaram muito rápidos. E apesar de estar ocupada estranhei em não ver mais Boromir me lançando olhares estranhos e nem me seguindo. Fiquei agradecida pela ameaça de Legolas ter surtido tanto efeito, e me lembraria de agradece-lo mais uma vez quando o encontrasse.

O jantar para comemorar nossa partida era um banquete, comi tanto que mal podia andar até meu quarto, mas fui pega de surpresa quando mestre Elrond se aproximou.

—Posso acompanha-lá até seu quarto?

—Nada me deixaria mais feliz. -caminhamos em silêncio até a porta de meu quarto, mas não foi algo ruim, apenas calmo.

—Sabe que preciso perguntar mais uma vez! Tem certeza que não quer ficar aqui? -ele me olhou profundamente e eu podia jurar que se houvesse a menor hesitação ele saberia.

—Não, mas meu coração me pede para partir. -ele segurou minhas mão entre as suas, e me sorriu.

—Então vá, mas lembre-se de tudo que lhe ensinamos. Não tema o escuro nem as trevas, pois sempre haverá luz dentro de você.

—Sim mestre.

—Que Iluvatar esteja sempre com você. -ele apertou firme minhas mãos. E depois se despediu indo embora.

Arwen havia me ajudado a me orgazinar para a viagem, jamais teria imaginado que precisaria de tudo aquilo, mas agradeço muito por ter ela ali. Ganhei mais roupas e utensílios do que jamais chegaria a usar, e muitos enfeites de roupas e cabelo feitos a mão por alguns amigos que fizera ali. 

O senhor Glorfindel me presenteará com um lindo arco longo prateado, que segundo este tinha propriedades mágicas, fazendo com que quando necessário o arco não seria reconhecido pelo inimigos. E eu não tinha palavras para agradecer tamanho presente, mas ele disse que não havia necessidade desta, quando meu coração já mostrava o quão feliz estava.

Mas o mais surpreendente fora o que encontrei sobre minha cama ao adentrar o quarto depois de mestre Elrond me deixar ali, uma espada longa de dois gumes, mas leve e de fácil manuseio. Ela era linda, branca e com desenhos de ramos por todo o seu cabo, e minha mão parecia se encaixar perfeitamente nesta. E apesar de não ter nenhum bilhete, eu sorri feliz ao saber quem há havia deixado ali.

Não posso dizer que a noite foi tranquila, mal consegui dormir, a ansiedade era grade demais. Fiquei me perguntando como estaria os outros, como estaria Frodo? Ele era o portador do anel, e carregava em seus ombros as esperanças do mundo, enquanto o mal seria carregado em seu pescoço. Jamais conseguiria imaginar o que realmente ele estava passando.

Quando bateram em minha porta me avisando que me aprontasse, eu já estava arrumada, apenas peguei minha mochila e a coloquei nas costas, meu arco, e coloquei a espada no coldre do cinto, e enfim sai. Ainda estava escuro, mas alguns elfos já caminhavam apressados pelo lugar.

—Deveria ter descansado Aura, temos uma longa jornada pela frente. -a voz repreensora de Aragorn me fez pular no lugar pelo susto o fazendo rir de mim. -Desculpe não queria te assustar. -dei de ombros rindo também.

—A ansiedade não me permitiu dormir muito, mas consegui dormir o necessário. -ele fez que sim.

Nos encaminhamos para o jardim, onde uma mesa com frutas, bolos e sucos estava posta. Comemos algo leve e logo os outros se juntaram a nós, mas todos presos em seus próprios pensamento.

Depois de comermos em silêncio todos levantamos da mesa, e nos encaminhamos da mesma forma para os portões, onde provavelmente os cavalos com as provisões nós esperavam.

—Pegue Frodo, você comeu muito pouco, guarde para mais tarde. -lhe entreguei uma maçã, e ele apenas esbouçou o que deveria parecer um sorriso, mas me parecia mais uma careta. Era notável sua preocupação.

—Aura! -mestre Elrond se aproximou. -Isso é para você, para lhe lembrar que está também é sua casa. -um cordão fino de prata fino com desenhos de árvores, e esta possuía pequenos frutos feitos de safiras, esmeradas, e outros diamantes que eu jamais saberia o nome. Lágrimas caíram molhando minha face, e ele puxou de leve meu rosto beijando o topo de minha cabeça. -Cuide-se minha criança! Que Eru te proteja.

—Obrigada por tudo mestre Elrond, nunca me esquecerei de tudo que fez por mim. -todos ao redor fingiam não nós olhar.

—Seja paciente daqui para frente, as vezes precisamos passar pelo pior, para conseguir o melhor.

Eu o abracei, não havia palavras que demonstrassem minha felicidade naquele momento.

E após isso partimos, para o inicio do que poderia ser início do fim da Terra Média, ou o começo de mais um capítulo desta.

 


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