Waiting for Love escrita por Marie Carstairs


Capítulo 3
Herondale is back!


Notas iniciais do capítulo

Olá para vocês! Eu sei que eu demorei porque eu estava atualizando minhas outras Fics, então me perdoem. Queria agradecer todas as pessoas lindas que gastaram alguns minutos comentando*-*.
Aproveitem o capítulo.



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Sexta chegou como um foguete, para a minha felicidade ou não. O despertador que tinha programado no início da semana, que deveria tocar ás oito mas não foi isso que me fez acordar. A casa ao lado, que por acaso pertence ao amigo de meu pai e também é meu fisioterapeuta, parecia que estavam colocando a casa a baixo. Minha janela dava para uma das janelas da casa vizinha, a qual se manteve fechada o tempo todo que estive aqui. 

Tentei continuar a dormir, tinha pelo menos uns dez minutos - dez minutos são muita coisa - de sono ainda. Sem sucesso nenhum, sai de baixo dos lençóis e fui arrastando o pé até a porta de meu quarto. Ao abri-la me deparei com um Jonathan ainda de pijama, com cabelo em pé e com uma cara de sono que poderia ser confundido com um zumbi. 

— Jonathan acordando oito da madrugada em uma sexta? O que é isso? Um tipo de piada? - Perguntei com um sorriso sarcástico nos lábios. 

— O vizinho decidiu demolir a casa. - Ele se explicou 

— É eu percebi... Mais tarde irei lá reclamar para fazer isso com menos ruído. - Falei andando pelo corredor com Jonathan atrás de mim.

— Eu nunca concordo com você mas nisso eu preciso concordar. Afinal, que dia é hoje? - Ele parou no topo da escada. 

— Sexta, dia 25 de julho. Por que? - Perguntei descendo as escadas que davam para a sala. 

— Aquele bastardo... - Não pude ouvir o resto já que Jonathan saiu em disparada para o quarto. 

Dei de ombros e continuei a descer as escadas. Fui até a mesa onde o café da manhã estava posto e me deparei somente com Valentin, meu pai, sentado. Ele levantou o olhar do seu jornal quando murmurei um "bom dia" para ele. Me sentei no lado oposto dele e senti o olhar dele sobre mim enquanto pegava o leite. 

— Algum problema? - Perguntei casualmente 

— Você e seu irmão acordaram ás oito da manhã em uma sexta ou eu estou com quarenta graus de febre? - Ele perguntou com uma cara desconfiada. 

— Eu tenho acordado esse horário quase todos os dias dessa semana, mas você nunca está aqui. John, eu não sei, ele acordou devido o barulho vindo da casa ao lado. Ele provavelmente já voltou a dormir - Terminei de falar quando ouvi passos apressados descendo as escadas - Ou não. 

Em questão de segundos, a cabeleira platinada de Jonathan apareceu na sala. Ele ainda estava de pijamas e com o cabelo desgrenhado mas o rosto estava melhor. 

— Por que a felicidade, seu trouxa? - Perguntei arqueando uma das sobrancelhas.

— O Grande Herondale está de volta. Aquele viado passou o verão inteiro fora - Falou Jonathan 

— Seu namorado, John? Eu sempre soube! Sempre soube que você jogava no outro time! - Jonathan me fuzilou com um olhar. - Que foi? Você parece uma adolescente quando descobre que o namoradinho voltou depois passar o verão fora. 

— Eu estava pensando em uma resposta mas ela seria muito grossa de falar na frente de nosso pai, Clarissa. - Falou Jonathan fingindo que se importava com isso

— Como você se importasse com isso - Falei e vi Valentin revirar os olhos. 

Ouvimos mais passos apressados descendo as escadas. Logo mais uma cabeça loira apareceu na sala. Ótimo, estava faltando o projeto de Camille.

— Jace Herondale voltou?! Meu Raziel, eu preciso falar com Kaelie! - Maureen teve seu surto de adolescente de 14 anos e subiu novamente as escadas rapidamente. 

Pelo menos ela foi rápida nessa vez. 

— Posso saber quem é esse tal de Jace Herondale? - Perguntei para Jonh

Quando ele abriu a boca para falar, Camille apareceu batendo suas pantufas de salto no chão da sala. A expressão de seu rosto não era a melhor. Troquei um olhar com Jonathan, já prevendo o que ia acontecer. 

— O seu amigo, Stephen Herondale, está colocando a casa a baixo? Por que pelo amor de Raziel mande ele parar! Eu preciso de mais horas de sono de beleza! - Suplicou Camille apontando para seu rosto pálido. 

