Digimon: O Limiar de um novo mundo! escrita por Takeru Takahashi Usami WZD, Augusto Snicket


Capítulo 25
Capítulo 24 –Historinhas da Morte




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—Olá respeitável público! –A plateia estranhou ao ver o diretor anunciando o programa –Estamos começando...

—Ei! O que significa isso? –Perguntou João subindo ao palco.

—Você se atrasou e achei que podia apresentar no seu lugar.

—Como ousa?! –João estava furioso.

—Como namorado de uma celebridade, achei que...

—Você não deve achar nada! –João vinha se sentindo diminuído desde que descobrira que o diretor namorava o Genai, mas a audácia dele de tentar roubar seus holofotes foi inadmissível –Me atrasei por que estava acertando uma entrevista com um convidado!

—Quer que eu acredite que você foi fazer o trabalho dos produtores? Logo você que mal faz seu trabalho de apresentador?

A aura de João incendiou!

—Alerta de incêndio! –Gritou Taki.

—Eu sou o melhor apresentador que esse programa já viu! Sou o João! O Sexy e sedutor! O lindo e simpático! E vou te mostrar como se apresenta um programa de sucesso de verdade! Convidado entre!

O diretor revirou os olhos esperando que algum figurante da fic subisse ao palco, mas ao invés disso uma poça de escuridão surgiu e um homem se ergueu das sobras. Ele deu um sobressalto e gritou espantado.

—DEAD?!

—Convidei um dos três líderes da União para uma entrevista –O diretor tremeu e não conseguia fechar a boca –Levem o diretor para os bastidores e vamos dar boas vindas ao convidado –Todos aplaudiram, mas estavam um pouco assustados.

—É um prazer estar no seu programa.

—Muito obrigado. Sente-se comigo e vamos assistir o capítulo que é focado em você.

—Se as pessoas tem medo de mim só por causa de minha aura das trevas, esperem até saber quem é meu pai –Ele não conseguiu deixar de sorrir.

Eles sentaram-se, João pegou o controle e deu “play” no capítulo.

—–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Os digiescolhidos foram para o escritório do Dead que os esperava tomando uma xicara de café.

—Sejam bem vindos, pensei bem no que contar pra vocês, e cheguei a conclusão que lhes direi a verdade sobre minha família. Principalmente sobre meu pai, pois um dia todos vocês se depararão com ele, não importa em qual mundo estejam, meu pai sempre vai encontra-los.

—Não estou entendo –Comentou Bucky –Quem é seu pai?

Dead apenas sorriu.

—Você já vai descobrir.

“A morte pode ser somente o inicio de uma nova vida”

Meu passado nem sempre foi uma coisa bonita de se ver, começando pelo meu nome, Miguel Dysllif, o filho amaldiçoado, filho da Morte.

Minha mãe, Jaclyn Dysllif, britânica, de 32 anos, era uma ótima mulher, mas o seu erro foi o seu grande medo de morrer. Ela após presenciar a morte da minha avó, decidiu que nunca iria morrer, não importava o que acontecesse. Foi aí que ela decidiu invocar o meu pai, o grande ceifador, o último inimigo, o final de todos os caminhos, a Morte.

Minha mãe cometeu esse trágico erro: Invocou e se apaixonou por meu pai. Viveram uma história de amor macabra. Em 1º de abril de 1887, eu, Miguel Dysllif, nasci numa noite tempestuosa.

Eu cresci feliz, no meio das pessoas normais, me diverti bastante, ao menos enquanto eu podia desfrutar de diversão, sem nem saber que fui criado com o intuito de salvar minha mãe do trágico destino que a aguardava, mas ela se enganou. Nada escapava do meu pai.

            Cinco de março de 1891

            Eu tinha sete anos, naquela época não fazia ideia de quem era meu pai, sempre achava que ele tinha abandonado minha mãe quando estava grávida, mas mesmo assim vivia feliz numa casa de campo no interior. Eu era muito apegado àquele lugar e pensava que minha vida sempre seria perfeita. Grande engano. Neste dia conheci meu pai e ele levou minha mãe embora.

