Tua Ausência. escrita por Ginna Mills


Capítulo 20
Aquí estoy yo


Notas iniciais do capítulo

Vocês acharam que eu não vinha mais, né?
Porém, cá estou �/
Esse cap não foi betado, sorry os erros... =s
Me contem o que acharam do cap, ok?
Firam que mudei a capa da fic?



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Aquí estoy yo, para hacerte reír una vez más
(Aqui estou eu, para te fazer rir uma vez mais)
Confía en mí, deja tus miedos atrás

(Confia em mim, deixa teus medos para trás)
Y ya verás
( E já verá)
Aquí estoy yo, con un beso quemándome los labios
(Aqui estou eu, com um beijo queimando-me os lábios)

 

Tempos Atuais

— Estava tentado falar com você o dia todo. – Emma disse assim que Robin atendeu a chamada de vídeo conferência.

— Desculpe, irmãzinha! – sentou no sofá com notebook no colo – Estive ocupado.

— No sábado? Mal chegou aí e já está enterrado em trabalho novamente? Já conversamos sobre isso. – disse séria.

— Sobre o que? – perguntou Killian a esposa e sentou ao lado dela. – Hey, cunhado.

— Olá. – sorriu.

— Robin está mergulhado no trabalho novamente.- acusou a loira.

— Eu não falei nada disso. – ainda estava sorrindo.

— Você saiu com os meus filhos? Onde eles estão?

— Emma, respire. – o sorriso se alargou – Seus filhos já jantaram, tomaram banho e foram dormir. E respondendo, sim, saímos.

— Dormir? É cedo aí, não?

— Espera! – Jones apontou para o monitor- Tem algo acontecendo.

— Como assim? – a irmã mais nova de Robin franziu o cenho.

— Olhe para o seu irmão, querida. – olhou de Emma para onde o marido apontava – Note que enquanto você estava sendo histérica sobre o trabalho, ele estava sorrindo.

— Não estava sendo histérica- revirou os olhos.

— Olhe para ele! – o moreno insistiu.

Enquanto os dois estavam naquela discussão Robin recebeu uma mensagem no seu celular.

Hey, Robin! Você pediu para que eu te mandasse vídeos da Hope. Ela estava tão concentrada na história de hoje, que eu resolvi gravar. Beijos, Regina.”

Robin olhou para irmã sorrindo.

— Desculpe, eu só vou pegar o meu fone, e já volto. – largou o notebook e saiu da sala.

— Robin! – Emma chamou. - Ele está muito distraído, Killian.

— Eu te disse!

Locksley demorou alguns segundos para voltar a sala, ele estava com fone nos ouvidos e celular nas mãos. Apertou play.

O vídeo mostrava Regina no sofá com a filha sentada em seu colo, o livro estava na frente das duas. Com voz calma a morena começou.

Era hora de ir para a cama e o coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do coelho pai.

Depois de ter certeza de que o papai coelho estava ouvindo, o coelhinho disse:

— Adivinha o quanto eu te amo!

— Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar. - Respondeu o coelho pai.”

Regina modificou a voz para interpretar o pai, isso fez Hope olhá-la e sorrir. A morena beijou os cabelos da filha e continuou.

— Tudo isto. - Disse o coelhinho, esticando os braços o mais que podia.

“Só que o coelho pai tinha os braços mais compridos, e disse: E eu te amo tudo isto!”

O livro se seguiu contando a história de um coelhinho que disputava com o seu pai o quanto ele o amava. Hope estava encantada com as gravuras e as vozes que a mãe fazia. Soltava um gritinhos e batia no livro, parecia que ela estava entendo todo o significado do livro.

“Então, ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite e concluiu: Nada podia ser maior que o céu.

— Eu te amo até a lua! - Disse ele, e fechou os olhos.

— Puxa, isso é longe - falou o papai coelho - longe mesmo!

O coelho pai deitou o coelhinho na sua caminha de folhas, inclinou-se e lhe deu um beijo de boa-noite.

Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo: Eu te amo até a lua... Ida e volta!”

— E fim... – Regina sussurrou para uma Hope adormecida em seus braços- É assim que nós, mamãe e papai, amamos você!

