– Estão prontos? - perguntou Rony.

– Sim... - respondeu Hermione e Harry.

– Não - disse Draco frio.

– Não importa se estamos prontos ou não, vamos entrar. - falou Hermione mandando um olhar penetrante para o loiro. Ele não queria discutir com ela, não agora, sentia uma tremenda dor de cabeça com tudo isso. Não aguentava mais, pensava que tudo estivesse acabado, que, finalmente iria ter paz. Quando finalmente encontrou seu grande amor ele agora fica ameaçado de ser mandado para Azkaban ou ser possuído pelo o Lord das Trevas.

Eles adentraram na pequena loja, a porta rangiu quando foi aberta. A loja não aparentava muita limpeza, o pó estava quase em todo lugar e num canto quase não se percebe uma teia de aranha. Os garotos se espalharam pelo lugar observando tudo com atenção, Mione apertou o livro que McGonagall lhe deu sobre a adaga contra seu peito, estava nervosa, queria saber seu destino, vida ou morte. O balcão empoeirado estava vazio, naquele local não mostrava que habitava pessoa.

– Tem certeza que foi nessa loja Ron? - perguntou Harry franzido a testa. O ruivo concordou com a cabeça.

– Ele deve ter se enganado, por que não vamos embora? - disse Draco convicto.

– Não. - A morena respondeu. - Rony disse que é aqui, tem que ter uma pessoa que trabalha aqui...

– Que bom que acha isso querida.. - uma voz rouca, aguda fez os três se virarem para o balcão assustados com os olhos arregalados. A senhora aparentava ter em cerca de oitenta anos, cabelos brancos, suas costas eram curvadas e rugas tinha em seu rosto. Mas a pergunta de todos não paravam em suas cabeças... Como diabos ela apareceu ali? - Em que posso ajuda-los? - sorriu e eles queriam que ela não tivesse feito isso. A mulher quase não tinha dentes e o que tinha estavam podres e tortos. Um arrepiu veio no corpo de Hermione, ela engoliu em seco e se aproximou do balcão.

– Er... Com licença senhora, me disseram que aqui nessa loja tem essa adaga. - disse abrindo o livro e mostrando a adaga, a morena foi direto ao ponto, eles não tinham mais tempo para enrolar.

A velha fechou a cara, puxou o livro para si e agarrou o braço da morena, Draco deu um passo a frente. Mione arregalou os olhos, tentou se livrar do aperto da velha mas ela tinha uma força sem igual.

– Você sabe o que é essa adaga? - perguntou com a voz fria olhando fixamente para a garota.

– Sim...

– Sabe o que ela faz?

Balançou a cabeça positivamente.

– Sabe as consequências?

– Não! Viemos aqui descobrir e levar a adaga, a senhora ainda tem ela?

– Para que você quer ela?

– É pessoal, a senhora está me machucando... - disse fazendo uma careta.

– Me diga o motivo e te direi o que a adaga faz. - falou a velha ignorando o pedido de Mione.

– Solte-a... - mandou o loiro quase tirando a varinha do bolso. A velha o olhou de cima a baixo de cara feia, relutante soltou a morena.

– Diga-me... - começou ela novamente.

– Meu pai quer meu corpo. - disse Mione - E agora, o ela faz?

O silêncio reinou naquele local, Harry e Rony não diziam nada porque sabiam que aquele era assusto que só Hermione poderia resolver. As mãos do loiro estavam suadas, o corpo tremo-lo. A senhora se abaixou atrás do balcão e voltou com uma coisa mão, era a adaga.



– Essa adaga foi criada para Horcruxes, mais especificamente para matar a pessoa que habita o corpo de outro. Se a pessoa tem o mesmo sangue o espírito pode conseguir domar o corpo, ele fica mais forte, a magia cresce, o bruxo fica mais poderoso. Acertando a adaga no estômago da pessoa o espírito se vai e sem rumo se destrói mas.... A pessoa também vai...

– Ela está mentindo! Vamos embora! - quase berrou Draco com fúria interrompendo a senhora.

– Não! - disse Harry se pronunciando pela primeira vez - A senhora tem certeza que é isso que a adaga faz? - perguntou preocupado.

– Ela está caduca Harry, deve ter inventado isso. - respondeu Rony se aproximando do amigo.

– Posso até esta caduca mas o que já vi essa adaga fazer eu já vi, mortes de pessoas inocentes....

– Ah por favor! Ela está velha, vamos mesmo acreditar nela? - exclamou o loiro levanto os braços.

– Vamos. - respondeu Hermione sem olha-lo. Ela olhou diretamente para Harry que o mesmo com hesitação balançou a cabeça. - Você sabe o que tem que fazer não é? - sorriu fraco.

– Sei Mi...

– Não ele não sabe, o que vocês estão escondendo? - perguntou o loiro olhando para os três com uma sobrancelha levantada.

– Se meu... pai, conseguir possuir meu corpo quero que use a adaga. Não sou forte o bastante para ele, isso eu sei e vi, sabia que essa poderia ser as consequências da adaga. Draco, intenda, eu não quero matar mais ninguém, se com a minha morte poderemos destruir Lord Voldemort, faremos. - olhos da morena estavam lacrimejados.

– Vamos procurar as Horcruxes! Igual você, Harry e o cabelo de cenoura fizeram! - brandou ja louco. Não ia permitir aquilo, o amor de sua vida morrer? Não, nunca. Se para isso tenha que amarrar Hermione num porão e deixa-la lá segura, o loiro fará.

– Sim, podemos, só que se no meio disso tudo formos atacados? Se conseguir, novamente, usar meu corpo? Não vamos arriscar, usaremos a adaga. - sorriu levemente, eles não tinham opção, Draco tinha que intender.

– Você sabe que não vou fazer isso. - disse Draco convicto, colando seu corpo com o pequeno de Mione. Levou suas mãos trêmulas para o rosto macio. - Não vou perder você, não vou perder minha vida.

– Sei, por isso que pedir para Harry fazer isso e ele está de acordo.

– Você sabe que eu não vou deixa-lo fazer isso.

– E você sabe que vai ser preciso fazer isso...

– NÃO! NÃO VAI!

– Não tem outro jeito.

– TEM SIM!

– Então me diga qual?

– Me responda você, como consegue ficar calma com o que acabará de dizer?

– Eu já me conformei Draco, já acertei meu destino.

– Mas eu não.