Sekai no Sozokujin: Herdeiros de um mundo -revisão escrita por SabstoHoku, FrancieleUchihaHyuuga


Capítulo 12
Me entenda,me note, me treine! O desejo de Boruto.


Notas iniciais do capítulo

Oiiieee. Eu sei que demoramos, mas aqui está, um capítulo quentinho para vocês! Beijão e boa leitura!



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A manhã fria de Konoha começou calmamente, com a Vila despertando aos poucos. Dias frios eram os favoritos dos gêmeos,mas, apesar disso, esta manhã não estava começando de forma particularmente boa para estes... ou apenas para ele. Boruto acordou, mais uma vez, mais cedo que a irmã. Abriu os olhos e fitou o céu cinzento pela janela aberta ao lado de sua cama, e depois passou os olhos pelo rosto calmo de Hokuto ainda dormindo, espalhada na cama de forma engraçada. O loiro não pôde evitar um risadinha; a irmã sempre fora mais bagunçada dormindo do que ele próprio.

O garoto se levantou, porém não deu-se o trabalho de tirar o pijama ou até mesmo pentear os cabelos: apenas pôs um casaco e se dirigiu, descalço, ao banheiro.

Fez sua higiene pessoal, e voltou para o quarto, olhando para a irmã que ainda continuava dormindo. Saiu do quarto sem fazer muito barulho e desceu as escadas rumo à cozinha.

Ao invés de Sakura, encontrou Naruto. Ele estava com roupas de inverno,tinha um avental rosa ( provavelmente o de Sakura) em volta de si e encontrava-se fazendo o café da manhã. Boruto surpreendeu-se, já que normalmente o pai estava já em sua sala àquela hora.

—Oi, pai. -O garoto falou, coçando os olhos e sentando-se em frente à mesa. - Não foi trabalhar hoje?

Naruto apenas sorriu, enquanto pegava alguns temperos para pôr nos ovos que estava fritando.

—Não vai me responder? -O loiro mais novo olhou para o pai com curiosidade.-Sua irmã ainda está dormindo? -Perguntou o mais velho.

—Está. Por que fugiu do assunto?

—E sua mãe?

—Não é o senhor que deveria saber? Você que dorme no mesmo quarto que ela.

—É que... -Ele fingiu ter voltado sua atenção para os ovos fritos.

—Não vai mesmo me responder? -Boruto bufou de frustração. -Ah. Já entendi. Não é o velhote que está aqui, não é mesmo?

—Bolt... -O Loiro começa, mas a voz falha.

—Por isso você não sabe se a mamãe está dormindo ou não. Porque, quando você, o meu pai de verdade, saiu para o trabalho ela estava dormindo, e então ele te deixou aqui para fingir ser ele.

—Eu não sou um clone. -Naruto fala, firme.

—Você sempre nos ensinou o quanto é feio mentir.

O mais velho suspirou, apagando o fogão e virando-se para o filho.

—Tudo bem, eu sou um clone.

—Eu sabia!

—Mas, Boruto, tente entender que eu sempre tenho muitas responsabilidades no trabalho, então nunca posso realmente ficar o tempo necessário com vocês.

—Tempo necessário? -O garoto revira os olhos. -Não existe tempo necessário! Existe o tempo que você precisa querer ficar conosco! Com Hokuto, com a mamãe!

—Bolt, sacrifícios tem que ser feitos para que sonhos possam ser realizados. -O loiro encara o filho.

—Em um dia como esse, você poderia ficar em casa! Era sua opção, e você escolheu ficar lá! Você mesmo diz, vivemos tempos de paz... Mas, pensei que quando realmente alcançássemos  a paz todos ficariam felizes, mas... -Ele respirou fundo. -Não estamos felizes!

O clone de Naruto desamarra o avental e deixa-o na bancada da cozinha, então senta- se em um cadeira em frente ao filho.

—A paz não é duradoura, filho. Sempre tem que ter alguém que cuide para que ela não se vá. Guerras existem e vidas são perdidas, dores são sentidas. Bolt, se não estou aqui não é por que eu não quero, e sim por que não posso. Sei que sua mãe já deve ter falado isso para vocês, e que você deve me achar um velho com uma desculpa esfarrapada, mas essa é a verdade. Se eu não cuidar da vila, quem irá fazer isso por mim?

