Sekai no Sozokujin: Herdeiros de um mundo -revisão escrita por SabstoHoku, FrancieleUchihaHyuuga


Capítulo 11
Um dia normal na aldeia... Ou quase isso.


Notas iniciais do capítulo

Oieee galera! Desculpem a demora, passamos por um horrível bloqueio criativo, além de uns probleminhas... Mas aqui está! Boa leitura!



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—BORUTO UZUMAKI! -Os gritos de Sakura provavelmente eram ouvidos pelo Kazekage na Vila da Areia. -O QUE VOCÊ FEZ?

—Eu? Nada. -Boruto respondeu, despreocupado.

—NADA? E QUE PAREDE É ESSA TODA PINTADA, MOCINHO?

—E lá se vai meu sossego... -Hokuto Murmura, se remexendo na cama.

—Eu já disse que não fiz nada! - Apesar da resposta firme, Hokuto quase podia ver o sorriso esperto se formando no rosto do irmão. -Não sei de parede nenhuma, mãe!

—Mas é claro que sabe. -A garota fala alto o suficiente para que Bolt a ouça, enquanto tateava debaixo do travesseiro ainda com os olhos fechados.

—Bom dia Bela Adormecida. -Zomba o loiro.

—Cala essa boca, idiota. -Ela enfim acha o que estava procurando e logo se senta, pondo os óculos de armação preta e azul no rosto.-Não consigo dormir com você e mamãe brigando feito loucos.

—Sorte sua que ela ainda não invadiu esse quarto, quatro-olhos. -Provoca o garoto, e Hokuto finalmente o olha com clareza. Ainda estava com o pijama laranja, e se encontrava sentado na cama, rodeado de mangás. A cena seria bem normal, não fosse por um detalhe: em meio aos mangás haviam também diversos doces, cobrindo a cama inteira,incluindo o próprio Boruto; Embalagens de chocolate prateadas, chicletes, balas e até doces em palitos. Até mesmo os cabelos claros do Uzumaki estavam cobertos de granulado colorido. Hokuto não pôde evitar o sorriso arteiro por ver que estava de frente com a vingança perfeita para a provocação do irmão, que notou o que a rosada pretendia no hora.

—Você não teria corage...

—Acho que quem teve sorte foi você, bocó. -Um brilho malicioso passou pelos olhos da rosada. -MÃE! MÃE, VEM CÁ!

Sakura surgiu como um flash, abrindo a porta do quarto dos gêmeos com cautela e uma evidente preocupação de mãe, deixando de lado a irritação de momentos antes.

—Filha? O que foi, está tudo bem? -A rosada mais velha entrou,o olhar focado na filha. Porém, assim que viu o sorriso estampado na face da pequena Uzumaki soube que ela estava ótima. No entanto, se o problema não era sua filha, então quem...?

—BORUTO! -O garoto se encolheu diante do grito da mãe. -PODE ME EXPLICAR O QUE SIGNIFICA ISSO?

—Hum...Doces?

—AH, DOCES? EU VEJO QUE SÃO DOCES! QUANTAS VEZES EU JÁ TE DISSE PARA NÃO COMER DOCES ANTES DO ALMOÇO?

—Uma? -O garoto tentou sorrir. -Duas?

—Boruto Uzumaki... -A rosada mais velha tinha um olhar feroz.

—Mas não pode ser considerado antes do almoço, e sim antes do café-da-manhã.

—Santo Terceiro Hokage, Bolt! Não sei mais o que fazer com você. -Ela suspirou, tentando talvez aliviar o estresse, ou talvez apenas tomando mais ar para gritar novamente. Provavelmente as duas coisas -LEVANTA AGORA DESSA CAMA E VÁ TOMAR UM BANHO! SANTO DEUS, TEM DOCES ATÉ NO SEU CABELO, FILHO!

—Tá. -Teimou o loirinho.

