Uma semana se passou, e nada. Não conseguiam achar uma solução para alistar novos soldados. E Maxon cada vez mais, ficava preocupado. Realmente, a situação estava cada vez mais desfavorável para a família real. Eles estavam atentos para algum ataque rebelde, enfim eles não haviam desistido dos ataques. E ninguém sabia a quantidade exata de sulistas, eram feitas estimativas para cada ataque nas pequenas vilas, mas nada certo. E enquanto isso, lá estava Maxon Calix Schreave na sua mesa, resolvendo problemas de rebeliões nas províncias.

— Maxon você não pode ficar aqui o dia todo, e mesmo que fique, você deve comer.

— América meu amor, é tanta coisa que acabo perdendo a hora.

— Os sulistas de novo?

— Não, pequenas rebeliões internas, que estão acontecendo nas províncias.

— Hum. E tudo isso se deve a quê?

— Primeiramente, já era para o congresso ter aceitado pelo menos eliminar a casta inferior, isso já era um belo avanço.

— E por que essa demora toda?

— Não sei. Em segundo lugar o problema do alistamento, está levando toda a minha paciência. Precisamos logo de uma solução, assim acalmaria esses ataques por um tempo. E também temo pelo pior. A Marlee está grávida, você e as outras ficariam a mercê de tudo que acontecer aqui.

— E seu primo? O líder dos nortistas, eles  nos ajudaram muito daquela vez. Como é mesmo o nome dele?

— August Illéa. E tem a Geórgia, a mulher dele.

— sei, nos tornamos boas amigas. Por que você não marca uma tarde amanhã para conversarmos sobre isso? Acho que ele poderia nos ajudar a chegar em uma solução, o que acha?

— bem pensado! Não é atoa que é uma Singer, vocês são muito inteligentes.

— irei ligar para eles agora, um instante.

América senta-se do lado do esposo, dá um beijo perto da orelha, e aproveita e sussurra um “ eu te amo” e logo em seguida fala “ você fica tão lindo quando está pensando, sabia?”. Maxon pegou o telefone, digitou o número do telefone e apertou o botão da chamada. Em seguida olhou para ela e disse que amava mais que tudo que existia no mundo, e que ela era coisa mais valiosa na vida dele.

— Alô?

— August? Aqui quem fala é o rei Maxon, eu desejaria falar com você amanhã á tarde, será que posso marcar?

— Claro não tenho nada para fazer amanhã, levarei Geórgia comigo, está bem para você?

— Claro, américa adorará a visita da amiga, pode traze-la vocês são bem vindos aqui.

— então assim, até manhã vossa alteza.

— até mais August.

Maxon desligou o telefone, levantou-se e pegou a mão da esposa delicadamente, e a levou consigo, para jantarem.

— tenho uma surpresa para você!

— o que é?

—August irá vim amanhã e trará consigo, a Geórgia sua amiga, para que vocês conversem um pouco.

— que bom meu amor! Que hora será assim poderei organizar um a pequena tare só de mulheres amanhã.

— vai ser às quatro da tarde.

— então assim, está bem.

Eles seguiram pelos corredores, até chegarem ao salão de jantar. Onde sentaram-se ao lado dos amigos e foram jantar. Ao terminar a janta, América levantou-se e foi até Mary pedi que organizasse um a recepção, para tarde do dia seguinte, onde receberia uma convidada em especial, e pediu para que fizessem uma carta avisando a senhora Singer, e as outras irmãs para irem ao palácio para se juntarem as elas. E que falasse com as camareiras que preparasse um quarto para May a irmã dela.

Ela esperou por Maxon, e depois que ele terminou, foram para o quarto juntos. E no caminho eles foram conversando sobre a visita da sogra na casa real, e a visita das cunhadas. Já fazia um bom tempo que, nem a mãe e nem as irmãs de América não andavam no palácio fazia tempo.

Eles entraram no quarto de mãos dadas, e América foi direto para o closet em busca de uma camisola para dormir.

— Meris enquanto você fica ocupada aí, eu vou tomar banho daqui a pouco eu volto.

— está bem. Só não demore muito esta bem?

— O.K

América ficou lá, perdida nos pensamentos, enquanto seu marido estava no banheiro. Até que ela acabou achando uma camisola de seda, cor lilás bebê e que era superfino, na parte dos seios havia pequenos diamantes. Ela pegou e juntou com o roupão e foi para a porta do banheiro. Maxon demorou um pouco, e nesse tempo a ruiva penteou o cabelo e arrumou a cama. Quando ele saiu, ela pegou a roupa e entrou. Encheu a banheira de água, colocou algumas pétalas de rosa, e essência de baunilha  com cravo. Mergulhou dentro da banheira, ficou lá um tempo a mais do que Maxon.

