Our Love escrita por luckygirl


Capítulo 9
Valenti Hale


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores lindos!
Antes de tudo, me desculpem por demorar tanto para postar esse capítulo!
Agora, preciso que vocês entendam, já saí das minhas férias, por isso as atualizações serão menos frequentes e por isso, esse capítulo demorou. Mas, já consegui me acostumar com essa rotina, então, farei meu máximo para postar de duas em duas semanas! Mas, para isso, preciso que vocês não me abandonem! ): ♥
Continuem mandando incentivo através dos reviews, favoritando a fanfic e tudo mais!
Vocês são meus amores ♥



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Tudo começou com um pouco de magia.

Afinal, como não?

As raízes cresciam violentamente naquela relva úmida, tão verde. Nunca havia sido tocada por mãos humanas.

O tronco grosso se erguia, imponente. Como um ser que se sentia vangloriado por ser tão majestoso.

Forte.

As folhas cresciam nos galhos, tão verdes e tão vivas. E os galhos também, se orgulhavam de tanta beleza.

Tanta magia.

O bosque sagrado estava completo.

Naquela hora, nascia o Nemeton. Sem o porquê, o como.

Há tantos milhares de anos atrás, o Nemeton também trouxe aquela magia com ele, aquilo que o tornava tão ostensivo, trouxe-a para o mundo.

Suas primeiras crias, um feiticeiro e uma lobisomem.

Ele as fez, Valenti e Hale.

Valenti para o homem, o nome já lhe dizia tudo. Seria corajoso tanto quanto um Deus do Olimpo, nunca fugiria de uma batalha pelo bem. Jamais deixaria de erguer sua cabeça por aquilo que acreditava, ali nascia a valentia.

Hale para a mulher, seria uma heroína. Capaz de sacrificar tudo aquilo que tinha para o bem do mundo, lutaria. Nunca negaria uma ajuda, o altruísmo nascia com ela. Os bons sentimentos, a compaixão e a gentileza, vieram daquela primeira lobisomem.

E juntos, eles nasceram. Um Valenti e uma Hale.

Lutariam diversas batalhas lado a lado, passariam séculos convivendo entre si.

Entre tantas discussões em como aquele Valenti era um bruto presunçoso ou em como aquela Hale era careta, foram diversos gritos, palavras grosseiras, lágrimas repentinas, assim como as reconciliações.

Viveram como amigos por muito tempo. Sempre tão diferentes, mas dependentes demais um do outro para tomarem rumos separados.

Aquela magia não permitia.

E então, naquele dia, onde o Sol fora coberto pelas árvores altas com seus longos galhos repletos de folhas, a lobisomem caminhava descalça pela clareira, adorava sentir a grama fofa em seus pés, ela lavaria suas roupas no riacho lá perto, mas fora distraída pela visão que teve em seguida.

O Valenti estava sem camisa, de pé em uma das rochas perto dali, tinha uma expressão concentrada em seu rosto. A Hale sabia que ele tentava utilizar o feitiço interior, mas fazia anos que ainda não conseguia. Prendeu o riso ao ver sua careta frustrada quando a pequena chama violeta que vinha de suas mãos se apagou quase que instantaneamente. As mãos agarraram os cabelos pretos, e a lobisomem não conseguiu desviar o olhar do movimento de seus braços musculosos.

No mesmo dia, mais tarde, o Valenti voltava ao riacho para pegar a espada que havia deixado lá quando estava treinando, mas parou bruscamente por detrás de um tronco grosso ao ver as costas nuas da lobisomem. O cabelo loiro molhado caia liso até a cintura, que era moldada perfeitamente, sua pele era morena e ele percorria com o olhar atento as gotas d’água que escorriam por ela. Protestou mentalmente quando ela mergulhou, e quando emergiu, ele pôde ver o topo de seus seios. E então, saiu dali.

Sem que pudesse ao menos se controlar, o feiticeiro prestava atenção em todas as doces manias da Hale, em como ela sorria tão facilmente, como ela vivia colocando a mecha detrás da orelha, ou em como seu nariz torcia quando algo a desagradava. Pegou-se diversas vezes encarando como seu corpo se moldava perfeitamente a algum vestido ou como seus olhos azuis refletiam sua pureza. Ela era linda.

Já a lobisomem passava seu tempo admirando a força e a coragem do moreno, em pensar como seria ele sem esse semblante tão sério. Às vezes o via sorrir para o nada, imaginando alto, e ela inconscientemente desejava ser o motivo daquela alegria, gostava quando ele acelerava seus batimentos quando ela o tocava. Adorava ser envolvida com seu olhar profundo.

