A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 41
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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A mansão Malfoy estava à sua frente. James tinha-se desmaterializado em frente ao portão que dava acesso à Muy Nobre casa dos Malfoy. 

Ele estava completamente fora de si. Muitas vezes ele avisara Scorpius e, de todas as vezes, Scorpius dissera que gostava realmente de Rose e que nunca a iria magoar. Mas no fim, Scorpius tinha enganado toda a gente. No fim, Scorpius tinha-se mostrado uma pessoa dissimulada e falsa.

James ultrapassou o enorme portão negro em direção à entrada da casa. Para sua surpresa, o jardim estava completamente deserto.

Ao chegar à porta, o seu primeiro pensamento foi arrombá-la. Ele queria chegar o mais rápido possível a Scorpius. Mas depois outra ideia surgiu-lhe.

Alohomora. - sussurrou James mas nada aconteceu, como James deveria ter suspeitado. Claro que a casa não ia ser aberta com um simples feitiço. 

James preparava-se para lançar um segundo feitiço quando a porta foi aberta. Um pequeno ser, mais pequeno que James abriu a porta. Era uma elfo.

—Boa tarde. Stella poder ajudar? - perguntou a elfo encarando James com aqueles seus grandes olhos castanhos.

James não respondeu. Ali estava a sua oportunidade para entrar na casa sem fazer demasiado estrago. 

Abriu a porta fazendo com que Stella se desiquilibrasse, sentindo-se um bocado arrependido por ter feito aquilo afinal Stella não tinha culpa, e entrou em busca de Scorpius. 

O primeiro sítio com que se deparou foi com a enorme sala. Esta tinha apenas no seu centro alguns sofás dos mais caros que haviam. Tudo em tons muito escuros. Notava-se que aquele tom de cores era o preferido de todos os Malfoy.

Scorpius não estava lá. James olhou à sua volta. Diversas portas. Diversos caminhos. A mansão dos Malfoy era um autêntico labirinto. 

Aquilo seria inútil. James sabia disso. Ele não conhecia a casa e, pelo que podia perceber, aquilo poderia demorar horas. Horas que ele não queria esperar. 

—Scorpius! - gritou James. A voz dele ecoou por toda a casa - Scorpius! - voltou a chamar.

Demorou algum tempo, mas Scorpius finalmente apareceu vindo de uma das portas à direita de James. James correu na sua direção e encostou-o à parede apontando-lhe a varinha.

—O que é...

—Nem te atrevas a acabar essa frase, Malfoy. - interrompeu James com um Scorpius, incrédulo, a olhar para ele - Não venhas com a ladainha de não saber o que se está a passar.

—Eu realmente não sei o que se está a passar. - respondeu Scorpius realmente confuso - Não percebo porque estás a reagir assim. Não sei que mal fiz.

James riu secamente. Ele não conseguia acreditar que Scorpius continuava com aquela mentira. Realmente ele era um bom ator.

—Realmente eu nem sei como me comecei a dar contigo. Um Malfoy. Devia saber que não vinha boa coisa daqui. 

—Não te atrevas a falar mal da minha família. - exigiu Scorpius em tom firme.

—Neste momento não estás em condições de negociar. - respondeu James pressionando ainda mais a varinha contra o pescoço de Scorpius. Este não queria dar parte fraca, mas James estava realmente a começar a assustá-lo - Não depois de tudo o que tu fizeste. 

—Continuo sem perceber.

—Não te faças de sonso. Eu pedi-te uma única coisa, não magoes a Rose. E o que é que o grande Scorpius Malfoy fez? Destruiu-a completamente. 

—O que é que aconteceu com a Rose? - perguntou Scorpius visivelmente preocupado esquecendo-se, por momentos, que estava encostado à parede com uma varinha apontada a si.

—Não te atrevas a pronunciar o nome dela. - respondeu James completamente fora de si - Ela confiou em ti. Ela confiou em ti como nunca confiou em mais ninguém. Ela estava realmente feliz. Todos nós estávamos felizes por a ver assim. Nunca a tínhamos visto tão bem. Mas afinal tudo aquilo era uma mentira. A pessoa que nós pensávamos ser a salvação dela, afinal foi a sua destruição. 

—Tu estás a deixar-me completamente preocupado. Onde está a Rose? O que raio é que se passou? - voltou a perguntar Scorpius num tom completamente desesperado. Ele não conseguia perceber o que se estava a passar ali. Como assim a Rose não estava bem? E porque é que a culpa era dele?

—Não te interessa onde está a Rose. Aliás, tu nunca mais vais perguntar por ela. Se a vires, mudas o teu caminho. É o mínimo que podes fazer depois de andares aos beijos com a Anderson.

