Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira


Capítulo 33
O último ICarly




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Todos gostaram da ideia de Cris e assim iniciaram a última transmissão do ICarly, segunda geração.

Enquanto aguardavam a transmissão por Richard, Cris e Isabelle olharam-se por uma vez, depois de dias evitando-se. O garoto falou:

— Engraçado, eu imaginei que um dia nossos filhos seguiriam com o ICarly, como nós seguimos com o programa de nossos pais.

— Pode ser que um dia isso aconteça, Cris.

— Pode ser, mas pouco provável que sejam os nossos filhos – frisando a palavra “nossos”.

Richard começou a contagem:

— Em 5, 4, 3, 2 – apontando para Isabelle e Richard.

A menina iniciou:

— É com grande pesar que informamos que esse será o último programa ICarly.

— Que isso, Belle? Esse é um programa de humor e aqui não tem espaço para pesar, só para a alegria. Por isso, será divertido do início ao fim!

— Você tem razão, Cris. A Alison vai anunciar as atrações de hoje – apertando o antigo controle de Sam fazendo o som do rufar de tambores.

Alison entrou vestida de bailarina e tentou fazer alguns passos de forma bastante atrapalhada. Anunciando, na sequência, quais seriam as atrações.

O webshow estava prestes a acabar, quando Cris anunciou:

— Não comecem a chorar ainda ou a rir, caso estejam felizes com o fim de ICarly.

— Credo, Cris, isso é cruel com nossos fãs – disse Isabelle.

— Tenho certeza de que nossos fãs gostam de rir, por isso estão aqui. Mas, se nossos fãs têm pais que curtiam o primeiro ICarly, ta na hora de chamá-los. Aposto que eles vão adorar saber o que os filhos tanto fazem na internet – levantando uma sombrancelha.

— Antes do fim, vem o começo. E como essa história começou, mãe?

Sam entrou e tomou o controle da mão de Isabelle, dizendo:

— Pra começar, esse controle é meu, mocinha.

Carly entrou na sequência e empurrou Cris, brincando:

— E esse lugar é meu!

Freddie apareceu e tomou a câmera de Richard, filmando o garoto e depois virando para si, dizendo:

— Quem foi o primeiro diretor técnico? O papai aqui!

Gibby entrou puxando Alison pelo braço e ambos falaram:

— Gibbbyyy!

Spencer também entrou na brincadeira e falou:

— Mesmo sem substituto, cá estou!

— E eu?! – perguntou Júnior, aparecendo também.

— Talvez no futuro, filhão – respondeu Spencer.

Isabelle tomou a palavra:

— Passado, presente e futuro – apontando para as crianças que entravam: Nick, Eddie e Sophie, que se juntaram a Júnior.

Cris prosseguiu:

— O iCarly teve um começo que pareceu um fim há aproximadamente 2 décadas.

— Agora, o ICarly se encaminha a um novo fim – completou Isabelle.

— Que no futuro, pode ser um novo começo – disse Richard.

— Isso faz algum sentido? – indagou Alison.

Sam, Freddie, Gibby e Carly, abraçados (depois que Beck resolveu segurar a câmera para ajudar), ao lado da nova geração ICarly que também se abraçava, falaram ao mesmo tempo:

— Sim!

— Se fez todo o sentido para nós – falou Sam.

— Um dia também fará para vocês – completou Carly.

Sam disparou os aplausos com o controle e balões coloridos começaram a cair. As crianças correram para brincar e estourar e assim, Richard pegou a câmera das mãos do pai e anunciou:

— E corta!

Alison foi a primeira a correr para abraçar Richard:

— Sinto muito que você esteja indo embora, vou sentir muito a sua falta.

— Eu também, Alison. Você é uma amiga muito especial.

Cris se aproximou:

— Será que a nossa amizade sobrevive, Rick?

— É claro, cara. Deixemos as disputas pra lá, nem têm mais importância – olhando de relance para Isabelle.

Rick e Cris se abraçaram.

Foi a vez de Isabelle:

— E quanto a nós? Ainda podemos dizer que somos amigos?

