Ironic escrita por liza zanon


Capítulo 2
Capítulo 1 - E a vida segue em frente


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agradecer a Betadiz pelo comentário lindo. Obrigada, flor!
E relembrar que essa fanfic já foi postada anteriormente, porém a exclui para fazer reajustes. Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/641936/chapter/2

Capítulo 1 – E a vida segue em frente

Já era para eu ter me acostumado a fazer esse caminho, afinal eu o realizava todos os dias, mas era quase impossível me acostumar. Não por ser um caminho difícil, ou enjoado, mas por simplesmente me encantar a cada dia mais. Obviamente o caminho não tinha nada demais, mas o que importava para mim era o meu destino: O Ministério da Magia.

Uma quantidade visível de bruxas como eu seguiam para o local onde indicava “Banheiro Feminino” e assim que entrei, vi as inúmeras pequenas filas de mulheres a espera para entrar na cabine. Assim que chegou minha vez, entrei na cabine, subi no vaso sanitário e dei a descarga. Parecia estar sendo sugada por algum tipo de furacão apertado e muito estreito e alguns segundos depois já estava limpa e impecável no Ministério da Magia.

Parei na recepção, onde havia grandes seguranças bruxos e apresentei minha varinha.

– Tenha um bom dia, Senhorita Granger.

– Obrigada. – respondi sorridente, caminhando até um dos elevadores.

Como sempre, estava apinhado de pessoas e não me espantei ao ver rostos conhecidos por ali.

– Senhor Weasley, como vai?

– Olá, Hermione! Parece-me animada.

– Estou todos os dias.

– Está sumida lá de casa. Molly vive reclamando, alegando que você a esqueceu.

– Ah, mande meu abraço para ela. Na verdade ando muito atarefada. O senhor sabe que, com essa nova lei protetora dos trouxas, o trabalho vem sido dobrado.

– Eu sei, filha. Foi uma excelente lei. Não tinha dúvidas de que aprovariam. Meus parabéns, Hermione.

– Obrigada, Senhor Weasley. Mas diga a Molly que aparecerei esse final de semana para um almoço, está bem?

– Vai ser ótimo. Aquela casa anda muito vazia sem os garotos. Agora que Percy se casou e Jorge e Rony moram juntos no Beco Diagonal, você já pode imaginar... Gina fica mais no apartamento de Harry do que em casa. Molly reclama muito.

– Imagino que seja uma diferença terrível. Veja, todos cresceram, seguiram suas vidas.

– E de uma maneira maravilhosa, graças a Merlin.

“Nível dois, Departamento de Execução das Leis da Magia, que inclui a Seção de Controle do Uso Indevido da Magia, o Quartel General dos Aurores e os Serviços Administrativos da Suprema Corte dos Bruxos.”

Ouço a conhecida voz e sorrio para o senhor Weasley, que me acompanha enquanto andamos em direção ao saguão da nossa seção.

– Nos vemos no final de semana, Hermione.

– Estarei lá, Senhor Weasley. E peça a Molly que não trabalhe feito um elfo doméstico, pois chegarei mais cedo para ajudá-la.

– Está certo. Tenha um bom dia.

– O senhor também.

Sorrio para ele e caminho até a minha sala. Logo a entrada há uma cabine com uma mesa grande, onde fica minha secretária. Charlotte sorri para mim e caminha em passos apressados, enquanto abro a porta de minha sala e retiro a minha capa.

– Bom dia, Senhorita Granger.

– Bom dia, Charlotte. Animada? Temos muito o que fazer hoje. Preciso que você traga para mim todos os pergaminhos que contém os casos com audiência marcada para essa próxima semana. Tenho que me atualizar.

– Sim, já volto.

– Tem algum caso novo?

– Um, na verdade. Rolf deixou comigo logo cedo... Disse que pode ser do seu interesse.

– Certo, traga para mim também, já que é assim. E por favor, chame Rolf, preciso falar com ele.

– Está bem!

Sorri para ela e me sentei a minha mesa. Eu, agora Chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia, tinha uma bela sala, um excelente salário e um cargo de status no Ministério. É claro que para chegar até aqui o caminho foi árduo. Anos de estudo, trabalho e projetos, mas eu finalmente conseguira não só o cargo, mas também por em execução a Lei Protetora dos Bruxos nascidos trouxas.

