Tua Ausência. escrita por Ginna Mills


Capítulo 21
Todo fue como en un sueño


Notas iniciais do capítulo

Vocês acharam que eu não iria voltar, né? Haaaa, voltei ahhaha. Eu estou com dois estágios, tempo a gente não tem =( É q é praticamente meu último ano de faculdade, tá um horror.
Obrigada a todos que não me abandonaram, amanhã eu respondo os comentes do cap anterior.
Me digam o que estão achando está bem?
Beijos, amo vcs s2.



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"A vida nem sempre é como queremos, porém, não é por isso que devemos perder a esperança" - Anahí

 

— Robin? – franziu o cenho.

— Desculpe te acordar. Eu só tive um pesadelo terrível. – respirou fundo. – Eu precisava escutar a sua voz.

— Estou bem, querido! – saiu quase inaudível por causa do sono que estava sentindo.

— Eu vou desligar, você parece exausta. – a voz dele para ela estava distante.

Depois de um longo silêncio Robin resolveu falar: - Meu amor?

— Hm? – foi a única coisa que ela conseguiu responder.

— Eu amo você. – sussurrou.

— Amo você, Robbie.- murmurou de volta antes de cair num sono profundo esquecendo o celular sobre o travesseiro

 

Tempo Atual

Hope escondia o rosto no pescoço da mãe enquanto o homem na frente delas tentava chamar sua atenção.

—Parece que ela não quer conversar hoje. - disse descontraído.

— É o que parece. - Regina sorriu e acariciou as costas do bebê.

— Aqui estão as pastas que me pediu, Daniel -Ruby entregou as pastas e sorriu para Regina. - Oi, senhora Locksley.

Mills levantou uma sobrancelha e fez menção de corrigir a secretária, mas uma voz animada preencheu o local.

— Tia Gina - Roland gritou e abraçou as pernas de Regina.

—Roland! - disse em voz doce. - Como você está?

—Muito bem! E você? - sorriu- E Hope?

— Ela não está muito disposta hoje. - sussurrou para o sobrinho.

— O que ela tem? - pediu Robin assim que se aproximou do pequeno grupo.

A pequena que já estava habituada com a voz de Robin, afastou a cabeça do ombro da mãe e seguiu a direção da voz do pai.

— Ela tem sono - disse Regina olhando para o ex marido - Oi, Robin.

O sorriso do loiro se iluminou olhando para as duas.

—Olá, Re! - deu dois passos em direção a ela e estendeu os braços para Hope - Oi, filha.

Regina entregou a bebê que foi de bom grado aos braços do pai, e, logo começou a balbuciar  
e a sorrir.


— Agora ela resolveu conversar. -comentou Daniel para se fazendo presente.

— É o meu charme. - Robin deu de ombros e riu. - Ela é exatamente como a mãe dela, má humorada as manhãs.

Regina revirou os olhos para o comentário.

—Então, Daniel. - chamou atenção do moreno - Você recebeu o e-mail que te enviei para o projeto?

—Sim. - sacudiu a cabeça - Porém, temos que marcar uma reunião para vermos os detalhes.

— Tem a possibilidade de ser hoje? - olhou para Robin que estava agachado para que Roland pudesse dar oi para prima.

—Somente a noite, hum, talvez um jantar? - sugeriu Daniel para a mulher a sua frente.

Robin pigarreou, só podia ser brincadeira, e olhou para Regina esperando uma resposta dela.

— Não posso, Daniel... - suspirou - Quer dizer, tenho Hope para cuidar.

—Eu fico com ela. - Robin sugeriu e foi até eles. - Sou o pai dela, certo?

—Sim, mas... mas

— "Mas" nada! - entregou Hope para Regina - É um jantar de negócios. Tudo bem por mim.

— É o seu projeto também! - a mulher estava totalmente confusa com a atitude do ex marido.

— Prefiro ficar com minha filha e com meus sobrinhos. - pegou a pequena que jogava os bracinhos para ele. - Você é competente.

— Então? - Daniel pediu.

Regina deu uma última olha para o Robin antes de responder.

— Tudo bem

— Ok, te pego ás 20hr- sorriu e se retirou.

Regina com o rosto sério virou para Robin e cruzou os braços, ele por sua vez olhou para Hope e fez uma careta a fazendo gargalhar e isso fez um sorriso bonito brotar no rosto da mulher.

— Às vezes eu te odeio. – exclamou ela.

— Isso quer dizer que na maior parte do tempo você me ama, certo? – piscou.