—TÁ COISA NENHUMA, SENHORZINHO! -Sakura então foi até o filho e o puxou pela orelha, e assim que o fez ficar de pé arrastou o garoto porta afora. -E DEPOIS, VOCÊ VAI LIMPAR AQUELA PAREDE, ME OUVIU?

—Ai, ai... -Hokuto boceja, ouvindo as vozes da mãe e do irmão se afastando no corredor. Ainda estava deitada na cama, os longos cabelos totalmente arrepiados e despenteados. -Noda melhor do que um começo de dia totalmente relaxante. -Ela sorri, levantando-se. -O que mais eu poderia querer?

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Depois de Bolt ter tomado banho e tirado todos os doces grudados na cabeleira loira, desceu para tomar café da manhã jundo com as duas rosadas.

—Agora sim. -diz Sakura -Agora sente e tome café que daqui a pouco você vai limpar aquela parede.

—Já entendi, mãe. -diz o loiro se sentando na mesa. Todos comiam em silencio até Hokuto dizer:

—O papai não está aqui de novo.

—Vocês sabem que ele fica muito ocupado com o trabalho na aldeia. -diz a rosada mais velha.

—Todo o dia é a mesma coisa. -reclama o loiro

—Sabemos que ele é ocupado. -Fala Hokuto com a cabeça baixa. -Mas ele não pode parar um pouco o trabalho e cuidar...bem... De nós?

Sakura olha para os filhos, compreensiva.

—Crianças, sei que não é fácil não ter o pai de vocês aqui a todo momento, mas ele é um homem ocupado e pelo bem de todos nós precisa sempre estar fora. Sei pai lutou muito para chegar aonde está agora, e no meio dessa luta ele também perdeu muito coisa. Tentem entender ele pelo menos um pouco, ok? Papai não está aqui por que não pode estar, e não por que não quer, entenderam?

—Sim mãe... - Os gêmeos dizem em unissom, e então o silêncio reina novamente.

—Mas...

—Mas o que, filho?

—Ele não pode tirar algo parecido com férias?

—Não Bolt. -diz Sakura bagunçando os cabelos ainda úmidos do filho. -Acho que os Kages não podem tirar férias, pelo bem de todos.

—Entendi mãe. -E volta a comer o seu cereal, o silêncio então volta.

—Agora que todos terminamos vamos limpar a parede. -diz Sakura tirando a mesa do café da manhã.

—Mas mãe! -Os gêmeos fazem um som decepcionado.

—Mas nada. Vamos nós três, sem reclamações, ouviram?

—Sim... -Eles fazem cara de cachorrinhos abandonados. Sakura tinha que admitir que os filhos era infinitamente bons nisso, e que doía o coração vê-los assim. Mas, de qualquer forma, as crianças não derreteriam o coração da ex-Haruno por completo, não tão fácil.

—Se me ajudarem eu dou dinheiro para comprarem qualquer coisa na vila.

—Eu topo,dattebane! -Boruto fala prontamente.

—Mamãe golpista! Ela nos suborna, 'ttebane! - Reclama Hokuto.

—Nada disso! Não é golpe, são técnicas de mãe! -Ela dá um sorriso de canto. - Vamos, vocês dois! Vamos dar conta daquela parede, principalmente você, mocinho!

—Eu não fiz nada!

—Fez sim,'ttebane! -Hokuto cruza os braços.

—Não fiz não!

—MENTIROSO!

—BOCA ABERTA!

—IDIOTA!

—QUATRO OLHOS!

—CABEÇA OCA!

—MENININHA!

—SEU...

—PAREM OS DOIS! -Sakura realmente estava começando a odiar o som da própria voz, uma vez que os filhos viviam fazendo-a gritar múltiplas vezes ao dia. -Se não pararem, nada de acordo!

Os gêmeos fazem gestos iguais, virando um pro outro de braços cruzados e bicos raivosos, se encarando.

—Vocês são ninjas ou criancinhas? -Ela suspira.

—Ninjas! -Os dois respondem.