Já havia ajudado a Suprema Corte mandar um bocado de bruxos para Azkaban e tinha a fama de ter sangue frio para analisar os malfeitores. Tudo bem, eu não tinha vergonha. Eu era assim, esse era o meu jeito de lidar com as coisas, afinal nunca fui boa para lidar com quebra de regras ou lidar com pessoas que a quebram e de qualquer forma, era comigo no comando do Departamento, Harry como chefe dos aurores e Kingsley como Ministro que as coisas vinham dando certo.

Ouvi alguém batendo na porta e logo depois Rolf Scamander atravessou o batente, juntamente com uma pilha de pergaminhos flutuando ao seu lado e sorrindo sedutoramente. Felizmente eu não era o tipo que preferia homens do tipo de Rolf. Eu preferia os inteligentes e sexy.

– Bom dia, chefinha.

– Bom dia, Rolf. O que temos pra hoje?

– Tudo isso! – ele falou, despejando a pilha de pergaminhos sobre minha mesa – Fui cavalheiro e trouxe isso para cá. Charlotte não iria aguentar.

– Ah, claro. E pelo que vejo você fez todo o trabalho braçal por ela, trazendo os pergaminhos com magia. Realmente um ato assombroso de cavalheirismo.

Eu e Rolf rimos, enquanto ele se sentava de frente a mim. Desde que entrei como chefe do Departamento que trabalhávamos juntos e por pensarmos bastante igual, nos dávamos muito bem.

– Então, qual é o caso do meu interesse?

Rolf sorriu, pegando a primeira pasta de pergaminhos e me entregando.

Arqueei uma sobrancelha para ele e sorri, antes de abrir.

– Pra que tanto mistério?

– Quero que você tenha o gostinho de ler isso em primeira mão e não ouvindo da minha boca antes. Vamos, Senhorita Granger.

Assim que abri a pasta, logo compreendi o porque daquele circo todo de Rolf. Ali, em minha frente, estava a foto de Draco Malfoy, com seus olhos revirando de impaciência por estar sendo submetido a tirar aquela fotografia.

Não podia acreditar. Seis anos depois e ali estava Draco. Não tinha muitas notícias dele e desde a sua audiência, onde ele e sua família foram considerados inocentes, nunca mais o vi.

– O que ele fez? – perguntei, quase num sussurro.

– Leia você mesma. Parece que ele não aprende nunca...

Respirei fundo e comecei a ler toda a documentação. Draco estava sendo indiciado por insultar um nascido trouxa, chamando-o de Sangue-Ruim. Claro que eu sabia que Draco era mestre nisso, ninguém sabia insultar alguém dessa forma tão bem quanto ele.

– Não posso acreditar. – falo irritada – Como ele pode continuar com isso depois de tudo? Nós... Nós demos um voto de confiança pra ele.

– Foi isso o que pensei. – falou Rolf naturalmente – Veja bem, não é um caso grande, Hermione... Nada que precise reunir a suprema corte, mas é sério. Se você quer continuar batalhando pela seriedade da nova Lei protetora dos trouxas, você tem que tratar esse caso do Malfoy com seriedade também.

– Sim, eu sei. E será por isso que eu irei julgá-lo.

– Está... Certa disso?

– Claro. – respondi friamente – Obviamente que não posso mandá-lo para Azkaban por conta disso... Digo, talvez eu possa, por um dia no máximo, como castigo, sabe? Cobrar uma enorme quantia de galões dele como multa também seria patético... Ele tem dinheiro de sobra. Preciso pensar no que farei com ele.

– E sei que encontrará a melhor solução. Você é a melhor chefe do Departamento em anos... E sabe lidar com esses casos como ninguém.

– Pare de me bajular, Rolf, porque assim terei que te promover mais rápido do que espera – brinco, rindo também – Ainda estou chocada com o Malfoy. Minha cabeça lateja só de pensar naquele filhote de Comensal por aí... Harry foi realmente muito bondoso. Preciso de um remédio... Accio Remédio. – e logo voa até mim um potinho com vários comprimidos, que saiu de minha bolsa.

– Você sempre tomando essas coisas dos trouxas, não é? Era mais fácil ir ao St. Mungus... Aposto que poderiam passar uma poção ou fazer um feitiço que tirasse essa sua dor permanentemente.

– Obrigada, Rolf, mas confio na medicação trouxa, quanto na medicação bruxa. Estou bem sim. Agora me diga... Como está Luna? Já não falo com ela faz um tempo.

