Três Natais em Hogwarts escrita por Black Adhara


Capítulo 2
1943




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1943

Minerva McGonagall, agora com dezessete anos e dez N.O.M.’s, ficara mais uma vez na escola para o Natal, dessa vez não foi por causa de montanhas de tarefas atrasadas, mas sim porque depois do Natal anterior, ela passaram a amar ainda mais Hogwarts no inverno. Além de ser bonito, trazia boas recordações.
Depois daquele Natal de 1942, no ano passado, nada mudou na relação entre Alvo Dumbledore e Minerva McGonagall. Eles continuavam sendo excelentes professor e aluna, e qualquer pessoa que os observassem, não descobririam que ambos nutriam sentimentos um pelo outro. Uma possível amizade, quem sabe, mas amor nunca.
Ela acordou cedo no dia 25 e desceu para o Salão Principal tomar o café da manhã, depois ela planejara passar o dia abrindo seus presentes e ficar no Salão Comunal junto com os poucos colegas da Grifinória que, como ela, ficaram na escola para o Natal.
Chegou ao Salão Principal e viu que, ao invés das quatro mesas para os alunos e uma para os professores, só havia uma grande e comprida mesa para alunos e professores. Como poucos alunos e professores tinham ficado em Hogwarts naquele ano, o diretor Dippet resolveu que todos fizessem as refeições juntos, no maior estilo natalino.
O único lugar vago era, ironicamente, ao lado do professor Dumbledore. Depois de um ano ela já tinha parado de corar sempre que ficava perto dele, então pode desejar a todos os presentes (incluindo o professor) e sentar-se educadamente em seu lugar. Reparou que os professores Slughorn e Dumbledore mantinham uma animada conversa e que constantemente Slughorn dava tapinhas nas costas de um garoto pálido e de cabelos negros que Minerva se lembrava de ver durante as refeições na mesa da Sonserina.
Eles conversavam mais um pouco e cada palavra que o professor de Poções dizia, o garoto da Sonserina parecia querer fugir mais dali. Slughorn parecia estar se gabando do garoto, que parecia ser o melhor aluno de toda Sonserina ou algo assim, e quando ele começou a dar atenção para Minerva e deixar o garoto de lado, ela pode jurar que ouviu ele suspirando de alívio.
–Senhorita McGonagall, vejo que ficou de novo para o recesso de fim de ano!
–Hogwarts fica linda no Natal. E isso me trás... Boas lembranças.
Ela não pôde deixar de olhar para o professor Dumbledore e notou que ele também olhava para ela. Minerva corou e desviou seu olhar para frente e notou que o garoto olhava sugestivamente para ela.
–Esse daqui é Tom Riddle. Você não o conhece, é do quinto ano. É um dos alunos mais inteligentes que eu já tive. Vai prestar dez N.O.M.’s assim como a senhorita.
O professor Slughorn apresentava o garoto, Tom, como se estivesse elogiando um cavalo à venda.
–Muito prazer. Sou Minerva McGonagall.
–Tom Riddle, prazer – mas o modo que ele falava deixava claro que não era prazer algum estar falando com ela.
Quando terminou de comer, alguns minutos e várias palavras de Slughron depois, Minerva pediu licença para os professores e Tom Riddle. Já estava se levantando da cadeira quando o professor Dumbledore pediu licença e disse que precisava falar em particular com ela. Ao sair, a garota notou o olhar de Tom Riddle sobre si e o viu com um sorriso malicioso no rosto.
–Aconteceu alguma coisa, professor? – ela perguntou assim que estavam fora do Salão Principal.
–Não. Mas eu precisava de uma desculpa para deixar Horácio falando sozinho.
Os dois riram juntos e Minerva sentiu uma coisa se remexendo em sua barriga quando o professor olhou para ela de forma travessa.
–Eu vou indo...
–Espere! Eu tenho algo para você!
Minerva virou-se e viu que Dumbledore procurava algo em um bolso interno de sua capa púrpura.
–Algo para mim? - ela sentia seu coração batendo forte.
Um ano não a fizera esquecer o Grande Alvo Dumbledore.
–Um presente. De Natal.
Ele entregou um livro para a aluna e viu os olhos dela brilharem ao ler o título.
–Isso é...
–O Manual Extremamente Difícil de Transfiguração, de Emerico Ewitch.
–Obrigada! - ela surpreendeu-o e o abraçou com toda a força que podia.
Quando percebeu o que fez, Minerva soltou o professor que ainda estava processando o que aconteceu.
–Eu... Eu nem comprei nada para o senhor.
–Não era preciso - ele hesitou quando ela começou a subir as escadas para o Salão Comunal da Grifinória. - Eu queria dizer algo antes de você ir.
–Professor?
–Ano passado, no Natal, quando a senhorita me beijou eu... - Dumbledore olhou para a garota que esperava com expectativa o que ele tinha para dizer, porém ele não consegui terminar, sabia que seria errado dar esperanças para a garota e depois dizer que ele não poderia correspondê-la. - Esqueça. Aquilo não teve importância.
A garota olhou para ele decepcionada e magoada.
Será que ele se divertia ao magoá-la daquele jeito?
Minerva subiu as escadas sem olhar para trás e segurando o livro contra o peito.
O amor, ela percebeu, só serve para nos machucar.


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