Hogwarts, Outra História escrita por The Escapist


Capítulo 52
Capítulo 52




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Tiago estava no quarto quando o correio chegou; desceu as escadas correndo e agarrou a carta da coruja antes de Giny.

— Eu sabia, eu sabia! — repetia eufórico enquanto abria a carta; no envelope estava o timbre dos “tigres brancos”, por isso Giny logo entendeu a empolgação do filho. — É isso, uhuuu! Eu sabia, eu consegui, uhuuu, ahahaha! — Tiago deu um abraço na mãe que tirou ela do chão.

— Fico feliz por você, filho, mas me põe no chão.

— Uhuu, cara, eu sou demais, sou muito bom, muito bom, ahahaha!

— Mas que gritaria é essa, Tiago? — Harry apareceu na sala. — O que foi que deu nele?

— Ele agora é um tigre branco!

— Sério?

— Pai, você tá falando com o mais novo apanhador dos White Tigers, EU! Ahahaha! —Tiago pulou no pescoço do pai.

— Isso, parabéns, Tiago.

— Cara, isso é perfeito, muito bom, muito bom... eu tenho que contar para a Loreley!

— Tiago, espera.... — Tiago não ouviu mais nada, saiu pela rua, ainda gritando de alegria. — Vai ser difícil segurar o Tiago.

— Então é isso, Irlanda! Meu garotinho vai para a Irlanda! — Giny enxugou uma lágrima e Harry abraçou a esposa.

— Nosso garotinho cresceu, Giny.

— Eu sei, eu fico feliz por ele, mas é que passou tão rápido.

Tiago tocou a campainha da casa dos Gilmore insistentemente e esperou cerca de dois minutos até a própria Loreley abrir a porta; antes que ela pudesse abrir a boca ele foi abraçando e beijando.

— Uau! Oi, Tiago!

— Oi!

— Você está feliz!

— Muito feliz.

— O que aconteceu de tão bom?

— Adivinha...

— James Malfoy morreu?

— Melhor.

— Então, conta, eu sou péssima em adivinhação.

— Sabe quem é o mais novo apanhador dos White Tigers?

— Humhum.

— EU!

— Ah, poxa que legal — Loreley disse sem muita animação.

— Pô, Loreley, que cara é essa? Você poderia ficar um pouco feliz por mim, não?

— Não, claro, eu fico feliz por você. Uau! Você vai jogar no melhor time de quadribol do mundo, é tudo que você queria, não é?

— É!

— Ótimo, só que você vai morar na Irlanda.

— E daí?

Humpf! E daí que você vai morar na Irlanda.

— Tá, mas qual o problema em morar na Irlanda?

— É, que, logo agora que estava tudo tão bom com a gente você vai embora, e, nós vamos ficar separados...

— Quem falou em separação?

— Bom, você...

— Não!

— Você vai morar na Irlanda!

— Vou...

— Então?

— ...E você vai comigo.

— EU?

— Qual é, Loreley, eu pensei que você fosse mais inteligente! Humpf! É claro que você vai para a Irlanda comigo, de onde você tirou a ideia de que eu ia morar na Irlanda sozinho?

— Eu vou para a Irlanda! Uhuu! — Loreley pulou no pescoço de Tiago.

— Nós viajamos depois do casamento da Rose.

— O casamento da Rose é depois de amanhã.

— Exato. Arruma suas coisas, a gente vai direto da casa dos meus avós.

— Tá.

— Tá. Eu vou para casa agora, meus pais querem paparicar o bonitão aqui.

— Convencido.

— Te vejo a noite, tchau! —Tiago foi embora. Loreley sentou no sofá; suspirou; de manhã não fazia ideia do que faria da vida e agora iria arrumar as malas para morar na Irlanda.

— Uau!

— Quem estava aí, querida? Era o garoto dos Potter, de novo?

— Era o Tiago sim, vovó.

— Eu estou feliz por você ter voltado a sorrir, filha.

— Ah, vovó...

— É verdade, Loreley, você vivia tão tristinha, sem amigos.

— Até que você tem razão, vovó.