—Miguel! Miguel! –Chamava minha mãe – Pare de abusar o cachorro! Venha comer! –Ela ria enquanto eu corria atrás de Halt, o nosso cachorro.

—Certo, mãe, vou prender ele e já vou! –Ri saindo com o cachorro em direção à sua casinha no fundo do quintal –Pronto Halt fique aí, depois brincaremos mais!

Foi aí que ouvi um barulho de algo caindo dentro de casa, saí em disparada procurando minha mãe e a encontrei caída no chão.

—MÃE! –Gritei assustado –Mãe, responde! –A sacudi na tentativa de obter respostas, ao não conseguir, praticamente saí de casa voando para a casa da Tia Ely, que não ficava muito longe.

Tia Ely e seu marido tio Albert, que é medico, me acompanharam até em casa, colocaram minha mãe na cama, o tio começou a examinar, enquanto minha tia me acalmava.

—Miguel querido, sua mãe vai ficar bem com toda a certeza, ela é uma mulher forte! Lembra-se da história que eu contei sobre seu parto? –Falava ela fazendo cafuné no meu cabelo.

—Sim! Foi difícil o meu nascimento! Mas ela aguentou até o fim! –Eu respondia tentando manter esperança.

—Miguel! –Meu tio chamou –Venha aqui! sua mãe acordou!

—Ebaaaa! –Comemorei com lágrimas correndo pelos olhos de alegria e alívio, fui correndo para o quarto, onde meu tio esperava na porta com uma cara triste, me dando espaço pra passar e fechando a porta me deixando a sós com minha mãe –Mãe, a senhora melhorou?

—Não meu pequeno e tenho uma notícia que com certeza você não vai gostar –Ela disse se sentando na cama –Lembra-se do seu pai? Que eu falei que ele não podia ficar com a gente?

—Sim! Lembro... Ele nos abandonou –Respondi cabisbaixo –Ele não nos amava.

—Amava si! Amava tanto que se afastou para o nosso bem, mas hoje... Ele vai vir nos ver –Falou baixinho –Miguel, você vai ter que ser forte, pelo seu bem, você não poderá fraquejar diante da minha partida.

—Mãe, não estou entendo, o que meu pai tem haver com isso, e por que ele vai vir aqui justo agora? –Eu perguntava confuso, já querendo chorar de novo.

 –Ele já chegou, conheça seu pai meu filho.

Quando olhei para atrás notei que o quarto estava diferente, uma névoa purpura rodeava a cama da minha mãe, eu não ouvia mais nenhum som, tudo estava silencioso, havia um homem parado em frente à porta, ele tinha a pele pálida, olhos negros como a noite, cabelos cacheados pretos, vestia uma capa com capuz cinza e carregava uma foice.

—Olá Jacy –Disse o estranho entrando no quarto –Sinto muito ter que te levar agora.

—Não sinta! –Respondeu minha mãe rispidamente –Se você não viu nosso filho tá aqui! Demonstre sentimentos!

—Nosso o quê? –Disse o homem parando para prestar atenção em mim –Então ele é o Miguel! –O homem se abaixou ficando na altura dos meus olhos –Oi garoto! Eu sou seu pai! Prazer, sou o fim de todos os caminhos, mas todos me chamam de Morte! –Falou dando um leve sorriso sem nenhuma emoção.

—Meu pai? –Perguntei tentando assimilar a quantidade de coisas que sentia naquele momento –Por que nos deixou? Por que fugiu?

—Essa foi a explicação que você deu a ele em relação à minha falta de presença? Que ótimo Jaclyn! Agora eu virei o vilão! –Ele reclamou se virando para minha mãe –Ao menos agora você falou pra ele que ele vai ficar comigo?

—Eu estava contando quando você chegou! Miguel venha aqui. –Chamou minha mãe, fui e subi no colo dela –Eu estou morrendo filho, infelizmente, e seu pai é a Morte... A força sombria que leva todos embora.