—Você pode até cuidar e zelar pela vila. -O garoto parecia decepcionado. -Mas, se você se ocupar com a Vila, quem vai  zelar por nós? Pela nossa família? Ela sente sua falta, a mamãe sente sua falta...Eu...Eu também...

—Pai! -A voz de Hokuto é ouvida, e a garota entra correndo, os cabelos soltos e arrepiados voando ao seu redor. Ela sorri e abraça o pai, e Boruto a encara. -Não foi trabalhar hoje?

—Não, querida. -Ele lança um olhar preocupado ao filho. -Não fui.

—Eu só quero dizer. -O garoto se levanta. -Que não vai poder ser assim para sempre. -Ele então sai da cozinha, indo em direção à porta de casa, pouco sem importando com sua aparência.

Ele andava de cabeça baixa, os pensamentos confusos.As poucas pessoas que estavam fora de casa olhavam para o garoto.Bolt levantou a cabeça para ver o movimento quando se deparou com Sasuke.

—Tio Sasuke, o que está fazendo aqui?-perguntou o loiro.

—Bom,estou indo tomar café com a Hinata e a Hitomi, e você o que faz aqui?

—Nada.Mas para que a sacola?

—A Hitomi fez eu vir comprar pão e queijo para o café.-diz o moreno lembrando da cena da sua filha fazendo manha e sua esposa rindo.

—Ah, tudo bem... -O garoto continuou andando, determinando a continuar em seu próprio caminho, porém uma mão surgiu em seu ombro.

—Boruto...Aconteceu alguma coisa? -Sasuke tinha a voz fria como sempre, porém o olhar transmitia certa preocupação. -O Naruto está bem?

—Ele está ótimo. -O garoto responde com raiva. -Trabalhando. Sendo Hokage.

—Certo,então. -Sasuke também se vira, porém nota algo estranho. -É sete da manhã, o que você faz na rua, sem Hokuto ou Sakura?

—Eu só me desentendi com...o clone de alguém e resolvi sair para pensar. -O garoto olhar para os lados, como que verificando se tinha uma escapatória.

—Hitomi está meio deprimida esses dias, por conta dos kekkei genkais. E eu sairei em missão esta tarde, assim como Hinata. -O moreno parecia reavaliar a ideia enquanto a falava. -Você e sua irmã podem passar em casa para visita-la, se quiserem. E já que você está aqui sozinho, se quiser vir comigo, será bem vindo.

—Ah... -O garoto parecia confuso. Desde quando Sasuke o permitia e o convidava a ficar sozinho com Hitomi? -Eu não estou com fome, sabe, tio Sasuke...

Nesse momento o estômago do loiro roncou, desmascarando a mentira que havia acabado de contar.

—Isso nunca mais acontecerá de novo, Uzumaki. -Sasuke diz, pegando o garoto pelo braço e conduzindo-o pela rua. -Da próxima vez que Naruto deixar um de seus filhos na rua passando fome, eu vou deixa-lo lá.

—Tio Sasuke, não precisa fazer isso. -Boruto resmunga.

—Preciso sim. -Sasuke responde baixo, por um momento desviando o olhar do garoto ao seu lado.-Muito mais do que você imagina.

—O que? -O garoto parecia confuso. -Mas por que?

O moreno não responde, apenas segue seu caminho para casa, acompanhado do garoto.

—Tio Sasuke? -O loiro chama, e Sasuke lhe lança um olhar questionador.

—Não gosto quando me chama de Tio.Nem você, nem ninguém.Eu me sinto meio… Velho.-Diz ele apenas.

—Hm. -O garoto dá de ombros. -Você era rival do meu pai, não era?

—Pra que quer saber disso?

—É que… Bem, se você era rival dele, significa que você deve ser tão poderoso quanto ou até mais que ele.

—O que tem isso?

—É que… Eu fiquei pensando se… Bem, tio Sasuke, eu quero superar o meu pai! Quero provar para ele que independente do herói que ele foi pra vila antigamente, hoje ele é um idiota, e que eu posso ser mais poderoso que ele!

Mas o que diabos esse garoto está pensando em me pedir? “

Boruto, o que você quer?

