Chances. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 30
Capítulo 29 - Sou uma farsa


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está bem bonito



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Em defesa dela... na verdade Carlie não seria atrevida o suficiente para acreditar que haviam muitas formas de aquilo ser remotamente certo, Alec não solicitou sua presença, não mostrou interesse em estabelecer algum entendimento com ela depois do que aconteceu, e sendo sincera ela sabia muito bem que o pé que eles estavam nunca foi de interesse mútuo, da parte dela um grande dotado de desejo da dele só negação, então não, não haviam motivos para ela praticamente ter invadido a fazendo Cullen de um jeito sorrateiro para solicitar uma audiência com ele, nenhum além da sua carência extrema em sempre colocar os sentimentos onde eles devem pertencer, e até conversar com ele ela não sabia quais exatamente teriam que ser encaixados aos lugares abandonados de sua vida.

Ele estaria sozinho, Alice por alguma razão que pode ser levada como consideração a confidenciou que todas as mulheres Cullen foram as compras para o casamento de alguma forma decidido as pressas, exceto Jane que ficara para fazer companhia ao irmão, Carlisle também estava na sede, tendo assuntos a tratar, e Edward tinha saído para cavalgar, eles trocaram um cumprimento mais cedo.

Era perfeito, para ela resolver tudo, ou para estragar na mesma medida, no entanto ela não se preocupava, na verdade ligar muito para o que fazia não era um traço da sua personalidade com tantos nuances. O que Alec queria, o que não ambicionava, suas razões e suas covardias esse era o momento que ela lhe dava a chance de enchê-la dessas informações, porque se ele não dissesse agora, então o que ele falasse depois não importaria.

Ela não conhecia tanto a sala quando o estábulo mas não demorou a se habituar andando calmamente fitando com curiosidade cada detalhe, mesmo que seu objetivo ali não fosse julgar a decoração desde que descobrira que Edward é seu pai tem buscado entender que espaço pode ocupar na vida dos Cullen, ela observa os porta-retratos com fotos de família e se pergunta se algum dia fará parte daquelas imagens.

— Já falei Jane, não estamos conversando sobre isso. – a voz de quem ela queria encontrar soa das escadas com o barulho de passos duplos e apenas por saber se adaptar a todo tipo de situação Carlie discretamente escapa do cômodo principal se encostando em uma das paredes do corredor, decidindo que pode entender melhor a dinâmica deles através de alguns minutos de espionagem.

Ao que parece Alec e Jane chegam ao térreo e a conversa está longe de terminar, ao contrário aquilo é totalmente o começo de uma discussão que Carlie sente que pode lhe esclarecer o que quer saber.

— Não posso aceitar que faça algo do tipo por mim Alec. Sei que você me ama, tanto quanto eu te amo, mas os Cullen já são ferrados em diversos sentidos, não vou deixar que mais nesse, não posso permitir que o tanto que você me ama seja a coisa responsável por acabar com você. Por te condenar a um casamento como o dos nossos pais. – ela grita como se a possibilidade a aterrorizasse, Carlie fica surpresa com o tom que o enredo está tomando.

— Pode parar de agir como se fosse a pior decisão do mundo? Era a que eu ia tomar desde inicio se formos lidar com a verdade aqui, eu trouxe o anel. – ele aponta o fato como se esse fato tirasse a responsabilidade das costas de Jane. Como se depois de uma viagem onde ele se libertou ele não iria querer de ser livre para sempre.

— Ela sabe sobre eu e James não é?  Você não quer que papai tome conhecimento que fiquei com o melhor amigo dele, não quer que todos achem que sou uma biscate e me vejam da pior forma. – quando Jane em palavras o porquê de Alec estar agindo assim Carlie coloca a mão sob a boca para impedir a si mesma de também gritar suas considerações.

— Jane por favor, só pare. Não estou fazendo por você, e se fosse, é obvio que seria por uma boa motivação, nós conhecemos o mundo em que vivemos, e se isso for descoberto vão te mastigar e cuspir em seguida. – Carlie inclina a cabeça para a direção onde ele estão e se depara com uma cena onde com olhos lacrimejando Alec segura o rosto da irmã que já chora entre as mãos tentando a convencê-la a deixa-lo salvá-la ao mesmo tempo que afirma que não estar tentando resgatá-la de suas próprias escolhas.