— Ridículo – disse reprimindo um sorriso. – Vamos levar as crianças para creche.

— Vamos. -sorriu – Vem, Roland.

xxx

— Você está bem com isso? – perguntou assim que entraram na sala dela depois deixar Roland e Hope aos cuidados de Granny.

— Sim! Gosto da sua sala. – se sentou no sofá.

— Estou falando do Daniel. - levantou uma sobrancelha.

— Está tudo bem, Regina. – sacudiu a cabeça – Talvez um dia você faça isso por mim também.

— Para que você possa sair com Daniel?-  se sentou ao lado dele.

— Não. – sorriu de lado para ela. – Talvez um encontro de verdade.

Regina fechou a cara na hora.

— Às vezes você é pior que um adolescente. – cruzou os braços.

— Essa ideia te incomoda? – se virou para ela – Seja sincera.

— Talvez. – suspirou e virou o rosto de lado – Me incomoda.

— Me incomoda também você sair com Daniel. – sussurrou e se aproximou dela.

— Então porque disse que estava tudo bem? – pediu – E que iria ficar com Hope?

— Porque você é livre, Regina. Isso não quer dizer que não esteja com ciúmes, só de imaginar você com qualquer homem que não seja eu.... – levantou as mãos – Só Deus sabe a luta interna que estou. Só que, se é para lutar para ter você ao meu lado novamente, vou fazer tudo certo. Não quero te perder de novo Apple.

Regina sentiu seus olhos marejados e acariciou o rosto do homem.

— Você está no caminho certo.

— Eu sei. – pegou a mão dela que estava em seu rosto. – Eu conheço você, Regina. Mais do que...

— Qualquer outro conhece ou vai conhecer. – completou sorrindo, num impulso acabou selando sua boca na dele num beijo rápido.

— Realmente estou no caminho certo – disse de olhos fechados fazendo a morena rir e dar um tapa de leve na perna dele.

  - Vamos começar a trabalhar. -se levantou e foi em direção a sua mesa – Você sabe! Eu tenho um encontro hoje à noite.

— Ouch! – tentou ficar sério, mas o sorriso em seu rosto estragava tudo.

 

Tempos Atrás

 

— Regina? – Mary abraçou a amiga que se jogou em seus braços chorando copiosamente.

— Daniel e eu terminamos.

— O que? – se afastou da morena para puxá-la escada acima para o seu quarto. – Como?

Regina sentou-se na cama e abraçou uma das almofadas de Mary.

— Os pais de Daniel quer que ele vá para Universidade de Cambridge no Reino Unido. – limpou as lágrimas. – Ele não queria ir, não queria me deixar aqui, mas eu entrei para Harvard. E você sabe o como eu lutei por isso.

— Eu sei. – se sentou ao seu lado e a abraçou.

— Ele me pediu em casamento. – sacudiu a cabeça – Disse a ele que além de sermos muito novos, eu não acredito em casamentos, não existe isso de felizes para sempre. Ele ficou com raiva, disse que...

— O que ele disse? – acariciou o rosto da amiga.

— Que não é porque meu pai me abandonou que ele vá fazer o mesmo, e que a culpa do meu pai ter ido embora deve ter sido da minha mãe que não o amou o suficiente. – soluçou – E que por não acreditar nele eu devo ser igual a ela.

— Não acredito que ele disse isso! – Mary rangeu os dentes- Ele vai me ouvir.

— Daniel pediu desculpas depois. – a abraçou mais forte – Está tudo resolvido, juro, ele foi um idiota, mas não foi por isso que terminamos. Só queremos coisas diferentes...

— Você vai encontrar alguém que não se importe com essa coisa de casamento – sussurrou – Ele vai te amar tanto e você a ele que isso não irá importar.

— Não acredito nisso, Snow. – fechou os olhos exausta – Eu não mereço isso.

xxx

Tempos Atrás

— Você quer casar? – Regina soltou a pergunta fazendo Robin engasgar com o vinho.

Os dois estavam sentados no sofá da casa de Regina, estava frio para jantar em um restaurante qualquer, e a morena estava extremamente cansada. Robin chegou na casa dela com uma pizza e um vinho em mãos.

— Isso é um pedido de casamento? – perguntou divertido.

— O que? – colocou o copo de lado assustada. – Não! Esquece! Só foi uma pergunta besta. Quer dizer, nós estamos há um ano juntos e nunca falamos sobre isso, eu só...

— Regina – a chamou – Respire, está tudo bem! Eu não sei se quero me casar, talvez algum dia...

