De repente pai escrita por Thaynara Dinucci


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

NOS VEMOS LÁ EMBAIXO NOS RECADINHOS. BOA LEITURA!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658351/chapter/22

Alex

Medo é a única palavra que consigo pensar pra expressar como eu me sinto nesse momento. Depois de sairmos às pressas de casa pra virmos ao hospital com Julia me implorando pra que eu não deixasse que ela perdesse nosso filho, ela foi atendida na mesma hora por um ginecologista obstetra já que a Dra. Nora estava em cirurgia, ele fez alguns exames e disse que o que Julia teve é um sangramento "normal" por conta de ser a primeira gravidez, o que aconteceu é que ela teve descolamento do saco gestacional e o estresse que ela passou no escritório por conta da visita da Luci, ajudou um pouco. O Dr. Peterson disse que ela necessita de repouso rígido até que o saco gestacional se cole novamente para evitar um aborto. Só de ouvir a palavra aborto, um frio sobe pela minha espinha. Quando ele falou sobre repouso, ele quis dizer que ela só poderia ficar em casa deitada, evitar ao máximo de andar, com isso, teríamos que adiar os planos pro casamento. Não que isso me importasse em primeiro lugar à saúde da minha mulher e a do meu filho sempre, mas eu sei que Julia ficaria triste. Saio dos meus devaneios quando vejo Josh e Nath correndo em minha direção.

"E ai cara, viemos assim que vimos sua mensagem" Josh diz me abraçando "como ela ta?"

Nath me abraça apertado e beija minha bochecha, fico comovido com o gesto carinhoso vindo dela. "Ela está bem. O médico disse que esse sangramento é normal, mas o estresse também ajudou, disse que ela precisará de repouso rígido e teremos que adiar os planos pro casamento" eu digo e me sento. Sinto-me exausto, impotente por não poder ajudar a minha mulher. Vejo Nath se ajoelhar na minha frente e passar as mãos carinhosamente pelos meus braços.

"Ei, olhe pra mim" ela pede e eu faço "o importante é que Julia e o bebê estão bem, o casamento pode esperar. Não pode?" eu confirmo com a cabeça. "Então pronto, sinta-se feliz. Estão todos bem." Ela sorrir amigavelmente ao terminar de falar.

"É irmão, o importante é que os dois estão bem. Casamento pode ser realizado em qualquer momento." Josh diz se sentando ao meu lado e batendo com a mão nas minhas costas.

Nesse momento eu vejo como a minha família é amada. Meu filho nem nasceu, mas é querido e amado por todos ao seu redor, minha noiva é essa mulher fantástica que eu tive o prazer de conhecer e também me mostrar o verdadeiro sentido da palavra amor. Eu sou um maldito sortudo, e vou passar o resto dos meus dias agradecendo a Julia por ter entrado na minha vida.

"Alex" diz o médico chamando a minha atenção "Julia acordou e está perguntando por você. Acompanhe-me, por favor." Ele pede. Despeço-me de Nath e Josh dizendo que volto em breve pra levá-los até Julia e sigo em direção ao quarto.

Assim que entro no quarto Julia me olha e começa a chorar, eu praticamente corro em sua direção, me sento em uma poltrona que fica do lado da sua cama e aperto sua mão em sinal de conforto.

"Desculpa amor..." ela diz tentando lutar contra suas lágrimas. Eu a olho interrogativamente. Pelo que ela está me pedindo desculpas? Desculpas por uma coisa normal acontecer?

"Desculpar pelo que querida?" eu peço e beijo seus dedos.

"Por quase perder o nosso bebê" ela desvia seu olhar do meu, puxa sua mão da minha e coloca protetoramente em sua barriga. Me levanto e chego mais perto dela, puxo delicadamente seu queixo e faço com que ela me olhe.

"Querida, o médico disse que é normal, e você também se estressou com a visita da Luci" eu digo tristemente "você terá que ficar de repouso e teremos que adiar os planos do casamento. Mas o importante é que vocês dois estão bem." Quando eu termino de falar Julia começa a chorar novamente. Deus, de onde vêm tantas lágrimas?

