Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 2
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

*** CAPÍTULO REVISADO ***



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~ Felicity Smoak ~

Meu corpo inteiro doía por causa das muitas horas de viagem, mas nada se comparava a dor que estava em meu peito ao ver meu noivo brincando de beisebol com aquele garoto. Curtis me convenceu a ficar no carro e só observar, mas eu estava sufocada e tinha que entender o que estava acontecendo. 

No caminho para Central City contei a Curtis sobre a ligação do menino e das viagens de Oliver no último mês. O que fez com que meu amigo deduzisse o mesmo que eu, ainda mais quando me deparei com a ex-namorada dele chegando com o garoto a uma hora atrás. 

— Porque ele mentiu pra mim? – perguntei enquanto olhava pela janela e via o quanto aquela cena era dolorosa ao ver outra mulher observando meu noivo brincar com o suposto filho. 
— Às vezes ele quer te preparar para a notícia. Você acabou de passar por um período traumático. 

Não verbalizei o que estava em minha mente, porque nada mudaria o fato de que ele tinha mentido, de novo. Seja por qual motivo fosse, eu confiei que depois de Nanda, ele nunca mais esconderia nada de mim. 

— Antes do acidente ele me disse que tinha que me contar algo, mas que precisava de tempo para lidar com o que quer que fosse e depois me contaria. Só que ai ele desconversou, disse que nada mais  importava além da gente. 
— Vejo que esse nada provavelmente o chama de papai. – olhei para ele, sem conseguir assimilar a palavra pai ligada a meu noivo. – Desculpa, isso foi péssimo. 

Respirei fundo afastando a vontade de chorar. Abri a porta do carro e com dificuldade sai. Curtis me ajudou a ficar de pé até que minhas pernas acostumassem com o peso. Fiquei encostada no carro de braços cruzados, observando a interação dos dois e quando Curtis voltou para dentro do carro a meu pedido, a mulher do outro lado do parque me notou. 

A encarei sabendo que ela não poderia ver as lágrimas acumuladas em meus olhos, mas sabia que ela me conhecia. Levantando de súbito, ela fez menção de ir na direção do filho, mas quando ele arremessou a bola para Oliver, ela passou direto por meu noivo e seguiu em minha direção, parando a muitos metros de distância. 

Oliver parabenizou o garoto pela força com que fez o arremesso e se virou para pegar a bolinha, paralisando no segundo que seus olhos encontraram com os meus. 

Não sei por quanto tempo ficamos ali nos encarando, mas a minha vontade de chorar só fazia com que tudo piorasse. Eu estava diante do homem que eu amava, mas que não me amava o suficiente para ser honesto comigo. 

O garoto, alheio a toda a tensão entre os adultos, correu até onde a bolinha estava e a pegou. Antes de se afastar ele olhou na minha direção... e sorriu. Ele tinha os olhos do Oliver e o mesmo sorriso que me fez cair de amores pelo pai dele. No segundo seguinte o garoto se virou e correu até Oliver, que continuava me encarando. 

— Vamos brincar mais tio? – segurando a mão dele. 

Eu não entendi porque o menino o chamava de tio, assim como não entendia muitas das coisas que estavam acontecendo.  Bati na janela do carro e Curtis logo estava ao meu lado. Pedi que ele me ajudasse a caminhar até uma mesa de concreto que ficava entre a gente e o campo onde eles estavam. 

Olhei de novo para o meu, até então, noivo e tirei o anel que ele tinha me dado. Senti como se parte de mim tivesse sido colocada naquela mesa junto com o anel, uma das partes mais importantes da minha vida. 

Engoli o choro e voltei para o carro. Em nenhum momento vi Oliver tentar se aproximar, ou querer me incluir na cena da família feliz. Ele somente me encarou com pânico estampado no rosto, mas mesmo assim não reagiu. Olhei mais uma vez pela janela e o vi falar alguma coisa para o menino, que correu para perto da mãe. 

— Podemos ir embora, Curtis. – desviei o olhar quando vi Oliver dar o primeiro passo em nossa direção. – Não tem mais nada para mim aqui. 


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