Robin estava imerso na cena das duas, ele gostaria de estar lá. Ansiava para ter mais tempo com as duas, dormir e saber que elas estavam na distância de um braço. Limpou o rosto molhado pelas lágrimas e respondeu a mensagem.

Obrigado por mandar esse vídeo...
              Bons sonhos Apple...
               Bons sonhos little apple...
                    Com amor - Robin

O loiro voltou para continuar a conversa com a irmã que ficou aquele tempo o esperando voltar.

 

— Ok! Pode começar a falar! – Emma cruzou os braços. – Você conheceu alguém?

— Sim – sacudiu a cabeça sorrindo.

O casal olhou para o homem em total confusão, até porque eles viram todo o sofrimento que Robin enfrentou para tentar dar adeus a Regina.

— E ela é maravilhosa. Cabelos castanhos, olhos azuis, um sorriso capaz de iluminar o mundo. Quero estar para sempre ao seu lado.

— Meu Deus! – a irmã de Robin colocou a mão na boca.

— Eu só ouvi você falar assim de uma mulher – Killian apontou.

— Regina! – exclamou Emma.

— Bem, ela é parecida com Regina. – riu

— Qual o nome desse milagre? – pediu a irmã.

— Hope. – Robin pegou o celular – Vou te mandar uma foto.

 

Tempos Atrás

— É sério, irmãzinha – a felicidade de Robin era contagiante. – Ela é incrível! Seus olhos, seu sorriso.

— Você está realmente apaixonado. – Killian riu.

— Eu ouvi que Robin está apaixonado? – Stella, mãe de Robin e Emma, se aproximou e sentou ao lado do filho. – Quem é a linda moça?

— Regina Mills – o loiro sorriu para mãe. – Ela linda de todas formas, mãe. Vocês precisam conhecê-la. Regina é uma guerreira, ela lutou para estar onde está. A forma como ela vê o mundo... Eu nunca me senti assim, ao lado dela parece que não importa o que o mundo derrube nas minhas costas.... é como se ela me salvasse de mim mesmo. Regina é o meu raio de sol em dias nublados.

— Wow! – os três exclamaram ao mesmo tempo.

— Precisámos urgentemente conhecer essa moça que já é dona do coração do meu filho. – sorriu Stella.

— Irão amá-la!- garantiu Robin.

 

Tempos Atuais.

— Eu não disse que ela era linda? – Robin das expressões.

— Robin! Você mandou a foto de uma bebê- Emma revirou os olhos e mostrou o celular para a câmera do notebook. – Só me diz que está saindo é com a mãe dela, pelo amor de Deus!

— Emma!! Você acha que sou o que?- perguntou ofendido.

— Desculpe.- deu de ombros.

— Olhe bem para foto, irmãzinha. Com que ela é parecida?

A foto era Hope de uns três/quatro meses, estava sorrindo, usava uma tiara vermelha na cabeça.

— Acho que ela parece com a Stella – Killian sugeriu.

— E com o Robin. – Emma olhou da foto para o irmão – Ela é sua?

— Sim! – o mais velho sorriu de orelha a orelha.

— Oh, Meu Deus!- gritou Emma – Ela é linda! Parabéns!

— Parabéns, cunhado!

— Quem é a mãe? – Emma limpou as lágrimas

— Veja a outra foto que te mandei.

— Não pode ser!- marido e mulher falaram ao mesmo tempo - Regina?

A foto era de Hope e Regina tirada na casa da mesma quando Robin esteve lá montando o quarto da filha.

— Como isso é possível? – perguntou a mulher.

— Você teve dois filhos. – levantou a sobrancelha – Acho que já está claro.

— Cala boca!- retrucou – É sério, como...

— Não importa o como. – Robin deu de ombros com a voz embargada. – O importante é que ela está aqui! Não tenho como colocar em palavras o que eu sinto por Hope. Eu pensei que não existisse amor maior do que eu sinto por Regina, mas quando essa pequena me olhou e sorriu... eu me apaixonei, e sigo me apaixonando a cada dia. Vocês sabem que eu amo o Matthew, mesmo sem conhecê-lo, mesmo não tido a chance de vê-lo sorrir... O vazio que ele deixou não será preenchido, ele sempre será lembrado. Hope é a nossa segunda chance, que sempre será amada como todas as chances.

