NejiTen? Sempre! Uma Comédia Romântica escrita por AFM


Capítulo 16
Uma decisão radical


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!! Aqui está mais um capítulo, agradeço aos que acompanham esta história e aos que comentam, fico muito agradecida! Tenham uma boa leitura, abraços!!!



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—Ah sim -disse a mulher-, entre, deve ser o tio daquele garoto, não é mesmo? -falou apontando para Neji.

—Sou sim -disse Hiashi olhando para Neji com desaprovação, enquanto o policial o chamava para conversar.

—Quando meus pais chegarem de viagem, eles vão me matar -disse Ino tristonha.

—Talvez você seja enterrada do lado da minha cova.

—Como você é babaca -falou a loira sorrindo-, nem nessas horas para de fazer brincadeiras.

—Vem, vamos pra casa -disse Hiashi a Neji.

—Considere-se com sorte, garoto -falou o policial-, não vamos denunciá-lo por nada, já que é a sua primeira ocorrência, mas não tente a sorte outra vez.

—Não sei porque toda essa confusão, nós só estávamos dançando e conversando!

—Tinham bebidas aqui e todos são menores de idade, esse é o problema.

—Tudo bem, eu sei que tinha, mas eu não estava bebendo.

—Eu não estou com o bafômetro aqui para provar que você está mentindo, mas conheço garotos como você -disse o policial com raiva.

—Bom, nesse caso, é fácil provar -disse a policial.- Aquelas gelatinas que estavam na mesa continham vodca e elas são do tipo que basta comer uma que a língua fica colorida.

—Interessante -disse o o policial-, agora mostre a língua.

—Não -negou Neji.

—Mostra logo, Neji -disse Hiashi.

—Não vou mostrar nada!

—Tira logo essa língua da boca, garoto -ordenou a policial.

—Então tire a blusa!

—Neji! -falou Hiashi agarrando o sobrinho pelo braço.- Olha no tamanho da confusão em que se meteu e está saindo ileso, quer mesmo discutir com esses policiais?

—Que seja! -disse mostrando a língua, que estava de cor roxa.

—Desculpem pelo comportamento do meu sobrinho, prometo que isso não se repetirá -disse Hiashi arrastando Neji para fora da casa, encontrando na saída, os pais de Ino.

Neji e o tio entraram no carro do mais velho.

—Então quer dizer que você agora na falta do que fazer, frequenta festas com bebida e sabe-se lá mais o que -disse Hiashi enfurecido com Neji, que apenas sentou no banco do passageiro e recostou sua cabeça sob a janela.

—Me deixa em paz.

—A gente conversa quando chegar em casa.

Neji apenas fechou os olhos e só os abriu quando seu celular vibrou. Era uma mensagem. De Tenten. 

—Conseguiu sair da festa sem ser visto? Eu e o Lee fugimos pelos fundos, ficou tudo bem com você?

Neji desligou o celular depois de ler a mensagem, sem respondê-la, e o colocou de volta no bolso.

Chegando em casa, Hinata e Hanabi estavam na sala.

—Para a cama, vocês duas, quero falar com o seu primo à sós -ordenou Hiashi fazendo as duas garotas subirem.- Para o meu escritório, agora.

—É preciso mesmo? Já sei tudo que vai dizer.

—Não me provoque, já estou cheio dos problemas que você arranja -disse entrando no escritório, onde seu pai o esperava sentado.

—Ele tem que ficar? -disse Neji apontando para o velho.

—Ele é o menor dos seus problemas agora. Eu posso estar enganado, mas me lembro de ter dito que estava de castigo e que não sairia para canto nenhum.

—Ah, foi isso que você disse? Eu entendi que eu não estava de castigo e que podia ir para aonde eu quisesse.

—Neji, pare de levar tudo na brincadeira, o que aconteceu hoje foi muito sério!

—O que foi que ele fez desta vez? -perguntou o velho.

—Não é da sua conta, fica na sua! -exclamou Neji.