—Então não ajam como criancinhas da academia! Ajam como ninjas de verdade, façam as pazes e trabalhem em equipe!

—Desculpa Boruto. -Hokuto, como sempre, foi a primeira a se render as broncas da mãe.

—Desculpa, tampinha...

—Boruto! -A mãe o encara.

—Tá. Desculpa, Hokuto.

—Tá desculpado. -A garoto fala.

—Agora vamos lá limpar aquela parede. -Sakura sorri para os filhos e parte para pegar os instrumentos de limpeza, enquanto as crianças pegavam os produtos para a mesma.

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Limpar a parede sujou mais do que limpou, mas Sakura conseguiu fazer os pestinhas limparem a bagunça extra.Mas é claro que, assim que a limpeza terminou, os gêmeos fizeram questão de cobra-la.

—Mãe, agora eu quero o dinheiro. -diz Bolt indo atrás da rosada mais velha que estava guardando os produtos.

—Já estou indo. -Ela vai até a bolsa, pegando a carteira e tirando uma quantia para os dois.O suficiente para se divertirem, mas não para acabarem com as lojas. -Está aqui a recompensa de vocês. Se divirtam, eu estarei no hospital. -Sakura sai de casa juntamente com os filhos.

—Você vai nos dar mesmo dinheiro sem supervisão? -Hokuto questiona a mãe enquanto ambas saem de casa. -Vai nos deixar sozinhos mesmo?

—São ninjas agora, não são? -A médica sorri. -Preciso trabalhar filha, e acho que não preciso mais chamar alguém para bancar a babá de vocês, não é mesmo? Confio nos meus filhos. Eu posso confiar em vocês, certo?

—Sim! -Dizem os dois.

—Ótimo. Então se divirtam e tentem não enlouquecer os outros. -Ela se vira para ir embora, porem assim que começa a andar sente sua mão sendo puxada.

—É pra eu ficar de olho no Bolt, certo? -Hokuto cochicha.

—Exatamente. -Ela diz, e vê a filha sorrir, os grandes olhos azuis brilhando. -Agora eu preciso ir. Até mais tarde.

—Tchau mãe.

—Tchau, queridos. -A rosada então sai andando, deixando os filhos parados na porta de casa. Os gêmeos então olham para o dinheiro nas próprias mãos e logo após se olham e sorriem. Sorrisos que podem ser descritos como a expressão de um demônio arteiro esculpido em um anjo. Os gêmeos haviam bolado algum tipo de plano silenciosamente e em poucos segundos, sem dúvidas.

—Vamos? -Hokuto pergunta.

—Com toda a certeza. -Boruto fecha o portão de casa com uma batida e sai correndo, sorrindo, com a irmã logo atrás.

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—Crianças! Crianças, esperem! -Shino praticamente gritava, quase implorando para as crianças pararem quietas em seus lugares ao invés de saírem apressados e aos montes, como insetos atraídos para a luz. Ele não fazia a mínima ideia do porque o sinal de saída da academia havia tocado repentinamente, antes mesmo do meio do dia letivo, o que havia causado aquela reação agitadíssima de toda criança quando fica sabendo que vai poder ir para casa mais cedo do que o esperado.

As crianças gritavam enquanto saíam, e Shino estava prestes a arrancar os próprios cabelos ( ou atacar os próprios alunos), para que pudesse controlar a multidão de pirralhos. Mas ele, como sempre, aparentava estar calmo;Não podia botar mais lenha na fogueira.

Na verdade, o Sensei já estava até suspeitando o que, ou quem, poderia ter causado aquilo…

Assim que ouve o sinal mais uma vez, agora ainda mais alto, Shino desiste segurar a criançada, que continuara correndo em direção a saida.

—HOKUTO E BORUTO!!!!! - O Sensei grita enquanto observa os gêmeos abrirem os portões para as crianças saírem.

—Conseguimos? -Boruto pergunta para a irmã, um sorriso travesso no rosto.