— Eu fico tão feliz por vocês, meu irmão – Emma também não conseguia conter a emoção – Eu sou tia!

— Sim! Você é! – sorriu.

— Quando a mamãe e o papai souberem...

— Não contem a eles. – implorou – Quero eu mesmo contar.

— Não falaremos nada . – garantiu Killian – Não é, querida?

— Sim! – concordou – Não se preocupe... Como está a Regina? Digo... você sabe.

— Melhor de como você a viu pela última vez.

Tempos Atrás.

— Emma? – Robin foi surpreendido ao abrir a porta e encontrar a irmã.

— Eu sinto muito – o abraçou.

— Como? – abraçou de volta.

— Não iríamos deixá-los sozinhos! - se afastou – Mamãe e papai estão vindo amanhã! Killian vai ficar com as crianças.

— Não precisava – pegou as malas de Emma e lhe deu espaço para entrar no apartamento.

— É claro que precisava! – olhou ao redor – Onde está Regina?

— No quarto. – Robin coçou a cabeça – Na verdade eu estava indo para lá... verificar.

— Como ela está se sentindo?

— Ela não fala, Emma. – se sentou no sofá – Fica com olhar perdido. Não sei mais o que fazer.

— Ainda é muito recente, Robin. – pegou a mão do irmão – Não posso imaginar a dor de vocês.

— Eu sou um péssimo marido... um péssimo pai... como eu pude deixar isso acontecer

?! – soluçava.

— Não! Você não tinha como saber! Foi um acidente.

— Eu devia ter insistido para que ela ficasse em casa, ido buscá-la. – se levantou ainda chorando – Qualquer coisa.

— Se fosse tivesse ido a tragédia teria sido maior. – pegou as duas mãos do irmão. – Agora não é hora de surtar, ok? Você precisa ser forte por ela, daqui alguns dias vocês terão que enterrar o...

— Matthew... – sussurrou.

— Eu realmente sinto muito – abraçou o irmão e deixou que ele chorasse em seu ombro.

— Preciso ver como está a Regina. – suspirou e se afastou da irmã indo para escada.

Ao chegar no quarto do casal, que apesar de estar de dia, se encontrava em um breu o encontrou completamente vazio e silencioso.

— Regina? – a chamou batendo na porta do banheiro. – Apple?

O silêncio do outro lado da porta era perturbador.

— Qual é, querida! – bateu mais forte. – Você está me assustando.

Regina estava deitada encolhida no chão do banheiro, a dor em sua alma a sufocava, não tinha mais forças para encarar o mundo lá fora. Pegou a navalha de barbear de Robin entre os dedos trêmulos. Só queria que tudo aquilo fosse embora, não conseguia controlar a dor interior, mas poderia controlar a física.

Sem pensar duas vezes Regina abriu a navalha para fazer um corte na vertical, mas foi interrompida com a entrada bruta de Robin gritando o seu nome e pegando a navalha de sua mão jogando longe.

— NÃO!- ela gritou em desespero.

Robin a pegou no colo e a levou para cama, os dois estavam tremendo e chorando. Ele sentou com ela  em seu colo e abraçou.

— Por favor! Não faça isso comigo. – Robin passou as mãos pelo rosto dela a fazendo olhá-lo- Está me escutando, Regina? Não faça isso! Eu não aguentaria, meu amor.

— Quero morrer, Robin. - soluçou

— Não – abraçou mais forte balançando com ela em seu colo para frente para trás – Não diga isso. O que eu faria sem você?

A morena sufocou o choro na camisa do homem, se ela pudesse arrancar o próprio coração para que não pudesse sentir mais nada... faria.

— Vamos passar por isso – sussurrou o marido em seu ouvido – juntos.

Emma entrou no quarto e viu a cena, Robin apenas a olhou em desespero.

 

Tempos Atuais

— Regina merece toda a felicidade. – Emma sorriu – E vocês como estão?

— Bem! – deu de ombros.

— Vocês têm uma filha agora. Passaram anos juntos... A resposta não pode ser somente “bem”.