— Eu não quero me casar. – disse rápido e fechou os olhos.

— Ok? – disse um pouco confuso.

— Ok? – ela abriu os olhos e o encarou – Isso é tudo?

— Bem. – coçou a cabeça – Eu posso saber o porquê?

— Não acredito nisso! Minha mãe e meu pai não foram um belo exemplo modelo de casamento feliz. – deu de ombros. – Eles foram felizes antes de se casarem, mas tudo acabou terrivelmente. Não quero isso para mim. Nunca imaginei encontrar alguém como você, eu me sinto amada quando estou contigo, não quero te perder.

— É porque você é amada, Apple. – pegou a mão dela e colocou em seu peito. – Eu amo você! Eu não me importo sobre o casamento. O que me importa é ter você comigo, isso não vai mudar.

— Você tem certeza? – lambeu os lábios secos – E se fosse quiser uma família? Se o que temos não for o suficiente?

— Shiii- segurou o rosto dela com as duas mãos a fazendo encará-lo – Eu amo você. Não tenho como garantir quanto tempo vamos ficar juntos, mas enquanto eu tiver forças.... Vou lutar para que seja eterno. Com ou sem casamento, Apple.

— Eu também amo você, Robin. – se aproximou dele e o beijou apaixonadamente.

 

 Tempos Atuais.

A campainha era incessante e Robin foi correndo abrir a porta pedindo para que Henry abaixasse o volume da televisão.

— Oi. – Regina sorriu para um Robin com cabelos bagunçados e de pé descalço. – O que aconteceu com você?

— Oi. Estava brincando de polícia e ladrão com o Roland. Ele era o policial – sorriu – Entre!

Mills entrou empurrando o carrinho com Hope dormindo nele. Entregou as bolsas para o ex marido e sorriu para o tapete com vários brinquedos de bebê.

— Fizemos compras hoje. – disse 0000000000Henry indo abraçar Regina.

— Estou vendo. – beijou a testa do sobrinho.

— Você está linda, tia Gina – Roland a abraçou também, e recebeu um beijo na bochecha.- Não é, tio Robin?

Ela estava com um vestido bordo um pouco justo, um par de saltos preto e um sobretudo bege que completava o look.

— Sim. Está linda como uma rainha. – concordou Robin sorrindo.

— Obrigada, ladrão. – piscou para ele e olhou para o relógio. – Daniel deve estar me esperando.

— Ele não vem te buscar? – o loiro cruzou os braços.

— Achei melhor nos encontrarmos lá – foi até o carrinho de Hope e a beijou – Eu volto logo, tenha paciência com o papai.

— Você fala como se eu fosse difícil de lidar. – revirou os olhos e a acompanhou até a porta.

— Às vezes é. – se encostou no batente da porta olhando para onde a filha estava.

— Não se preocupe. – sorriu confiante- Vamos ficar bem.

— Eu não tenho dúvidas, parece que você comprou uma loja inteira. – riu.

— Quase isso. – encolheu os ombros.

Regina o olhou e levantou a mão para arrumar o cabelo dele. – Está terrível o seu cabelo.

— Oh! Obrigado, é muito gentil da sua parte.

— Eu posso cortar. – parou de brincar com as mechas de cabelo do ex marido.

— Como nos velhos tempos? – se aproximou dela.

— Sim.- concordou inocente.

— Até a parte do banho? – sorriu malicioso.

A Regina gargalhou alto fazendo os meninos da sala olharem para os dois, a morena sacudiu a cabeça como se dissesse não.

— Tudo bem – suspirou. – Você vai se atrasar.

— Tchau, meninos – os abanou recebendo tchau de cada um. – Tchau, Robin.

— Espera. – a puxou para si selando rapidamente os lábios no dela. – Peguei de volta o que você me roubou hoje cedo.

— Você não tem jeito – sacudiu a cabeça sorrindo – Até mais tarde.

— Até – ele esperou Regina entrar no elevador para depois fechar a porta.

xxx

— O prazo de entrega é para daqui três meses – disse Regina em uma garfada e outra – Os contratos estão em ordem?

— Sim, não se preocupe. – Daniel pegou o celular que vibrava na mesa e sorriu.

— Está tudo bem? – perguntou curiosa.

— Sim. – guardou o celular – É que estou conhecendo alguém.

— E pelo visto é sério – comentou.

— Nunca me senti assim. – olhou para Regina – Você deve me entender, quer dizer, você se casou com Robin, mesmo não acreditando nisso.