Fora um tiro certeiro.

O Valenti, tão bruto e grosseiro, havia se apaixonado perdidamente pela Hale tão doce e carinhosa, que por sua vez, entregara sem receios seu coração puro para o homem. Eram realmente como água e fogo, mas já eram predestinados.

Seus destinos foram traçados para ficarem juntos desde o momento em que nasceram nos braços grossos daquele Nemeton.

A primeira vez que os lábios de um Valenti e uma Hale se encostaram, com tanta paixão, desejo e fervor, estava feita uma ligação que duraria por milhares de anos, ultrapassaria gerações, enfrentaria quaisquer obstáculos e sempre se renderiam aos seus sentimentos.

Ali, nascia o amor. O amor tão puro e poderoso, como nunca havia tido antes e que por muitos anos ainda não haveria de ter.

Quando finalmente se entregaram a essa paixão tão avassaladora, dormiram eternamente no mesmo galho em que haviam nascido.

Com o passar dos séculos, os genes de feiticeiro e lobisomem foram separados, agora eram passados por gerações independentemente. E com todos aqueles anos tão distantes, um Valenti nem ao menos encontrava um Hale por muitas vidas; Mas, aquilo não havia de ser uma preocupação, aquele destino faria com que se encontrassem novamente.

Afinal.

 O amor nascia com um Valenti e uma Hale, um feiticeiro e uma lobisomem. Dois seres tão diferentes, juntos, descobriram o mais puro de todos os sentimentos. E essa conexão perduraria, seus caminhos se cruzariam, mesmo que em outras vidas, mas ainda haviam de viver essa paixão por toda a eternidade.

Alexia se irritava a cada passo que dava.

“Malditos saltos!”, ela esbravejou em pensamento.

A sandália nova era linda e confortável, ficara linda com as roupas que usava, mas seu pequeno salto fazia um barulho estridente, quase que insuportável, e se tornava pior com sua audição aguçada.

E o que mais a deixava frustrada era o fato que bem no dia em que poderia acabar com a audição e paciência do lobisomem que a seguia, ele não aparecia.

Se bem que, no fundo, sem que ela admitisse, Alexia não estava desconfortável apenas com isso.

Já estavam no horário do almoço, e ela ainda não havia sentido o cheiro familiar daquele homem. Negou firmemente a pedir qualquer informação para Scott ou Stiles, mas ainda estava curiosa.

Outra coisa que havia lhe incomodado naquela metade de dia, era que Lydia também não havia aparecido. Faziam algumas aulas juntas hoje, e a ruiva não estava em nenhuma delas. Não pôde deixar de se preocupar com ela, ainda não havia se esquecido daquela sensação estranha de que a amiga estava em perigo.

Sentou-se em uma mesa afastada. Comia seu lanche devagar, enquanto continuava perdida em seus pensamentos.

— Alexia! – ouviu a voz de Stiles soar aliviada. – Ainda bem que eu te encontrei!

— Oi, Stiles.

— Nossa, que bicho te mordeu? – ele disse enquanto se sentava, a vampira ia retrucar, mas foi interrompida pelo mesmo. – Tenho algumas novidades pra você. – ele falou sério.

— Me diga! – ela pediu com interesse.

— Meu pai confirmou hoje de manhã que as duas primeiras vítimas não eram locais. Uma era de Nova York e a outra de Michigan.

Ela franziu as sobrancelhas com aquela informação.

— Qual seria o propósito dele trazer os corpos pra cá?

— Eles estão investigando isso. A vida da vítima em suas cidades e essas coisas.

— Demoraram para reconhecer os corpos?

— Muito. Os recursos aqui em Beacon Hills são muito fracos.

Alexia sorriu triste.

Eles ficaram em silêncio por algum tempo, até que a vampira resolveu falar algo.

— Você sabe por que Lydia faltou?

— Não... – a sua expressão mudou de tom.

E Alexia percebeu isso.

— O que foi, Stiles?

— Estou preocupado, pra ser sincero.

— Por quê?

— Estamos em Beacon Hills, Alexia. E tem um bruxo psicopata solto por aí.

Ela mordeu os lábios.

— É... – falou simplesmente.

— Talvez eu deva ligar. – falou consigo mesmo. – É, melhor eu ligar. Já venho.

— Ok. – mandou um pequeno aceno de incentivo e voltou a se concentrar em sua comida.

— Com quem ele ‘tá falando? – Malia perguntou ao sentar-se à mesa.

— Tentando falar com Lydia.