— Eu amo a Regina. -suspirou – Se eu pudesse iria até ela e reivindicaria o meu papel de marido novamente.

— E por que não faz isso? – perguntou a mais nova.

— Na verdade eu meio que fiz isso, mas ela está insegura com algo. -coçou o queixo- Hoje estávamos conversando sobre o dia do nosso casamento e acabei percebendo que por trás da decisão do divórcio tem algo maior.

— Como o que?

— Não consigo colocar um dedo sobre isso. Fui um tolo por não ter lutado pela mulher que eu amo! Não vou cometer esse erro novamente! – apertou os lábios – Só preciso saber o que aconteceu para deixar Regina tão insegura, até com medo.

Tempos Atuais

Mais cedo naquele mesmo dia

— E aqui é o escritório do papai. – Robin fez festa com Hope enquanto eles faziam uma tour pelo apartamento que antes era dividido pelo casal.

A cada passo naquele apartamento o coração de Regina era esmagado, cada canto estava marcado por lembranças que agora eram chicoteadas em sua face.

— Você está bem? – Robin a tirou de seus pensamentos.

— Sim!- deu um meio sorriso – É só estranho estar aqui novamente.

— Essa ainda é a sua casa, Regina – sussurrou.

Aquilo a tocou, sabia que ele não estava somente se referindo aquela estrutura de paredes e portas... Ele sempre foi sua morada, sabia que nele estaria segura de tudo e todos. E como gostaria de voltar a morar em seus abraços... em seus beijos. Regina engoliu em seco, abraçou a si mesma e se afastou para perto da estante e logo uma foto dos dois chamou atenção dela.

— Você ainda tem. – disse em voz rouca.

Robin se colocou atrás dela, com Hope no colo, por cima do ombro de Regina conseguiu observar a foto que ela estava em mãos.

— Foi um dos dias mais felizes da minha vida – sussurrou perto do ouvido dela a fazendo se arrepiar.

Tempos Atrás

Festa de casamento Robin e Regina

Todos estavam dançando no jardim da casa dos pais de Robin na Inglaterra, a cerimônia tinha ocorrido de maneira calma e tranquila, apesar de todas as lágrimas de emoção o sorriso no rosto de todos era evidente. Robin avistou Regina dançando com Mary quando a música “I Say A Little Prayer” começou a tocar, ele foi até ela fazendo a amiga da noiva sorrir e pedir licença.

— Eu não posso acreditar que finalmente você é minha esposa- Robin sussurrou em seu ouvido a fazendo se arrepiar.

— E você é meu marido. – sorrindo se virou de frente para o loiro passando os braços em volta do pescoço dele– Oi, senhor Locksley.

— Olá, senhora Locksley. – também sorrindo a beijou. – Como você está?

— Feliz. – não poderia parar de sorrir- E você?

— Feliz! – a puxou mais para si e começou a cantar próximo ao ouvido dela - I say a little prayer for you...

(Eu faço uma pequena ORAÇÃO para você)

Forever and ever you'll stay in my heart
           (Para sempre e sempre, você ficará no meu coração)

Robin a girou a puxando novamente aos seus braços, entre risos Regina cantava com ele.

And I will love you
           ( E eu vou amar você)

Forever and ever forever, we never will part
            (Para sempre e sempre, nós nunca vamos nos separar)
 

A morena lhe deu um selinho correndo uma das mãos pelas costas do marido.

Oh, how I love you
          ( Oh, como eu amo você)

Together, forever that's how it must be
            (Juntos, para sempre, é como tem que ser)

— Promete? – ela sussurrou – Promete que ficaremos juntos para sempre?

— Para sempre – pegou a mão dela e colocou em cima do seu coração que estava descompassado, não somente pela dança. – Estava vendo? Ele é todo seu, Regina! Enquanto ele estiver batendo... nós vamos ficar juntos.

— Espero que ele bata por muitos, muitos anos.- lhe beijou deixando que lágrimas molhassem seu rosto.

— Amo você – murmurou entre os lábios dela.

— Hey, casal – Emma os abraçou os fazendo se soltarem – Só assim para vocês olharem para câmera.

 Os dois riram e olharam para o fotografo pedindo desculpas.