– Estava em mais uma de suas viagens atrás de animais esquisitos – ele riu – Passou quase uma semana na Escócia... Chegou ontem com um bichinho muito estranho numa caixa. Disse que traria hoje para que o Departamento para Regulação e Controle de Criaturas Mágicas analisasse.

– Ela não muda nunca.

– Nunca, com certeza. – ele riu mais uma vez – Mas gosto dela assim. Mas então, hoje é sexta-feira. O que vai fazer?

– Ficar em casa analisando todos esses casos, afinal a maioria deles são pra semana que vem.

– Hermione, é sexta. Vá sair, procurar um namorado... Soube que não namora já tem um tempo.

– Bom, se namoro, ou não, não é de seu interesse, Senhor Scamander – falo ironicamente – Mas obrigada pela preocupação e pode ficar tranquilo que terei um final de semana tranquilo com meus amigos.

– Potter e Weasley?

– Quem mais? Desde os meus onze anos que fui fadada a ser amiga deles. – falo rindo – Estou brincando... São meus melhores amigos, nada me agrada mais do que a presença deles.

– Está certo, então. Agora vou voltar para minha humilde sala, pois minha chefe me regou de trabalhos para fazer.

– Bom saber disso... É sinal de que tem uma chefe competente – ri – Bom trabalho.

Scamander sorriu e saiu de minha sala, me deixando só com meus pensamentos mais uma vez.

E lá estava eu, pensando em Malfoy novamente. Ainda não conseguia acreditar no que ele tinha feito... Não imaginei que seis anos depois, as coisas fossem da mesma forma para ele. Bufei, guardando a pasta com seu caso dentro de minha bolsa, pois teria que analisá-lo com mais paciência.

Estava já a algum tempo finalizando alguns casos, quando alguém bateu em minha porta e logo vi um par de olhos verdes conhecidos se aproximar com duas garrafas de suco de abóbora.

– Acertou em cheio, Harry. Estou cheia de sede.

– Bom dia pra você também, Mione.

– Bom dia! – sorrio – O que te trás aqui?

– Não posso simplesmente vir visitar a minha melhor amiga?

– Harry, fracamente – deixo a pena de lado e o encaro – Você trabalha no mesmo nível que eu, me vê todos os dias e várias vezes ao dia... Então a sua presença em minha sala é algo que me deixa desconfiada.

– Tudo bem – ele bufa – A seção dos aurores está chata... Não se tem tantos bruxos das trevas para caçar por aí, sabe...

– Imaginei que fosse isso. – ri – Sente-se, bom que me faz um pouco de companhia.

– Tem novidades?

– Tenho uma, mas prefiro contar quando Rony estiver perto também... Não gosto de ficar repetindo histórias.

– Odeio quando você faz isso – ele rola os olhos – Vai para A Toca amanhã também?

– Vou. Vai ser ótimo passar um final de semana lá. Arthur disse que Molly tem se sentido sozinha...

– É verdade. Ela reclama muito com Gina.

– E por falar em Gina, como ela está?

– Treinando feito uma louca para o campeonato regional, mas está bem. Vou pedi-la em casamento.

Comecei a tossir, engasgada com o suco de abóbora e chocada com a informação que acabei de receber.

– Como assim?

– Casamento, Hermione. Já moramos juntos, praticamente.

– Eu sei, mas... Não acham cedo demais?

– Cedo demais? Mione, estamos juntos há anos. E eu já crio o Ted, Gina me ajuda. Sério, quero fazer isso do jeito certo. Já somos adultos, empregados e responsáveis. Acho que nada impede...

Olho para ele um tanto indecisa, mas por fim me levanto sorrindo e caminho até ele, abraçando-o.

– Se é assim, fico muito feliz. Vocês sabem que podem contar comigo.

– Sabemos – ele riu – Tá tudo dando certo né?

– É verdade, nem parece nossas vidas... Quando que tudo foi tão calmo e deram certo assim?

– Acho que... Nunca. – caímos na gargalhada – Vou voltar pra minha sala, Mione. Nos vemos na Toca amanhã?

– Sim. Prometi a Molly que chegaria cedo para ajudá-la.

– Até amanhã então.

Harry beijou minha testa e saiu de minha sala e mais uma vez, sozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, aprovado??
Noix que vooaa!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ironic" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.