Mais tarde, quando estava deitada ao lado de Tiago, Loreley pensava num jeito “legal” de dizer aos avós que ia embora para outro país.

— O que foi, por que você tá tão quieta?

— É que eu não sei bem como dizer aos meus avós que vou embora; tá, não é que eu não queira, por que eu quero muito; e também, não é por mim, honestamente eu não vou sentir exatamente saudades deles, enfim, mas em todo caso, eles me amam e...

— E vão entender que você não pode viver longe de mim! Loreley, se você não parar de ter medo de falar as coisas que você sente, você nunca vai conseguir viver, cara, relaxa.

— Tá, você tem razão, é simples, eu só preciso dizer a eles que vou morar na Irlanda, acho que eles podem lidar com isso numa boa.

— É, o importante é a sua felicidade.

— E quando a gente viaja?

— Amanhã. Quer dizer, vamos pra A’ Toca, e de lá pegamos a estrada; eu pensei que, como você não gosta de viajar por meios mágicos, a gente pudesse ir de avião...

— Não! Nem por você eu entro num avião.

— Eu sei, por isso, acho que a gente pode ir de carro mesmo.

— Viajar de carro pela Inglaterra não vai te atrasar?

— Loreley, eu estou muito ansioso para me juntar ao time e tudo, e sei que quando chegar lá muita coisa vai ser diferente... a gente aproveita para passar um tempo juntos, só nós dois, sem ninguém para incomodar, essas coisas.

— Tudo bem, então, vamos para Irlanda de carro, mas, eu dirijo.

— Não, de jeito nenhum, eu quero chegar vivona Irlanda!

— Mas, Tiago...

— Humhum, eu não sei onde você roubou a sua carteira, Loreley, mas você com um carro é uma arma de destruição em massa!

— Ah, você me diz isso! Aposto que você nunca dirigiu!

— Não conte com isso, baby!

— Ok, senhor “tigre branco” tudo será como você quer.

Loreley esperou até o último momento pra contar sobre as viagem aos avós; arrumou as coisas apenas dizendo que ia para o casamento ‘da garota dos Weasley’. mas a Sra. Gilmore começou a achar estranho que ela estivesse levando todas as roupas para um casamento.

— Vovó, onde está meu casaco?

— Não sei, Loreley, onde você deixou?

— Que saco!

— Afinal, por que essa mala desse tamanho? O casamento não é apenas um dia?

— Claro que é.

— Então, por que você tá levando tanta roupa?

— Ham... a propósito vovó, antes que eu esqueça, eu vou morar na Irlanda.

— Loreley, querida, você é engraçada.

— Não é uma piada, vó.

— Você vai morar na Irlanda?

— É.

— Isso tem alguma coisa a ver com o garoto dos Potter?

— Tiago! É, tem tudo a ver com ele, para dizer a verdade... vovó, olha, não fica triste não, tá, eu, você nem imagina o quanto eu estou feliz, e, se eu estou feliz, se eu estou viva hoje é por causa do garoto dos Potter, então, eu tenho que ir.

— Está bem querida, se eu dissesse pra você não ir, você iria mesmo assim...

— É...

— Você é igual ao seu pai, Loreley, ele também era sim... mas se você está feliz, então, tudo bem... — enquanto conversava com a vó, Loreley não olhou para ela, continuava arrumando a mala.

— Vovó... — ela parou e olhou a vó. — Eu te amo, e amo o vovô também, obrigado por vocês terem cuidado de mim, e me aguentado esse tempo todo, eu não sou uma boa neta, eu sei, vocês mereciam alguém melhor que eu, então, me desculpa. Bom, agora, está na hora de ir, ok, dá um beijo no vovô por mim. Tchau. — Loreley abraçou a vó por alguns segundos, depois pegou as malas e saiu. Tiago estava esperando no carro e reparou que a namorada estava chorando.

— Que foi, Loreley?

— Odeio despedidas. Bom, já passou. Vamos nessa.

— Tudo bem mesmo?

— Tudo, mesmo... depois eu escrevo uma carta pra ela e... eu não sou boa com palavras...

— Tudo bem.


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