Waiting for Love escrita por Marie Carstairs


Capítulo 4
Not today


Notas iniciais do capítulo

Olá para todos vocês! Não, isso não é um sonho. Eu realmente atualizei a fic! Cadê a banda para comemorar, produção? Eu tive alguns problemas e não consegui desenvolver o capitulo bem... O que me rendeu um monte de capítulos rescritos...
Queria agradecer as lindinhas que me incentivaram a escrever, esse capítulo é para vocês. Aproveitem!



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O despertador tocou sete da manhã, mais cedo do que o programado. Clary já estava de pé há um bom tempo. Estava sentada em frente de sua penteadeira, que o pai fez questão de colocar no quarto da filha, vestida de sua roupa de corrida. A maioria de suas maquiagens ficaram em Londres e Clary não viu o porquê de pedir para mãe as despachar mas as dezenas de gavetas e as luzes que havia ao redor do espelho tinham seu valor. Em uma das gavetas que supostamente deveriam estar suas palhetas de maquiagem, Clary guardava as fotos que trouxera de Londres, as quais não queria nem passar os olhos.

Ali havia fotos de Clary e suas "amigas" juntas, todas vestindo tutus prato e sorrindo para a câmera. Mas elas provavelmente, estão em Londres se digladiando para ver quem pega o holofote vago deixado por Clary quando pôs seus pés em Nova York. Belas amigas elas são. As piores estavam no fundo da gaveta, as que estavam ela e seu ex, Sebastian Verlac. Nessas Clary não queria nem tocar. Nem ela mesmo sabia o motivo de ter enfiado essas fotos na mala.

Ela terminou de amarrar seu volumoso cabelo ruivo em um rabo alto e se levantou da penteadeira. Passou pela cozinha e viu Valentin estava tomando seu café da manhã, deu um breve "bom dia" e abriu a porta da frente, saindo para rua. Na calçada começou a se aquecer e alongar-se para começar correr. As aulas da Columbia iriam começar dentro de alguns dias e para ter um desempenho pelo menos razoável, ela precisava recuperar a massa muscular que perdeu.

Ela deu uma, duas, três voltas completas pela quadra sem parar. Quando estava na metade da quarta, sentiu seus músculos urrarem de dor e parou, apoiando suas mãos nos joelhos para recobrar o fôlego.

— Achava que você fosse de ferro - Falou uma voz atrás dela. O sotaque era como o dela mas misturado levemente com o nova-iorquino.

Ela se virou e deparou com um menino não tão mais velho do que ela mas com certeza mais alto. Ele tinha uma pele pálida, olhos azuis como o céu noturno e os cabelos tinham fios negros como os pelos de uma pantera. Clary já vira muitos garotos consideráveis bonitos na vida - incluindo o loiro do outro dia - mas este ela podia afirmar com todas as letras que era um deus que veio à terra.

— Ninguém é de ferro. - Respondeu entre a respiração entrecortada.

— Tem razão, ninguém é de ferro mas pode se tornar de ferro. - Falou o garoto.

— Então, se concedera de ferro, garotão? - Perguntou a ruiva com um sorriso de canto.

— Não, mas quem sabe um dia. - Ele deu o mesmo tipo sorriso de Clary - Londres?

— O que?

— Você não é daqui. Pelo menos não vive aqui. Seu sotaque Te entrega. - Ele examinou a garota de cima a baixo.

— Nascida e criada. E você? Sul da Inglaterra ou Gales mesmo?

— Gales.

— Sabia!

—É bom saber que tem alguém que fale assim pela vizinhança. Não queira pegar o modo de falar nova-iorquino, quando se pega é difícil largar. Só um conselho. Ao menos que queira parecer mais como uma nova-iorquina do que uma britânica, aí a escolha é totalmente sua...

— Obrigada..... - Ela gesticulou para saber o nome do rapaz.

— Will.

— Clary.
Ele e a ruiva continuaram a dar mais algumas voltas juntos. Will percebeu que Clary corria de uma maneira diferente. O pé esquerdo da garota pisava de uma maneira diferente no chão. O físico dela era incomum para uma garota da idade dela. As pernas e braços tinham pouco músculos. Ele não intendia como uma pessoa com aquele físico conseguia correr tanto e não se cansar.

Will vinha observando ela desde do dia que ele chegou de Gales - o que ocorrerá há quase uma semana. Devido a drástica mudança de fuso horário, acordava tão cedo que as vezes o sol ainda nem tinha nascido. Sem sono na maioria das vezes, Will saia para correr e quase sempre via a garota com cabelos cor de sangue fazer o mesmo.

Agora que ele sabia que ela vinha da mesma região do que ele e ficou se perguntando se ela sofria do mesmo problema de diferença de horário.

— Algo errado com o seu pé esquerdo? - Ele perguntou quando fizeram a segunda parada para se hidratarem.

— Eu machuquei - Ela não queria falar sobre isso.

— Como? - Ele realmente estava interessado em saber o que aconteceu.

— Eu cai - Dando seu vigésimo terceiro fouette, o que custou meses afastada.

— Teve ter sido uma queda e tanto - Comentou Will com um sorriso.