—Eu quero superar o meu pai! Eu quero superar o Hokage, mas não consigo fazer isso sozinho. Então pensei que você, talvez, pudesse me ajudar. Não é como se eu fosse ficar mais poderoso pra tentar matar ele, mas…

Sasuke para.

—O que o seu pai andou falando para você?

—Nada. Ultimamente ele sequer tem falado comigo, ou com a Hoku… Por que?

—Você faz perguntas demais. Eu não gosto disso. É irritante. -Sasuke dá um sorrisinho. “Curioso...Zeloso...Irritante… Igualzinho à mãe”.

—Tio Sasuke, você aceitaria me treinar?

—Treinar? -O Uchiha encara Boruto.

—Sim, treinar, ser meu mestre e coisas do tipo. Se você é um rival do meu pai, acho que seria perfeito se você me treinasse.

—Boruto, eu não acho que…

—Pai! -A voz de Hitomi surgiu. Ela estava na porta de casa, encarando os dois com ar de curiosidade.-Pensei que não voltaria mais. O que o idiota faz aqui?

—Encontrei seu amigo passeando por aí sem nada no estomago às sete da manhã. -Fala o moreno, passando pela filha e entrando em casa, deixando o loiro parado na entrada,encarando a colega.

—Ele não é um cachorrinho. Eu pedi um cachorrinho de aniversário. Você poderia ter encontrado um cachorrinho faminto na rua às sete da manhã e trazido para casa. - A Uchiha se vira para o pai. -Um cachorrinho seria melhor.

—Eu trouxe seu amigo. Não está bom?

—Não. -Ela diz, inflexível, cruzando os braços. -Se bem que… -Os olhos Ônix analisam cuidadosamente o garoto. -Quase dá na mesma. Mas o cachorrinho é mais fofo e menos Boruto.

—Novamente: Obrigado pela consideração.  -O loiro fala, ainda parado em frente à garota.

—Não vai entrar? -Ela questiona.

—Ninguém me convidou.

—Santo Hokage, eu preciso convidar? -A garota revira os olhos e o puxa pelo braço. -Entra logo, Baka.

Mãe, o idiota vai tomar café com a gente! -diz Himi arrastando o loiro para a cozinha.

—Bom dia Bolt -diz a Hyuuga -O que está fazendo fora de casa às sete da manhã?

—Bom…

—Não pressione o garoto, Hinata. -Sasuke senta-se em frente à mesa- Ele é filho do Naruto, não sei nem se ele consegue pensar em ter motivos pra fazer alguma coisa.

—Querido, não fale assim. Naruto é o Hokage, e mais que isso é um grande homem! Determinado e corajoso. Além disso, é o seu melhor amigo. -Hinata também se senta, do lado oposto do marido,e o encara.

—Hã...É, talvez o Hokage seja legal. -Hitomi diz distraidamente, sentando-se em outra ponta da mesa.

"É...legal...sei..." Boruto encara a familia, tudo que ele mais queria e nunca iria admitir naquele momento era um café da manhã como aquele. Todos reunidos, todos eles de verdade. -Bolt? -Hitomi tira o garoto de seus devaneios. -Vai ficar aí parado mesmo?

—É...Hã...

—Ele está bem? -Hinata olha preocupada para o marido, em busca de respostas.

—Está sim. -Hitomi ri- Só é meio lerdo,é de família. Agora vem Bolt, senta aqui com a gente. -A garota se levanta da mesa e puxa o amigo, que cai em uma cadeira ao lado dela. -Pronto, agora vamos comer.

Boruto olha para a garota, admirado.

—Ei, é melhor comer logo, se não vai acabar, e eu não vou arranjar comida para filho de incompetente nenhum. Muito menos de Naruto. -Sasuke encara o garoto. - Se não tirar os olhos da minha filha e focar na comida agora, acho que passar fome é a coisa você menos vai ter que se preocupar.

—Sasuke! -Hinata bronqueia.

—Eu estou tentando ajuda-lo!

—Está ameaçando o filho do seu melhor amigo de morte.

—É ajudar, na minha visão. -O homem diz, simplesmente, pegando um pão e cortando-o com a faca. Por um momento, Boruto pensou se aquilo também não era uma espécie de ameaça, portanto tratou logo de também pegar um pão e uma fatia de queijo e pôr na boca, dessa vez sem olhar para a amiga.

