Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 15
A volta


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, aqui está mais um capítulo, espero que gostem!

Agradeço à todos que leem e acompanham minha história e principalmente aos que comentaram o último capítulo: "Taw", " sakurita1544", "Maylaila Black",
Beatriz Malfoy "CatrinaEvans", "Anne Marrie Vroengard", "haynny", "Gabi Rollins", "fantasminha" e "paz Salvatore Mikaeson".



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Harry olhava para dois pares de olhos brilhantes. Hermione e Rony escutavam atentos ao que o amigo falava sobre Snape.

–Ele pintou a casa da cor dos olhos da mulher que amava? -Hermione perguntou estranhamente emocionada, visto que era sempre tão séria.

Os três meninos conversavam sentados à mesa de sua casa Grifinória, no salão comunal, já em Hogwarts. Aquela mesa estava mais farta do que de costume e Rony comia como nunca, só parando para ouvir a história que Harry contara. A escola não tinha mudado muito, na opinião de Harry. Não notava nenhuma mudança drástica com a reforma feita, a não ser pelas janelas novas.

Harry estava conversando tão atentamente com Rony e Hermione que não percebeu os murmúrios sobre ele por parte de todos os outros alunos.

–É impressão minha ou todos estão olhando para mim? -Harry perguntou com uma colher com geleia de morango na boca, enquanto Hermione e Rony se entreolharam parecendo culpados.

–Deve ser impressão sua -disse Hermione em um sorriso frouxo.

–Por acaso vocês não contaram à ninguém sobre a minha situação com o professor Snape, contaram? -Harry perguntou com os olhos semicerrados encarando Rony e Hermione, que ficaram nervosos com a pergunta.

–Bom... -começou Hermione-, talvez eu tenha contado para uma colega de quarto.

–Eu só contei para Fred e Jorge, mas você já sabia que eu tinha falado para eles. E de jeito nenhum seriam capazes de espalhar isso pela escola toda.

–Só contamos para três pessoas -disse Hermione tentando fazer com que a situação não parecesse ruim.

–Ou seja, a escola toda já sabe! -exclamou Harry levando a mão à testa, decepcionado.

–Todo mundo ia acabar descobrindo mesmo. Aqui você não consegue fazer nada sem sair na página principal do jornal no dia seguinte -disse Rony fazendo com que a cara de Harry mudasse para preocupação.

–No jornal? -Harry perguntou sem fôlego.

–Não bota lenha na fogueira, Rony -Hermione disse só para o ruivo, chutando sua canela por baixo da mesa.- Olhe pelo lado bom Harry. Agora você vai ter que enfrentar essa situação cedo, melhor do que tardá-la.

–Ora, ora, se não é o grande Harry Potter -disse Malfoy chegando perto dos três grifinórios-, ou será que agora é Harry Snape?

–Não enche Malfoy -disse Hermione.- Vai embora daqui!

–Quando eu ouvi Dumbledore dizer que Snape era seu pai na sala do professor, quase não acreditei. Não se importa de eu ter espalhado isso pela escola toda, não é?

–Então foi você? -disse Harry se levantando e encarando Malfoy bem de perto com uma expressão furiosa.

–Ei, vocês dois -disse Snape aparecendo de repente, ganhando atenção de Harry, Draco, Hermione e Rony.- Mal voltaram à escola e já estão brigando?

–Claro que não professor -falou Draco se afastando um pouco de Harry.

–O senhor já se meteu em bastante confusões -Snape disse olhando para Harry.- Não quero que se pronuncie seu nome ao perto de confusão, entendeu?

Harry fez que sim com a cabeça.

–Senhor Malfoy, a não ser que tenha mudado para Grifinória, eu sugiro que volte para a mesa de sua casa -Snape falou virando com sua capa esvoaçante.

–Te vejo por aí Potter -disse Draco indo embora.

–Parece que o Snape voltou à seu o turrão de sempre -Harry disse voltando a se sentar.

–Ele só falou assim porque não pode tratar você diferente só por que é seu pai -explicou Hermione.

–Deve ser -disse Harry observando Snape.

Snape e Dumbledore estavam próximos da janela do salão principal, observando-a.

–Ficou um trabalho de profissional, senhor -disse um bruxo que trabalha no departamento de reformas e reparos, que fez o trabalho em Hagwarts.

–É o que se espera quando se contrata um -disse Snape com a mesma rispidez de sempre fazendo com que o homem olhasse surpreso.

–O senhor fez um excelente trabalho, meu caro -Dumbledore falou enquanto o homem ia embora.- E então? -disse com um ar de curiosidade à Snape.

–E então o quê?

–Ora o quê? Como foi com Harry?

–Normal.

–Só isso? Descobriu que tem um filho com a mulher que mais amou na vida e acha que passar um tempo com ele é "normal"?

–Fale baixo, não quero que os outros alunos escutem.

–A escola toda já sabe. O senhor não ouviu os murmurinhos entre os alunos?

Snape fez uma cara desgostosa, pois sabia que ia ter de enfrentar as conversas sobre o assunto em sua aula e os olhares nos corredores.