—Como a vovó? –Perguntei.

—Sim, como a vovó... Foi seu pai quem a levou, agora esta aqui para me levar também –Ela disse tristemente.

—Não! –Gritei chorando –Ele não pode te levar mãe! Não pode! Eu não vou deixar! –Falei me pondo entre ele e minha mãe – Vá embora daqui!

—Saia da frente moleque! –Disse o homem me empurrando – Vamos  Jaclyn, não costumo demorar assim!

—Deixe me despedir do meu filho! –Ela gritou furiosa –Ou me recuso a ir pra qualquer lugar! –Nunca tinha visto minha mãe tão furiosa, e pelo visto Morte nunca havia visto também, pois se encolheu um pouco deixando minha mãe se levantar e me pegar no colo – Eu vou morrer meu filho, mas você irá ficar com seu pai, ele parece cruel, mas é uma pessoa legal, por favor, se comporte, e não me esqueça, meu amado filho –Ela me colocou no chão e foi em direção do meu pai –Agora sim! E lhe aviso Morte, se algo acontecer ao meu filho, você será amaldiçoado pelo resto de sua eternidade!

Após essas palavras, Morte balançou a cabeça e bateu de leve com foice na cabeça da minha mãe, ela deu um suspiro e desabou no chão. Eu chorei como nunca havia chorado antes e corri até ela, sendo impedido pelo meu pai que me segurou enquanto me debatia, e me levou com ele, nem me deixou despedir-me direito da minha mãe.

            E assim começou a minha vida ao lado do meu pai, a Morte.

            –Vamos, aprecie a viagem.

            O mundo explodiu em cores, vi infinitas borboletas de ossos, algumas pessoas tem habilidades de teletransporte, eu por exemplo posso viajar nas sombras, mas meu pai é o único que pode transitar entre as camadas da vida e da morte e é uma visão maravilhosa, uma verdadeira viagem em obras de arte. Senti minha alma vibrar, pois aquela viagem devia ser para os mortos e não para os vivos. Um tornado de borboletas de ossos nos levou até uma praia, mas a terra era preta, as águas sem vida e não havia vento, nem sol ou nuvens.

            –Que lugar é esse?

            –É o primeiro nível do meu mundo, eu poderia te levar direto para meu castelo, mas achei que gostaria de conhecer meu reino, de fazer um tour pelo reino dos mortos. Já andou de canoa?

            –Não.

            –Então, prepare-se para uma passeio e não toque na água, tem almas pegajosas nele, elas são um saco. Só sabem reclamar.

            Subimos numa canoa e conheci o barqueiro do inferno, o conhecedor das correntezas do rio Queronte. Daí em diante seguimos numa viagem assustadora e ao mesmo tempo fascinante, conheci vários mortos, deuses, demônios e seres sem nome. Conheci as profundezas das trevas, mas também a alegria da luz. Aprendi a valorizar a vida e a aceitar a morte.

            Por anos fui treinado pelo meu pai, até decidir voltar de vez para o mundo dos vivos e seguir com minha vida.

            –E agora estou aqui, como líder da equipe preta.

            Os digiescolhidos estavam boquiabertos, já achavam o Dead assustador e agora descobriram que ele era filho da própria morte.

            –Então você é imortal? –Bucky perguntou.

            –Não, apenas tenho uma vida mais longa do que o normal, ninguém escapa do meu pai, nem mesmo eu.

            –Eu acho que preciso de um pouco de ar fresco –Hayaki saiu enjoado da sala e Hacko o acompanhou preocupado.

            –Isso foi fascinante! –Exclamou Kitsu e Bucky a olhou surpreso, não achou que uma garota ficaria animada com o reino dos mortos –Meu pai trabalha para a Sociedade das almas e sempre fiquei curiosa para saber como é lá.

            –É tipo uma filial japonesa do reino do meu pai –Disse Dead dando um raro sorriso.

            Os digiescolhidos começaram a si retirar do sala, mas Pink continuou sentada ao lado de Hawkmon.