—Sim ou claro? -Hokuto tinha um sorriso idêntico estampado.Os gêmeos observaram as crianças correndo loucamente para fora da academia, atravessando com rapidez os portões, a euforia completamente visível. Os dois então fazem seu famoso "soquinho" um na mão do outro, rindo.

—HOKUTO E BORUTO!!!!! -Eles ouvem Shino gritar novamente assim que todas as crianças saem, e gelam. O Sensei nunca gritava, e quando o fazia significava que a situação estava realmente séria. Hokuto então pega o irmão pela mão e o puxa para o telhado da academia, forçando-o a se deitar, os olhares atentos ao pátio onde Shino estava prestes a aparecer. -EU SEI BEM QUE FORAM VOCÊS, PESTES UZUMAKIS.

Boruto sufocou um riso, e Hokuto olhou com cautela para o irmão.

"Cale a boca, idiota" a rosada parecia dizer com o olhar.

"Não estraga, quatro olhos" Boruto sufocou outro riso, e a irmã lhe deu uma batida de "leve" na cabeça. Então, olhou para um pequeno besouro ao lado do loiro.

"Besouro? " Ela se perguntou. "Não tem besouros a...BESOURO! "

—Estão se divertindo? -Uma voz conhecida falou, e os gêmeos viraram a cabeça, encarando agora Shino com Olhos arregalados.

—SHINO-SENSEI! -Os dois gritam em unissom, e acabam levantando em um pulo. Mas é claro, estando em um telhado, o movimento não deu certo, e os irmãos caíram na grama.

—NÃO PENSEM QUE VÃO ESCAPAR!!!! -diz o Sensei correndo atrás deles.

—Hokuto! -Boruto alerta, já correndo, procurando a irmã que havia "acidentalmente " deixado para trás

—Eu sei! -A garota reaparece ao lado do loiro, correndo assim como ele.

—UZUMAKIS! -A voz do sensei se torna mais perto.

—Konohamaru? -Pergunta Bolt.

—Mas é claro! - Hoku responde, virando para a esquerda, seguida por Bolt.
Os gêmeos continuam correndo, logo já pulando de telhado em telhado, o Sensei logo atrás. Eles então descem no nível da rua, atropelando alguns habitantes. Não era novidade para ninguém; os filhos eram quase tão agitados quanto o pai ou o Sensei do Time naquela idade, se não piores, chamados “carinhosamente” pelos habitantes de “As tormentas de Konoha”.

—São os gêmeos! -Eles ouvem uma mulher cuja haviam esbarrado e derrubado a sacola de compras, gritar.

—Ah, eu pensei que minha vida havia ficado finalmente tranquila! -Uma senhora reclama da janela de sua casa, encarando os furacõezinhos passando. -Mas eles voltaram!

—De novo não! -Exclama um comerciante, passando com caixas e mais caixas de mercadorias, que logo foram ao chão graças aos Uzumakis.

—Somos tão problemáticos assim? -a garota sorri maliciosamente.

—Celebridades, mana. Os heróis rebeldes da criançada. -o loiro encara a irmã enquanto corre.

—Pode acreditar. -A rosada dá um sorrisinho satisfeito.

—Crianças! Não me obriguem a fazer algo que não quero fazer! -Eles ouvem o ex-sensei falando.

—Se não quer fazer, então não faça! -Boruto debocha.

—Seu…

—Bolt! -O loiro não precisou de muito para entender, virou a rua junto com a irmã, fazendo alguns clones e logo após entrando em uma casa com a porta aberta.

—Crianças?! Mas o que…? -Konohamaru pergunta espantado. Hokuto teria rido alto de ter tido a visão de seu sensei de samba-canção sentado preguiçosamente no sofá, não fosse pela pressa que ela e o irmão estavam.

—Nos desculpe, Konohamaru-sensei! -Boruto grita,batendo em um móvel e derrubando vários livros e fotos durante a correria. Os irmão então passam da sala para a cozinha, pulando a janela e saindo já em outra rua.