Se foi esse o tal segredo que os separou, se foi por um sacrifício desse tipo que ele decidiu que ela não era algo pelo qual lutaria então... Carlie dá uma risada de escárnio silenciosa voltando ao seu esconderijo e mordendo os lábios por pensar que valia tão pouco.

— Não te pedi para me proteger, não quando te custa tanto. Já disse se continuar com essa ideia pode ignorar que sou sua irmã. – pelo menos ela tinha consciência disso, Carlie se alegrou pela certeza porque era quase triste pensar que todos os Cullen eram sem noção.

— Jane estou te implorando; vamos encerar essa história aqui. – Carlie ouviu uma porta batendo com força como resposta. Jane o tinha abandonado ali, vítima de suas próprias incoerências. Houve também o som de um suspiro alto antes dela optar por revelar o quanto escutou. Em passos leves ela o encarou de frente sem medo de mostrar que tinha se escondido. De olhos arregalados Alec fez uma expressão dolorosa depois ao notar que Carlie agora sabia partes escuras das relações que ele participava.

Ela se aproximou mais, fronte a fronte com ele querendo apresentar uma reação menos decepcionada ou frustrada, mas falhando, porque a situação pedia.

— Ela está te chantageando? – é direta na pergunta porque realmente não se importa de ser a bisbilhoteira da situação. Alec passa a mão pelo rosto exausto de tantos conflitos então de uma vez por toda admite.

— Sim, sim ela está. E eu vou aceitar, porque por um lado eu mereço por ter a traído com você e por outro; essa é a única coisa que posso fazer para proteger a minha irmã, não que sua mente egoísta entenda. – aponta querendo colocar tudo para fora. Carlie revira os olhos, e não é estranho que ela trate a ocasião com todo desdém.

— Sim, traição é uma porcaria, entendo, mas se ela é capaz de fazer algo assim como ameaças com você então ela não é melhor que nós, e segundo; sua irmã não cometeu nenhum erro condenável, o cara é mais velho? Quem liga? É amigo de Edward? Quem se importa? Vocês todos tem uma lista de ações pelas quais serão julgados, ninguém tem moral alguma para questionar a dela. E se vão falar, deixe, não pode permitir que alguém controle a sua vida assim só porque está com medo de consequências que não são suas, é patético. – ela discursa dando sua opinião. Alec a encara rindo sem humor.

— Você não tem o melhor exemplo de proposta de casamento por iniciativas amorosas. – rebate depois de todo show que ela deu na festa.

— É, aceitei casar por nada, mas também terminei com a mesma felicidade, que é o que você deve fazer, porque se não um dia você vai ficar como Edward, infeliz, se perguntando em que momento tudo começou a dar errado, e eu te digo Alec, vai ser nesse se você não me ouvir. – grita querendo que ele tome algum juízo.

— Eu disse a Jane, deve ter ouvido essa parte também; Bree já era minha escolha antes do que ela fez. – ele afirma na mesma altura. Carlie o encara.

— Nem você acredita nisso. – retruca considerando ridículo que ele ainda tente.

— Por que? Achou mesmo que depois de Tacoma eu iria correr atrás de você? Por favor Carlie, você e eu nunca vamos funcionar, eu... Me importo com as pessoas. – ai está sua grande atitude para machucá-la. Carlie ri alto.

— Esse é o problema; você se importa demais com as pessoas. Com o que elas pensam, com o que vão dizer, como agem. – afirma como se não fosse algo bom, e não é. – Por favor digo eu Alec, o que? Acha que isso é a cópia da história dos nossos pais? Pensa que estou tentando te fazer desistir para que fique comigo? Estou tentando te ajudar seu idiota, porque se tinha alguma chance comigo a perdeu no momento que aceitou essa chantagem. Olhe para mim, eu não mereço menos que muito, não enfrento tudo, desafio o que é difícil e movo céus e terras pelo que quero para colocar meu destino nas mãos de alguém que quer se contentar em colocar o seu nas mãos de uma sonsa que se fingia de boazinha. – fala a verdade porque é como se sente. Alec está pronta para berrar algo incoerente de volta, apenas porque não entende a si próprio quando uma voz soa mais alta que a dos dois.

