Três Natais em Hogwarts escrita por Black Adhara


Capítulo 1
1942


Notas iniciais do capítulo

A minha amiga secreta é a....



Teresa Botelho!!!!!!!!
Feliz Natal, linda!!!!!!



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1942

Minerva McGonagall, aluna modelo, monitora de sua Casa e alvo constante de elogio dos professores, não sabia o que estava acontecendo com ela. Ultimamente ela estava avoada e distraída, sem falar que seus batimentos cardíacos aceleravam do nada e nos momentos mais importunos.
E foi assim que Minerva ficou com uma montanha de deveres para depois do Natal. A Minerva de antes iria fazer tudo em um dia, mas a Minerva de agora, a boba apaixonada, gastava seu tempo suspirando pelos cantos e sonhando acordada e deixava tudo para a última hora. Sem alternativa, ela ficou na escola para o Natal.
Na manhã do dia 25 de dezembro, após o café da manhã no Salão Principal que estava notavelmente vazio, ela se acomodou em baixo de uma árvore no jardim e começou a fazer todas as tarefas de Transfiguração, sua matéria mais amada. Quando o vento ficou mais frio e a neve começou a cair mais forte, ela resolveu que era hora de voltar para o Castelo e se acomodar em frente à lareira do Salão Comunal da Grifinória.
Ela estava distraída quando entrou na escola, muito ocupada tirando os flocos de neve do seu cabelo sempre preso em uma trança e jogado por um ombro, e não viu que quase esbarrou em um homem.
-Senhorita McGonagall! - o professor Dumbledore a saudou como se não tivesse estado com ela há poucos minutos, no desjejum. -O que fazia lá fora nessa nevasca?
Minerva, agora corada, tentava olhar para ele por cima dos livros que carregava e torcia para não fazer papel de boba.
-Eu estava fazendo os deveres, professor. A neve não me incomoda… Eu até gosto dela, sabe?
Alvo Dumbledore reparou na montanha de livros e pergaminhos que a garota tentava segurar e gentilmente pegou o fardo da garota facilmente. Minerva ajeitava nervosamente seus óculos quadrados e pensava em algo inteligente para dizer ao mestre.
Ela, porém, não era boba. Sabia que não teria outro tipo de relação que não fosse a de aluna e professor com o grande e honrado Alvo Dumbledore. Mas uma garota de recém-completados dezesseis anos poderia sonhar.
Ele perguntou para onde ela estava indo, com o objetivo de acompanhá-la e levar os livros. Ela rapidamente respondeu-o, gaguejando um pouco no processo e o professor não pareceu notar.
-A senhorita estava estudando sozinha em pleno Natal?
-Bem… Sim. Por um descuido eu… Eu deixei meus deveres se acumularem.
-E o que fez a senhorita se distrair? - ele perguntou, parecendo verdadeiramente interessado. - Deve ser uma coisa muito importante para fazer uma de minhas alunas mais aplicadas se descuidar tanto.
Minerva corou com o elogio e resolveu contar para o professor seus sentimentos conflituosos. Achava que não teria melhor oportunidade para fazer isso, já que os dois estavam andando sozinhos e ficaram poucos alunos para poder interromper eles. E ela achava que os terrenos brancos pela neve e o frio incastigável que fazia os alunos e professores se esconderem por baixo de camadas de roupas.
-Professor Dumbledore, eu tenho algo a dizer - ela começou antes que toda a famosa coragem Grifinória fosse embora.
-Parece ser sério, senhorita.
-E é…
Ela percebeu que os dois tinham chegado à frente do quadro da Mulher Gorda, mas, por sorte ou azar, ela tinha saído e Minerva estaria presa do lado de fora do próprio Salão Comunal até que a Mulher Gorda saísse.
Pelo lado bom, pensou Minerva, teremos mais tempo juntos.
-Ao que parece a Mulher Gorda saiu… - ela começou nervosamente.
-Ela sempre faz isso?
-Pelo menos uma vez por semana. Ela visita uma bruxa em um quadro do terceiro andar, o senhor sabe, para fofocar.
