Sem-Coração escrita por Ju Do


Capítulo 6
Capítulo 6: O Fuso


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! =D



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Capítulo 6: O Fuso

 

Ao amanhecer do outro dia, o Cavaleiro, a Rainha e as duas crianças começaram sua viagem à aldeia. Não havia mais migalhas de pão para orientá-los àquela altura, mas os irmãos sabiam a direção geral para chegar em casa.

Após a morte da Feiticeira, a floresta parecia bem menos ameaçadora. Os sons que ela fazia pareciam ser realmente os sons normais de um bosque, e tudo parecia mais iluminado. Ou, talvez, fosse apenas a companhia das crianças.

Elas corriam, falavam alto, sacudiam os braços e, de um modo geral, se mostravam extremamente despreocupadas com tudo aquilo. O Cavaleiro inclusive viu a Rainha sorrir algumas vezes para elas e teve a impressão de tê-la ouvido até dar uma risadinha com uma piada do menino. Aquilo era incomum, mas bem-vindo, e o humor sombrio que os afetara desde a entrada na floresta parecia começar a se dissipar.

O bom humor durou exatamente até a chegada dos quatro na aldeia, porque, quando chegaram, o lugar estava agourentamente silencioso. E, nas ruas, havia pessoas caídas, silenciosas.

— Estão mortas! - o menino gritou.

A Rainha e o Cavaleiro se aproximaram rapidamente da pessoa mais próxima a eles. Era uma garota de uns quinze ou catorze anos, que não reagiu quando eles a viraram de barriga para cima.

— Ela está respirando. - a Rainha murmurou. Eles passaram a examinar os outros corpos ao redor. Todos estavam no mesmo estado; pareciam dormir profundamente, e não acordavam, por mais que fossem sacudidos.

— Estão todos dormindo... - Gretel constatou.

— É uma maldição do sono. - a Rainha falou. - Alguém lançou uma maldição nesta aldeia.

— Aposto que foi a Feiticeira! - Hansel gritou, zangado.

— Poderia ser. Mas é estranho. Todos os feitiços que ela lançou deveriam ter se dissipado após sua morte. - a Rainha murmurou. - Vamos nos separar e procurar pela aldeia. Talvez encontremos alguma pista.

E, assim, o Cavaleiro e Gretel foram para um lado e a Rainha e Hansel para o outro, todos procurando algo de incomum. No geral, parecia uma aldeiazinha normal. Algumas casinhas aqui, a loja de um ferreiro ali...

— Olhe! Ali é a casa da minha tia! - Gretel apontou. Ela correu para uma casinha cuja porta estava aberta e o Cavaleiro correu atrás. Lá dentro, havia uma cena das mais estranhas.

Pelo menos dez pessoas estavam caídas em um círculo perfeito ao redor de um objeto prateado cujo nome o Cavaleiro não lembrava. Ele vira aquela coisa algumas vezes em sua vila, e as mulheres o usavam. Tinha uma roda que girava e uma extremidade pontuda.

— É uma roca! - Gretel exclamou. - Minha tia nunca teve uma roca. Ainda mais de prata.

Ela parecia fascinada com o objeto. O Cavaleiro colocou a cabeça para fora da porta e chamou a Rainha. Com certeza, aquilo era algo estranho o suficiente para que ela precisasse saber. A roca tinha uma aparência estranhamente agourenta, e ele não confiava nem um pouco que aquilo fosse algo normal.

— O que houve? - a Rainha chegou com Hansel.

— Nós achamos uma coisa. Tem uma roca aí dentro e um monte de gente caída ao redor. Além disso, ela tem uma aparência estranha...

A Rainha o ouvia, mas de repente, arregalou os olhos, olhando para algo por trás dele. Com uma exclamação, ela o empurrou para fora do caminho e correu para dentro da casa. Lá atrás, Gretel examinava a roca, fascinada, o dedo a um centímetro de tocar o fuso...