Como sempre, isso foi o basta de Valentin. Ele levantou-se da cadeira, deixando o jornal em cima da mesa. 

— Jonathan e Clarissa, vão para cima e tomem café depois. Camille volte para a cama, que ao sair vou falar com Stephen. Eu tenho uma cirurgia de emergência agora de manhã, então eu preciso ficar calmo, ok? A última coisa que eu preciso é de um stress familiar de manhã! 

Quando se trata de ordens, Valentin é o melhor nisso. Ele é chefe da cirurgia neurológica, então sabe bem como manter todos ocupados quando um paciente está aberto na mesa de cirurgia. Talvez ele usa esse método para domar os membros dessa casa, como agora pouco fez. Provavelmente só verei ele quando a noite cair, já que geralmente suas cirurgias demoram horas para terminar.

Pego minha xícara com com leite e uma maçã para voltar para o quarto. Mas parei no pé da escada quando Valentin me chamou: 

— Clary, tem correspondência para você na mesa da sala. 

Dei meia volta e fui até a mesinha de centro da sala. Lá havia vários envelopes empilhados. Peguei o monte e comecei a olhá-los até achar o meu. Peguei o meu envelope e subi novamente para o quarto. 

Deixei a caneca e a maçã encima da escrivaninha e me joguei na cama para ler a carta. Como estava entrando um pouco da luz do sol matinal pela janela, não liguei a luz. Abri o envelope e li Columbia University. Senti meu coração acelerar e minhas mãos a suar. Como se você nunca tivesse recebido uma carta dessas. Revirei os olhos diante do pensamento e comecei a ler o resto da carta. 

— Então.... - Ouvi Jonathan falar da porta e lancei um olhar para ele - Calma Clary, vão surgir outras oportunidades....

— Você acha que eu sou ruim? Estou dentro - Falei com um sorriso se abrindo nos meus lábios.

— Sabia que estaria - Falou Jonathan encostado na batente da porta. 

— Eu acho melhor a princesa começar a tirar o pijaminha dela para me levar até a Universidade. - Falei me levantando da cama. 

— Você vai ver quem é a princesa - Ele saiu reclamando. 

Corri para o meu banheiro, fiz minha higiene. Escolhi uma roupa  e me troquei rápido. Se eu demorasse muito, iria ouvir Jonathan reclamar até a morte. Após alguns minutos me aprontando e uma olhada rápida no espelho, desci as escadas até a sala. 

Ela estava deserta, sem sinal de Valentin, Camille, Maureen e muito menos de Jonathan. Me sentei em um dos sofás e esperei a princesa descer, enquanto ele não aparecia, chequei se minhas coisas estavam em ordem na minha bolça. Até ouvir passos apressados descerem as escadas. 

— A princesa estava se arrumando para o príncipe que mora na casa ao lado - Falei fazendo uma cara maliciosa.

— Não, sua besta! Sou hétero, quer que eu te prove? - Ele me perguntou 

— Não precisa - Falei fazendo uma cara de nojo. 

— Ótimo! 

***

Jonathan havia me despachado na entrada do campus dando uma desculpa qualquer e se mandou com o carro. Revirei os olhos diante da situação que meu irmão tinha me colocado. Pelo menos o retardado tinha me dado as coordenadas de onde eu deveria ir. Não que meu senso de direção era ruim. Okay.... talvez um pouco. 

O calor estava insuportável dentro do campus. Parecia eu estava uns cinquenta graus devido as construções de concreto. Sentia o suor na minha nuca e ir para o meu cabelo. Fui obrigada a colocar meus óculos escuros para meus olhos não fritarem enquanto eu tentava achar o prédio que Jonathan falou.

Estava lembrando da direção que Jonathan tinha me dito do mesmo jeito que eu me lembrava dos oito tempos de uma coreografia. Eu repetia aquilo para mim mesma milhões de vezes. Não poderia ser tão difícil assim, não é?

Ao virar em uma das largas calçadas que havia ali, tirei meu celular do bolço do shorts para mandar uma mensagem para Jonathan dizendo que estava completamente perdida nesse lugar. Quando ia apertar a tecla de enviar senti dar um encontrão em alguém. 

— Desculpe por isso. - Falou a pessoa que eu havia esbarrado

Ele não era mais velho do que eu, talvez tivesse a mesma idade do que John. Tinha cabelos loiros que combinavam com o tom bronzeado de sua pele. O sotaque nova-iorquino dele era suave, o que tornava o timbre de sua voz suave.

