Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira
Todos gostaram da ideia de Cris e assim iniciaram a última transmissão do ICarly, segunda geração.
Enquanto aguardavam a transmissão por Richard, Cris e Isabelle olharam-se por uma vez, depois de dias evitando-se. O garoto falou:
— Engraçado, eu imaginei que um dia nossos filhos seguiriam com o ICarly, como nós seguimos com o programa de nossos pais.
— Pode ser que um dia isso aconteça, Cris.
— Pode ser, mas pouco provável que sejam os nossos filhos – frisando a palavra “nossos”.
Richard começou a contagem:
— Em 5, 4, 3, 2 – apontando para Isabelle e Richard.
A menina iniciou:
— É com grande pesar que informamos que esse será o último programa ICarly.
— Que isso, Belle? Esse é um programa de humor e aqui não tem espaço para pesar, só para a alegria. Por isso, será divertido do início ao fim!
— Você tem razão, Cris. A Alison vai anunciar as atrações de hoje – apertando o antigo controle de Sam fazendo o som do rufar de tambores.
Alison entrou vestida de bailarina e tentou fazer alguns passos de forma bastante atrapalhada. Anunciando, na sequência, quais seriam as atrações.
O webshow estava prestes a acabar, quando Cris anunciou:
— Não comecem a chorar ainda ou a rir, caso estejam felizes com o fim de ICarly.
— Credo, Cris, isso é cruel com nossos fãs – disse Isabelle.
— Tenho certeza de que nossos fãs gostam de rir, por isso estão aqui. Mas, se nossos fãs têm pais que curtiam o primeiro ICarly, ta na hora de chamá-los. Aposto que eles vão adorar saber o que os filhos tanto fazem na internet – levantando uma sombrancelha.
— Antes do fim, vem o começo. E como essa história começou, mãe?
Sam entrou e tomou o controle da mão de Isabelle, dizendo:
— Pra começar, esse controle é meu, mocinha.
Carly entrou na sequência e empurrou Cris, brincando:
— E esse lugar é meu!
Freddie apareceu e tomou a câmera de Richard, filmando o garoto e depois virando para si, dizendo:
— Quem foi o primeiro diretor técnico? O papai aqui!
Gibby entrou puxando Alison pelo braço e ambos falaram:
— Gibbbyyy!
Spencer também entrou na brincadeira e falou:
— Mesmo sem substituto, cá estou!
— E eu?! – perguntou Júnior, aparecendo também.
— Talvez no futuro, filhão – respondeu Spencer.
Isabelle tomou a palavra:
— Passado, presente e futuro – apontando para as crianças que entravam: Nick, Eddie e Sophie, que se juntaram a Júnior.
Cris prosseguiu:
— O iCarly teve um começo que pareceu um fim há aproximadamente 2 décadas.
— Agora, o ICarly se encaminha a um novo fim – completou Isabelle.
— Que no futuro, pode ser um novo começo – disse Richard.
— Isso faz algum sentido? – indagou Alison.
Sam, Freddie, Gibby e Carly, abraçados (depois que Beck resolveu segurar a câmera para ajudar), ao lado da nova geração ICarly que também se abraçava, falaram ao mesmo tempo:
— Sim!
— Se fez todo o sentido para nós – falou Sam.
— Um dia também fará para vocês – completou Carly.
Sam disparou os aplausos com o controle e balões coloridos começaram a cair. As crianças correram para brincar e estourar e assim, Richard pegou a câmera das mãos do pai e anunciou:
— E corta!
Alison foi a primeira a correr para abraçar Richard:
— Sinto muito que você esteja indo embora, vou sentir muito a sua falta.
— Eu também, Alison. Você é uma amiga muito especial.
Cris se aproximou:
— Será que a nossa amizade sobrevive, Rick?
— É claro, cara. Deixemos as disputas pra lá, nem têm mais importância – olhando de relance para Isabelle.
Rick e Cris se abraçaram.
Foi a vez de Isabelle:
— E quanto a nós? Ainda podemos dizer que somos amigos?