Algum tempo depois, os alunos se encaminharam para a aula de poções. Esta não seria na sala usual. Seria em uma maior, com mesas extensas, onde geralmente os alunos se reuniam para fazer seus exercícios.

–Pior do que assistir à aula do Snape é ter que fazer as tarefas da aula dele. Até que não é tão ruim fazer em nossos quartos, mas é uma droga ter que fazer com ele vigiando todo o tempo -disse Rony sentando em um dos lugares do banco comprido que já continha vários alunos ao lado de Harry e Hermione.

–Eu também não gosto -disse Harry.- Acabo fazendo na pressão e eu não funciono muito bem assim. Gosto de fazer no quarto porque levo um tempão para terminar, olho pro tempo, cutuco Edwiges, é mais confortável.

–Eu não sei do que vocês dois estão falando -disse Hermione abrindo o livro.- É até melhor fazer com o professor em sala, pois nós podemos tirar as nossas dúvidas.

Snape entrou na sala, o que fez com que a conversa entre os alunos cessasse, e mandou todos abrirem o livro no capítulo sobre lobisomens e fazer um resumo de três páginas sobre o assunto.

–Dizem que ela faz isso -disse Rony à Harry sobre Hermione cochichando enquanto a garota estava distraída da conversa folheando o livro- para fazer uma espécie de competição com os outros alunos para ver quem consegue terminar primeiro e fazer com que o professor se impressione com a rapidez dela em terminar a tarefa -falou rindo, fazendo com que Harry risse também.

–Como se o Snape ligasse pra isso -disse Harry.- É capaz dele tirar pontos dela por isso -falou rindo baixo quando ele e Rony sentiram alguma coisa batendo em suas cabeças.

Era Snape. O professor batera com o livro na cabeça de cada um. Apesar de não ter dito uma só palavra, Harry e Rony entenderam que o motivo fora a conversa fora de hora.

–Vocês já começaram à treinar para o quadribol? -Rony perguntou à Harry ao mesmo tempo que ambos escreviam.

–Já sim! Você não adora quadribol? Por que não tenta entrar no time esse ano? -disse enquanto olhava para o livro.- Eu acho que tem uma vaga sobrando, fale com o Wood -falou quando Rony começou à puxar seu braço.- O que foi Rony?

Rony não dizia nada, mas fazia uma cara de espanto.

–O quê? -Harry perguntou estranhando a reação do ruivo quando sentiu outra pancada em sua cabeça.

Tinha sido Snape novamente. Batera em sua cabeça com um livro, pois continuava à conversar, mesmo que já tivesse sido repreendido por isso.

–Desculpe -disse Harry olhando para Snape e voltando à fazer seu resumo. Estava concentrado, mas então lembrou de algo que queria falar à Rony que acontecera na casa de Snape e ficou se aguentando para não falar. Pensou então "Snape não deve notar, vou só falar rapidinho" e cutucou o braço de Rony.

–Que foi? -Rony perguntou voltando sua atenção à Harry.

–Enquanto eu estava na casa do Snape, achei uma foto de quando ele era... -disse parando de falar quando Rony apontou sem graça, com o olhar, para o lado dele. Snape novamente. Estava sentado no lugar de Hermione, que foi a primeira à terminar o exercício e ir em embora. O professor olhava para Harry com a mão no queixo, apoiada pelo cotovelo na mesa.

–Já vou fazer -disse Harry baixando sua cabeça para terminar a lição, enquanto Snape se levantara e continuava à patrulhar o restante da turma.

–Professor -disse Rony-, será que podemos entregar amanhã? É que já é quase uma hora e o jogo da Corvinal contra a Sonserina vai começar e nós ainda estamos aqui enquanto todo mundo já está nas arquibancadas -falou apontando para a enorme sala que só habitava eles dois e o professor.

–Não -respondeu curto e grosso.

–Mas é a sua casa que vai jogar. O senhor não quer ir assistir? -Rony insistiu esperançoso.

–Não.

–Estão dizendo que o diretor da Corvinal falou que o senhor não tem rédeas para dirigir Sonserina -disse Rony com um olhar malicioso ganhando a atenção do professor.- Não quer ir ver o time dele perder?

Snape encarou o ruivo, tentando decifrar se aquilo que dissera era verdade ou não, mas, então, decidiu não arriscar.

–Pode ir -falou deixando os dois garotos contentes-, mas eu quero a lição entregue na minha mesa assim que pisar na sala e com o dobro de páginas, entendeu?

–Entendi, senhor -respondeu Rony feliz pegando suas coisas, junto à Harry, e ambos caminharam em direção à porta.

–Eu falei que o senhor Weasley poderia ir -disse fazendo os dois pararem-, não você Harry.

–Por que não?

–Porque eu disse não. Agora saia Weasley -ordenou fazendo com que Rony saísse imediatamente, dando uma pequeno olhar à Harry de desculpa por não poder ficar com ele.

–Mas eu posso entregar isso para o senhor amanhã -disse Harry quase choramingando.

–Eu não quero que fique para fazer a lição. Preciso falar com você, sente.

Harry caminhou até Snape e sentou olhando curioso para o homem.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem suas opiniões nos comentários, OK?