"Mas eu não queria adiar o casamento!" ela diz.

Eu aproximo meu corpo do dela e a abraço o mais forte que posso. Dói-me o coração vê-la tão triste. Eu também não queria ter que adiar o casamento, o que eu mais quero é fazê-la minha esposa, mas nem sempre as coisas saem como desejamos.

"Eu sei querida, eu também não queria, mas é importante." Eu digo e dou-lhe um beijo casto nos lábios. "Mas será preciso, pra você e essa garotona ficar bem." Eu passo a mão na sua barriga e ela me olha como se tivesse crescido outra cabeça em mim. "O que é?" eu peço.

Ela começa a rir e empina seu nariz dizendo "como você sabe que é uma menina?"

Dou de ombros e respondo "Simplesmente sei. Meninas têm mais ligação com o pai, e eu sinto uma ligação imensa com ela. Portanto, será uma menina." Senhor, que seja uma menina. Eu peço mentalmente.

"Tudo bem Senhor da razão, faremos uma aposta. Topa?" ela pergunta e solta uma risadinha presunçosa. Eu a olho desconfiado, mas me sinto muito melhor por vê-la rindo.

"Tudo bem, faremos uma aposta." Eu concordo.

"Se nosso brotinho for menina, você escolhe o nome. Se for menino, eu escolho o nome. O que acha?" Uh, proposta interessante. "Mas, por favor, Alex, escolha um nome bonito. Não quero que minha filha seja zoada na escola."

Agora é a minha vez de rir. "Tudo bem querida. Já tenho até um nome em mente." Eu digo e dou-lhe outro beijinho.

"Qual?" ela pede manhosa. Quando vou responder, o furacão Nathalie entra no quarto seguido por Josh, que vem atrás que nem um cachorrinho. Começo a rir da cena, e vejo minha garota feliz ao conversar com sua amiga.

Julia

Depois de receber a visita de Nath e Josh, me sinto um pouco melhor. Alex fica do meu lado o tempo todo, ele está sendo tão carinhoso. Olho pra ele que mexe em seu celular, parece que envelheceu uns dez anos só essa madrugada. Coitado! Eu deveria ter vindo ao médico assim que comecei a sentir aquelas malditas cólicas, mas eu achei que era normal, e por causa desse meu descuido com a minha saúde, quase perdi o meu bebê. Sinto um aperto no peito só de pensar o que poderia ter acontecido.

Alex já disse que assim que eu chegar em casa só colocarei os pés no chão pra ir ao banheiro e olhe lá. Nath pediu que seu chefe adiantasse suas férias, explicou o porquê só pra ficar comigo. Ligamos pros meus pais, foi um sufoco convencer a mamãe e o papai que foi só um susto. Ambos se prontificaram a vir até Nova York pra ficar comigo, recusei na hora. Não tem necessidade, tenho Alex e meus amigos aqui, por ora, estarei bem. Saio dos meus devaneios quando vejo Alex vindo em minha direção, ele beija carinhosamente minha testa.

"Como está minha garota favorita?" ele pergunta. Reviro os olhos pro apelido que me deu. Segundo ele, nosso brotinho é uma menina, eu não me importo, contando que venha com saúde, eu estou feliz.

"Ficarei tão feliz em rir da sua cara quando descobrirmos que o nosso bebê é um menino" eu dou uma risadinha da cara que ele faz. Sinto-me cansada, preciso dormir, esse tempo que passei aqui no hospital foi desgastante, porém é o que tenho pra hoje. Afasto um pouco meu corpo pro lado na cama e chamo Alex pra que deite comigo.

"Vem querido. Você sabe que só consigo dormir com você." Eu digo baixinho.

"Não Julia, eu vou acabar te machucando." Ele diz, mas vejo que ele quer deitar aqui.

"Por favor?" eu peço mais uma vez.