O professor Dumbledore riu e Minerva não teve alternativa a não ser rir junto com ele.
-Então, professor, como eu ia dizendo…
Ele fez sinal para ela parar de falar, Minerva prontamente obedeceu.
Dumbledore pegou a varinha com um das mãos, tomando cuidado para não derrubar os livros da aluna que estavam sendo precariamente segurados. Usando um feitiço mudo, ele fez com que os livros flutuassem ao lado da garota corada e que olhava nervosamente para ele.
-Pode dizer agora, senhorita McGonagall. O que te faz ficar tão nervosa assim?
-Eu… Eu… - ela torcia as mãos nervosamente e procurava o que dizer. Ela sempre sabia responder as perguntas dos professores, mas não sabia expressar seus sentimentos. -Eu sei que isso é errado, mas… Eu acho que amo o senhor.
Ela se perguntava se o choque em saber os sentimentos de uma de suas melhores alunas para com ele fá-lo-ia derrubar os livros que fazia flutuar tão suavemente. Certamente ele não esperaria por isso.
Porém não houve nenhuma queda. Ela abriu os olhos que tinha fechado inconscientemente e observou o professor. Ele olhava para ela, não com espanto ou surpresa, mas com tristeza.
-Eu sei - ela começou a tentar a justificar seus sentimentos - que isso é errado, além de ser totalmente impossível. O senhor é meu professor e eu sou só uma aluna e nunca foi minha intenção nutrir sentimentos errados em relação ao senhor, mas eu fui incapaz de impedir isso. Desculpe-me.
-Eu não sei o que dizer, senhorita McGonagall... Isso é muito grave. Qualquer outro tipo de relação entre nós seria... Impensável.
Se Minerva estivesse prestado mais atenção no professor, perceberia que, ao dizer aquelas coisas, parecia estar tentando convencer a si mesmo e não a garota aos prantos na sua frente. Mas como ela estava muito ocupada chorando e se perguntando o porquê dissera tudo aquilo, nada percebeu.
-Eu entendi, professor. Farei de tudo para reprimir isso. Espero que nada fique diferente após isso.
Dumbledore estava admirado com a maturidade daquela garota. Todas as adolescentes que ele conhecia não estariam tão calmas depois de serem rejeitadas daquele jeito. Minerva McGonagall era uma garota especial, e ele já tinha percebido aquilo. O homem que se casasse com ela teria um enorme privilégio.
-Nada vai mudar, senhorita McGonagall.
A garota assentiu tristemente e virou-se para a entrada do Salão Comunal da Grifinória e viu que a Mulher Gorda estava observando a cena que se desenrolava na sua frente. Aquilo era uma fofoca das boas, um romance proibido entre professor e aluna, e também era contra as normas de Hogwarts.
-Feliz Natal, professor Dumbledore.
Minerva virou-se para pegar os livros flutuantes ao seu lado, mas então percebeu uma coisa em cima da cabeça dela e do professor Dumbledore.
Um visgo!
E, sem dizer uma palavra, Minerva se jogou sobre o professor, beijando-o como desejava fazer desde que começara a amá-lo. Ignorou a exclamação de surpresa da Mulher Gorda e o baque dos livros se espatifando no chão. Beijou seu professor como os casais se beijavam nos livros românticos que ela costumava ler e sentiu o doce sabor da vitória quando ele retribuiu. Não foi o primeiro beijo dela, mas ela sentia como se nunca tivesse feito nada como aquilo antes.
Quando ficou sem ar, Minerva se libertou do abraço de Dumbledore e, sem olhar nos olhos azuis do professor ou pegar os livros espatifados no chão, ela murmurou a senha para a Mulher Gorda e rapidamente entrou no Salão Comunal, rumando para a segurança de sua cama. Nem ouviu quando o professor Dumbledore chamou-a.
Em seu íntimo, ela sentia seu coração batendo rápido e o sangue correndo em suas veias, como toda pessoa ficava ao fazer algo proibido.


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