Carlisle do topo da escadaria observa aqueles dois que de alguma forma são seus netos tentando entender porque estão brigando, Carlie olha na direção dele com certo deboche não acreditando que teria que assistir aquele tipo de autoridade falsa. Alec novamente preparou uma ação mas foi interrompido, ele ia inventar alguma mentira dispensando Carlie quando os dois se assustaram ao verem Carlisle cambalear e só não cair porque segurou no corrimão. Ignorando suas próprias questões correram juntos e cada um segurou um lado dele o mantendo em pé, enquanto zonzo seus olhos começaram a perder o foco.

— O que fazemos? – Alec indaga desesperado puxando o avô que de repente ficou desacordado para si, Carlie preocupada tentou calcular uma rota. Seu plano de ação foi rápido empurrou todo corpo de Carlisle para ele e acelerou para a mesa de apoio onde ela viu fotografias antes pegando a chave de um carro que viu lá.

— Vamos levar ele para o hospital, eu dirijo, não há tempo para esperarmos o resgate. – anunciou sabendo que era a melhor decisão. Alec assentiu no mesmo segundo e assim ela voltou ao avô ajudando Alec a movê-lo pelo menos até a entrada onde funcionários o auxiliaram a colocar no banco de trás, onde Alec se sentou junto a ele. Carlie pediu para avisarem os outros sobre a situação quando chegarem, eles concordaram e assim ocupando o banco do motorista ela ligou o motor começando a dirigir rumo a cidade.

Ela queria que a estrada fosse mais curta ao máximo que colocava toda velocidade do veículo para que chegassem mais rápido. Com as mãos no volante ela se segurava para não olhar para trás para cada segundo para checar se ele estava respirando.

— Ele está bem? – sua voz estava embargada enquanto perguntava, porque de repente teve a percepção que não queria perder ninguém daquela família que mesmo torta de alguma forma era sua também.

— Não sei, eu não... – Alec não conseguia nem falar, e de repente tudo aquilo que discutiam antes parecia tão tolo. Tremendo, aproveitando a deixa do celular conectado ao carro Carlie digitou um número e respirou aliviada quando a mulher do outro lado atendeu.

— Beck sei que provavelmente deve estar me achando uma vaca pelo que fiz com Jacob na competição, posso aceitar sua raiva depois, sério, lido com qualquer raiva depois. Mas agora, agora preciso da sua ajuda... O meu...O meu avô ele desmaiou e estou levando ele para o hospital, e eu só confio em você para me dizer que ele está bem, por favor me diga que está no hospital e que vai fazer isso por mim. – ela pede a irmã de Jacob de modo aterrorizado..

— Sabe muito bem que também odeio o comportamento do meu pai e fugi para ser médica aqui por causa disso, entendo que mesmo sendo uma ideia estúpida só estava tentando o ajudar. Estou de plantão, fico esperando você chegar com ele. – Carlie agradece mentalmente a sua alma compreensiva.

— Muito obrigada. – e o faz em voz alta também, desligando para que volte a se concentrar para chegar logo.

Quando desembarcam no estacionamento do hospital uma maca já espera o Cullen, e enquanto o acomodam nela de modo apressado Carlie se volta para Alec que a observa como se a visse de uma nova forma depois desse caminho, os dois seguem o avô e ficam com ele por todo tempo até Beck os recepcionar e pedir para que fiquem na sala de espera enquanto ele é tratado.

Se sentam em silêncio, cada um com as suas próprias aflições, apenas esperando pelo melhor. E parecem horas, mas na verdade só são a metade de uma quando se levantam rapidamente logo que Beck chega.

— Ele tem feito seu acompanhamento aqui no hospital, o desmaio é normal por causa de sua condição em caso de exaustão, o manteremos aqui para que repouse um pouco, administrando seus medicamentos e acompanharemos sua situação para saber se ele pode ser liberado. – explica calmamente porque quer que eles também se estabilizem, Carlie concorda, mas então...