A Rainha a empurrou para longe, mas tropeçou. O Cavaleiro viu, em câmera lenta, ela cair por cima da roca, o fuso arranhando-lhe o braço. E, então, a moça desmaiou.

— Não! - ele correu para examiná-la. Sacudiu a Rainha, mas ela parecia ter caído no mesmo sono profundo que o resto da aldeia.

— Não foi minha culpa, eu não sabia! - Gretel exclamou, erguendo as mãos.

— Bem, não toque mais nessa coisa! Deve ser a fonte dessa maldição. - o Cavaleiro retrucou. Olhou para a Rainha. Ela parecia tranquila, mas quem sabia por quanto tempo poderia permanecer dormindo? - O que nós vamos fazer?

— Isso é culpa da Feiticeira. - Hansel falou, após alguns momentos. - Aposto que se a gente voltar na casa dela, vamos encontrar um jeito de acabar com essa maldição.

— A Rainha disse que não deveríamos entrar na casa. - o Cavaleiro falou.

— Sim, mas agora ela está amaldiçoada também! De que outro jeito você acha que a gente pode acabar com esse feitiço? Tem alguma outra ideia?

O Cavaleiro pensou, mas não conseguia achar nenhuma outra solução.

— Aposto que na casa da Feiticeira deve ter um livro de feitiços. - Gretel insinuou. - E com certeza deve ter lá uma fórmula para um antídoto para uma maldição do sono...

O Cavaleiro ainda parecia indeciso.

— Vamos lá! Você acha que eles vão sobreviver muito tempo dormindo desse jeito, sem comer nem beber nada? E se um lobo sair da floresta e tentar devorar todos eles? Eles não têm nem como se defender!

Aquilo o convenceu.

— Tudo bem. - o Cavaleiro se levantou. - Eu vou atrás de uma contramaldição na casa da Feiticeira. Mas vocês ficam aqui.

— Sozinhos? - Gretel protestou. - E se alguém tentar atacar a gente?

— E se sair uma fera da floresta pra nos devorar? - o irmão adicionou.

— E se...?

— Tudo bem! - o Cavaleiro exclamou. - Tudo bem, vocês vêm comigo, então. Mas não toquem em nada sem a minha permissão, entenderam?

E assim, após acomodarem a Rainha em uma posição que julgaram ser mais confortável, os três seguiram de volta para dentro da floresta. As crianças continuavam falantes, mas aquilo não conseguiu deixar o humor do Cavaleiro menos sombrio. Estava nervoso. Não sabia muito sobre magia, aquilo era mais especialidade da Rainha. Em seu lugar, ela saberia o que fazer; ele estava apenas tateando no escuro.

Após algumas horas, eles chegaram ao barraco. Estava quase escurecendo. Com cautela, o Cavaleiro se aproximou primeiro, com as crianças atrás de si. Ele abriu a porta da casa despedaçada com um chute forte, puxando a espada para enfrentar qualquer coisa que saísse lá de dentro. Mas nada se moveu. Então, eles entraram, devagar.

A casa inteira cheirava a peixe podre e barro molhado. Havia tanta coisa espalhada que eles mal sabiam o que procurar primeiro. Levaria pelo menos um dia inteiro para olharem tudo no lugar.

— Olhe! Um livro! - Gretel apontou.

— Não toque! - o Cavaleiro ordenou. - Deixe que eu pego.

E, com cuidado, ele tocou na capa do livro. Ele era negro e tinha uma runa vermelha escrita com o que parecia sangue seco. Se aquilo não era um livro de magia negra, ele não sabia o que era. Devagar, pegou o livro nas mãos. Mas, quando ia abri-lo, uma luz piscou em seu rosto e o objeto foi puxado de suas mãos.

— Ei! - ele protestou. Algumas risadinhas ecoaram pela casa. Diversas luzinhas multicoloridas surgiram pelo lugar, cercando-os, e voando incessantemente de um lado para o outro.

— Fadas! - Hansel exclamou.

— Oooh, alguém está atrás de magia negra... - uma das vozes tilintou, enquanto uma luz verde se aproximava do Cavaleiro.