— E acabamos nos separando – largou o copo na mesa e suspirou – Não deixe ela escapar, Daniel. Case com ela, não deixe que ninguém se intrometa nisso.

—Não irei!

xxx

Já se passavam das onze horas da noite quando Regina retornou ao apartamento de Robin, este pediu para que o porteiro entregasse a chave para ela. Ao abrir a porta encontrou o ambiente somente com a luz da tv, retirou os sapatos para não fazer barulho e entrou na sala. Tinham vários brinquedos jogados pelo chão, a tv passava um desenho qualquer. Porém, a cena que fez seu coração acelerar foi de Robin deitado no sofá dormindo com Hope em seu peito, não podia deixar isso em branco, pegou o celular e tirou uma foto, o flash fez Robin acordar assustado e abraçar mais a filha.

— Robin! Sou eu... – sussurrou e se ajoelhou perto do sofá.

— Regina – sorriu e virou o rosto para ela. – Oi.

— Oi. – acariciou a face de Hope – Como passou?

— Foi tudo bem. Ela é maravilhosa.

— Sim, ela é!

Ele se levantou com calma e colocou a filha no carrinho.

— Como foi? – se espreguiçou.

— Ocorreu tudo bem. – Regina se sentou no sofá com pés em cima deles. – Eu tinha esquecido como andar de saltos machuca o pé. Depois que fiquei grávida nem arriscava nesse andaime e depois carregando a Hope...

— Venha cá – se sentou pegando os pés de Regina e começou a massagear bem nos pontos em que sabia onde ela sentia mais dor.

A morena fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, nos minutos que se passaram só o som de gemidos alívio eram ouvidos na sala.

— Obrigada – tirou os pés do colo dele.

— Sempre as ordens. – sorriu – Você vai ficar aqui, certo?

— Não. – se levantou. – Vou para casa.

— Já está tarde. – se levantou pegando na mão dela – Tome um banho no nosso antigo quarto, pegue uma camisa minha e durma aqui. Você e Hope, me deixaria mais tranquilo. Por favor, Apple!

Mordeu o lábio inferior e ponderou, estava com sono e tinha receio de pegar o carro com Hope, e chamar um táxi com todas aquelas bolsas e carrinho de bebê estava fora de cogitação.

— Está bem! – cedeu – Eu vou tomar um banho e depois vamos cortar o seu cabelo.

— Sim, senhora! – sorriu.

Um tempo depois Robin colocou a filha no meio da cama de casal e se certificou que ela estava segura, foi até o closet e colocou uma calça de moletom.

— Robin? – chamou Regina no meio do quarto enquanto tentava secar o cabelo com a toalha.

— Oi? –  o loiro parou no meio do caminho hipnotizado com a morena que vestia uma de suas camisas que ficavam até o meio das coxas. A noite iria ser longa.

— Onde está a tesoura? - o seu olhar não saia do peitoral sarado do ex marido

— No closet, deixa que eu pego.

Regina se sentou na cama e ficou admirando a filha que dormia tranquilamente, ela não podia não deixar de sorrir, parecia um sonho. Os três ali naquele quarto, naquela casa, como queria que aquela noite durasse para sempre.

— Aqui. – Robin voltou com a tesoura em mãos

— Vamos. – puxou o loiro pela mão até o banheiro.

Pegou o banco e o fez se sentar, ela ficava realmente concentrada todas as vezes em que cortava o cabelo dele, e ele já não tinha mais receio que o corte ficasse ruim.

Tempos Atrás

— Seu cabelo precisa ser cortado. – Regina disse no batente da porta do banheiro vendo-o fazer a barba. – Quer que eu corte?

— Você sabe cortar? – olhou para ela através do espelho.

— Mary e eu cortávamos uma o cabelo da outra quando mais novas. – foi até ele e o abraçou por trás- Não deve ser difícil de cortar o seu.

— Vamos fazer um trato – tirou o restante de espuma de barbear. – Se ficar terrível, você deixa eu cortar o seu.

— Eu topo. – sorriu- Vai ficar maravilhoso.

Minutos depois Robin estava com um corte perfeito e Regina estava se gabando de como tudo que ela faz fica bem feito.

— Ok, senhorita perfeição – revirou os olhos- Tenho que admitir você fez um ótimo trabalho.

— Você tinha dúvidas? – colocou a mão na cintura.

— Algumas. – foi até ela e a puxou para si – Estou cheio de cabelo nas costas, preciso de um banho.

— Tome, te espero no quarto- Regina tentou se afastar, mas o marido não deixou.