—Você hoje não fala mais nada, só escuta -disse Hiashi.- Pai, por favor, deixe-nos à sós 

—Se é o que deseja -disse o velho saindo.

—Nem adianta se desculpar, Neji -gritou Hiashi.

—Que bom, porque eu não tinha a menor intenção de fazer isso -disse sentando na cadeira.

—Do que mais vou ter que privá-lo para ver se aprende a lição?

—Só restou a minha vida, o resto você já me tirou.

—Acho que devo me desculpar -disse Hiashi.

—Ahn? Pelo quê? -perguntou Neji surpreso.

—Por esquecer do seu aniversário. Como sou um tio ruim, esqueci por quatro anos seguidos -disse mostrando a identidade falsa de Neji.

—Tá desculpado, mas, então, me deve quatro presentes.

—Pare de brincar, essa situação chegou a um ponto que passou de um simples erro de um garoto. Neji, beber na sua idade é fora da lei! Você hoje me decepcionou demais.

—Não estou aqui pra te agradar, já terminou?

—Não, eu nem comecei. Eu não sei nem mais o que esperar de você!

—Espere mais, porque acho que não é possível que espere menos.

—Não quero mais você andando com aqueles seus amigos, olha só para onde levaram você.

—Não coloque a culpa neles. Eu ando sim com eles, mas ninguém nunca me forçou a fazer nada, se fiz foi porque quis.

—Que seja, não quero mais você com eles, veja isso como parte do seu castigo. E você vai ter que frequentar um psicólogo ou algo do tipo, não é normal uma criança ficar até tarde da noite por aí bebendo com outras crianças.

—Você fala como se nós estivéssemos em um bar bebendo até cair. Era só uma festa normal, estávamos dançando e conversando e por acaso tinha bebida, nem era tanta assim. Pergunte àqueles policiais, não tinha ninguém bêbado.

—Não interessa, você vai fazer o que eu mandar. Neji, você tem um grande problema, só não quer enxergá-lo. Talvez essas confusões que você se mete seja uma forma de expressar a sua raiva por me achar culpado pela morte do seu pai.

—Existe uma grande diferença entre achar e saber. E não se dê tanto valor assim, nem tudo gira em torno do seu umbigo. Essa conversa já acabou, não preciso que fale essas coisas pra mim. Você não é meu pai, então não tente agir como se fosse.

—Mesmo? E você vai continuar desse jeito? Fazendo o que quer, na hora que quer? Quando é que vai se dar conta que somente a sua família se importa realmente com você.

—Família vai muito além da fronteira do sangue. Você tem meu sangue, mas não te considero da família, e o mesmo vale pro seu pai. Os meus amigos, apesar de serem malucos ou seja lá o que você pensa deles, sempre estiveram do meu lado em qualquer situação, seja ela boa ou ruim. Isso sim que é ser família. Você só está comigo porque se sente culpado sobre o que aconteceu com o meu pai. Eu não preciso da sua pena, fique com ela pra você -disse Neji se levantando e saindo do escritório do tio.

—Eu não mandei você sair -disse o homem em tom mais rígido, fazendo com que o garoto parasse.- Você já fez o que quis, talvez já seja a hora de mudar suas atitudes.

—Ou talvez seja a hora de eu mudar daqui -disse indo embora de vez.

—Neji -disse Hinata no corredor, aonde estava escutando escondida toda a conversa.

—Agora não, Hinata -Neji falou se desviando da garota e subindo as escadas.

Em seu quarto, Neji colocava algumas de suas roupas dentro de sua mochila.

—Neji -disse Hinata entrando no quarto.- O que você está fazendo?

—Uma coisa que já deveria ter feito há muito tempo. Eu não pertenço à essa família.

—Coloque essas coisas de volta no seu armário  já -ordenou Hiashi entrando no quarto.

—Não. Eu vou embora e nada nem ninguém vai me impedir.

—Você percebe que está totalmente errado e insiste em ter razão?