—UZUMAKI! SÃO EDIÇÕES DE COLECIONADOR DE ICHA-ICHA PARADISE! LEVEI 5 ANOS PARA ACHAR!-Eles ouvem a voz reclamona do sensei que haviam acabado de deixar para trás.

—Foi mal! TARADÃO-SENSEI! -Boruto grita, enquanto Hokuto explode em uma gargalhada.

—Quanto tempo vai levar até que ele perceba? -a rosada desvia de Inojin e Ino, que se encontravam andando calmamente pela rua, o loirinho soltou um “Oi” enquanto a mãe suspirava, antes de continuarem andando.

—Não sei. Talvez já tenha percebido. -O loiro responde.- Hoku, tem tinta aí?

—Por que eu traria tinta?

—Você sempre leva tudo para todo lugar.

—Talvez, e só talvez,eu tenha alguma tinta vermelha.

O loiro sorri.

—Estou afim de fazer alguns ajustes na estátua do papai. O que acha?

—Sabe, até que foi ótima ideia a sua? Sempre quis ver como ficaria o papai de blush e batom.

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—Poderiam me explicar porque diabos os Hokages estão maquiados? -Uma voz calma fala atrás dos gêmeos.

—Porque achamos que eles precisavam dar uma repaginada no visual. -Responde Hokuto distraidamente sem se virar para ver quem estava perguntando, terminando de passar “batom” nos lábios de pedra do rosto de Hashirama Senju.

—”Repaginada no visual”, é? - A voz pergunta. - E os xingamentos?

—Coisas do Bolt. Ele é meio doido mesmo, diz que ser Hokage é besteira.-Responde a rosada.

—Você concorda?

—Talvez. Sei lá. -A menina começa a pichar a bochecha de Tsunade. -Eu conheço a sua voz de algum… -Ela finalmente se vira, e encara Kakashi com olhos arregalados.

—Não gostei de ficar ruivo. -Fala o homem calmamente. -Cinza combina muito mais comigo. E eu não sou chato.

—Tio Kakashi. -A garota engole em seco. -Eu não sabia que...Cadê o Bolt?

—Aquele? -Ele aponta para cima e a garota olha. Ali em cima, pendurado em uma corda, o irmão da garota se encontrava desacordado. -Sabe, vocês são igualsinhos a ele.

—A ele quem?

—Naruto. Quando tinha a idade de vocês não tinha quem o segurasse, nem eu.

—Meu pai…? - a voz da menina falha.-Mas ele é tão sério e está sempre trabalhando, nunca pensei que…

—Que ele tivesse sido uma criança hiperativa e problemática, assim como os filhos? -O grisalho sorri por debaixo da máscara. -Toda criança age praticamente da mesma forma quando busca atenção.

—Não somos crianças, e não queremos atenção.

—Ah, não? -Ele levanta as sobrancelhas.- Me responda se o seu desejo ao fazer isso juntamente com Bolt não era que o Naruto visse e viesse aqui pessoalmente dar broncas em vocês.

Os lábios de Hokuto se contraem.

—Mas ele não tinha quem dar broncas. Sei que Naruto se tornou um homem extremamente ocupado e dedicado ao trabalho, que vocês se sentem sozinhos por isso, e que vocês são tão teimosos quanto ele, por isso não vou impedi-los.

—Não vai?

—Não.

—Mas...Tio Kakashi…

O homem pisca.

—Daqui a um tempo ele aparece. Aliás, ele ficou muito mais bonito com blush e batom do que eu pensei que ficaria.-Ele solta uma risadinha. - Sakura vai matar vocês.

—Mas o que…? -Por um momento a garota havia até esquecido o que havia feito, então teve que olhar novamente para o rosto “maquiado” do pai, com a palavra “velhote” escrita com tinta nos olhos pelo irmão. -Tio, você não acha que...Tio? -Ela olha em volta, porém Kakashi já havia desaparecido. -Ele é realmente estranho.

Ela suspira, subindo até onde estava o irmão e sacudindo-o com força.

