Our Love escrita por luckygirl


Capítulo 8
Car Race


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus leitores lindos!
Primeiramente, quero agradecer a AliceSalvatore por ter recomendado a fanfic! Muito obrigada ♥
E também quero que vocês saibam: Estou começando uma nova fanfic! Se chama Werewolf on Board, se vocês tiverem um tempinho, por favor, passem lá e me digam o que acharam!
Agora... Ao capítulo!
Enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/664065/chapter/8

O loft estava vazio.

O eco dos passos da ruiva denunciava que havia ninguém ali.

Ela suspirou tentando esconder sua decepção. Tinha sido estúpida em pensar que ele estaria ali, esperando-a.

“Talvez seja melhor assim”, pensou.

Fechou a porta pesada com um pouco de dificuldade.

Ouviu alguém se aproximando dela, e a voz que menos queria ouvir naquele momento.

— Lydia?

Alexia andava pelos corredores da escola, ou até melhor, ela caçava Stiles por ali.

“Ah, mas é hoje que eu mato esse humano atrevido.”

A vampira voltava do almoço e quando foi até seu armário pegar os materiais para sua próxima aula, viu que o mesmo estava aberto. Mesmo que não houvesse nada faltando, sabia que alguém havia mexido ali.

E quando parou para sentir o cheiro, sabia que era o de Stiles.

Avistou o lobisomem de queixo torto junto com Kira.

— Scott! – falou com raiva e andando em direção aos dois. – Cadê o seu amigo humano?

— Sabe que eu não posso deixar que você o mate né? – perguntou divertido.

— Quem disse que eu não vou voltar pra matar você? – cruzou os braços, arqueando as sobrancelhas.

— O que aconteceu? – a kitsune perguntou.

— Alexia! – a vampira ouviu a voz conhecida de Stiles, ele disfarçava com uma falsa animação em vê-la.

— Stiles... – ela o olhou ameaçadoramente.

— O que vocês fizeram? – Lydia perguntou confusa para os amigos.

— Stiles resolveu mexer no meu armário hoje.

— Eu posso explicar... – ele começou. – Nós queríamos saber mais de você.

— O que? – ela se aproximou um passo, e ele se afastou dois. – Vocês me importunaram por uma semana toda, vocês já não sabem de tudo que querem saber?

— Sobre você, Alexia. Você. – Scott disse tentando acalma-la.

— Você disse que queria vingança. – Stiles continuou. – Eu e Scott então decidimos investigar mais sobre seus pais e sua vida em Los Angeles.

— Por quê?

— Pra saber por que seus pais foram os primeiros. E tentar achar alguma conexão com as outras vítimas, e talvez descobrir quem é que está matando.

Alexia os ficou encarando por alguns segundos.

— Vocês poderiam me perguntar. – falou por fim, derrotada.

Stiles suspirou em alívio. Estava segurando a respiração por um tempo esperando algum golpe que o fizesse morrer instantaneamente.

— Se fizerem isso de novo eu juro que enfio a cabeça do Scott em um lugar onde a luz não bate em você, Stiles. – os encarou convicta.

Todos ali fizeram uma careta ao imaginar a cena, Alexia pôde ver na mente deles.

— Gostei. – Malia chegou ali dando uma pequena risada.

— Malia. – Stiles a repreendeu falsamente.

— Mas enfim, vocês acharam algo interessante sobre mim? – a vampira perguntou curiosa.

O que eles poderiam ter arrancado sobre a antiga vida dela em seu armário?

— Uma foto sua e de seus pais. – Scott falou cauteloso.

Alexia sorriu fraco com a lembrança.

— Foi no dia do meu primeiro treino. – deu os ombros.

Derek estava um pouco distante dali, mas conseguiu sentir a tristeza que vinha da garota.

— Vou indo. Preciso arrumar a casa. – ela acenou para todos ali.

E como sempre, Derek estava ali, pronto para segui-la até sua casa.

— Dia difícil? – ele lhe perguntou.

— Nem imagina. – incrivelmente ela lhe disse sinceramente.

— Eu sinto muito. – falou repentinamente. – Seus pais. – ele continuou quando viu o olhar confuso da vampira.

— Obrigada. – sorriu minimamente. – Sinto muito também... Por sua família.

— Obrigado... – eles andavam em direção ao carro. – Você sabe?

— Soube que sua mãe morreu. E que seu tio é um psicopata. – deu os ombros.

— Conhecia a minha mãe?

— Minha mãe conhecia a sua.

Derek assentiu com a cabeça.

Eles entraram em seus respectivos carros.

— Vocês ainda não estão se falando? – Lydia perguntou para a coiote sobre Alexia.

— Não. – Malia deu os ombros. – Você sabe que eu não sou a errada desta vez.

— Eu sei, mas... Eu a entendo.

— Lydia, ela está sendo totalmente irracional.