            –Você não vem, Pink? –Perguntou Lucy.

            –Podem ir na frente, depois alcanço vocês –Quando eles saíram, ela encarou meio receosa seu superior. Se já estava com medo de ler a mente dele antes, imagina agora que descobrira que ele era filho da morte –Senhor Dead, eu... Queria te fazer uma pergunta.

            –Não enrole, sou alguém muito ocupado, você quis saber do meu passado por algum motivo. Vá direto ao ponto e tire essa cara de medo, não vou ceifa-la, não hoje –E sorriu –Estou brincando.

            –Tá legal... Você matou os pais do Stephen?!

            –O quê?

            –Ele disse que se juntou ao Slash para se vingar da União. Que você matou os pais dele.

            –Primeiro, não faço ideia de quem são os pais dele.

            –Eu posso te mostrar –Pink ergueu a mão receosa, Dead entendeu e  fez sinal que ela prosseguisse, sendo assim, lhe mostrou a lembrança de Stephen brincando com seus pais.

            –Entendi, ele é filho daqueles dois –Dead se levantou –Venha, vamos falar com esse garoto.

            Stephen se surpreendeu ao perceber que teria visitas novamente naquele dia. Quando a porta de sua cela se abriu seu coração saltou de seu peito.

            –Salamon!

            –Stephen!

            Pink havia entrado na cela trazendo o digimon cachorro parceiro do garoto. Salamon correu para os braços dele, foi uma cena linda de se ver.

            –Vai confiar em nos deixar juntos? –Ele perguntou surpreso.

            –Mesmo que ela digivolva não conseguiria me derrotar –Disse Dead entrando na cela. Stephen se levantou num pulo em alerta.

            –Você! Assassino dos meus pais! –As mãos de Stephen brilharam envoltas de escuridão, em seus punhos se materializaram manoplas de sua armadura de Orion.

            –Como previ, só de estar ao lado de seu parceiro digimon, mesmo sem o digivice, seu poder já aumentou.

            –Stephen, se acalme! –Tentou Pink –Se nos atacar agora, vão separar vocês dois novamente –O garoto olhou para seu digimon apreensivo.

            –Pink me disse que você acha que matei seus pais.

            –Eu não acho, eu vi!

            –Aos olhos de uma criança de sete anos posso mesmo ter parecido um assassino, mas não foi o que aconteceu –Dead se voltou para Pink lhe estendendo a mão –Ligue nossas mentes, compartilhe minha memória daquele dia.

            Pink segurou a mão de seu superior e se concentrou, quando abriu os olhos brilhavam intensamente e tudo desapareceu.

            “Primeiramente garoto, saiba que sou filho da morte, meu pai conhece tudo e todos, eu pelo contrário não, por isso não lembrei de você assim que o vi. Uma vez por ano, meu pai tira folga e pede para que assuma seu cargo, naquele dia, eu fui a morte”.

            As lembranças de Dead e Stephen se misturam juntando as peças do quebra-cabeça que era aquele trágico dia.

            Stephen tinha sete anos, estava no banco de trás cantando animadamente com Salamon, Patamon e Tailmon. Seu pai dirigia e sua mãe sorria animada. Estavam indo passar o dia na praia. A viagem seguia tranquila, seria apenas, mas um dia feliz na vida daquela família. Então o garotinho olhou pela janela e o viu.

            Dead levitava seguindo o carro, usava praticamente as mesmas roupas dos dias atuais. Seu rosto era frio e até meio entediado. Stephen sentiu arrepios, abriu a boca para falar aos seus pais o que estava vendo, quando um caminhão se chocou contra eles. O carro foi arremessado por um barranco, tudo durou poucos segundos, mas pareceu uma eternidade. O mundo girando, vidros lhe cortando a pele, gritos, barulhos de ossos quebrando e metal amassando.

            O garoto foi arremessado pela janela abraçado à Salamon, ele sentia dor por todo corpo Quando abriu os olhos viu a primeira morte de sua vida, Tailmon estava toda troncha, uma viga de ferro lhe transpassando.