— Eu que estava distraída, perdão. Eu realmente precisava de alguém para pedir informação, então você poderia me dizer onde fica o prédio onde faz a matricula? - Perguntei para ele tirando os óculos de sol do rosto

— Eu acho que as matrículas já se encerraram há alguns meses - Ele falou 

— Estou sabendo mas surgiu uma oportunidade de fazer um teste essa semana e acabaram me chamando. 

— Se você seguir nessa direção - Ele apontou - e depois vira a direita, você chega no prédio. Não é difícil. 

— Okay, eu acho que sei me virar sozinha. Obrigada, por sinal 

Continuei minha jornada até o prédio de matricula e consegui fazer isso sem dificuldade. Também não foi difícil fazer a matricula, só tive que preencher alguns papéis. Nada que nunca havia feito. Após uns trinta minutos eu sair dali com tudo preenchido. 

Fiquei esperando Jonathan na entrada do campus mas ele não dava nenhum sinal de vida. Nem respondia minhas milhões de mensagens e muito menos minhas ligações. Pelo menos, o sol decidiu dar uma amenizada se não eu deveria procurar alguma sombra para não morrer queimada. Alguém parou ao meu lado mas estava ocupada de mais enviando a bilionésima mensagem para Jonathan Morgenstern. 

— Perdida de novo? - Não precisei olhar para perceber quem era

— Não, só estou tentando falar com meu irmão. Ele disse que vinha me buscar quando terminar aqui mas ele não está me respondendo. - Comentei 

— Estou de carro se quiser te levo para sua casa. Mas é claro que se você preferir esperar seu irmão aqui debaixo desse sol e ficar com queimaduras tão vermelhas quanto seu cabelo, você quem sabe - Ele falou com um sorriso de canto. 

— Então essa é o tipo de coisa que você faz para levar as garotas para cama? Pega-las no campus e depois levá-las para suas devidas casas? - Falei o analisando. 

— Eu tenho as minhas técnicas mas vai aceitar a carona ou não? 

— Eu sei que não deveria mas entre ficar aqui e ir para casa em um carro junto de um estranho. Eu acho que fico com a carona. 

— Hey, não somos estranhos! Nos trombamos há quase uma hora atrás no campus. Se não fosse por mim, você estaria perdida lá ainda - Ele falou fingindo estar se sentindo ofendido.

Senti um sorriso nos lábios e vi o sorriso de canto dele se expandir e tomar conta de seus lábios. O acompanhei até o estacionamento da universidade para pegarmos o carro. O carro dele era um Ford Fusion 2012 preto. Ao destravar as portas, abri a do passageiro enquanto ele abria a do motorista. Quando sentei no banco de couro preto, senti minha pernas queimarem em contato com o banco quente. Agora intendi o porquê dele vestir calças jeans nesse calor. 

A viajem até a minha casa foi silenciosa, nem se incomodou em saber o meu nome e eu também não me importei em saber o dele. Ao virar na rua de casa e indicar a minha, ele freiou o carro bruscamente. Fazendo tanto eu enquanto ele irmos para frente, mas fomos salvos pelo sinto de segurança. 

— Algum problema? - Perguntei. 

— Você mora na casa de Valentin Morgenstern, ou você está tirando com a minha cara? - Ele tinha as sobrancelhas arqueadas para cima.

 

— Por que estaria? Sou filha dele - Falei. 

— Então você que é a irmã de Jonathan? 

— Nunca fizemos um exame de DNA mas é isso que meus pais dizem! E você é.... - Foi aí que tudo fez o completo sentido - Você por acaso é algum amigo desmiolado do Jonathan não é? 

— Jace Herondale, por sinal. Você é Clarice não é? - Ele voltou a andar com o carro 

— Clarissa. A sua casa hoje de manhã parecia que estava preste a passar por uma demolição, então por favor, amanhã tente fazer menos barulho. - Ele parou em frente da minha casa. 

— Foi um prazer te conhecer, Clarissa. Tenho a sensação que nos veremos em breve. - Ele falou quando abri a porta para descer do carro. Convencido. 

— Quando você diz breve, quer dizer quando as aulas da Columbia começaram. Então sim, talvez eu lembre do seu rostinho quando nos cruzarmos no campus. 

Antes de bater a porta do carro, pude ver algo se acender nos olhos cor de âmbar dele. Bati a porta mas pude ver através só insulfilm escuro do carro ele dando uma risada. Então ele deu marcha ré no carro e manobrou o veículo para enfiar na garagem da casa ao lado. 


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só isso, moçada!
Kisses com glitter.



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