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—Pai, você vai sair em missão mais tarde não é? -pergunta Hitomi e o pai respondeu com um aceno -Mãe posso ficar na casa do Sunna? Já que não tem ninguém aqui. -falou a menina com um pouco de tristeza na voz.

—Filha, preferimos que você fiquei aqui. -Hinata diz, já tirando a mesa do café- Se você quiser nós deixamos Boruto ficar te fazendo companhia, além disso talvez Hokuto venha para cá também.

Sasuke olha para o loiro.

—Não tente nada, não pense nada, eu saberei. 

 —Himi? -O garoto murmura para a colega.

—Hm?

—Seu pai é um deus?

—Sei lá. Eu nunca soube. Talvez sim. -A garota responde, séria.

—Está tudo bem assim para você, filha? -A ex-Hyuuga se vira.

—Desde que ele não mexa nas minhas coisas - a Uchiha dá de ombros

—Tudo bem, então. - Hinata acena para a filha e sai pela porta, seguida por Sasuke. Assim que eles fecham a porta, a Uchiha se vira para o loiro.

—Quer fazer o que?

—Sei lá, a casa é sua. 

—Por que está aqui então?

—Sei pai me carregou pra cá.

—Se não quer ficar então sai. -Ela cruza os braços.

—Mas...Então...É que... -Ele coça a cabeça. -É que eu quero ficar, sabe...

—Então fica.

—Você quer que eu fique?

—Pra mim tanto faz. -Ela se vira, indo em direção a sala. -Quer ver um filme?

—Filme?

—Você é mais idiota do que eu pensei, Bolt. - A garota senta no sofá, e Boruto se senta também, com um assento de distância. -Posso saber o que fez você ficar perambulando sozinho por aí às sete da manhã?  

—Eu aceito o filme. -O garoto fala, sem querer mais questionamentos.

—Tá então. -Ela pega o controle da TV e a liga, zapeando pelos canais.

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—Esse cara é um idiota! -Boruto grita, bravo, enquanto assiste o filme.

—Por que ele é um idiota? Acho ele legal! -Hitomi diz, enfiando a mão cheia de pipoca na boca.

—Você é uma garota estranha! -Boruto se vira para ela. -Óbvio que o culpado é o chefe dele! E esse idiota ainda se diz detetive! 

—Eu não acho que seja o chefe dele!

—Mas é claro que é! -Boruto aponta para tela da teve, tentando convencer Hitomi. -Óbvio que foi o chefe dele que cometeu todos os assassinatos, inclusive o da própria esposa! Ele só fez aquilo para despistar a polícia!  

Hitomi tira os olhos da pipoca em suas mãos e olha para o amigo, começando a ter um acesso de riso assim que o faz.

—Do que você tá rindo? 

—Bolt...Você...Está...Todo...Vermelho de raiva! -A garota tenta recuperar o fôlego. -Está parecendo uma pimenta! Não acredito que ficou assim só por causa do filme!

—Mas é impossível não se estressar com personagens tão idiotas! -O garoto se defende. -O cara não consegue achar nem uma barata e se acha o maior detetive do mundo!

O acesso de risos de Hitomi volta, e o Boruto a observa. Durante isso, o garoto sequer conseguiu acreditar que ela estivera num hospital com os olhos enfaixados uma semana antes. Sabia que as coisas não estavam sendo fáceis para ninguém, exclusivamente para Hitomi, que agora praticamente perdera o título de Uchiha. Hokuto havia contado que os kekkeis genkais da amiga haviam parado de brigar entre si, porém, desde que isto acontecera, a garota parecia não ser capaz de utilizar nem Sharingan, nem Byakugan. 

—Himi...Você ainda quer saber o que aconteceu para eu ter vindo para aqui hoje?

—Hm... -a morena olha para o loiro -Não sei, brigou com a Hoku de novo e ela te botou para fora?

—Não foi bem isso... -Boruto encara um ponto qualquer do chão. -É que, talvez, a Hokuto tenha te contado, mas... Nós nunca tivemos uma ótima relação com nosso pai. Quer dizer, nos sentimos meio de lado, entende?Principalmente ela e...

—Boruto

—Hm?

—Fale o que você sente, como você mesmo. Não ilustre seus sentimentos com Hokuto. É como se você estivesse mentindo pra si mesmo.