— Belinha, você sabe que o sinto por você é muito mais que isso e pode passar o tempo que for, você sempre será o meu primeiro amor. Mas, amizade é a base de tudo, até do amor, então, sim, somos amigos. Não quero levar as mágoas, só o amor.
Isabelle não conteve as lágrimas e abraçou Richard, dizendo:
— Eu nunca vou me esquecer do que vivemos juntos, você é muito especial pra mim.
Richard aspirou o perfume de Isabelle com força, como se quisesse absorver o aroma para sempre e assim nunca se esquecer do cheiro do seu amor.
— Nós podemos deixar vocês a sós, se preferirem – falou Cris, percebendo que todos já haviam descido, permanecendo apenas o quarteto ICarly no estúdio e sentindo-se incomodado com a despedida de Richard e Isabelle.
— Valeu, irmão, mas eu e a Belinha já falamos tudo o que era preciso, até demais. O que quero fazer, não me envergonho de fazer na frente de vocês, que já estão bem cientes dos meus sentimentos.
Richard puxou Isabelle para si e a beijou na boca. A menina ficou sem reação, mas correspondeu timidamente.
Cris sentiu grande dor no peito e virou o rosto. Sabia que não tinha o direito de impedir, mas, tampouco, conseguia controlar tal sentimento.
Ao parar o beijo, disse:
— Adeus, Belinha. Adeus, galera! – pegando as suas mochilas, com os equipamentos eletrônicos já guardados e descendo as escadas, onde os pais e a irmã já o esperavam.
Jade e Beck despediram-se de Sam e Freddie. Sarah já dormia no colo do pai. Richard também despediu-se e seguiu a família. Iriam para a casa da avó do garoto e partiriam no vôo da manhã para Los Angeles.
Cat, Robbie e as filhas também ficariam hospedados na casa da mãe de Jade, que por ser uma mansão, poderia abrigar a todos com conforto, sem superlotar o apartamento de Sam e Freddie.
No apartamento 13-B, Sam e Freddie conversavam. Ela começou:
— Como foi bom esse breve encontro com os meus amigos de Los Angeles. Não morei tantos anos lá, mas fiz verdadeiras amizades. Tudo isso me remete para tempos leves e felizes.
— É, amor. O tempo passa muito rápido, estamos envelhecendo. Veja a nova geração de ICarly, já colocando no ar o episódio final. Ainda me lembro quando fizemos isso. Na pressa, porque a Carly estava indo embora com o pai. Agora é a vez de Richard ir embora às pressas e dos meninos agilizarem para colocar o programa no ar. Engraçado como as histórias se repetem. Alás, o que levou o Richard a ir embora assim, de repente?
Sam se fez de desentendida:
— Eu sei lá, Freddonho! Como eu poderia saber?
— Foi só uma pergunta. Belinha poderia ter comentado com você.
— Não comentou nada, acho que nem ela sabe.
Isabelle apareceu, ansiosa:
— Acabei de receber no e-mail: os processos seletivos para as universidades já têm data marcada! Corri e me inscrevi para a engenharia em Cambridge, mas para garantir fiz em outras também. Só sinto informar que nenhuma delas fica em Seattle.
— Quer nos abandonar, Belinha? Por que não se inscreveu na que eu me formei aqui?
— Porque não consegui. O número máximo de inscrições já estava esgotado. Fiquei contente de conseguir Cambridge, que é a melhor. Não estão felizes por mim?
— Muito, minha filha! E seu pai também! – cutucando Freddie.
— É claro que estou feliz e torcendo por você, minha filha. Mesmo que eu vá morrer de saudade, morrerei feliz se souber que você está feliz – abraçando a filha.
O tempo foi passando e Isabelle focou totalmente nos estudos. Precisava realizar seu sonho e entrar na melhor faculdade de engenharia.
Richard havia ido embora e não mais se comunicado. Cris estava distante, ainda que perto. Alison já sofria por antecedência com a provável separação de Greg, pois cada um deveria ir para uma faculdade diferente e para fazer cursos diferentes, por isso, mal desgrudava dele.
Os meses e as estações mudam, como a vida das pessoas. Quantas mudanças poderiam ocorrer para Isabelle às vésperas de completar 18 anos?
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