A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 42
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/671036/chapter/42

James retornou a sua casa e foi logo abraçado por Dominique. Esta estava realmente preocupada com o namorado. Estava preocupada com o seu bem-estar e com o facto de ele ter feito alguma coisa de grave.

—James Sirius Potter, o que é que tu fizeste? – perguntou Dominique muito séria fazendo lembrar Fleur Weasley. Isto era uma das poucas coisas que Dominique tinha em comum com a mãe.

—Não fiz metade do que queria. – respondeu James.

Logo a seguir a esta resposta, Harry apareceu. Parecia furioso. E realmente tinha razões para isso. Para ele, o que o seu filho tinha feito era gravíssimo.

—James Sirius, eu sei que tu és maior de idade, mas isso não me vai impedir de te dar um sermão. No que é que tu estavas a pensar quando invadiste a casa dos Malfoy? – perguntou Harry num tom elevado chamando a atenção de Ginny para a cozinha.

—Em qual das maldições usaria para atacar o Scorpius. – respondeu James sinceramente. Dominique colocou uma das suas mãos à frente da boca. Sabia que aquela situação era muito séria, mas não deixava de ser engraçada a forma como James respondia.

—Não brinques, isto é um assunto sério. – reclamou Harry. Ele não conseguia acreditar que James estivesse a levar aquilo na brincadeira.

—Assunto sério é aquilo que aquele menino fez à Rose, pai. – respondeu James mantendo a sua postura séria.

—Sirius, por favor. – pediu Rose, que se encontrava ao lado dele. Ela não queria que aquela história se tornasse pública. A única coisa que ela queria era esquecer tudo aquilo. Pela primeira vez, ela pensou em utilizar em si própria um Obliviate.

—O que é que se passou, querida? – perguntou Harry voltando-se para a afilhada.

—Desculpa padrinho, mas eu preferia não falar do assunto. – pediu Rose.

Claro que Harry compreendeu. Ele sabia como era a sua afilhada. Sabia que ela não gostava de partilhar coisas sobre a sua vida pessoal. E, apesar de estar furioso com James, ele sabia que se o seu filho tinha ido até à mansão Malfoy oferecer porrada ao Scorpius, então alguma coisa de muito grave se tinha passado. Harry sabia como o filho era protetor com a família, principalmente com Ginny, Dominique, Rose e Lily.

—Bem, eu tenho de voltar ao trabalho. Mas ficas avisado James, eu quero-te longe da casa dos Malfoy.

—Não te preocupes. Por mim nunca mais volto a ver aquele cabrão. – respondeu James sem se importar com a linguagem que estava a usar.

—James Sirius. – avisou Ginny do outro lado da sala.

—Já sei mãe.

Tal como Harry, também Ginny compreendia a situação. Não achava correta a ação de James, mas também não o podia censurar. Também ela já fizera muitas coisas impulsivamente.

Harry voltou para o trabalho e Ginny voltou aos seus afazeres na cozinha deixando Dominique, Rose e James sozinhos.

—Como é que o tio ficou a saber disto? – perguntou Dominique mal ficaram sozinhos.

—O pai do Scorpius apareceu. – respondeu James.

—Sirius, o que é que tu fizeste ao Scorpius? – perguntou Rose. A preocupação era notória na sua voz.

—Fiz-lhe menos do que o que queria. Ele merecia um murro naquela cara ou levar com algum feitiço. E era o que teria acontecido se o seu paizinho não tivesse aparecido. – respondeu James deixando Rose escandalizada – Rose não faças essa cara, por Merlin. Pelo que ele te fez, ele merecia bem pior do que o que eu tinha pensado. Ninguém se mete contigo enquanto eu for vivo. E vocês nem sabem a melhor. Ele negou qualquer coisa e disse repetidamente que não percebia o porquê de eu estar tão zangado. Nem quando lhe disse que tu o tinhas visto aos beijos com a Anderson. Ele continuou a negar.

—Eu lembro-me que ele no dia a seguir à festa andava à tua procura, Rose. Disse que compreendia se tivesses chateado com ele por ele não ter ido à festa.

—O quê? – perguntou Rose sem entender. Ela dançara com ele naquela noite.

—Eu não sei. Mas ele achava que podias-te ter chateado por causa disso. Mas depois eu disse-lhe que ele devia estar enganado porque ele tinha estado na festa. Eu vi-o. Aliás, praticamente toda a gente o viu. Não percebo.

—A bebedeira foi tão grande que ele nem se lembra das coisas. – respondeu James secamente.

Um barulho chamou a atenção dos três. Na janela, perto da lareira, encontrava-se uma coruja que batia com o seu pequeno bico na janela. Dominique rapidamente a reconheceu como sendo a coruja da mãe.