De repente houve batidas na porta. Depois aumenta com mais frequência, e ela escuta um som, era diferente. E rapidamente ela pensa, no alarme dos rebeldes. Saí de dentro da água, veste-se rapidamente e abre a porta. Então se depara com seu marido, estava assustado, muito agitado, e a zoada do alarme tocava.

— temos que ir, os rebeldes atacaram o palácio, eles já invadiram estão na área leste.

— ah não! Marlee!

— ela deve estar bem, vamos nós temos que sair antes que seja tarde.

— por onde vamos?

— vai ser perigoso se nós sairmos do quarto, aqui dentro tem uma  passada secreta.

—onde?

— esse é o problema, eu não sei. Esse quarto era dos meus pais.

— e agora?

— só um minuto!

— ah meu bem, e se eles chegarem até aqui?

— ai vai ser um problemão.

— eu já tinha escutado meu pai falar que, havia um ...

— aonde?

— eu não estou lembrando...

— você num havia dito que seu pai...

— há lembrei tem um atrás do guarda roupa.

— então vamos.

Eles começaram  a empurrar o móvel, e escutaram uma conversa.

— vamos, temos que encontrar o rei e a rainha de Illéa, e fazer o que o chefe mandou. - falou um rebelde.

— acho que é aquele quarto ali. – disse o outro rebelde.

— achei, está aqui, vou destrancar.- falou Maxon.

Neste mesmo momento, escutam vários tiros, e vozes de soldados. Gritando para eles pararem.

— vá América eu fico aqui, e te dou cobertura.

— eu não vou sem você!

Maxon consegue abrir a trava da porta, e puxa para fora. América se recusa a ir. Eles escutam novamente vozes, mas desta vez parece que eram os rebeldes.

— então eu vou, vamos não temos tempo! -América entrou e em seguida Maxon foi atrás.

Quando eles saíram do quarto pelas passagens secretas, os rebeldes acabaram entrando no quarto. Reviraram tudo a procura do casal real, mas não acharam. Então um dos rebeldes achou a porta secreta, e entrou dentro e gritou o outro para entrar. América e Maxon, agora corriam pelos tuneis do castelo. Eles avistam um guarda, e seguiram em frente, mas ouvem um tiro, e ver o soldado caí. América grita, e o marido puxa na mão dela e vão por outro túnel.

— ai ai ai.

— o que aconteceu Meris?

— meu tornozelo está doendo muito, acho que torci.

— e agora?

Eles escutaram gritos de homem e que cada vez mais se aproximava, o pavor deles dois aumentava a cada minuto.

— meu amor e agora o que faremos?

— eles me querem! Eu ficarei, vá meu amor.

— não Maxon, não vou te perder.

— sabe quando eu falei a você que faria tudo pra te fazer feliz? , e que não deixaria ninguém te machucar. Eu não estava brincando, agora vá, para seu bem.

Depois que ele terminou de falar, lágrimas surgiram, e então rapidamente ela saiu de lá chorando aos prantos. E no caminho ela parou, respirou um pouco, e deu vários beliscões no braço. Não era um sonho, e o grande amor de sua vida estava em perigo. Logo, lembrou-se do pedido que havia feito, e começou a correr novamente. Ela escutou tiros, ela ficou paralisada.

— nãoooooooo!!! Nãooooo!!!!

E de repente suas pernas já não respondiam mais, ela acabou caindo no chão. O pavor era imenso. Os rebeldes ainda estavam por aí, e os soldados ninguém sabia se haviam mais deles vivos. E Maxon devia estar lá baleado no chão, sangrando, e chamando seu nome.

— Meri?

“ ouço vozes, será que os sulistas me encontraram?”

— América levante! Onde está Maxon?

Olhei para trás, lá estava Aspen em pé olhando pra mim e estava preocupado. Podia ver o tom de interrogação em seu rosto, esperando uma resposta.

— eu não sei! Ele ficou para trás, haviam rebeldes atrás de nós e então ele ficou lá. E agora eu não sei o que aconteceu, eu escutei um tiro. Aspen por favor salve ele, Maxon não pode morrer – falei chorando- se não vai ficar um vazio em mim. Por favor eu te suplico. – falei já desesperada.

— eu vou, mas você não pode ficar aqui. Siga em frente, terá soldados lá, eles te guiaram para um abrigo. Agora vá e não pare por nada.

Segui em frente, mas parei e olhei para trás, Aspen se afastava cada vez mais até que não pude mais vê-lo, então voltei a correr. Ouvi mais tiros, vi guardas a minha frente, não consegui conter a minha dor e tristeza, senti que estava perdendo os dois. Não podia ser. Não eles não! Primeiro meu pai, depois Celeste, A rainha Amberly, Anne e agora eles dois? Não aguentaria viver sem eles, sentir um aperto no peito, uma dor angustiante, cai no chão, a única coisa que vi antes de desmaiar foram os guardas correndo na minha direção