— Pobre moço – a loira sacudiu a cabeça e saiu no meio dos dois – As fotos de vocês dançando devem ter ficado realmente lindas, mas olhem para cá.

Regina limpou os resquícios das lágrimas e tentou se arrumar da melhor maneira que podia.

— Você está linda. – Robin passou a mão no pescoço de sua esposa trazendo rosto mais próximo de seus lábios lhe dando um beijo na bochecha enquanto ela sorria para câmera.

— Perfeito! – Emma gritou e bateu palmas.

E aquele momento foi capturado para sempre ser lembrado.

 

Tempos Atuais

Mais cedo naquele mesmo dia - CASA DE ROBIN

— Ele ainda está batendo, Apple. –  ainda estava atrás dela, agora com uma mão em seu ombro.

— Robin, por favor... – fechou os olhos e engoliu em seco novamente, um turbilhão de pensamentos e sentimentos gritavam dentro dela.

— Eu sei... só sinto a sua falta. – beijou os cabelos de sua ex, se afastou com filha nos braços a colocando no tapete e se aproximou de Regina novamente  – A vezes chega a doer fisicamente.

— Sinto a sua falta também. – virou-se para ele com lágrimas nos olhos. – Nunca parei de sentir, mas...

— “Mas” o que, Apple? – colocou o a mão no queixo da morena a fazendo olhá-lo. – Prometi a mim mesmo que iria devagar... Só que é ridículo, nós nos amamos há mais de dez anos, Regina. Passamos por tanta coisa, foram tantas culpas. Eu...

Robin fechou os olhos ao abrir sua visão estava turva por causa das lágrimas, ele estava tão cansado de ser covarde, de não ter lutado quando devia.

— Eu sinto muito. – continuou – Sinto muito por não estar lá quando você precisava, de não ter ido te buscar ou fazê-la ficar em casa. Por achar que estava tudo sobre controle, fui um péssimo marido, um péssimo pai para Matthew... Não quero ser um pai terrível para Hope também.

— Você não foi um péssimo marido e pai, querido! – limpou as lágrimas dele, estava com o coração apertado. – Hope ama você. Nada do que aconteceu foi culpa sua.

— E nem sua.- seus lábios tremeram.

— Eu sei. – sacudiu a cabeça limpando as próprias lágrimas agora. – Depois de todo esse tempo eu entendi, aceite... Foi um acidente terrível que nos tirou nosso filho.  Não há uma culpa. Quero que Hope cresça sabendo que teve um irmão e que está num lugar melhor agora.

— Você acredita nisso? – pegou a mão de Regina a trazendo para mais perto.

— Preciso acreditar em algo, Robin. – deu um sorriso de lado. – Isso me conforta.

— Talvez meu avô esteja com ele. – murmurou.

— Sim. – sacudiu a cabeça – Devem estar cuidando um do outro.

— Isso me conforta também – sorriu e a puxou para um abraço.

— Só preciso de um tempo. – disse com a voz abafada pelo peito de Robin.

— Tudo bem! – concordou. – Só me responda uma coisa.

— Sim? – levantou a cabeça ainda o abraçando.

— Nada me impede, nesse meio tempo, de tentar te reconquistar, certo? – levantou uma sobrancelha – Como nos velhos tempos?

— Você vai jogar alguma bebida em mim? – sorriu desconfiada.

— Sem bebidas. – levantou uma mão prometendo.

— Ok... – suspirou e escondeu o rosto no pescoço do loiro que não conseguia acreditar no que estava escutando.

— Está falando sério? - Robin a fez olhá-lo novamente.

— Estou... – o olhou nos olhos, apesar de estar com medo e uma voz no fundo da sua mente gritar com ela, Regina resolveu calá-la como fez antes de Robin ir para Londres.

O loiro sorriu e roçou o nariz no dela, a morena fechou olhos, mas quando seus lábios estavam a poucos centímetros um do outro, um estrondo e choro foram ouvidos o fazendo se separem assustados.

Ao olhar para o tapete Hope não estava mais nele.

— Hope? – Regina foi em direção ao choro da criança com Robin logo atrás.