"Foda-se" ele diz tirando os sapatos. Levanta a colcha e se enfia na cama comigo. Agora eu me sinto bem. Ele puxa meu corpo de encontro o dele, pousa sua mão em minha barriga e começa a passar levemente seu nariz pelo meu cabelo.

"Eu te amo querido." Eu digo com os olhos pesados.

"Eu te amo. Muito." Ele diz antes que eu caia num sono tranqüilo.

Alex

Abro os olhos ao sentir alguém me observando e quando vejo, a enfermeira está me olhando de cara feia. Hey, só estava dormindo com a minha mulher. Dou um sorriso forçado e tiro minha bunda fora da cama. Olho pro lado e vejo que Julia ainda está dormindo, depois do susto que passamos ontem, ela precisa descansar.

"Bom dia Sr. Alex, vim dar uma olhada na Sra. Julia, mas como ela ainda dorme, volto mais tarde." Ela diz e sai.

Que mulherzinha nojenta. Desde quando é crime dormir com a sua mulher? Olho em volto a procura do meu celular e vejo que já são nove horas. Nossa, desde quando eu durmo até tarde? Sento na poltrona, chego alguns e-mails, respondo algumas propostas de projeto e em seguida encaminho pra Joshua. Mando uma mensagem avisando a Judith que não voltarei o resto da semana pro escritório e que ela pode passar meus compromissos pra Josh. Vejo Julia se mexer e abrir aqueles lindos olhos verdes que tanto amo.

"Bom dia amor." Ela diz com a voz rouca e sinto meu corpo queimar. Ela não faz ideia do poder que tem sobre mim.

"Bom dia querida" eu digo, me levanto e vou em sua direção. "Como se sente?"

Ela se espreguiça, e seus seios ficam empinados. Esses seios. Eu sou um maldito filho da puta por desejar o corpo da minha mulher enquanto ela está numa cama de hospital.

"Terra chamando Alex" vejo Julia estralando os dedos. "Eu sei o que você está pensando, e pode apostar que eu quero tanto quanto você, mas estou de repouso, lembra?" ela diz e da uma risadinha.

"Sim, eu me lembro." Digo tristemente. "Vou chamar a enfermeira, ela queria dar uma olhada em você e depois eu darei entrada nos papeis da sua alta. Tudo bem ficar sozinha por alguns minutos?"

"Sim querido. Vá logo." Ela diz e me beija.

Depois de Julia ter passado por uma revisão de rotina, ela foi liberada pra vir pra casa. Estamos dentro do carro e vejo Julia mexendo ao telefone e rindo. É tão bom quando ela rir é o som mais bonito que já ouvi. Assim que estacionamos o carro, vou até o lado do passageiro e ajudo-a sair e seguimos em direção a casa, quando abrimos Julia se surpreende ao ver Nath e Joshua lá. A casa está decorada com alguns balões e faixa de boas vindas. Começo a rir ao olhar Josh dando de ombros e apontando pra Nath, com certeza isso é ideia dela. Não quero nem ver a festa que será quando o bebê nascer.

"Bem vinda de volta amiga" Nath grita e puxa Julia para um abraço.

"Ei, cuidado Nath." Eu digo e ela me olha com se fosse arrancar a minha cabeça.

As meninas seguem pra dentro de casa e fico conversando com Josh. É bom saber que tenho amigos verdadeiros e que posso contar com eles à hora que for. Terminamos o dia na companhia de pessoas que amamos e que só querem o nosso bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

RECADINHOS

• Mais capítulos só segunda feira (aaaaaaaaaaaaaaah) =(, final de semana irei dedicar um tempo as minhas séries! Tbm sou filha de Deus hahaha

• Não esqueçam o COMENTÁRIO. Adoro minhas/meus leitores fantasminhas, mas adoro mais ainda saber que estão gostando da minha história.

•Em breve terei surpresa pra vocês!! YAY!!!

Nos vemos segunda feira, bom final de semana pessoal! Até logo. BEIJOS! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "De repente pai" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.