— Ah...

Silêncio.

— Isso tá uma delícia. – Scott falou de boca meio cheia ao se juntar a eles com Kira.

— Não posso concordar mais. – Malia falou com a mesma expressão de satisfação.

Kira riu.

— Vocês são esfomeados.

— Ela está bem. Só acordou indisposta! – Stiles falou mais alegre.

O que fez com que Alexia também pudesse soltar um fôlego de alivio.

— Está falando de Lydia? – Kira perguntou.

— Sim.

— Que bom. – a kitsune falou no mesmo tom de Stiles.

— Do que falavam? – ele perguntou.

— Em como isso tá delicioso. – Scott falou apontando para a comida.

— Nem me diga!

— Eu poderia comer cinquenta desses! – Alexia falou. – Não duvidem, posso mesmo.

— Ainda acho tão estranho você ser uma vampira e comer tanto. – Stiles disse olhando para ela.

— Meia vampira. – ela reforçou.

— Que seja. – ele deu os ombros. – Você deveria desprezar comida e sugar sangue.

Os presentes ali na mesa riram.

— Já não quebramos sua visão “Crepúsculo” dos vampiros? – ela perguntou divertida.

— Coitado! Iludido! – Malia falou apertando a bochecha rosada do namorado.

Alexia riu.

— E quem disse que eu não estou chupando alguns pescoços por aí? – ela disse maliciosa e levantou uma sobrancelha, sugestiva.

— É! – a coiote disse animada e as duas fizeram um hi-5.

— Vocês fizeram as pazes? – Scott perguntou confuso.

— Elas nunca brigaram de verdade. – Kira falou com um sorriso.

Malia e Alexia não puderam deixar de sorrir uma para a outra também. Já haviam feito “as pazes” há muito tempo atrás.

— Sabia que você ia acabar pegando o Derek! – Stiles falou rindo.

— O que? – Alexia levantou a voz. – Eu não estou pegando um lobisomem.

— Ei! – Kira e Scott falaram ao mesmo tempo, brincando.

— Pois devia. – Malia disse sugestiva.

Ignorou o olhar torto de Stiles.

— Quê? – Kira perguntou para a amiga.

— Vamos mudar de assunto? – a vampira pediu.

Todos assentiram com um sorriso travesso.

— E então... Você não é imortal. – Scott falou.

— O que exatamente quer dizer “meia vampira”? – Kira perguntou.

— Eu expliquei para o Stiles!

— Na verdade, você só me disse: eu não bebo sangue. – imitou a voz séria da vampira.

Alexia olhou para o rosto de seus amigos, estavam curiosos.

— Bem, eu nasci vampira. Não fui criada. – eles assentiram. – Então, eu sou bem forte, rápida, reflexos e blá, blá, blá. Essas coisas. – ela deu os ombros. – Mas eu ainda preciso respirar, comer, beber, dormir, mesmo que eu tenha menos necessidade que vocês, eu ainda preciso disso pra sobreviver. Entenderam?

— E você não é imortal então? – Malia perguntou.

— Agora não. Quer dizer, se alguma coisa me matar neste exato instante, eu morro como humana, mas “nasço” como vampira. Aí sim, eu me torno imortal.

— Que confuso. - Kira disse.

— Mas, se quando você “morre”, se torna uma vampira... O que aconteceu com seu pai? – Stiles perguntou concentrado em seus pensamentos.

— Bem... – ela mordeu os lábios. – Eu acredito que o bruxo tenha “sugado” a imortalidade do meu pai. Por isso, agora as vítimas são encontradas sem sangue algum.

— Que estranho. – Scott falou.

— Vai entender. – a vampira deu os ombros. – Eu cansei de entender esse mundo sobrenatural.

O restante das aulas passou mais rápido, agora que a vampira sabia que Lydia estava bem.

Mas, ainda não tirava de sua cabeça o fato de Derek não ter vindo para a escola hoje. Mesmo que uma parte dela estava contente em não ter alguém a seguindo por cada corredor, ela ainda estava preocupada se algo ruim tivesse acontecido com aquele lobisomem irritante.

Despediu-se do pack no final da aula.

Havia sido um dia incomum, ela poderia assim dizer.

Caminhava em direção ao seu carro quando sentiu o celular vibrar no bolso traseiro de sua jeans.

Era uma mensagem.

“Estou com problemas. Preciso falar com você!

ps: Não fale com ninguém sobre isso, por favor.”.

Era de Lydia.


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Notas finais do capítulo

Meus lindos que leram até aqui...
Por favor, me deixem um carinho aqui