No capítulo anterior...

Após comprarem quase o mercado inteiro, caminharam de volta até Torre Stark e lá, como ficariam toda á noite sozinhos, fizeram um lindo prato. Visão estendeu a toalha na mesa e lá colocou dois pratos, duas taças e dois pares de garfos e facas, finalizando com uma linda rosa vermelha ao meio para decorar. Enquanto ele preparava a mesa, Wanda terminava a preparação da grande massa de pizza, feita pelos dois.

— Srta. Maximoff, iremos tomar o quê? – Perguntou, abrindo a dispensa.

— Acho que um refrigerante, o que acha?

— Ah, claro! – Exclamou pegando a grande garrafa de dois litros e meio, a posicionando sobre a mesa. Estava tudo perfeito. A arrumação estava impecável.

— Ei, Visão! O que está achando de morar aqui conosco? – A garota perguntou, enquanto cortava a pizza em fatias menores.

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— É uma experiência muito boa. É difícil entender os humanos, mas quando se passa a conviver com eles, conhece melhor seus hábitos e costumes. – Respondeu-a com um sorriso; caminhou até ela, abraçou-a por trás e posicionou seu queixo no topo da cabeça da feiticeira. – Aliás, como você é baixinha... – Sorriu em meio á fala.

Com esse comentário, a Maximoff corou levemente, mas ainda assim sorriu.

— E você é muito alto. Não consigo te abraçar direito. – Soltou uma gargalhada, retribuindo na mesma moeda.

— Ah não, isso não vale. – Sorriu mais uma vez. – Eu gosto de abraçar você, pequena!

— Que fofo, Vizh! – Exclamou sorrindo, porém, voltou a ficar séria. – Está tudo pronto. Vamos comer? ­Estou com muita fome... – A Morena questionou-o, levando a bandeja de pizza na mesa. Os dois sentaram-se um na frente do outro e começaram a deliciarem-se com a comida. Durante toda hora, os dois sorriam, conversavam e até gargalhavam. Foi uma das melhores noites que Wanda já passara com Visão.

A Feiticeira Escarlate e o Visão, á todo momento, tentavam várias maneiras de arrombar a porta; Quando conseguiram, perceberam que juntos, poderiam vencer qualquer obstáculo, por mais difícil que for. Ao saírem dali, voltaram para a base em Wakanda. Claro, Wanda estava doida para tomar um banho bem quentinho, já Visão estava calmo, mas ainda assim, queria repousar numa cama, ou num sofá e descansar. Chegando no local tão desejado, a Maximoff fora para seu quarto, banhar-se e Visão repousou o corpo na poltrona da sala. Depois de uns vinte minutos se encontraram de novo na sala de estar, onde mais cedo, Visão descansava. Andaram até a porta de entrada da base de Wakanda e sentaram-se lado a lado, numa dessas cadeiras encostadas na grande parede branca, cheia de musgos.

— Foi um sufoco sair daquela casa, não? Achei que ficaria sem ver a luz do dia. – O Sintezóide brincou, rindo.

— Foi mesmo! Sorte que fizemos as pazes... Não aguento ficar brava com você! – Indagou, com um brilho no olhar, enquanto mexia em seus cachos morenos com o dedo. – Ainda está meio bravo comigo por eu não ter te escutado? É que você falou daquele jeito comigo tão autoritário que parecia meu próprio pai me mandando ficar em meu quarto e obedecê-lo.

— Claro que não. Não devia ter falado daquele jeito com você! Depois de tudo, quando você me lançou para baixo, percebi o que havia feito... – Meio sem graça com o que fizera. – Mas vamos esquecer isso, pois foi passado. Viveremos o presente e o nosso futuro!

— Vizh! Olha aquilo ali! É um cachorrinho? – Perguntou Wanda, saindo do assunto anterior, vendo um animalzinho deitado na grama á poucos metros de onde estavam.

— Acho que sim, Srta. Maximoff! – Disse, enquanto levantava, aguardando a feiticeira para acompanhá-lo. Deixando a preguiça de lado, levantou-se assim como o Homem-Sintético, para dar total atenção aquele animal.

­– Hey garotão. O que aconteceu? – Perguntou-o, fazendo carícias em seu pelo ressecado, cheio de lama. O coitado estava numa caixa. Parecia que fora abandonado por algum desalmado.

O cachorro não respondera, óbvio. Apenas bocejou, colocando o focinho entre as patas e olhando-a. O coitado estava todo machucado, havia sangue em toda a extensão de seu pêlo, algumas feridas na barriga e marcas de mordidas pelas patas. Com dó, levou-o para seu quarto, junto á Visão. Ao chegar, fecharam a porta e trataram de curar o pequenino.

— Vizh, preciso que me ajude a curar todas essas feridas desse garotão aqui. – Balbuciou, colocando o cachorro em cima de sua cama.

Os dois ficaram em volta do cachorrinho e concentraram-se bem. Se errassem, tudo aquilo ia por água abaixo... Os dois fecharam os olhos e o poder e o clarão naquela sala aumentava cada vez mais. Ela, com sua mão direita posicionada em frente às feridas do cachorro, liberava alguns pequenos raios, que davam um pequeno choque no corpo do pequeno. Ele, por sua vez, segurava a mão esquerda da Morena, com a joia em sua testa brilhando. Um clarão, junto com uma pequena explosão, invadiu todo o quarto, fazendo os dois abrirem os olhos e olharem para o cachorro. O animal de pequeno porte, antes triste, tratou de pular no colo da feiticeira e lambeu-a a bochecha, todo contente por estar bem.

— Qual o seu nome? – Perguntou Visão, achando a cena muito fofa, atraindo a atenção dos dois á ele.

— Parece que não tem coleira e nem nome. – Ela olhou pelo seu pescoço e não havia nada. – O que acha de Snoopy, garotão? – Animou-se.

Como resposta, ele latiu abafado, abanou o rabinho e colocou a língua para fora.

— Nome bonito. Significa o quê?

— Sei lá. Só sei que é de um desenho muito fofo que, quando pequena, sempre assistia com Pietro. E até que ele se parece com o personagem do desenho, pois é bem branquinho e possui manchas pretas nas duas orelhas, que são caídas. – Respondeu a Feiticeira Escarlate, dando risada e sentando-se na cama.

— Ah. – Visão abriu a boca, meio intrigado, afinal, ele nunca havia visto esse desenho. Nunca! – Mas precisamos dar um banhinho nele, não?

— Faz o seguinte: tente achar alguém ou falar com o T’Challa para ver se ele sabe onde têm xampu e condicionador para cachorros. – Respondeu, deixando o pequeno descansar ao seu lado, enquanto ela ligava a TV para ver se passara alguma coisa de interessante.