De repente pai escrita por Thaynara Dinucci


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Vamos aos recadinhos.

• Vou manter a história agora focada totalmente em Julia e Alex. Nath e Joshua irão aparecer? Sim, irão. Mas um pouco menos que antes;
• Vale lembrar que: NÃO É UM LIVRO HOT, por isso não coloco cenas de sexo. Eu não sei escrever cenas assim, e estou focando apenas no romance.
• Tive uma ideia maluca de escrever um livro apenas pro Joshua e Nath, isso mesmo. Eles terão seu próprio livro. De repente pai será uma “duologia”, então, ficarei feliz se meus leitores acompanhar meu novo trabalho.

E agora e não menos importante, preciso saber o que acharam do capítulo, por isso comentem muito e votem!! Alimentem minhas ideias, são vocês que fazem com que eu sinta vontade de escrever mais e mais. Fica aqui o meu muito obrigada e nos vemos em breve. Até a próxima.



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Alex

Eu tinha acabado de chegar em casa e notei que estava tudo muito quieto. Procurei por Julia em todos os cômodos possíveis e nada de encontrá-la, comecei a ficar preocupado, mas aí lembrei que ela disse que estaria com Nath. Liguei para o celular de Julia e começou a cair na caixa de mensagem, pensei que ela poderia estar sem bateria, não queria pensar no pior agora. Ligo pra Nath e no segundo toque ela atende.

“E ai papai, o que devo a honra?” ela diz brincando. Reviro os olhos, eu ainda não me acostumei com o jeito louco de Nath.

“Nath, Julia está com você?” eu pergunto sem rodeios.

“Não Alex. Ela disse que estaria com você na empresa e depois vocês passariam o dia em casa” ela diz “o que você fez com minha amiga?” ela começa a gritar.

“Ei, para de gritar. Eu não fiz nada com Julia” eu começo a andar de um lado pro outro. “Ela disse que estaria com você, eu to começando a ficar preocupado. O tempo está mudando e eu não sei onde minha noiva está Nathalie” eu digo exasperado.

“Tá desculpa” Nath pede “Ela deve estar dando uma volta, ou quem sabe comprando algumas coisas...”

“Eu preciso encontrar a minha...” quando eu vou terminar de falar, vejo a porta da frente abrindo e Julia entrando, ela me olha e desvia o olhar e sei que alguma coisa está acontecendo. “Ela chegou. Te ligo depois.” Eu digo e encerro a ligação.

Vou andando em direção a Julia, ela está com o rosto inchado, os olhos e a ponta do nariz vermelho, com certeza ela andou chorando e logo sinto um aperto no peito. Isso tudo é minha culpa. Isso tudo é por causa da cena que ela presenciou na minha sala. Quando chego perto dela e levo minha mão em direção ao seu rosto, ela desvia e me encara.

“Querida, onde você estava?” eu pergunto carinhosamente. Ela apenas me olha, me olha e por fim responde.

“Eu precisava de um tempo.” E vai em direção ao quarto.

Sinto o medo tomando conta do meu corpo. Tempo? Tempo pra que? Estava tudo bem entre nós dois quando ela deixou o escritório, não estava? Bem, isso foi o que eu pensei. Respiro fundo, dou um tempo e entro no quarto e vejo-a se preparando pra tomar banho. Sua barriga já está aparecendo, seus seios estão maiores e mais convidativos. Sou um bastardo filho da puta pra pensar em sexo agora? Provavelmente.

“Que tempo você precisava?” eu pergunto e ela se assusta com a minha voz. Vejo seu olhar triste pela pouca luz que há no quarto.

Ela suspira e diz “tempo de tudo Alex. Você acha que foi fácil ver você e sua ex no mesmo ambiente? Você deveria ver o jeito que ela te olhava, ela te dava o mesmo olhar que eu te dou. Um olhar apaixonado, um olhar como se ela venerasse você. E porra...” ela passa a mão pela sua bochecha e limpa uma lágrima que escorre e continua “eu fiquei com medo, medo de tudo o que vocês passaram. Eu fiquei com medo do que ela poderia ter falado e que alguma coisa poderia mudar entre nós dois.” Nesse momento ela já está chorando.

Como ela pode pensar que algo que Luci falasse mudaria algo entre nós dois? Será que ela não sabe como eu sou apaixonado por ela? Ou quanto eu a amo? Luci não faz mais parte da minha vida, aliás, nenhuma mulher nunca fez parte da minha vida como Julia está fazendo. Ela é minha noiva, a mãe do meu filho, é a responsável por carregar o meu coração. Me quebra quando ela fica assim. Ando em sua direção, e ela dá um passo pra trás encostando-se à parede. Sorrio com a sua manha. Aproximo-me mais e colo nossos corpos, ela já está nua e eu ainda vestido, vejo seu corpo se arrepiando ao meu toque.

