Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 16
O banheiro feminino


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Aqui vai mais um capítulo que fiz com muito carinho, espero que gostem! Agradeço à todos que leem, acompanham ou comentam. Especialmente aos que comentaram ao último capítulo: "Bella Solace", "Anne Marrie Vroengard", "Maylaila Black", "sakurita1544", "haynny", "fantasminha", "Taw". Obrigada mesmo pessoal, a história fica cada vez melhor com as sugestões que vocês escrevem ou com o incentivo que me dão ao comentarem! Beijos!!!



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Harry estava sentado próximo à Snape, que estava de pé, curioso para saber o que o homem queria falar com ele.

–Bom... -Snape começara à falar com dificuldade.

–O quê?

–Talvez você não goste do que vou dizer.

–O senhor nunca vai saber se não me contar.

–Pois bem, eu vou direto ao ponto. Você não pode mais usar o sobrenome de Tiago e nem mais tê-lo em sua certidão de nascimento, como o diretor já lhe falara antes -falou em uma velocidade incrível e quando acabou, parecia que tinha tirado um peso enorme dos ombros.

Harry apenas olhava ora para Snape ora para o teto, sem nada dizer.

–E então? -Snape perguntou ansioso pela resposta.

–Estou decidindo.

–Você é uma criança, não pode tomar esse tipo de decisão legal.

–Eu sei, não estava decidindo sobre isso.

–E estava decidindo sobre o que então?

–Se irei aceitar isso sem discussão ou não. Normalmente eu com certeza brigaria, mas é que eu fiquei um pouco molenga nas férias e quando voltei à recuperar meu senso de briga, na volta às aulas, teve o recesso.

–Olha, isso não é brincadeira -Snape falou impaciente.

–Eu sei que não é.

–Então pare de ficar fazendo gracinhas. Fique com raiva ou não. Eu sugiro que não, me pouparia muito trabalho.

–Desculpe, decidi que não irei aceitar isso passivamente -disse se levantando e encarando Snape.- Já falei isso ao professor Dumbledore e vou repetir: eu não quero que mudem meu sobrenome ou tirem meu pai da minha certidão.

Snape dera um profundo e demorado suspiro. Ficara um tanto chateado ao ouvir que o menino ainda chamava o outro de pai. Sabia que isso ia acontecer ainda por um longo tempo, mas de uns tempos pra cá, começara à ficar extremamente incomodado isso. O garoto, claro, não fazia de propósito, mas Snape fechava a cara toda vez que ouvia aquilo.

–Se era só isso, eu tenho um lugar me esperando para assistir ao jogo -Harry disse dando as costas à Snape e caminhando em direção à porta, mas logo sentiu uma mão envolta de seu braço, puxando-o de volta.

–Eu ainda não acabei de falar com você -disse Snape segurando o braço de Harry.- E nunca mais me dê as costas enquanto estiver falando com você. Agora sente e escute e se quiser fazer escândalo depois, fique à vontade -falou fazendo o garoto sentar novamente, este com a cara visivelmente emburrada.- Se quiser pode me acompanhar ao cartório.

–Não piore as coisas -respondeu Harry ríspido.- Posso ir agora, ou o senhor ainda tem mais algo para falar?

–Pode ir -disse Snape com a expressão de quem acabara de sair de um jogo derrotado.

Harry saiu com a face furiosa e nem se tentasse escondê-la conseguiria.

–Harry! -chamou uma voz conhecida.

Harry se virou e reconheceu logo de cara. Era Fred, claro, acompanhado de Jorge. Harry agora pensava que quase nunca, ou talvez nunca, tinha visto os gêmeos separados, parecia até que eles tinham nascido grudados.

–Por que essa cara? -perguntou Jorge.

–Não vale à pena falar -respondeu Harry.- Porque você está sangrando? -preguntou ao notar que na testa de Jorge escorria sangue.

–Ah, isso daqui? -Jorge disse limpando a testa.- Não foi nada. Quer dizer, talvez ele possa nos ajudar, não é Fred? -perguntou ao irmão recebendo uma confirmação com a cabeça deste.

–Posso ajudar em quê? -indagou Harry curioso.

–É que dizem que dentro do banheiro das meninas tem um segredo que escondido pela Murta que geme.