— Condição? – pergunta sem entender a palavra, assim como Alec que olha para a médica confuso. Beck então se dá conta que eles não sabem. Por serem os únicos ali que podem tomar decisões por ele ela os conta sobre o coração. Tempos depois cada um tenta lidar com a informação do seu jeito; Alec se senta no chão do corredor encostado a parede abraçando seus próprios joelhos enquanto Carlie vai para fora se acomodando no banco do jardim do hospital. Porque ela seria um monstro se não se sentisse um mal por isso, porque... Tudo se tornava menos quando algo como aquilo era posto em questão.

— Não quero ser uma daquelas médicas esperançosas sem fundamentos, mas você sabe que sou especialista nisso, há uma chance, um procedimento que podemos tentar caso ele permita. – Leah admite mais tarde quando as duas estão juntas ao ar livre, Carlie a fita surpresa e refletindo bastante sobre.

— Acha que ele vai concordar? – quer saber se mesmo ciente dos riscos ele vai arriscar.

— Não sei, mas pelo menos temos algo. Não vamos desistir. – ela própria nunca desistia. Ela não fazia algo do tipo. Então quando entrou no quarto dele em seguida enquanto se perguntava porque os Cullen demoravam tanto para vir ela se perguntou se puxou isso dele.

Carlisle que estava sozinho porque Alec saiu para tentar contatar mais uma vez a família fitou a garota que entrou, aquela que agindo com força em situações extremas o salvou. A cópia de Esmee mais nova e sorriu. Ela era mesmo uma força da natureza. Isabella Swan a criou bem.

— Odiou tanto o fato de eu ser sua neta que quer ir embora para não ocupar o cargo de meu avô? – zomba não perdendo a oportunidade de agir como era, sorrindo logo que lágrimas se formavam e ela se sentava na cadeira de lado para ele. Carlisle naquela cama de hospital, riu fracamente.

— Você parece meu filho Emmett. – admite olhando para alma dela e tendo aquela compreensão. Ele que sempre escarniava de tudo. Carlie assente mal se contendo agora, as lágrimas silenciosas já caem por si só.

— Ele devia ser incrível. – elogia ele e a si mesma. E Carlisle ri de novo.

— Sinto muito que seu pai não tenha sido melhor, sinto muito que não tenha nada em nós pelo qual você podia se orgulhar por ter nosso sobrenome. – diz sendo completamente sincero. Carlie tenta parar com o choro, mas ele vem sem controle.

— Ainda há tempo para que vocês sejam melhores, há um tratamento que você pode fazer, e se salvar, por favor não me diga que não acredita nisso. Porque se disser, se você se for agora vai quebrar meu coração, ninguém nunca fez isso, e ao contrário do que digo não sei se serei rápida em superar. Sou uma farsa okay? Eu finjo que não ligo para nada, mas eu me apego as pessoas dez minutos depois de conhecê-las e me destroça perde-las por isso que faço armadilhas insensatas para que nunca me deixem, porque tenho medo de perder qualquer um e você não será uma exceção. – revela porque quer que ele lute por algo. Carlisle também a olha emocionado reconhecendo em sua maneira de amar a deturpada visão de Esmee. Ele não liga se está sendo ousado mas ele remexe a mão como se fizesse um pedido, Carlie entende e sem hesitar entrelaça os dedos nos dele em uma promessa não dita que não vai embora. – Sou uma boa lutadora, então vamos lutar juntos. – lhe oferece e quando Carlisle sorri ela sabe que ele irá tentar. E ela só quer que tudo dê certo.

Finalmente chegando ao hospital de forma descontrolada Esmee quase tropeça em seus saltos tentando encontrar o marido, enquanto Edward que veio como seu acompanhante que descobriu a situação do pai apenas logo que  vinham tenta segurá-la para que não caia. Ele está perto de desabar também, mas precisa aguentar por ela, Alec aparece para tirá-los de sua miséria avisando que agora está tudo bem e pede que se contenham porque mais estresse não seria bom para Carlisle então aponta o quarto e pedem que entrem sem muito barulho. Edward é quem passa o cartão na porta, Esmee vem logo atrás mas ele a barra de entrar com a cena que encara na acomodação; segurando uma das mãos da neta Carlisle e ela conversam em sussurros e riem juntos e mesmo doente ele nunca pareceu tão mais vivo, Edward segura as lágrimas, mas Esmee não impede as suas. Porque seu marido está feliz, ela o conhece o suficiente para saber que aquela é a primeira vez que ele está feliz em anos.


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