—Que seja, nessa casa eu não fico mais nehum minuto. Não aguento mais brigar, sempre ficar em pé de guerra com todo mundo!

—Mas é você que sempre começa as brigas -exclamou Hiashi.

—Eu não vou discutir mais isso, você nunca fica do meu lado mesmo.

—É porque eu nunca entendo o seu lado! E deixe de besteira, coloque essas roupas de volta e vá dormir. Não vai sair dessa casa nem por cima do meu cadáver, à propósito, adorei essa sua blusa.

—Você não me dá mais ordens. Eu sei tomar minhas próprias decisões, sou praticamente um adulto.

—Tem quatorze anos, não responde nem pelo seu próprio nariz.

—Até nunca mais -disse Neji fechando sua mochila e saindo do quarto.

—Mas que gritaria é essa? -perguntou o pai de Hiashi na sala.- O que foi que esse garoto aprontou dessa vez? -disse olhando para Neji.

—Para a sua alegria e para a minha também, você não vai precisar mais olhar na minha cara, eu estou indo embora para não voltar mais.

—Mesmo?

—É sim e, aliás, só a título de curiosidade, aquele sanduíche que você tanto gosta que eu te faço, o gostinho especial dele não é o queijo, é a hortelã, que vem da minha boca depois de eu mastigar uns chicletes e claro, depois cuspir no seu pão.

—O quê? -perguntou o velho furioso.

—Agora não pai, o senhor não vê que estou tentando resolver um problema aqui?

—Não tem nada para ser resolvido, eu já estou de saída -disse Neji abrindo a porta.

—Espera, eu levo você -disse Hiashi surpreendendo à todos.

—Papai -disse Hinata desaprovando a decisão.

—Não se meta, Hinata. É melhor eu ir deixá-lo e saber aonde ele ficará do que ele sair sem rumo no meio da madrugada. Pra onde você vai, Neji?

—Pra casa do Sasuke, já falei com ele por mensagem. Os pais dele viajaram e o irmão dele disse que tudo bem se eu ficar lá.

—Tá bom, me diga aonde é a casa que eu levo você até lá.

—Tudo bem -disse Neji.

Neji e o tio entraram no carro e o homem dirigiu até a casa de Sasuke.

—Se precisar de algo é só ligar -disse Hiashi estacionando o carro.

—Tá bom -falou Neji saindo do veículo.

—Tome cuidado.

Neji tocou a campainha da casa e logo foi atendido por Sasuke.

—Ei cara, tudo bem? Saindo de casa no meio da noite, bem a sua cara. Vamos entrando -disse apontando para a sala.

Neji já estava hospedado na casa do amigo já fazia uma semana. Ignorava os telefonemas de Hinata e do tio. Na escola, ia praticamente à força, mal falava com os amigos de costume. Por vezes, Tenten tentou se aproximar, mas o máximo que o garoto conseguira falar foi um mero "bom-dia". Ino, Sakura, Naruto, Lee e Sasuke levaram-no para vários lugares para que se descontraísse, mas nada o tirava da tristeza.

Era uma sexta-feira, quando a aula tinha acabado e todos os alunos já tinham saído, exceto por Neji e Tenten.

—Até mais -disse Tenten a Neji, que a ignorou e andou em direção à porta.- Agora você vai falar o que está acontecendo -falou a garota fechando a porta, impedindo a passagem de Neji.

—O que é que você quer?

—Quero falar com você e vai ser agora -afirmou determinada.

—Não vai dar -disse tentando sair, mas foi impedido pela garota de coques que chaveou a porta.

—O que está fazendo? Vai me manter preso aqui dentro?

—É. Sabia que os alunos da tarde têm aula de música nessa sala?

—E daí?

—E daí que você pode gritar à vontade que ninguém vai te ouvir, a sala toda é à prova de som. Você vai me falar o que tem de errado com você e vai ser agora!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!! Quem quiser e puder, estou esperando suas opiniões nos comentários, tá bom? Abraços!!!



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