Se até ali Scorpius achava que não estava a entender a conversa, agora aquilo pirou cem vezes. Scorpius não entendia porque a Diana tinha entrado naquela conversa. Ele já não se lembrava da última vez que tinha falado com ela. 

—Eu não andei aos beijos com ela. Não sei onde foste tirar essa ideia, mas isso é mentira.

—Tu estás a chamar a Rose de mentirosa? 

Expelliarmus. - ouviu-se ao fundo da sala. A varinha de James saiu da sua mão e voou até ao outro lado da sala - Solta o meu filho! - ordenou Draco Malfoy em tom severo.

Mas James não largou. Ele podia ter ficado sem a sua varinha, mas continuava a ter mãos para bater em Scorpius. 

—Stella vai chamar o Harry Potter imediatamente. Diz-lhe que é uma urgência. - ordenou Draco à elfo que se encontrava ao seu lado. Esta imediatamente desapareceu do lado de Draco aparecendo instantes a seguir com Harry Potter.

—O que se passa Malfoy? Qual é a urgência? - perguntou Harry olhando para Draco e sem notar o que se passava à sua volta. 

—Aquilo. - respondeu Draco apontando para James e Scorpius - Eu só não o ataquei por respeito a ti. Porque se fosse um desconhecido, já não estaria inteiro. Ninguém toca no meu filho.

—James larga o Scorpius!  O que pensas que estás a fazer?

—Ouviste bem o que eu disse? - perguntou James a Scorpius ignorando os demais à sua volta - Nada de te aproximares da Rose.

—James! - protestou Harry. 

James largou Scorpius e aproximou-se do pai, desmaterializando-se de seguida sendo seguido por Harry.

Só naquele momento é que Scorpius reparou que a sua respiração estava acelerada. Mas aquilo não estava a acontecer por estar com  medo de James, medo do que ele poderia fazer. Ele estava assim por causa das palavras de James. Como assim Rose estava destruída por causa dele? Ele não lhe tinha feito nada. Como é que ela podia pensar que ele tinha andado aos beijos com a Diana Anderson? Claro que ele não podia negar aquilo era mentira. Ele realmente tinha andado aos beijos com Diana. Mas isso tinha acontecido muito tempo antes de começar a falar com Rose. E Rose sabia disso. Rose sabia perfeitamente que ele estivera envolvido com Diana.

—És capaz de me explicar o que se acabou de passar aqui? - perguntou Draco no meio de todo aquele silêncio. Scorpius olhou para o pai. Já nem se lembrava que ele estava ali.

—Eu não faço ideia. - respondeu Scorpius sinceramente - Eu tenho de ir. 

Scorpius não deu tempo de o pai respondeu. Simplesmente desmaterializou-se.

À sua frente encontrava-se uma casa completamente diferente da mansão Malfoy. As suas paredes eram totalmente brancas. As portadas das janelas e a porta eram de um castanho tão claro que lhe fazia lembrar a areia. À volta desta pequena casa existia um jardim. Diversas árvores, algumas pequenas algumas grandes. Flores de diversos tipos que fazia lembrar um arco íris tal era a duas diversidade de cores. Aquela era a casa de Rose.

Decidido, Scorpius aproximou-se da porta. Ele não sabia o que esperar dali, mas também sabia que não tinha nada a perder. Rose já não lhe falava e não. E, além do mais, ele estava no direito de pedir explicações.

Mas antes de bater, a porta foi aberta por Hermione Weasley. Scorpius cumprimentou-a, mas não obteve resposta. Hermione olhou para dentro de casa para ver se estava alguém ali. De seguida, saiu e fechou a porta atrás de si. Aí encarou Scorpius.

—Scorpius é melhor ires embora. É o melhor para todos. - disse Hermione antes que Scorpius tivesse a oportunidade de falar. Apesar da sua aparência calma, o tom de Hermione era tudo menos isso.

—Mas eu preciso de falar com a Rose.

—Desculpa mas eu não vou permitir isso. Ela não te quer ver e o mais que tu tens a fazer é respeitar a sua decisão. É o mínimo que podes fazer depois de tudo o que fizeste.

—Mas eu não fiz nada. - respondeu Scorpius em tom de desespero.

—É assim, eu não estou com a mínima paciência para aturar um teatro destes. Se te estou a dizer para saires daqui e deixares a Rose em paz, então é isso que vais fazer. - Scorpius ia começar a protestar mas Hermione impediu-o - Não vale a pena. Tu vais fazer exatamente o que te disse se não eu esqueço que tu só tens dezasseis anos.