Correu até à janela para retirar o pequeno pergaminho que vinha agarrado n pata da coruja.

Olá querida,

Desculpa por não dar notícias há alguns dias, mas eu e o teu pai temos andado ocupados com a tua avó. Como sabes a tua tia Gabrielle não pode estar aqui por causa do trabalho e nós temos tomado conta de tudo.

Mas, apesar disto, tenho boas notícias. A tua avó tem vindo a melhorar e não deve demorar muito para voltarmos. Uns dias apenas.

Beijos e até lá,

Fleur Weasley

—Os meus pais vão voltar. – disse Dominique continuando a encarar o pergaminho que estava na sua mão.

—Estamos tramados. – respondeu James.

A verdade é que James e Dominique ainda não tinham contado a Fleur e a Bill que Dominique estava grávida. Aliás, tirando todos os seus primos, mais ninguém sabia desta novidade.

James e Dominique tinham combinado que, quando acabasse Hogwarts, que iriam organizar um jantar na Toca para dar a novidade à família. Sabiam que ia ser complicado, mas algum dia teriam de contar, se não a barriga de Dominique denunciava-os. Mas, um dia antes de eles regressarem de Hogwarts, a avó de Dominique adoeceu fazendo com que Fleur e Bill viajassem até França. Assim ficou impossibilitado o encontro na Toca. Tanto James como Dominique queriam que os seus pais soubessem ao mesmo tempo.

Mas, aquilo que eles pensaram que seria só um dia, acabou por se alargar por um mês. Eles sabiam que tinham de contar, mas a desculpa que eles tinham era demasiado válida. Assim continuaram a adiar. Até já se tinha esquecido disso. Até agora. Até Dominique receber esta carta da mãe.

—A hora chegou, meninos. – disse Rose constatando o óbvio – Vai correr tudo bem.

—Claro que vai. – disse Dominique numa falsa esperança – O pior que pode acontecer é haver um assassinato em massa, por isso não há problema.

Rose riu do comentário da prima. Pela primeira vez naquele mês o assunto Scorpius foi esquecido por Rose.

—----//-----

A resposta para Scorpius não demorou a chegar. Albus concordava com Scorpius. Eles mal tinham falado um com o outro desde que as férias começaram e Albus sabia que tinha a sua quota de culpa.

O seu namoro com Octavia era recente e Albus não queria deixar Octavia, queria estar sempre com ela. E foi isso que aconteceu naquele mês. Eles viam-se praticamente todos os dias, combinavam sempre alguma coisa. Albus adorava passar o seu tempo com Octavia.

Mas este também sabia que não podia desligar-se do resto do mundo. Ele não podia concentrar-se numa única pessoa. Isso era quase a mesma coisa que estar a isolar-se e, para isso, já lhe bastou o tempo em que andou obcecado com Rose.

Scorpius e Albus combinaram encontrar-se no dia a seguir. Albus iria até à mansão Malfoy.

Não eram nem dez da manhã quando Albus entrou pelo quarto de Scorpius e começou a saltar na sua cama, como uma criança, com o fim de acordar Scorpius.

Este resmungou várias vezes, tentou empurrar Albus para fora da cama, mas foi simplesmente impossível. Albus estava terrivelmente decidido em acordar Scorpius.

—Porque vieste tão cedo? – perguntou Scorpius entre resmungos.

—Porque estava cheio de saudades tuas. – disse Albus na voz mais amorosa e lamechas possível – Já não aguentava mais um dia sem te ver.

—E mesmo assim tiveste este mês todo com a Octavia sem sequer pensares em mim. – respondeu Scorpius entre resmungos e brincadeiras.

—Não fiques com ciúmes, Scorpiuszinho. Tu continuas a ser o meu loiro preferido.

Scorpius arranjou-se e depois juntou-se a Albus na sala de jantar. Este já tinha duas tortinhas de abóbora no seu prato e uma praticamente comida.

—Quem te vir até parece que a tua mãe não te dá de comer. – provocou Scorpius sentando-se ao lado do amigo.

—Não digas nada à minha mãe, mas eu adoro as tortinhas de abóbora que a Stella faz. São deliciosas.

—Concordo. – respondeu Scorpius pegando numa.

Durante o pequeno-almoço, Albus e Scorpius não falaram de nenhum assunto em especial. Apenas do que tinham feito nas férias. Como era de esperar por Scorpius, Albus passou todo o tempo com Octavia ou em casa com os irmãos e Dominique. Já Scorpius contou-lhe que passou aquele mês praticamente na mansão. Apenas saía algumas vezes para ir passear.

Scorpius analisava o melhor momento para iniciar o assunto que queria discutir com Albus. O melhor momento surgiu quando Scorpius comentou com Albus que Rose não lhe respondia às cartas.