— Mas e se fosse você, Malia? Você também não estaria agindo da mesma forma que ela?

— Mesmo assim... – a coiote não disse mais nada. Lydia estava certa.

Alexia pensava seriamente em causar um acidente de carro.

Se ela freasse o carro de uma vez, Derek não teria tempo o suficiente para parar, e com sorte, isso amassaria o Camaro preto dele, claro que sua Mercedes também sairia prejudicada nisso, mas se fosse para ter um gostinho de vingança pelo lobisomem estar a atormentando tanto nesses dias, valia a pena.

O pior que poderia acontecer era ele quebrar alguns ossos e se curar rapidamente, e ela poderia morrer, mas viraria uma vampira.

Sem perdas trágicas.

“É, talvez eu faça isso.”

Apertou o volante em suas mãos e aumentou a velocidade do carro.

Havia se passado um pouco mais de uma semana desde que o pack descobrira que Alexia era uma vampira ou uma meia vampira como Stiles diria. E como ela havia previsto, eles a perturbaram com várias perguntas aquele tempo todo.

Sua relação com aquele pack intrometido havia melhorado naquele tempo, afinal passavam tanto tempo discutindo sobre as mortes que estavam acontecendo que fora impossível não terem se aproximado naquele tempo. Menos Malia, ela e a vampira ainda não estavam se falando muito por causa da pequena briga que tiveram no corredor, mas sempre que estavam com os amigos, conversavam normalmente.

Derek viu a Mercedes acelerar e se afastar rapidamente de seu carro, ele sorriu e aumentou a velocidade também.

Todos os dias, desde que o lobisomem passara a vigiar a vampira, ela acelerava quando a estrada começava a ficar vazia, fazendo com que os dois sempre acabassem apostando uma corrida até a casa dela.

Naquele tempo, os dois conviviam quase que diariamente juntos, apesar de sempre trocarem poucas palavras e muitos olhares entre si. E quando Derek e Alexia se esbarravam pelos corredores, sempre provocavam um ao outro.

Definitivamente, eles começavam a nutrir um forte sentimento mútuo.

 Derek chegou primeiro.

Como um adolescente, ele sorriu convencido ao volante. Agora, estavam empatados.

— Te pego na próxima, Hale. – ouviu a vampira dizer com raiva enquanto entrava em sua casa.

Ele soltou uma risada baixa.

E mais uma tarde no carro começava para Derek.

A maioria das conversas que os dois tinham eram assim, distantes um do outro, mas conseguindo ouvir perfeitamente o que cada um dizia.

Alexia bateu a porta da entrada e bufou.

Não que ela fosse competitiva ou algo assim, mas Derek Hale realmente a conseguia tirar do seu sério.

Nem parecia o lobo azedo, como Lydia ousava chama-lo às vezes, que seus amigos tanto descreviam, e que ela geralmente via em seus pensamentos. Um homem frio, fechado e com a expressão sempre carrancuda. Não que Derek fosse uma flor com a vampira, ele realmente parecia uma pessoa fria e fechada, mas toda a vez que o via, ele parecia estar se divertindo em deixa-la irritada.

Talvez ela devesse colocar fogo nos cabelos dele, mas ela realmente gostava do corte como estava.

Balançou a cabeça para afastar aqueles pensamentos.

Alexia olhou para sua casa. A cozinha tinha vários pratos na pia para serem lavados, a sala realmente precisava de uma varrida, e ela nem queria imaginar como estaria o seu quarto.

E bom, era quinta. Sexta ela não iria fazer nada depois que voltasse da escola.

Ela vestiu algo mais leve, colocou um shorts jeans e uma regata confortável, prendeu os cabelos. Decidiu começar pelo andar de cima.

Usou seus poderes para ligar o rádio que ficava na sala e aumentar seu volume.

O lobisomem quase dormia dentro de seu carro.

Ele entendia que era bom ter alguém por perto da garota se o bruxo resolvesse ataca-la, mas realmente precisava a vigiar na escola também? Alexia passava o tempo todo junto com alguém do pack. Se não era Lydia, era Kira, naquela semana não havia ficado muito com Malia, mas em compensação, ela ficava ou com Stiles, ou com Scott.

Foi tirado de seus pensamentos pela música alta que vinha da casa da garota, seguida por uma melodia mais baixa, que com certeza devia ser a voz de Alexia cantando junto com a música.

Derek sorriu involuntariamente. Ela tinha um bom gosto musical, e uma voz bonita.

Alexia fazia a limpeza de sua casa em sua velocidade de vampira, então em menos de uma hora já estava no último cômodo, a cozinha.

Quando terminou, havia ficado com fome.

De repente, ela se sentiu mal. Afinal, Derek ficava lá fora todos os dias a tarde toda, por mais que isso a irritasse, e ela nem entendia seus motivos. Sua vida deveria ser meio entediante.