Harry arregalou os olhos curiosos. Ele sabia que se aprofundasse mais a conversa, ia acabar se envolvendo em confusão, já que praticamente possuía um ímã para isso, ainda mais estando ao lado de Fred e Jorge, mas sua curiosidade era maior, então teve de perguntar:

–Mas que segredo?

–Não sabemos, é segredo -respondeu Fred.

–Mas iremos descobrir -disse Jorge.- Eu fui tentar entrar e a Murta me atirou, com muita força, um livro na cabeça, por isso o sangue. Até desmaiei por alguns segundo.

Harry não tinha certeza se a última afirmação que o ruivo dissera era verdadeira, pois os gêmeos tinham a mania de exagerar um pouco nas informações, mas o sangue na testa de Jorge era incontestável.

– Não sei pra quê fantasmas leem livros! Eles têm provas por acaso? -disse Jorge.

–Que perigo! -exclamou Harry.- E como saiu de lá? -perguntou à Jorge.

–Tive que acordar e correr. Ainda bem que deu tempo de sair de lá vivo!

–Mas Fred não estava lá?

–Oh, eu estava ocupado -respondeu Fred.

–Fazendo o quê?

–Rindo -disse Fred.- Eu sei que parece insensível da minha parte, mas você devia ter visto ele caindo! Foi hilário -falou rindo e ganhando uma expressão de raiva do irmão.- Enfim, você nos ajuda, Harry?

–Adoraria, mas tenho que ir ver o jogo, Rony e Hermione estão me esperando lá.

–O jogo já acabou -informou Jorge.

–Como assim já acabou? -Harry indagou surpreso.- Não faz nem meia-hora que a partida se iniciou.

–Os jogadores da Sonserina fizeram jogada suja, grande novidade! -Fred respondeu.- Lesionaram o apanhador, e como sabe, sem apanhador, o time não pode ganhar.

–Sem querer ofender Harry -disse Jorge.- Sabemos que seu pai é da Sonserina, mas nem todo mundo de lá é assim, só a maioria.

–Ah, nem me fale dele -disse Harry revirando os olhos ao lembrar de Snape.

–Então, vai nos ajudar? -perguntou Fred.

–Vou!

–Legal! -exclamou Fred.- O que temos que fazer é entrar de fininho sem ser vistos. Depois eu e o Jorge chamamos a atenção da Murta que geme, cada um de um lado, e enquanto isso, você vai com cuidado até o último box do lado direito, entendeu?

–Entendi! Mas e se alguém entrar?

–Já pensamos nisso! -respondeu Jorge.- Nós trocamos as placas dos banheiros, assim ao invés das meninas entrarem no banheiro delas, entrarão no do meninos. Achamos melhor assim, porque observamos que as meninas frequentam muito mais o bainheiro do que os meninos. Quase nenhum vai, ainda mais nesse aqui de cima.

–Mas elas sabem onde o banheiro delas fica -disse Harry.

–Ela vão achar que mudou de localização por causa da reforma que fizeram no castelo. Mas nem elas nem os meninos virão, então todos lá embaixo almoçando e se precisarem ir, não vão subir até aqui porque tem um monte de banheiro lá embaixo, subir aqui seria trabalho desnecessário.

–Brilhante -exclamou Harry impressionado como os gêmeos tinham pensado em tudo.- Então, vamos!

–Beleza! -falaram os dois irmão ao mesmo tempo sorrindo.

–Só por precaução, é melhor nós darmos uma olhadinha se não vem vindo ninguém -disse Fred.- Vamos Jorge, fica aí Harry, já voltamos.

Os gêmeos não demoraram muito à voltar.

–Tudo limpo -disse Jorge.- E você Fred?

–Tá tudo limpo também!

–Tudo bem, agora vamos!

Fred, Jorge e Harry entraram bem devagar no banheiro das meninas e se agacharam contra parede. Logo avistaram Murta, que estava se olhando no espelho, de costas para eles.

–Precisam que eu repita o plano? -perguntou Fred.

–Não! -responderam Harry e Jorge ao mesmo tempo.

–Tudo bem. Vamos lá Jorge e Harry, lembre-se de ir até o box agachado, a Murta que geme gosta de atirar muitos objetos em intrusos.

–Eu que o diga -disse Jorge apontando para a testa que ainda continha um pouco de sangue.

–No três -falou Fred.- Um, dois, três...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem suas opiniões nos comentários, OK?