—Pode ter existido algum problema com a coruja da Rose. – sugeriu Albus sabendo que esta era uma teoria muito fraca.

—Ela podia mandar a resposta pela Griffie. – respondeu Scorpius.

—Ou a Rose pode estar doente. – voltou Albus a tentar – Agora que falas nisso, acho que ainda não a vi desde que as férias começaram. Ela pode estar realmente doente. Se quiseres pergunto à minha tia.

—Mesmo que ela estivesse doente, ela responderia às minhas cartas. Eu sei que não é isso. – voltou a contra argumentar Scorpius – Ela simplesmente deixou de falar comigo e eu não sei o motivo. Só sei que, supostamente, eu fiz-lhe alguma coisa de muito grave. Isto segundo o teu irmão.

—Como assim? – perguntou Albus, curioso – Pois é, já não me lembrava. Eu ouvi o meu pai a discutir com o James por ele ter vindo aqui fazer não sei o quê.    

—Ele veio aqui para me atacar. Ele disse que foi por algo que eu fiz à Rose. Mas eu não me lembro de lhe ter feito algo de mal. A menos que tenha sido o facto de eu não ter ido à festa e a Rose estar à minha espera.

—Como assim não foste à festa? – perguntou Albus totalmente confuso – Se estás a falar da última festa organizada pelo James, tu estavas lá. Eu vi-te a dançar com a minha prima. E, a menos que tu sejas um péssimo dançarino, não vejo razões para a Rose estar chateada contigo.

—A questão é que eu não me lembro de ter estado nessa festa. Já não és a primeira pessoa a dizer-me que eu estive lá, mas eu simplesmente não me consigo lembrar. A última coisa que me lembro é de estar a caminho da festa. Depois dia, nada.

—Isso é estranho. – comentou Albus – Se calhar bebeste tanto a ponto de te esqueceres de tudo.

—Mas mesmo que fosse isso não havia razões para a Rose se chatear comigo. Se eu realmente tinha ido à festa. Mas espera que se tu achas isto estranho, quero ver como ficas depois do que eu te disser. Segundo o teu irmão, a Rose viu-me aos beijos com a Diana.

—Tu andaste aos beijos com a Anderson enquanto andavas com a minha prima? – perguntou Albus num tom elevado.

—Não Al. Eu nunca faria isso à Rose. Tu sabes que eu gosto dela.

—Eu não acredito que a minha prima esteja a mentir. Qual era a necessidade disso.

—E se a Diana lhe alterou a memória de modo a que a Rose pensasse nisso? – sugeriu Scorpius. Todas as coisas pareciam encaixar-se.

—Não acredito nisso. A Diana é péssima em Encantamentos. Lembra-te que este ano nem teve porque não passou nos NPF’s.

—Olha então não sei. Mas eu preciso de descobrir. Eu tenho de conseguir falar com ela.

—Vai até casa dela. – sugeriu Albus.

—Não vale a pena. Eu tentei ir, mas fui barrado pela mãe dela. Ela expulsou-me dali. Ela ameaçou-me. – contou Scorpius para Albus entender a situação.

—Tu tens a certeza que não fizeste nada? É que a minha tia não reagiria assim por qualquer coisa.

—Tenho. Ou pelo menos do que me lembro…mas não! Por mais bêbado que eu estivesse, eu nunca traria a Rose. Eu ia pedi-la em namoro naquela noite. Por isso é que isto faz cada vez menos sentido. Eu queria estar na totalidade das minhas capacidades para fazer isso.

—Então não sei.

—Al, eu preciso que me ajudes. – pediu Scorpius – Eu preciso que me ajudes a encontrar a tua prima.

—Scorpius, eu sou muito teu amigo, mas se até a minha tia fez o que fez…

—Anda lá Albus. Só preciso que arranjes uma distração para eu conseguir falar com ela.

—Tu sabes que eu estou a tentar recomeçar uma nova relação com a Rose e por muito que eu seja teu amigo, eu não quero voltar à estaca zero.

Scorpius olhou para Albus sem saber mais o que dizer. Albus não iria ajudá-lo. Albus estava a recusar.

Como se uma luz surgisse dentro da sua cabeça, algo veio à sua mente. Sabia que não o devia fazer, mas era o seu último trunfo para convencer Albus a ajudá-lo.

—Se me ajudares eu conto-te o porquê de a Rose te ter deixado de falar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O James ficou em maus lençóis com o pai, mas lá resolveu a situação...acham que o Harry fez bem em deixar assim as coisas? E como acham que vai ser a reação da família quando souberem da gravidez da Dominique? Acham que a Fleur vai ter um ataque? Será que o Albus vai ajudar o Scorpius?
Contem-me tudo nos comentários :) Beijos :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Torre de Astronomia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.