—BOLT! BORUTO! ACORDA!

—Hmmm...Ramen…

—RAMEN É O ESCAMBAL, ACORDA AGORA!

—Só mais cinco minutin…-O loiro começa a abrir os olhos. -Hoku? O TIO KAKASHI ESTAVA AQUI, ELE…

—Eu sei. -Ela ri. -Ele falou comigo, mas depois desapareceu.

—Sinistro.

—Eu sei.

Eles descem do monte e ficam observando sua mais nova obra de arte, nomeada pouco tempo antes de “Hokagesfashions”, enquanto devoravam um saco de doces comprados com o dinheiro dado pela mãe, e a paz finalmente reina por alguns instantes na vila. Então, logo sentem a presença de outro alguém atrás deles.

—Muito bonita a arte de vocês - diz uma voz misturada de divertimento e seriedade. Uma voz que os dois conheciam muito bem, mas seria o verdadeiro ou um clone?

—Ficou mesmo - diz Bolt, concordando sem muito entusiamo. -Nunca imaginei o Tio Kakashi ruivo.

—Eu nunca me imaginei de batom.

—É bizarro do mesmo jeito. -Fala Hokuto, virando a cabeça em direção a voz do pai. -Não está gritando conosco, -a garota fala cutucando o irmão.-acho que é realmente ele.

Naruto observava os filhos, hora para Hokuto, hora para Boruto e às vezes para o mais novo monte fashion de Konoha. Tinha um quase-sorriso nos lábios, os olhos brilhavam apesar de não terem motivos para isso. Talvez apenas estivesse tendo flashbacks da própria infância.

—Bom, gostaria de saber porque os dois abriram o portão da academia. -diz, se voltando para os gêmeos.

—Shino sensei te contou isso? -Boruto também se volta para o pai.

—Talvez, assim que percebeu que estava perseguindo clones. -O Hokage explica, se sentando ao lado das crianças, a luz do sol no fim da tarde batendo no rosto.

—Ah... As crianças estavam desanimadas. -fala o loiro. -Além do mais, as aulas de Shino-sensei são um saco.

—Não são tãooo chatas assim.Você que nunca prestou atenção. -Interfere Hokuto.

—Ah, são sim. -Ele olha novamente para o pai, oferecendo alguns doces. Naruto pega um chiclete, sorrindo. -Sendo assim, resolvemos libertar as crianças do cara-dos-insetos.

—E a invasão da casa de Konohamaru?

—Desvio de rota.Ele estava usando samba-canção. Quem usa samba-canção? -Hokuto ri.

—Vocês derrubaram os livros dele.

—O Boruto derrubou os livros dele.

—Foi um acidente! -Protesta o garoto.

—E ainda por cima o chamaram de Taradão-sensei - diz o loiro mais velho segurando o riso, bons tempos em que ele podia chamar outra pessoa de taradão. -Fizeram mais alguma coisa que eu precise saber? -Ele levanta uma das sobrancelhas.

—Quebramos os vasos de flor da tia Hinata. -Começa Boruto, enchendo a boca de balas.

—Quase atropelados a Tia Ino e o loiro-azedo. -Continua Hokuto.

—Quebramos o vidro da loja da Tia Tenten.

—Derrubamos as tintas do tio Sai.

—Tentamos arrancar a máscara do Tio Kakashi.

—Comemos rámen no Ichiraku.

—Bolt, isso não é importante! -Repreende a rosada.

—Mas é claro que é!

—Tá...Hum...E…

—E o que? Iniciaram uma guerra com um país vizinho? -Naruto não sabia se dava gargalhadas ou broncas nos filhos. Talvez os dois ao mesmo tempo. “Se bem que, se eu fizer isso, vou parecer um maníaco “ o loiro então descartou a ideia. -Vão me falar a última coisa ou não?

—Naruto. -Sasuke surge atrás do Hokage, a capa preta esvoaçando com o vento. -Minhas armas sumiram.