— Nada disso! – sacudiu a cabeça a levando consigo para o chuveiro.

— Não. – entre risadas ela tentava tirar as mãos dele da cintura dela.

— É só um banho rápido – ele ligou o chuveiro e empurrou Regina para baixo d’água.

— Robin! – tentou o repreender, mas a gargalhada de Robin a fez rir junto.

Regina o puxou para água lhe roubando um beijo lento e profundo.

 

Tempos Atuais.

 

Regina começou a soltar risada baixas enquanto mechas de cabelo de Robin caiam no chão.

— Eu posso saber o que é tão engraçado, Regina? – se virou para ela, assim que o corte foi terminado.

A morena apenas saiu da frente dele e apontou para o espelho ainda rindo.

— Você está ficando velho.

— O que? – franziu o cenho.

— Está cheio de cabelos brancos, Robbie. – ela gargalhou.

— Ótimo! Agora como eu vou falar para Hope, quando ela for adolescente, que é ela que me deixa de cabelos brancos? – cruzou os braços emburrado.

— Você não vai falar nada disso para nossa filha. – cruzou os braços como ele. – Nós vamos brigar feio se você fizer isso.

— Ok! Eu digo a ela que foi a mãe dela que me deixou de cabelos brancos. – sorriu triunfante.

Regina se limitou a revirar os olhos e mostrar a língua para ele. Robin se levantou e foi até ela.

— Você sabe o ditado, certo? – chegou próximo ao rosto dela – Quem mostra língua quer beijo.

Sutilmente, antes mesmo que parasse para pensar, Regina lambeu os lábios e olhou nos olhos de Robin que chegava cada vez mais perto, quando os lábios do loiro roçaram no seu, um choro vindo do quarto os parou.

— Hope- suspirou e se afastou dele – Vá tomar um banho, vou dar de mamar a nossa filha.

Saiu do banheiro, fechou a porta atrás de si, respirou várias vezes e foi ao encontro de Hope que chorava pela mãe.

— Oi, joaninha. -  a pegou no colo – Você quer mamar?

Regina abriu a janela da sacada e saiu. Era seu lugar favorito, dava para ver toda cidade daquele ponto, se sentou em uma das espreguiçadeiras brancas e sorriu ao avistar sua manta vermelha, a pegou e cobriu Hope e ela enquanto a pequena mamava.

— Podemos colocar um balanço aqui. – acariciou o rosto da filha – Talvez um canto de arte para quando você ficar mais velha.

Depois de mamar e algumas gargalhadas Hope estava dormindo novamente, e a morena quis ficar mais algum tempo ali, olhando para as estrelas através cortina de vidro sacada.

— Hey – ele chegou devagar para não as assustar.

— Hey – sussurrou e o chamou com a mão livre.- Sente -se aqui, como nos velhos tempos.

Ele foi para se sentar na outra espreguiçadeira, mas Regina fez questão de levantar e o fazer sentar na que ela estava.

— Como nos velhos tempos, lembra? – sorriu e esperou ele sentar para que ela pudesse se aconchegar nele.

Robin estava com uma perna espichada na cadeira, com a outra para fora, Regina com Hope nos braços, estava sentada entre as pernas do loiro e encostada no peito dele. Ela ajeitou a manta sobre os três e sorriu. Minutos de silêncio se passaram, somente os três ali aproveitando o tempo em família, um coração batia calmamente, enquanto dois corações estavam agitados. Parecia surreal, era como um lindo sonho que Robin pedia para não ser acordado.

— Olha, Robbie. – Regina o chamou e pegou em sua mão – Uma estrela cadente.  Faça um pedido!

Robin olhou para o céu e para as duas pessoas que ele mais amava no mundo. Hope dormia com mãozinha grudada na camisa da mãe e a morena estava de olhos fechados fazendo um pedido a estrela.

— O que você pediu? – ela se aconchegou mais perto dele, ainda de olhos fechados.

— Nada. – ele entrelaçou os dedos nos dela- Tudo o que eu mais desejo, estão nos meus braços nesse momento, Apple.

Regina virou a cabeça para olhar para ele, sorriu e o beijou no queixo.

— E o que você.... – beijou o nariz dela – pediu?

— É segredo. – sorriu e virou para frente. – Mas está a caminho.

O loiro nada disse apenas puxou mais a manta em volta deles e respirou o cheiro de maça e esperança.


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Notas finais do capítulo

Sorry os erros. E aí, vcs estão bem? O que acharam? Beijos



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