— Você nem imagina

~~~~~

Clary ao abrir a porta teve uma surpresa. Valentin estava em casa. Iria chover canivete aberto, já que ele passava mais tempo no hospital do que qualquer outro médico. Seu pai era chefe da cirurgia e um dos melhores neurocirurgiões do país, o que implicava ter um quadro cheio de cirurgias na semana.
Não que Clary e Jonathan se incomodavam com isso, pelo contrário, eles até preferiam ficar sozinhos e se enforcarem na corda da liberdade que Valentin os proporcionou. Mas ver a figura do pai sentado em frente da televisão no sábado de manhã era estranho. Ele parecia um cara normal que passava um tempo considerável com a família, não um sujeito que saia seis da manhã e chegava tarde da noite sete dias por semana.

Ao ouvir o som da porta batendo, Valentin se levantou do sofá e foi receber a filha.

— Estava esperando você chegar - Ele falou dando um meio sorriso.

— Você não deveria estar no hospital? - Perguntou a ruiva arqueando uma sobrancelha.

— Me deram um dia de folga - Anunciou Valentin.

— Então você decidiu que vamos ter um dia como famílias geralmente têm? Irmos ao Central Park e alimentar os patos com pães que sobraram do café da manhã? Nah... talvez essas coisas não são para mim e John. - Falou ela com desdém.

Valentin que não achou nada engraçado o que a ruiva disse, somente suspirou e se lembrou o que realmente precisava conversar com a filha.

— Você tem tomado os seus remédios? - Perguntou o pai.

Os remédios serviam para a reabilitação de Clary. Ela tomava pelo menos cinco comprimidos de cinco remédios diferentes por dia. Uns eram para o tratamento da lesão e os outros serviam para a reabilitação das substâncias químicas que ela usava antes de dançar. Essas substâncias tinham um efeito bom durante as inúmeras performances que apresentava mas depois que a adrenalina passava, ela se sentia um lixo. Para curar o mal estar ela ingeria mais e mais, com o tempo ela ficou dependente delas.

— Sim... - Respondeu Clary desviando o olhar.

— Todos ou só os da fisioterapia?

Clary não respondeu à pergunta. Ela estava tomando somente os da fisioterapia, ela não queria tomar os outros. Quando as aulas chegassem, ela teria que ter energia e disposição para encarar o que estava por vir. Ela queria voltar para Londres sendo uma das melhores, teria que começar a trabalhar duro dês de já. E tomar aqueles remédios estava acabando com ela, literalmente.

— Clary, estou fazendo isso pois me importo com você!

— Assim como se importava comigo quando estava do outro lado do oceano? - Argumentou ela

— Clary, eu... - Valentin tentou se explicar.

— Poupe suas explicações, pai. Eu estou bem, sério! Não tenho tomado mais aquelas pílulas desde que cheguei de Londres. Jocelyn jogou todas fora. - Falou indo em direção às escadas.

Valentin não falou nada. Ele confiava cegamente na filha e se ela afirmou que não tinha mais aquelas pílulas era porque não tinha. Contudo, Clary sabia que estava mentindo diante seu pai.

Ela começou a subir as escadas mas parou no meio ao ouvir seu pai terminar.

— Eu quero ser mais próximo de você, já que está morando aqui.

— Eu sei. - Afirmou a garota e continuou a subir a escadas sem olhar para trás.

~~~

Era quase oito horas da noite e Clary estava com seu IPad na mão, vendo pela milionésima vez um vídeo de uma variação. Ela precisava aprendê-la para o início das aulas na segunda. Estava acertando quase tudo, menos uma passagem que estava com duvida.

A ruiva viu uma movimentação na sua porta e foi ver o que era. Jonathan estava todo arrumado para ir algum lugar e ela viu mais uma oportunidade para perturbar a paz do seu irmão.

— Ele não vai gostar - Falou ela da sua porta.

Ele parou no início da escada e virou olhando para ela.

— Ele quem? Valentin? Ah Clary, me poupe, tenho quase vinte anos não preciso mais de autorização para sair!

Clary não pode não rir.

— Não, seu trouxa! Seu amigo, Jace ou sei lá como se chama, ele disse que gosta mais de você com aquela camisa xadrez. - Falou Clary entre risos.

— Pelo amor do Anjo, Clarissa Morgenstern! Ele é meu amigo, só isso! - Falou Jonathan.

— Já falou isso para ele?

— Se você conhecesse ele, você iria perceber de cara que ele é muito mais hetero do que eu! - Argumentou Jonathan.

— Okay... Agora, sério, onde está indo? - Perguntou a irmã.

— Em uma festa da fraternidade. - Respondeu o irmão.

— Posso ir?

— Você? Ir em uma festa da fraternidade? Sem chance! - Falou Jonathan.

— Você meio que me deve. Ontem você me largou no campus e não voltou para me buscar! - Argumentou a ruiva.

— Mas você está aqui agora.

— Sim, porque um cara deve dó de mim e não me deixou lá, torrando no sol!

— Se veste rápido. - Falou John com má vontade.

— O que?

— Vai, anda logo! Vai se arrumar. Vou te levar mas só porque te devo uma, não fique esperando que você vai em toda as festas da fraternidade.


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Notas finais do capítulo

Então foi isso, minha gente! Comentem o que acharam.
Kisses!



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