—Suas o que? -Ele se levanta, lançando um olhar de relance para os gêmeos.

—Minhas armas. Minhas kunais, Shuriken, até mesmo minha espada.

—E por que veio me procurar? Apenas por isso?

—Naruto.

—Sim?

—Por que seus filhos parecem prestes a explodir?

—O que? -Ele olha para os gêmeos, que tinham os rostos quase roxos de tanto segurar o riso.

Os dois começam a dar risada, gargalhando sem parar, e acabam deitados no chão de tanto rir.

—Foram eles, não é, Date? -Sasuke parecia envolto em uma aura de indignação.

—É bem provável que sim.

—Puxaram você no quesito tormenta.

—Comparado aos dois, eu era um anjo! -Ele ri.

—Eu me lembro. -Sasuke também tinha um sorrisinho de canto estampado nos lábios. -E estou quase concordando com você.

—Sabe, eu tenho coisas importantes a fazer, e esses dois merecem uma boa bronca... Não quer me fazer o favor de..? -Ele sequer consegue terminar a frase, pois logo o moreno responde.

—Com todo o prazer!

—Ah, tio Sasuke, desculpa! -Os gêmeos param de gargalhar, mas mantém seus sorrisos debochados no rosto.

—Ah, não posso descumprir uma ordem do Hokage, sabem, crianças? Afinal, sou o braço direito dele. -Sasuke fala de modo sarcástico.

—Eu chamaria de sombra. -Murmura Naruto, mas Sasuke como sempre o ignora.

Boruto engole em seco.

—Tio...Titio... Sasuke... -O garoto grita e sai correndo, Sasuke apenas observa.

—E você? Não vai correr?

—Você não pretende realmente fazer isso, não é, tio Sasuke? -a rosada levanta uma das sobrancelhas.

—Hum...Vamos ver...-Ele fecha os olhos por um instante, e quando os abre de novo o Sharingan brilha, vermelho-claro com a luz. -Sim.

—BORUTO, ME ESPERA! -A rosada também corre, na mesma direção que o irmão. -BORUTO, O TIO SASUKE QUER NOS MATAR!

Naruto ri.

—Não exagere, Teme. Não quero meus filhos presos num Tsukoyomi, 'ttebayo.

—Eu não faria isso. -Sasuke responde. -Você falou 'ttebayo?

—Falei? -Ele ri novamente. -Desculpe, força do hábito. Sabe como é, e que eles me lembram muito do passado.

—É, eu sei como é. -O moreno sorri. -Eu realmente sei.

—Você não vai atrás deles?

—Vou. Mas está muito fácil por enquanto, deixe eles se afastarem mais. Da próxima vez não me faça ter que educar seus filhos, baka.

—Esse sim é o Sasuke que conheço.

—Humf. -O moreno corre, determinado a achar as crianças, enquanto Naruto apenas observa o começo da mini perseguição Sasuke/Boruto/Hokuto.

—--------------------------

O sol estava terminando de se pôr quando Sasuke voltou, aparecendo na sala do Hokage em frente ao amigo , cada um dos gêmeos pendurados em uma de suas mãos ( ou,melhor dizendo, um em uma mão e a outra em uma prótese ).

—Nos desculpe pai... -Murmura Boruto.

—Nunca mais faremos isso... -Continua Hokuto. -E nunca mais mexeremos nas armas do Tio Sasuke.

—E...? -Sasuke olha para os dois.

—Nunca mais quebraremos os vasos da tia Hinata.

—Mais o que?

—Nem iremos maquiar os Hokages.

—Exato. -Ele larga as crianças, que caem exaustas no chão.

—Sasuke, por falar em filhos e lições, Hitomi voltou pra casa? -O Hokage franze o cenho.

—Hitomi? Não.Quer dizer, não sei, eu não estava em casa e...Ela está bem?

—Como disse? Não? -Naruto olha preocupado para o amigo. - Mas...Sakura disse que ela sumiu do hospital... Ela achou que você ou Hinata a tiraram.