A pequena estava perto da escrivaninha sentada no chão aos prantos, ao seu lado estava um abajur em pedaços.

— Oh, querida. – a pegou no colo tentando a acalmar. – Já passou, joaninha.

— Ela se machucou? – Robin perguntou apreensivo conferindo o estado da filha.

— Não. – beijou o topo da cabeça de Hope. – Foi apenas um susto.

— Como ela saiu do tapete? – beijou a mão da pequena que fazia beicinho pro pai. – Está tudo bem, little apple.

— Ela começou a engatinhar. – olhou para o ex mardio – Eu esqueci de te falar. Sinto muito.

— Estou perdendo muita coisa. – baixou a cabeça.

— Sinto muito – pegou a mão dele.

— Você me manda vídeos com qualquer coisa nova? – a olhou nos olhos.

— Sim! – sacudiu a cabeça.

— Então está perdoada – sorriu e ergueu os braços para Hope. – Venha cá, princesa.

A criança sorriu e se jogou no colo do pai fazendo Regina gargalhar.

— Ela realmente tem um fraco por você.

— É o mal de todas as Mills – piscou e saiu para o corredor deixando uma Mills revirando os olhos e saindo atrás dele.

 

Tempo Atual

— Como foi hoje? – Mary perguntou ao telefone.

— Foi bom. – Regina sorriu ao lembrar.

— Você e Robin já se acertaram?

— Não.- fechou os olhos já sabia que viria um sermão da amiga – Porém, resolvemos que iremos devagar.

— Vocês têm uma filha. – retrucou a amiga – Se isso é ir devagar,

— Snow! – revirou os olhos.

— Ok! – suspirou do outro lado da linha. – A vida foi tão injusta com você... com vocês! Só quero que os meus dois melhores amigos sejam felizes novamente. Eu nunca te vi tão apaixonada, nem pelo Daniel. Eu lembro de você me ligando dizendo como esse cara novo na empresa era insuportável.

Regina riu – Ele era!

— Você o achava de senhor turrão. – lembrou – Meses depois me ligou dizendo que estava loucamente apaixonada pelo cara.

— Mary?

— Oi?

— Estou loucamente apaixonada, novamente, pelo senhor turrão.- sussurrou.

— E o que vocês estão fazendo separados? – gritou – Sério, Regina! Pare de ser tão cabeça dura. Refaça sua família, não espere muito tempo.

Se Mary pudesse ler seus pensamentos, se Regina pudesse contar a ela.

— Só estou me organizando, Mary! Quero que realmente seja para sempre. Que todos os medos e que tudo e todos que foram contra sumissem. – se afundou no travesseiro.

— Resolva o que você tem que resolver, minha amiga! Estarei aqui sempre!

— Eu sei! – sorriu – Obrigada. Te amo.

— Também te amo! Tenho que ir, os meninos precisam de mim! Boa noite! Um beijo enorme para minha afilhada, estou morrendo de saudades.

— Estamos morrendo de saudades também. Outro para meu afilhado e para o David. Tchau.

Regina estava tão cansada depois do dia agitado no parque com as crianças e tentando arrumar seu apartamento depois que Hope dormiu que tudo que queria era se aconchegar nas cobertas e dormir um dia inteiro. Quando estava quase pegando no sono seu telefone começou a tocar novamente.

— Alô – respondeu em voz rouca.

— Regina? – a voz do outro lado da linha era conhecida e estava rouca também.

— Robin? – franziu o cenho.

— Desculpe te acordar. Eu só tive um pesadelo terrível. – respirou fundo. – Eu precisava escutar a sua voz.

— Estou bem, querido! – saiu quase inaudível por causa do sono que estava sentindo.

— Eu vou desligar, você parece exausta. – a voz dele para ela estava distante.

Depois de um longo silêncio Robin resolveu falar: - Meu amor?

— Hm? – foi a única coisa que ela conseguiu responder.

— Eu amo você. – sussurrou.

— Amo você, Robbie.- murmurou de volta antes de cair num sono profundo esquecendo o celular sobre o travesseiro.


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Notas finais do capítulo

Sorry pelos erros!!
E aí o que acharam? Me contem tudo não me escondam nada �/
Beijãooo



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