— Eu não quero fazer magia negra! Só quero acabar com uma maldição! - ele tentou pegar o livro, que era sustentando por quatro luzinhas no ar. As fadas apenas riram e se distanciaram dele facilmente. - Me devolvam o livro!

— Não podemos. - a luz verde falou novamente. - Este lugar é um reduto de magia negra. Não podemos deixar que levem nada do local. Vamos destruir tudo que está aqui, agora que a Rainha da Noite morreu.

— Mas eu preciso saber como levantar essa maldição! Minha Rainha caiu vítima dela e agora está dormindo para sempre!

— Uma maldição do sono, então... - a fada constatou, com uma risadinha. - Mas isso é fácil, seu bobo. Todo mundo sabe como quebrar uma maldição do sono.

— Sabe?

— Ora, está em todas as histórias. Basta um beijo.

— Um beijo? - o Cavaleiro repetiu. Tinha certeza de que tinha ouvido errado.

— Na boca? - Hansel perguntou, parecendo enojado. - Mas então nós vamos ter que beijar todas as pessoas na aldeia?!

— Não, bobinho! - a fada riu. - Basta beijar a última pessoa a ser amaldiçoada, e todos acordarão.

— Eu... Eu não acho que isso vá ser possível. - o Cavaleiro falou, abobalhado.

— É o único jeito de quebrar a maldição. Agora, está na hora de vocês irem embora! - e, com aquilo, as fadas os rodearam, tintilando e beliscando-os, voando ao seu redor com risadinhas e luzes coloridas, até que eles saíssem da casa.

— O quê?! - o Cavaleiro balbuciou.

— Você vai ter que beijar ela! - Gretel cantarolou, encantada.

— Eu não posso!

— Eca, cara. - Hansel parecia enojado. - Mas, se as fadas disseram, deve ser o único jeito.

Os três dormiram por ali, para não enfrentar a floresta à noite, e o Cavaleiro teve um sono agitado. Tinha que ter outra solução para aquilo... No outro dia, eles voltaram discutindo todo o caminho de volta à aldeia. A menina parecia muito animada com a situação toda. Seu irmão apenas sacudia a cabeça, enquanto murmurava “Às vezes, um homem tem que fazer sacrifícios. É o que o meu pai diz”. E o Cavaleiro sentia como se tivesse levado uma pancada na cabeça. Estava confuso e não conseguia pensar direito.

Quando chegaram na aldeia, ele andou até a casa, pálido como um fantasma. Abriu a porta e se ajoelhou ao lado da Rainha, que ainda dormia tranquilamente. Ele a olhou, engolindo em seco.

— Eu realmente não posso fazer isso.

— Mas você tem que fazer! - Gretel não parecia caber em si de tanta animação.

— Que nojo, eu não quero olhar. - Hansel cobriu os olhos com as mãos.

— Vai lá!

— Ela me mataria. - ele sussurrou.

— Bom, se você não a beijar, é capaz de ela morrer.

O Cavaleiro fitou a Rainha. Era parecia muito tranquila, respirando lentamente. Os lábios dela pelo menos pareciam agradáveis. Eram avermelhados e cheios. Deviam ser macios. Poderia ser pior, ele pensou.

— Vai logo! - Gretel incentivou.

Ele aproximou o rosto do dela. Estava bem perto, mas não ousava se aproximar mais. Permaneceu suspenso a centímetros dos lábios da Rainha.

— Pelo amor de Deus, deixe de enrolar e acabe logo com isso, homem! - Hansel gritou por entre os dedos com os quais cobria o rosto. O Cavaleiro respirou fundo e fechou os olhos. Talvez, assim, fosse mais fácil. Ele se aproximou, o mais delicadamente possível.

E então, duas mãos o pararam, empurrando-o levemente no peito.

— O que está fazendo?

Ele abriu os olhos. A Rainha o encarava, o rosto a centímetros do seu, estreitando os olhos.