O garoto respirou fundo, tomando coragem e deixando seu orgulho de lado lentamente.

—Eu sempre me senti rejeitado com ele. É claro, Hoku sempre faz o possível para melhorar a relação, mas existem coisas que ele faz que ela não sabe. É como se ele não quisesse ficar com a gente, comigo, como se ele se arrependesse de ter a família que tem. Minha mãe fala para nós que é culpa da situação, do trabalho que ele tem, que não é porque ele quer, mas...Não é isso o que parece, sabe? Sempre fora, sempre trabalhando, trancado e ocupado com reuniões e papéis; Sei que ele só está fazendo o que deve fazer, porém é impossível não me ressentir. Ele não está no nosso aniversário desde que tínhamos oito anos, não aparece no próprio aniversário de casamento, ou em qualquer festa e comemoração que fazemos, ou apenas para passar um dia qualquer em casa. Hitomi, eu não sei se meu pai se importa comigo, ou com a minha própria irmã!

— Claro que ele se importa, mas o Tio Naruto não sabe como dizer isso. -A Uchiha colocou a mão na nuca do loiro e fez um carinho em seu cabelo, um ato quase instintivo. -Ele gosta muito de vocês.

—Hitomi.-O garoto parecia lutar contra as lágrimas. -Você realmente acha isso? 

—Mas é claro que acho. -A garota tira a mão dos cabelos do loiro. -Caso contrário, eu não te falaria. Sei como é se sentir deixado de lado, Boruto. -Ela desvia o olhar. -Como é não ter a certeza do afeto daquele que você mais quer ter. 

Boruto a encarou, lembrando-se que a infância de Hitomi também não havia sido tão fácil. Ela tinha sempre a mãe por perto, porém só conhecera o pai aos sete anos, e o vira algumas vezes durante o tempo. Sasuke, por algum motivo que ele nunca gostara que lhe perguntassem, também nunca ficou permanentemente na vila, junto de sua família.

—Himi, me desculpe, eu não quis dizer que... 

—Está tudo bem. -Ela lhe lançou um pequeno sorriso. -Aprendi a conviver com isso. Mas ele anda ficando mais com a gente, então está tudo melhor. O ressentimento está menor.

—Eu não quis te magoar.

—Não magoou. 

—É sério não foi minha intenção... 

—Boruto, eu posso te dizer uma coisa? Posso, não é? Então, as pessoas demonstram amor de diferentes formas, sabia? Tenho certeza que seu pai se importa muito com você, com Hokuto e com a Tia Sakura. Pense que talvez estar sempre trabalhando para o bem da vila é uma forma de demonstrar esse amor. Ele cuida da vila, pois ele nasceu nela, cresceu nela, e ganhou vocês nela, assim, a cada vez que ele está lá, é como se ficasse falando "Eu te amo" para vocês. -A garota suspira, vendo o rosto sem reação do amigo. -Sei que não é fácil se convencer de algo assim, ou até mesmo de pensar em algo assim, mas é o necessário. Os pais são pais do jeito deles. Sei que existem alguns bem ruins, porém o seu te ama, acredite nisso.

—Obrigado Himi.

—De nada. -A garota sorri e segura a mão do loiro, que parece não notar.

—Mas e quanto a Hokuto?

—Sua irmã tem a própria maneira de tratar das coisas. Ela te protege, Bolt, e você não nota.

—Mas eu tenho que protege-la!

—Por que ela é garota?

—Por que ela é minha irmãzinha. -O garoto desvia o olhar. -E eu realmente não quero me afastar daquele furacão rosa irritante.

—Se quer proteger ela, deixe-a de fora de seus próprios ressentimentos.Hokuto tem suas próprias coisas para se preocupar.

"Eu simplesmente não posso mante-la fora disso...Mesmo que eu quisesse, não seria possível." O garoto pensa, virando-se e finalmente vendo a mão de Hitomi na sua.

—Ei...

—Se não calar a boca, essa mão vai parar em um lugar nem tão reconfortante.

—Obrigado. -Ele dá um sorriso de canto, apertando a mão da garota levemente. Ela faz o mesmo.

—Estou aqui para isso. Eu nunca vou sumir da vida de vocês, Uzumakis.


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Notas finais do capítulo

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