            –Tailmon! –Ele gritou. O corpo da digimon gato oscilava e logo se desmanchou em dados –Não! Tailmon não vá embora!

            –Stephen! –Patamon veio e ajudou o garotinho a se levantar, o digimon estava com uma orelha/asa quebrada e vários cortes pelo corpo que as vezes chegava a oscilar em dados.

            –Patamon! A Tailmon morreu! Ela se foi!

            –Não chore, vai ficar tudo bem! Vamos procurar seus pais.

            Eles deram poucos passos e então viram aquela sombra de pé sobre o capô amassado do carro, o para-brisa havia se despedaçado, os pais dele estavam aparentemente desmaiados ainda sentados nos bancos da frente.

            Stephen tremeu dos pés a cabeça, mas não desviou o olhar, não conseguiu gritar, nem se mover, apenas viu Dead sacar a foice e golpear seus pais, os matando.

            Patamon ainda tentou ataca-lo usando a Bolha de Ar, mas o esforço fez que seu corpo se desmanchasse e o ataque se desfez em vento sem nem alcançar o alvo. Dead olhou para o garoto e desapareceu.

            –Viram só? Ele matou meus pais! –Gritou Stephen na mente de todos.

            –Isso não é verdade e você sabe disso –Confronto-o Dead –Eu era a morte e a morte não mata ninguém. Como só trabalho um dia por ano, não sei lidar muito bem com a invisibilidade. Não sabia que estava me vendo. Segui o carro, pois seus pais estavam destinados a morrer num acidente de carro, assim como seus parceiros digimons. Eles estavam mortos quando subi no carro, você me viu ceifando suas almas. Ainda assim nem sabia que estava me vendo, quando olhei pra você, pensei que você estava em choque por ver o corpo de seus pais e não por estar vendo a morte.

            A imagem se desfez e Stephen caiu de joelhos chorando na cela.

            –Seus pais pereceram de uma morte natural, não existem culpados, não existem pessoas para odiar. Não sou do tipo que fica consolando os outros. Não fiz nada de errado. Pode continuar me odiando se quiser, mas não pode usar isso como desculpa para fazer maldades. Você herdou um dos digivices e me recuso a acreditar que tal artefato de poder de luz escolheria alguém que não fosse puro de coração. Pare e reflita, faça sua escolha. Quando estiver pronto peça para me chamarem –Dead saiu depois de cuspir aquelas verdades e não deu nem mesmo um sorriso complacente.

            Pink ficou um tempão assistindo-o chorar e então se ajoelhou ao seu lado.

            –Tenha cuidado, Pink –Disse Hawkmon.

            –Esta tudo bem –Lhe respondeu –Stephen, você entende que o Dead esta certo? –Ele não respondeu –Me mostre o que aconteceu depois.

            Ela o tocou e viu. Semanas depois, o garoto estava sendo transferido para um orfanato, quando um portal se abriu e um kabuterimon atravessou causando um caos. Em meio da confusão, o digivice o escolheu, veio do céu num raio de luz direto para as mãos do garoto. Stephen foi o primeiro dos oito digiescolhidos a ser despertado.

            Seus pais haviam lhe contado histórias fantásticas sobre os digiescolhidos e agora ele era um deles. Seu digivice era branco e brilhava intensamente.

            –Com isso posso ser forte, com isso posso... –Ele se lembrou nitidamente de Dead golpeando seus pais com uma foice –Posso me vingar! –Seu digivice branco foi tingido de preto e Salamon digivolveu para Black Tailmon pela primeira vez.

            Eles derrotam o Kabuterimon antes da equipe dourada da União chegar. “Não quero ir para nenhum orfanato!”. Ele fugiu com Salamon, juntos perambularam sem rumo pela cidade até pararem numa loja de eletrônicos e viram uma reportagem sobre a União na TV.

            “Os três líderes da União se reuniram para...” O resto da reportagem não era importante, mas lá estava ele, lá estava o assassino de seus pais.