— Belinha, você sabe que o sinto por você é muito mais que isso e pode passar o tempo que for, você sempre será o meu primeiro amor. Mas, amizade é a base de tudo, até do amor, então, sim, somos amigos. Não quero levar as mágoas, só o amor.

Isabelle não conteve as lágrimas e abraçou Richard, dizendo:

— Eu nunca vou me esquecer do que vivemos juntos, você é muito especial pra mim.

Richard aspirou o perfume de Isabelle com força, como se quisesse absorver o aroma para sempre e assim nunca se esquecer do cheiro do seu amor.

— Nós podemos deixar vocês a sós, se preferirem – falou Cris, percebendo que todos já haviam descido, permanecendo apenas o quarteto ICarly no estúdio e sentindo-se incomodado com a despedida de Richard e Isabelle.  

— Valeu, irmão, mas eu e a Belinha já falamos tudo o que era preciso, até demais. O que quero fazer, não me envergonho de fazer na frente de vocês, que já estão bem cientes dos meus sentimentos.

Richard puxou Isabelle para si e a beijou na boca. A menina ficou sem reação, mas correspondeu timidamente.

Cris sentiu grande dor no peito e virou o rosto. Sabia que não tinha o direito de impedir, mas, tampouco, conseguia controlar tal sentimento.

Ao parar o beijo, disse:

— Adeus, Belinha. Adeus, galera! – pegando as suas mochilas, com os equipamentos eletrônicos já guardados e descendo as escadas, onde os pais e a irmã já o esperavam.

Jade e Beck despediram-se de Sam e Freddie. Sarah já dormia no colo do pai. Richard também despediu-se e seguiu a família. Iriam para a casa da avó do garoto e partiriam no vôo da manhã para Los Angeles.

Cat, Robbie e as filhas também ficariam hospedados na casa da mãe de Jade, que por ser uma mansão, poderia abrigar a todos com conforto, sem superlotar o apartamento de Sam e Freddie.

No apartamento 13-B, Sam e Freddie conversavam. Ela começou:

— Como foi bom esse breve encontro com os meus amigos de Los Angeles. Não morei tantos anos lá, mas fiz verdadeiras amizades. Tudo isso me remete para tempos leves e felizes.

— É, amor. O tempo passa muito rápido, estamos envelhecendo. Veja a nova geração de ICarly, já colocando no ar o episódio final. Ainda me lembro quando fizemos isso. Na pressa, porque a Carly estava indo embora com o pai. Agora é a vez de Richard ir embora às pressas e dos meninos agilizarem para colocar o programa no ar. Engraçado como as histórias se repetem. Alás, o que levou o Richard a ir embora assim, de repente?

Sam se fez de desentendida:

— Eu sei lá, Freddonho! Como eu poderia saber?

— Foi só uma pergunta. Belinha poderia ter comentado com você.

— Não comentou nada, acho que nem ela sabe.

Isabelle apareceu, ansiosa:

— Acabei de receber no e-mail: os processos seletivos para as universidades já têm data marcada! Corri e me inscrevi para a engenharia em Cambridge, mas para garantir fiz em outras também. Só sinto informar que nenhuma delas fica em Seattle.

— Quer nos abandonar, Belinha? Por que não se inscreveu na que eu me formei aqui?

— Porque não consegui. O número máximo de inscrições já estava esgotado. Fiquei contente de conseguir Cambridge, que é a melhor. Não estão felizes por mim?

— Muito, minha filha! E seu pai também! – cutucando Freddie.

— É claro que estou feliz e torcendo por você, minha filha. Mesmo que eu vá morrer de saudade, morrerei feliz se souber que você está feliz – abraçando a filha.

O tempo foi passando e Isabelle focou totalmente nos estudos. Precisava realizar seu sonho e entrar na melhor faculdade de engenharia.

Richard havia ido embora e não mais se comunicado. Cris estava distante, ainda que perto. Alison já sofria por antecedência com a provável separação de Greg, pois cada um deveria ir para uma faculdade diferente e para fazer cursos diferentes, por isso, mal desgrudava dele.

Os meses e as estações mudam, como a vida das pessoas. Quantas mudanças poderiam ocorrer para Isabelle às vésperas de completar 18 anos?


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