“Será que lobisomens comem?”

Alexia não sentia necessidade de comer todos os dias, mas talvez Derek precisasse. E ela nunca havia oferecido nada para ele.

Ela tentou evitar roer a unha, tinha sido uma péssima pessoa.

Preparou dois sanduiches e um grande copo de refrigerante, colocou tudo em cima de uma bandeja e decidiu levar para o lobisomem.

Bateu na janela do carro com o quadril.

E se irritou, sabia que ele a tinha ouvido.

Derek realmente tinha ouvido a vampira se aproximando, mas ele tinha sido pego de surpresa por ela estar vestindo aquelas roupas tão justas que marcavam perfeitamente seu corpo.

Ele abaixou o vidro.

— Vampira. – ele sorriu.

— Cão. – sorriu sarcástica e se abaixou minimamente. – Quer um lanche? – gesticulou com as mãos ocupadas.

— Obrigado. – Derek disse sinceramente.

— Não quer comer na minha casa?

“Ela havia me convidado para entrar?”

“Eu havia mesmo o convidado para entrar?”

— Não, tudo bem. Está bom aqui.

— Ah... Ok. – ela disse lhe passando a bandeja.

— A não ser que você queira que eu entre. – ele sorriu malicioso.

— Seu vira-lata! Eu devia jogar esse refrigerante no seu rosto. – rosnou baixo.

Derek riu mais uma vez.

— Quer entrar?

— No seu carro? – Alexia perguntou com a sobrancelha arqueada, ela se divertia.

— Por que não? – ele deu os ombros enquanto dava a primeira mordida.

“Como ele conseguia ficar lindo comendo?”

Alexia fez com que a bandeja que estava no banco do passageiro flutuasse para que ela entrasse no Camaro e se acomodasse ali.

— Posso pegar o refrigerante? – Derek perguntou estranhamente sério olhando para a bandeja que ainda estava no ar.

— Claro. – ela desceu o objeto até ele estivesse em seu colo.

Ela ficou apenas ouvindo a música que tocava no rádio, ficaram assim por algum tempo até que Derek iniciou uma conversa.

— Então... Você e Malia.

— O que tem?

— Ainda não estão se falando?

— Não... – ela suspirou. – Estamos brigadas... Eu acho.

— Malia é... Diferente.

— Eu sei. – ela sorriu.

— Sabe?

— Claro. – olhou para o lobisomem. – Afinal, ela passou a maior parte da vida sendo um coiote. Tipo, um verdadeiro coiote. – deu os ombros.

— Como sabe disso? – Derek perguntou confuso. – Malia te contou?

— Não. Ninguém me contou.

— Então... Como?

— Podemos dizer que eu descobri. – piscou para ele.

— Posso saber como?

— Bem... É uma longa história.

Derek não insistiu.

— Sua mãe te contou como conheceu a minha? – ele lhe perguntou depois de um tempo.

— Pelo que eu sei, elas eram amigas quando a minha mãe ainda morava em Beacon Hills.

— Sabia que conhecia seu sobrenome de algum lugar.

Ela sorriu.

— Mesmo depois que as famílias Hale e Valenti se afastaram, elas continuaram a mandar cartas. – Alexia o olhou. – Mas, um dia sua mãe parou de responder.

— Ela havia morrido não é? – ele perguntou.

Alexia assentiu tristemente.

— O que aconteceu?

— Uma caçadora. Ela provocou um incêndio.

— E você a matou, certo?

— Meu tio psicopata se encarregou disso. – Derek se permitiu soltar uma pequena risada.

A vampira riu junto com ele.

— Seu refrigerante esquentou. – falou para mudar de assunto.

Ela colocou a mão no copo e fez o liquido gelar rapidamente.

— Interessante. – ele sorriu.

— Por que fica aqui todos os dias? A tarde toda?

— Acho que tenho uma vida tediosa. – deu os ombros.

— Eu também acho. – ela riu. – Bom, até mais.

Ela saiu do carro e Derek acenou para ela.

— Obrigado! – ela ouviu do lobisomem quando entrou em sua casa.

— Não se acostume! Ainda quero chutar a sua bunda! – ela falou com um sorriso.

Derek riu.

O lobisomem foi embora às oito da noite.

Estranhou que ao chegar em seu loft havia uma ruiva conhecida de costas para ele, fechando a porta.

Ele a chamou.

Ouviu o coração da garota bater acelerado.

— Derek. – ela forçou um sorriso quando se virava para ele.

— O que faz aqui? – perguntou confuso.

— Bem... Eu...

Lydia fechou os olhos em frustação ao ouvir a segunda voz que menos queria ouvir naquele momento.

— Está esperando por mim. – a voz grossa disse ao fundo.

Seria uma longa noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Para meu lindo leitor que leu até aqui, muito obrigada!
Comente! Me deixe saber se você gostou!