—Nós não a tiramos. -O rosto do moreno se torna frio novamente. - Naruto, onde minha filha está?

—Eu não sei.

—Como não sabe? Não tem, por acaso, algum de seus clones estúpidos de ajudante no hospital?

—Na verdade, não. Não sei nada sobre ninjutsus médicos. Por que teria um clone meu lá?

—Porque tem um clone seu em cada canto de Konoha! Você perdeu Hitomi?

—Ela fugiu!

—Pode ter sido sequestrada!

—Ei... -Hokuto tenta chamar a atenção.

—Sasuke,creio que nada aconteceu com Hitomi. Mas se aconteceu, nós vamos resolver e...

—Naruto, minha filha não faria a besteira de...

—EI! -A garota gritando a plenos pulmões. -DÁ PRA PARAREM? A HIMI ESTÁ BEM!

—O que? -Os dois homens se viram e observam Hokuto se sentando.

—Vocês são desesperados demais. Eu estava dando uma de enfermeira junto com a minha mãe,mas fui embora mais cedo. Encontrei Hitomi numa tentativa cega... Literalmente cega...de pular a janela do quarto onde estava. Ajudei ela antes que caísse e tivesse que ser internada novamente.

—E onde ela está?

—Mas que óbvio. -Boruto resmunga. -É lógico que não está por aí na rua, ela tá numa daquelas casinhas de emergência no monte Hokage.

—Nada é lógico com vocês. -Naruto suspira. -Por que ela não foi para casa?

—Ela não queria ir para casa. Já que tinha fugido do hospital, achou que não teria problema fugir de casa também.

 

Sasuke observava tudo, assombrado.

—E ela fugiu por...?

—Sei lá. -A rosada respondeu. -Hitomi acha tudo um saco, deve ter se cansado do hospital também, já que não sabiam o que fazer com ela.

—Por que não nos contaram?

—Por acaso já ouviu alguém que fugiu contar para onde decidiu fugir?

—Eu tenho uma filha e sobrinhos malucos. -Sasuke se vira para Naruto, que assente.

—Digo o mesmo. Mas é uma sobrinha só. Pelo menos sabemos que ela está bem.

—Naruto, seus filhos não tem juízo!

—Não foram os meus filhos que fugiram!

—Mas foram eles que ajudaram e esconderam a minha filha!

—Grande coisa! Quem é o mais teimoso aqui?

—Mas é claro que é você! "Sasuke, você tem um lugar pra voltar, me ouve" "Sasuke, Sasuke, Sasuke!" Eles são teimosos e inconsequentes, assim como você sempre foi!

—Eu que era teimoso e inconsequente??? " Não, Naruto, não tenho laços! Vou ter minha vingança! Não me importo com Orochimaru" Com certeza Hitomi puxou essa parte da sua personalidade, que consegue ser bem mais idiota do que eu! Teme!

—Date! Você me paga por isso! Você que nunca me deixava em paz e...

—Eles parecem crianças. -Murmura Boruto para a irmã.

—É. Papai só age assim com Tio Sasuke. É como se... Se alguma coisa mudasse, sabe? Eles discutem, riem, se batem.Tio Sasuke também só age assim com papai.

—São como sol e lua. -Boruto sorri com a analogia.-Completam o mundo. Se um não existisse, não haveria equilíbrio.

—Você andou lendo meus mangás, não é?

—Talvez.

—Não é para pegar os meu mangás, Boruto! Leia os seus!

—Egoísta!

—Folgado!

—Chata!

Os irmãos continuam ofendendo um ao outro enquanto se levantam e saem da sala do Hokage, deixando Naruto e Sasuke para trás, ainda discutindo os defeitos passados para os próprios filhos.

—EU VOU TE MATAR, DATE! -Sasuke é ouvido, e os gêmeos caem na gargalhada.

—PODE VIR, TEME! TÁ AFIM DE FICAR SEM O OUTRO BRAÇO? -Naruto responde logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

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