— Eu... - ele não sabia o que dizer. Não estava esperando aquilo.

— Ele ia beijar você! - Gretel falou, parecendo meio decepcionada. A Rainha arregalou os olhos.

— O quê?! - e com aquela exclamação, ela empurrou com força o Cavaleiro para que ele saísse de cima de si, fazendo-o cair para trás.

— Ai!

A Rainha se ergueu, alta como uma torre, zangada, olhando para ele firmemente.

— Explique-se.

— Eu... As fadas mandaram! Você estava dormindo e eu queria quebrar a maldição e elas disseram que o único jeito seria... Um... Um beijo... - ele corou. A Rainha cobriu o rosto com uma das mãos.

— Fadas. Não escute tudo que as fadas dizem! Elas gostam de brincar com as pessoas. “Olhe, aqui está um vestido lindo para você seduzir o homem que ama. Mas, opa, ele só dura até meia noite!” - ela imitou a voz alegre das criaturas. - Não são malignas, mas gostam de pregar peças. Estavam tentando se divertir às suas custas!

— Eu... Eu não sabia... Achei que um beijo... Parecia válido... - ele balbuciou, envergonhado.

— Isso só funcionaria se você fosse um príncipe. - a Rainha rosnou. - Há diversas maneiras de quebrar uma maldição do sono, dependendo do objeto usado para lançá-la, e essa com certeza não é a mais prática.

— Bom... E como nós quebramos essa? - ele tentou desviar o assunto.

— Não quebraram. Acho que ela se esgotou sozinha. - a Rainha olhou ao redor. - A Feiticeira deve ter usado alguma fonte externa para manter a magia e essa fonte deve ter se esgotado.

— Caramba... - Hansel suspirou. - Você escapou por pouco...

— Hansel! Gretel! - uma voz de mulher os interrompeu. As pessoas dentro da casa estavam se levantando, confusas, e a tia dos dois meninos havia irrompido pela porta. Ela abraçou as duas crianças. - Graças a Deus! Onde vocês estavam? O pai e a mãe de vocês quase ficaram loucos de preocupação!

A história foi contada rapidamente. Quando as crianças haviam sumido, os adultos da aldeia se reuniram todos para organizar um resgate dentro da floresta. Entretanto, a reunião foi interrompida pelo aparecimento misterioso da roca prateada no centro da pracinha do lugar. Todos ajudaram a carregar o objeto misterioso para dentro da casa da tia dos meninos, onde um dos homens acabara se arranhando com o fuso. E, então, todos haviam caído, adormecidos.

— Eu devo ter sido atingida pelo que restou da magia. - a Rainha sacudiu a cabeça. - Provavelmente, a Feiticeira estava tentando mantê-los longe enquanto preparava as crianças para algum ritual de magia negra.

Os aldeões os acolheram afavelmente depois de ouvir a história toda, principalmente os pais dos dois irmãos, que queriam retribuir o favor a quem salvara seus filhos, por mais que a Rainha dissesse que, na verdade, as crianças haviam basicamente se salvado sozinhas. Isso não as impediu de ganhar um castigo de uma semana dos pais.

Houve um banquete na aldeia, com toda a comida que os aldeões conseguiram reunir, e o Cavaleiro e a Rainha comeram e beberam quase a noite toda. Dormiram um pouco, e, ao se levantarem para seguir viagem no outro dia, foram presenteados com dois cavalos e alguns suprimentos para sua viagem, inclusive um par de espadas de lâminas sem fio que a Rainha pedira de favor para o ferreiro da aldeia. Os dois se despediram dos moradores do lugar, principalmente das duas crianças, as quais a Rainha recomendou que ficassem longe da floresta, apesar de ter a sensação de que eles não a levariam muito a sério. E, então, se prepararam para partir.

Mas, antes disso, o menino, Hansel, puxou o Cavaleiro para o lado.

— Olhe. - ele entregou um frasco arrolhado, cheio quase até a borda de um líquido transparente meio alaranjado. - Eu roubei para você.