“Querida, olhe pra mim.” Eu peço e suavemente levanto seu rosto e faço nossos olhos se encontrarem. “Como você pode pensar uma coisa dessas? Jamais mudaria algo entre nós dois, isso só fortalece nosso relacionamento” eu digo e beijo carinhosamente seus lábios.

Ela retribui o beijo, esconde seu rosto em meu pescoço e sussurra “é que eu te amo tanto, que fico morrendo de medo de te perder.”

Aperto mais meus braços ao seu redor e sinto seu corpo relaxar. “Eu também te amo querida, e amo ao nosso filho, nada será capaz de nos separar.” Dito isso, levo meus lábios até os dela, beijo-a apaixonadamente. Deslizo minha mão por sua coluna até a base da sua bunda, puxo seu corpo pro meu e ela enrola suas pernas em minha cintura e geme ao sentir o contato que o meu pau faz com o seu centro. Sem pensar duas vezes, vou em direção ao banheiro e fazemos amor debaixo do chuveiro.

Julia

Depois de passar o dia todo andando, eu resolvi voltar pra casa, pensei em Alex e em como ele estava desconfortável com a ex no seu escritório, mas o que mais me deixou irritada era o jeito como ela o olhava. Eu conhecia aquele olhar. Era o mesmo olhar que eu tinha quando via Alex, era um olhar apaixonado. Eu conheço o meu homem e sei que ele jamais faria algo pra me magoar, mas o que eu posso fazer? Sou uma mulher insegura como qualquer outra, e de grátis tenho hormônios extras tomando conta do meu corpo, então eu viro uma máquina de choro, de ciúmes, tudo de ruim que possa se imaginar. Assim que chego em casa eu o vejo e noto como seu olhar suaviza quando ele me vê, mas ainda sim eu estou com medo. Medo de que ela tenha falado algo, e que possa ter mudado algo entre nós dois. Depois de trocarmos algumas palavras vou pro quarto, preciso de um banho e de tirar todo esse estresse do dia. Claro que Alex me seguiu, e fez de tudo pra que ficássemos em paz. Então ele mais uma vez me mostrou como o seu amor é grande. Fizemos amor e tudo ficou tranqüilo, como há muito tempo havia sendo nossa vida.

Alex disse que Joshua e Nath queriam vir jantar aqui em casa, mas eu não estava me sentindo bem, então resolvemos marcar pra outro dia. Eu estava sentindo umas dores fortes nas costas, e umas pontadas na barriga, resolvi deitar, poderia apenas ter sido o estresse do dia.

“Querido, pode, por favor, me trazer um comprimido pra dor, por favor.” Eu peço enquanto estou me deitando e vejo o olhar preocupado de Alex. Ele vai em direção a cozinha e volta em segundos, e se senta na beirada da cama ao meu lado.

“O que ta sentindo?” ele pergunta assim que termino o ultimo gole de água.

“Não precisa se preocupar são apenas cólicas, isso é normal.” Eu digo e beijo sua boca carinhosamente.

Ele concorda e diz “qualquer dor que estiver sentindo, fale comigo. Tudo bem?” vejo seu semblante preocupado.

“Sim querido. Agora venha deitar comigo, quero seus braços em volta do meu corpo.” Eu peço e vejo sua expressão se suavizar. E assim ele faz, apaga a luz, se deita do meu lado e puxa meu corpo pra ele e me abraça como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo pra ele.

Acordo com uma pontada na barriga, uma dor fora do normal, olho pro relógio e vejo que ainda não passou da meia noite. Olho pro lado e vejo Alex dormindo. Tão lindo com a boca entre aberta, sua mão descansa em minha barriga. Paro de olhar pra ele quando outra dor toma conta do meu corpo, isso não pode ser normal. Saio da cama e vou em direção ao banheiro, e sinto algo quente sair de mim. Será que eu fiz xixi na calça? Penso comigo mesmo. Assim que chego ao banheiro, abaixo a minha calcinha e quase caio dura com o que vejo. Sangue tem sangue na minha calcinha.

“ALEX! ALEX ACORDA” eu grito e em segundos ele está do meu lado.

“O que aconteceu querida?” ele pergunta e me olha preocupado.

“Tem sangue, tem sangue na minha calcinha. Por favor, me ajuda, eu não quero perder o nosso bebê.” Eu peço chorando e vejo seu semblante ficar preocupado. Ele me pega nos braços, me leva até a cama, pega seu telefone e começa a falar com alguém. Mas eu estou alheia a qualquer coisa. Eu só consigo pensar no meu bebê.

Por favor, Deus, não deixe que nada de ruim aconteça com o meu bebê. Por favor, não deixe nada de ruim acontecer com meu bebê. Peço mentalmente e torço pra que tudo fique bem.


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Notas finais do capítulo

Será que mereço pelos menos uma recomendaçãozinha? =(



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