            –Eu vou mata-lo! Eu juro que vou me vingar.

            –Seu coração esta repleto de trevas –Disse uma voz que lhe causou arrepios. Tudo ficou escuro e quando se deu conta, Stephen já estava no digimundo.

            –Quem é você?!

            Um velho vestido de preto e vermelho sorria gananciosamente para o garoto, ele tinha uma enorme barba branca, um cajado com um crânio na ponta e possuía dois pares de asas.

            –Sou Barbamon, e acho que tenho lugar para você ao lado do meu mestre. Venha comigo e lhe daremos o poder para ter sua vingança.

            Desde modo, Stephen e Salamon foram parar nas garras de Slash e o serviram bem.

            De volta à cela. Pink se sentou exausta, tinha usado muito de seus poderes telepáticos naquele dia.

            –O que você vai fazer agora? –Ele não respondeu –E quem é esse Barbamon? Ele parecia poderoso, nunca ouvi nada sobre ele e nem estava aqui na invasão.

            –Ele é um dos servos mais leais e poderosos de Slash. É um dos quatro cavaleiros infernais.

            Pink sentiu sua pele se arrepiar toda. Tinha que repassar aquela informação para seus superiores. Se levantou com a ajuda de Hawkmon e saiu da cela. Parou e olhou para o garoto um última vez.

            –Ninguém teve culpa de nada, nem mesmo você. Slash só te deu trevas, mas nós podemos te dar redenção. Pense nisso –E foi embora.

            Salamon lambeu as lágrimas de Stephen, era seu dever protege-lo, lhe doía muito vê-lo sofrer.

            –Stephen?

            –Não precisa dizer nada, só precisa ficar comigo –Ele abraçou sua parceira digimon sem saber o que devia fazer dali pra frente.

            Continua...

            _________________________________________________________

            ­­­­­­­­­­­–Uau! –Exclamou João –Como é ser o filho da morte?

            –Tem seus lados positivos e negativos. Por exemplo, conheci várias personalidades ilustre que já morreram. Por outro lado é muito difícil passar um tempo de pai e filho, principalmente em tempos de guerra.

            João lançou um olhar furtivo para o diretor que roía as unhas nos bastidores, pelo jeito ele não ousaria atrapalha-lo, afinal seu convidado era muito bom. “É assim que se joga, vadia!” pensou o apresentador.

            –Vamos fazer um jogo de palavras, faço perguntas curtas e você responde o que lhe vier a cabeça.

            –Diversão?

            –Mortes.

            –Romance?

            –A noiva cadáver.

            –Cor favorita?

            –Bege.

            –Bege? Sério? –Dead deu de ombros e João prosseguiu –Comida?

            –Espetinho de escorpião.

            –Gato ou cachorro?

            –Prefiro pássaros.

            –Hobby?

            –Corte e costura.

            –O que te tira do sério?

            –O Live.

            –Felicidade?

            –Derrotar meus inimigos.

            –Bem, agora vamos a última pergunta: Você ceifaria o diretor se eu pedisse?

            –O quê?!!! –O diretor gritou loucamente e Dead sorriu e lhe lançou um olhar ameaçador.

            –De vez em quando posso fazer um favorzinho para meus amigos.

            –Ouviu isso diretor? –Provocou João –A-M-I-G-O-S. Pense nisso da próxima vez que quiser me passar a perna.

            –Não, eu... Você é o melhor apresentador João. Desculpe tentar te substituir, caso se atrase a gente espera, não tem problema não –Gaguejava o diretor todo nervoso. João abriu um enorme sorriso.

            –Muito obrigado por sua participação, Dead. Espero te ver em breve, vamos todos acompanhar os avanços de seu personagem na fic.

            –Muito obrigado. Sucesso para o programa, vou indo, tenho um jantar no inferno com meu pai –Ele desapareceu nas sombras deixando todos num clima tenso, menos João que sorria de orelha à orelha.

            –Vamos encerrar o programa por aqui. Kissus no heart e até breve.


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