— O que é isso?

— Não sei! Estava na casa da Feiticeira. Eu achava que era um antídoto para a maldição do sono, então peguei, mas não tenho certeza do que é.

— As fadas mandaram nós não pegarmos nada! - o Cavaleiro o repreendeu.

— Bom, elas também lhe mandaram beijar a Rainha, não foi? - o menino retrucou. O rapaz arregalou os olhos. - Sim, eu sei que ela é a Rainha. As outras pessoas podem não saber, mas eu tenho certeza de que é ela. Nenhuma moça anda com aquele ar de nobreza a não ser que seja rainha de algum lugar! E vocês estão indo em uma viagem perigosa. Acho que querem recuperar o reino. Por isso, eu estou dando isso para você. Talvez você precise usá-lo na jornada. Leve. - e, com aquilo, o menino se afastou. O Cavaleiro escondeu o frasco em um bolso de sua capa e, após alguns minutos, os dois partiram.

A aldeia, pequena, rapidamente desapareceu no horizonte. O Cavaleiro e a Rainha cavalgaram, mudos, para longe da floresta.

— Me desculpe. - o Cavaleiro quebrou o silêncio, após algumas horas. A Rainha o olhou, sem entender. - Por... Você sabe. Eu achei que tinha que fazer e...

Ele sacudiu as mãos, tentando ilustrar o que estava querendo dizer. A jovem suspirou.

— Não foi sua culpa. Você me surpreendeu, só isso. Não fiquei realmente zangada. Só esqueça o assunto.

— Você se assustou? - ele perguntou, sem conseguir se conter.

— O quê? - a Rainha tinha a leve impressão de que aquela conversa estava seguindo um rumo que ela não queria que tomasse.

— Quer dizer... Um beijo. Eu... Eu não sou tão terrível assim, sou? - o Cavaleiro perguntou, sem pensar. Ele parecia meio abobalhado. Sentia que devia parar de falar, mas por alguma razão, não conseguia.

A Rainha suspirou.

— Eu só prefiro estar acordada e ciente quando alguém vai me beijar. - ela tentou encerrar o assunto.

— Então, se você estivesse acordada...?

A Rainha lançou-lhe um olhar de aviso que claramente dizia “esse é um limite que você não quer cruzar”.

— Você está realmente me pedindo um beijo?

Ele arregalou os olhos.

— N... Não! Claro que não! Eu nunca...

— Então pronto. Chega de falar desse assunto. - ela pôs um ponto final à conversa e voltou a olhar para frente, esporeando o cavalo para que ele andasse um pouco mais rápido. O Cavaleiro olhou para o chão sentindo-se extremamente estúpido e, por alguma razão, com o orgulho levemente ferido. Que coisa... Só queria saber...

“Isso só funcionaria se você fosse um príncipe”.

Ele lembrou daquelas palavras. Bom, ele não era um príncipe. Será que ela só reconheceria alguém da nobreza? Porque, se fosse assim... Ele era só um Cavaleiro iniciante, que há alguns dias atrás era apenas um filho de caçador...

Ele sacudiu a cabeça para espantar os pensamentos. No que estava pensando? Que lhe importava as preferências da Rainha? Ela era fria, mal-humorada, e definitivamente, não era um bom partido. Estava confundindo as coisas. O que ele queria mesmo era ser seu Cavaleiro e servi-la, lutando em grandes batalhas e sendo reconhecido como um grande guerreiro. Na realidade, o que queria era o respeito dela. E não conseguiria aquilo fazendo perguntas estúpidas e se envergonhando na frente dela. Com aquele pensamento em mente, ele esporeou o cavalo para acompanhá-la.

 

 


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Notas finais do capítulo

Oie! Obrigada por ler!

Exatamente hoje completa um mês que eu estou postando essa história no Nyah! Como se pode ver, estou bem feliz com isso =D

Espero que tenham gostado do capítulo. Dúvidas? Críticas? Elogios? Todos serão bem-vindos.

Até o próximo capítulo! o/



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