Scorpius sabia que não tinha qualquer hipótese, naquele momento, de falar com Rose. Hermione estava completamente irredutível.

Despediu-se de Hermione e voltou a desmaterializar-se. 

Quando deu conta, Scorpius reparou que não estava em frente a sua casa. Na realidade, estava muito longe daí. Scorpius encontrava-se à entrada de Hogsmeade. Sinceramente, ele não percebia porque estava ali. Simplesmente estava.

Scorpius caminho pelas ruas, um pouco vazias, de Hogsmeade. Cada passo de dava, cada casa que passava, Scorpius lembrava-se de todos os momentos que tinha passado com Rose. A primeira vez que tinha ido com ela na carruagem até Hogsmeade. Naquela altura, ele mal falava com Rose, mas, por alguma razão, aquela viagem ficou marcada na sua memória. Scorpius lembra-se perfeitamente de quando Rose lhe disse que foi uma sorte ele ter apanhado a snitch. Ai como ele se lembrava de ter ficado chateado nessa altura. E se aquele momento permanecia na sua memória, que dizer da primeira vez que foi com Rose a Hogsmeade. Mesmo que aquele dia tenha terminado mal, existiram muitas coisas boas. As primeiras horas daquele encontro tinham sido excelentes. 

 Scorpius deu mais do que uma volta a Hogsmeade. Agora ele percebia porque tinha ido até ali. Foi Rose. O plano dele para aquele Verão era não deixar de ver Rose. Continuar a combinar coisas com ela. E claro que uma ida a Hogsmeade estava planeada. Mas tudo tinha saído ao contrário. Agora, em vez de estar ali com Rose, estava sozinho. Sentia-se completamente abandonado.

Depois de duas cervejas amanteigadas, Scorpius retornou a casa. Para sua surpresa, os seus pais estavam na sala sentado a encarar a porta. Mal o viram entrar, começaram com as suas habituais perguntas de pai.

—Está tudo bem. Eu estou inteiro, não me aconteceu nada. - disse Scorpius tentando desviar-se das perguntas dos pais. 

Pelo que tinha percebido, Draco já tinha contado à esposa o episódio daquela tarde. 

—Porquê que o James te fez isto? Eu pensei que vocês eram amigos. - começou Astoria.

—Também eu, mãe. Mas eu não sei o que se passou. Só sei que teve algo a ver com a Rose. - respondeu Scorpius.

—O que é que tu fizeste à filha do Weasley? - perguntou Draco em tom sério.

—Eu não fiz nada, eu juro. Eu gosto dela. Porque razão haveria de lhe fazer mal? Eu só quero o bem dela. - confessou Scorpius. Nenhum dos seus pais se pronunciou - Eu vou subir.

Sem dizerem mais nada deixaram Scorpius subir. Este encaminhou-se pelos corredores escuros até encontrar a porta para o seu quarto. 

Diferente do resto da casa, o quarto de Scorpius era composto por cores vivas. Vermelho e dourado, as cores dos Gryffindor. O edredon da sua cama tinha um enorme símbolo de um leão, o brasão dos Gryffindor. Além da cama, o quarto tinha apenas um armário e uma secretária onde Scorpius costumava estudar. 

A sua coruja, Gryffie, encontrava-se em cima da sua cama. Na pata dela vinha um pequeno bilhete. Esperançoso, Scorpius correu para Gryffie. Ele tinha-se esquecido completamente que ordenara à sua coruja que não saísse da casa de Rose sem resposta. E ali estava uma resposta. 

Arrancou a carta da pata de Gryffie e abriu. Ela continha apenas uma frase.

Para de mandar cartas à Rose.

Frustrado, Scorpius atirou aquele bilhete ao lixo. Claramente não tinha sido Rose a responder. Aquilo tinha sido apenas uma maneira de tirar Gryffie de lá.

Gryffie...Scorpius voltou a olhar para a sua coruja com uma ideia a nascer na sua cabeça. Scorpius pegou num papel branco. Iria escrever uma carta a Albus.

Olá Albus,

Desde que as férias começaram que ainda não combinamos nada. Gostava de saber se não querias vir até minha casa amanhã. Já agora, se calhar é melhor não comentares nada disto com o teu irmão. Depois explico.

Abraço,

Scorpius


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Notas finais do capítulo

Que acharam da atitude de James? Acham que ele teve razão? E o Scorpius foi até à casa de Rose, mas não conseguiu falar com ela...acharam a atitude de Hermione correta? E para finalizar, Scorpius convidou o Albus para ir até sua casa...acham que teve algum motivo especial ou só porque realmente ainda não tinham combinado nada?
Contem-me tudo nos comentários :) Beijos ;)



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