Olicity - Lies escrita por Buhh Smoak


Capítulo 3
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Bem que eu tentei manter o capítulo pequeno, mas falhei miseravelmente. kkkkk
Pelo menos consegui parar em uma parte antes que ele aumentasse ainda mais.
Espero que gostem.




*** CAPÍTULO REVISADO ***



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~ Felicity Smoak ~

Segui o caminho todo de volta a Starling chorando, às vezes dormia e quando acordava já sentia as lágrimas encherem meus olhos de novo. As imagens de Oliver com seu filho vinham em minha mente a todo o momento e isso estava acabando comigo. 

Curtis ofereceu sua casa para que eu passasse a noite, mas ele não poderia me ajudar no básico que eu ainda era dependente. Fiquei pensando em quem poderia me ajudar e logo o nome de Thea me a mente. Desde o acidente tínhamos nos aproximado muito, então liguei para ela quando estávamos na metade do caminho. Pedi que fosse até o apartamento e pegasse o necessário para uma noite e levasse para minha antiga casa. 

Sem perguntas, apesar de preocupada, ela fez o que pedi, já se prontificando a passar a noite comigo. Senti um alívio absurdo quando Curtis parou o carro na frente da minha antiga casa. Já era bem tarde e a luz da sala estava acesa avisando que Thea já estava lá. 

Curtis desceu do carro para tirar minha cadeira de rodas do porta malas e voltou para me ajudar a sair e me acomodar na cadeira. 

— Tem certeza que vai ficar bem? 
— Vou. Só preciso de uma boa noite de sono. 

Eu queria acreditar que conseguiria dormir, mas tinha certeza que se tentasse teria pesadelos com tudo que aconteceu. Seguimos para a entrada da casa, Curtis empurrava minha cadeira e eu agradeci, não tinha força para isso depois de tantas horas de viagem. A porta de entrada se abriu e Thea nos recebeu com um enorme sorriso. 

— Boa noite. Achei que chegariam mais tarde. 
— Oi, Thea. – Curtis a cumprimentou. – A estrada estava livre. 
— Oi. – a cumprimentei sem conseguir sorrir. 

Thea não sabia de onde estávamos vindo, mas abaixou a minha frente e segurou minha mão. 

— O Oliver ligou cinco vezes para mim. 
— O que ele queria? – engolindo a vontade de voltar a chorar. 
— Não sei, não atendi. 

Essa cumplicidade era o que fazia minha amizade com a Thea se fortalecer cada vez mais. Curtis voltou para o carro para pegar minha bolsa enquanto Thea me ajudava a entrar. 

— Eu afastei a mesinha de centro e empurrei sua cama para ficar mais fácil de você se movimentar. 
— Obrigada, mas do jeito que estou cansada só quero dormir. 

Curtir entrou em casa com minha bolsa e meu celular, colocou tudo no sofá e me abraçou. 

— Vou indo e qualquer coisa que precisar me ligue ok? 
— Muito obrigada por hoje Curtis. 
— Você foi à única que valorizou meu trabalho e não se importou por eu ser novo demais como em outros lugares que trabalhei. Sou muito grato. – abaixando ao meu lado. - Te admiro muito senhorita Smoak e pode contar comigo sempre e quando precisar. 
— Obrigada de novo. – sentindo as lágrimas se acumularem em meus olhos. 
— E se precisar bater nele, eu vou apanhar muito, mas pode me chamar. – rindo. 
— Vou lembrar disso. – sorrindo,  o que parecia não combinar com meu estado. 
— Thea, não importa a hora. Pode me ligar. – a abraçando. 
— Tudo bem. 

Seguiram para a porta e logo Thea voltava para perto de mim, com a preocupação estampada em seu rosto. 

— De onde estão vindo? – me ajudando a levantar da cadeira e sentar no sofá. 
— Central City. 
— Peraí, vocês foram e voltaram hoje? – sentando na outra ponta do sofá, de lado. 
— Sim, aconteceu coisas essa semana que me fizeram desconfiar do seu irmão. Fui atrás e descobri que ele mentia para mim. – não queria conversar sobre isso, mas aquele assunto estava apertando meu peito. O choro estava preso, mesmo com as lágrimas deixando minha visão embaçada. 
— Ele te traiu Felicity? – aumentando o tom de voz. – Porque se ele fez isso eu vou matar o Oliver. 
— Não, não me traiu. 
— Então o que? 
— Podemos conversar depois? Eu estou com muitas dores pelo tempo que fiquei sentada no carro. 
— Claro, onde estão seus remédios? 
— Na bolsa, ainda falta meia hora para toma-los. 
— Preparei um banho para você, de banheira. – sorrindo. 

Era tudo o que eu precisava naquele momento. Levantei do sofá com a ajuda dela, e caminhamos até o banheiro. Minhas pernas pareciam feitas de gelatina e eu já esperava levar um belo sermão do fisioterapeuta quando ele descobrisse o motivo de minhas dores. 

Tirei minha roupa e Thea me ajudou a entrar na banheira. Não tinha mais pudor de ficar nua na frente de quem quer que seja. Quando você precisa de ajuda para tomar banho essa é uma vergonha que não tem mais espaço em sua vida. 

— Você comeu alguma coisa desde que saiu da Palmer? 
— Não. 
— Então relaxa ai que eu vou fazer algo para você comer. Comprei comida congelada para gente. 
— Obrigada mais uma vez. 
— Você é minha cunhada e sempre vou estar aqui para te ajudar. E independente da burrada que meu irmão fez, pode contar comigo para me juntar ao Curtir e bater nele, do contrário do seu amigo, eu não vou apanhar tanto e vou me certificar que aquela carinha linda vai ficar com marcas por longos dias. – dando um beijo em minha cabeça antes de sair. 

Respirei fundo quando me vi sozinha com meus pensamentos. Eu era grata por ter tantas pessoas cuidando de mim, mas saber que o homem que eu amava não tinha confiado em mim fazia com que um buraco se abrisse em meu peito. Chorei baixinho para que Thea não se preocupasse ainda mais. Eu só precisava limpar meu peito antes de começar a pensar em como encara-lo. 

Fechei meus olhos e deixei que a água me acalmasse, mas essa calmaria durou poucos segundos, porque a campainha tocou algumas vezes antes de eu ouvir a voz da última pessoa que eu queria ver naquela noite vinda da sala. 

— Cadê minha mulher? 


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