Ironic escrita por liza zanon


Capítulo 3
Capítulo 2 - Culpado ou Inocente?


Notas iniciais do capítulo

Vindo rapidinho antes de começar a aula da facul pra postar!
Obrigada a Betadizi e CapitãoGancho pelos comentários. Vocês são uns amores!



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Capítulo II – Culpado ou Inocente?

Já se passava das onze da noite. Gina, que felizmente havia se infiltrado na tecnologia trouxa, já me ligara algumas porções de vezes para confirmar a ida à Toca amanhã. Obviamente estávamos todos ansiosos, afinal devido ao fato de estarmos sempre extremamente ocupados, não era sempre que nos uníamos.

Minha garrafa de vinho já estava praticamente terminada, sobre a mesa da minha sala havia pergaminhos para todos os lados e tinha até no ar, flutuando em minha volta, para que eu visualizasse e analisasse melhor os casos.

Para mim todos pareciam já com suas soluções. Apesar de não saber como prosseguiria as audiências e nem o que as testemunhas apresentariam, já tinha tudo planejado para condenar aquele que eu achava que merecia ser severamente condenado e inocentar réis de infrações mais leves.

O caso que até então mais me intrigava era o de Draco Malfoy.

Fazia exatamente seis anos que não nos víamos. Sabia que ele havia dado um rumo na vida, havia se afastado da família, tendo mais contato com a mãe, apenas. Por isso a situação me intrigava tanto, pois para minha total surpresa Draco agora era um medi-bruxo do St. Mungus, conceituado e respeitado. Quem diria!

Mas a questão nem era essa.

Aquela Doninha parecia nunca aprender. Como podia insultar um nascido trouxa mesmo depois de tudo pelo o que passou? Era isso que me deixava mais alerta. Eu teria que ouvi-lo bem e várias vezes. Teria que analisar o nascido trouxa que o denunciou... Teria que tomar cuidado para não julgar um inocente.

Droga, Hermione! Draco? Inocente? Impossível!

Ok, eu já estava esgotada e amanhã seria um dia longo. Já que tudo estava resolvido, exceto o caso de Draco, é claro, eu poderia me deitar.

No dia seguinte...

Acordei no dia seguinte me sentindo mais leve. Geralmente era esse efeito que o vinho me causava. Sentei-me na cama, peguei a varinha e conjurei as minhas roupas que já estavam separadas.

Ah, como eu amava vestir minhas roupas trouxas informais.

Levantei-me, fiz minha higiene pessoal, vesti meu jeans, minha camiseta e as sapatilhas e logo me vi pronta para sair. Já era por volta de dez da manhã... Uau, eu realmente tinha dormido bem.

Assim que terminei de me aprontar, peguei minha varinha, alguns galeões e aparatei diretamente n’A Toca. Amava aquele lugar que havia marcado tanto minha infância e minha adolescência.

Caminhei entre a gramínea verde dos Weasley. A Toca agora era uma torre ainda mais alta, torta e estreita, pois Senhora Weasley tivera que acrescentar mais quartos, de acordo com que a família crescia.

Chutei um minúsculo gnomo de jardim para longe, rindo da minha própria travessura e caminhei até a porta. Já estava prestes a bater, quando Molly Weasley apareceu de repente, sorrindo de forma terna.

– Hermione, finalmente estou te revendo. – e me levou para seus braços calorosos.

– Estava com saudades, senhora Weasley.

– Eu também. Vem, vamos entrando. Os garotos já chegaram.

Assim que pisei ali dentro, foi como se nunca tivesse acabado Hogwarts. Ainda parecia a mesma garota que visita aquela casa em todas as férias e se divertia pra valer com os melhores amigos.

Vi cabelos ruivos e longos vindo em minha direção e percebi que Gina estava ainda mais magra e esbelta, se é que isso era possível. Com toda certeza um corpo tão perfeito só podia ser resultado de muitos treinos no quadribol.

– Amiga, que saudades.

– Nem me fale. – respondi, abraçando-a forte.

– Você some, Mione. – ouvi Rony falar, vindo me abraçar também – Pensei que depois de finalmente libertar os pobres elfos você iria ter um pouco mais de sossego.

– Não seja bobo, Rony.

– Sossego? – disse Harry – Acho que ela só terá sossego depois que ser Ministra da Magia.

– Vocês são tão idiotas. – falei em meio a risos – É bom estar aqui. Onde está Jorge e o Arthur?

– Na oficina – respondeu senhora Weasley, revirando os olhos – parece que aqueles dois tiveram uma nova ideia para as Gemialidades Weasley e estão trancados lá há horas, e ainda levaram o Tedd... Aquele rapazinho não vai ser fácil.

– Novidade né? – ri.

– Por que vocês não sobem e colocam o papo em dia enquanto eu arrumo tudo?

– Não, Molly. Prometi que te ajudaria.

– Hermione, não seja boba. Estava com tantas saudades de cozinhar para vocês todos. Agora vão logo, sei que há muito não conversam com calma.

– Se é assim... – disse Gina, me puxando pelos braços.

Subimos os quatro para o quarto de Gina, que agora era maior e mais adulto. Nos espalhamos pelo chão e começamos ouvir Rony contas histórias sobre suas viagens.

– Rony, por favor, só não vá inventar igual fez no quarto ano...

Vi Rony corar e todos riram, mas ele preferiu me ignorar.

–Ron, sério, a gente já ouviu isso milhões de vezes e eu sei que a Mione tem algo importante pra dizer. Não é, Mione? – Harry disse, ansioso.

– Bom, é.

– Se é assim, então tá.

Os três se viraram para mim curiosos e eu respirei fundo.

– Pois bem. Ontem chegou um caso novo pra mim... Tenho uma audiência com Draco Malfoy na segunda.

– Audiência? Pelo o que? – perguntou Gina.

– Chamou um nascido trouxa de sangue-ruim e vocês sabem que eu proibi isso.

– Sim, sabemos. – falou Harry – Mas ainda assim não consigo acreditar. Depois de tudo...

– É, depois de tudo.

– Eu pensei que ele tinha mudado. – declarou Gina.

– Por que diz isso? – perguntei curiosa, ajeitando minha postura.

– Bom, há alguns meses atrás, em um de meus treinos, estávamos brincando com azarações... Vocês sabem que eu adoro. E sem querer lancei uma azaração em uma amiga do time... Não me perguntem qual, não faço ideia do que aconteceu com ela. Parece que foi um misto de várias azarações, enfim... Levamos-a até o St. Mungus e quem nos atendeu foi o Draco. Descobri que ele se tornou o chefe do Departamento de Acidentes Mágicos... Ele é realmente um excelente medi-bruxo e está muito bonito. Ele ainda tem aquela postura e olhar arrogante, sabem, mas está muito mais atencioso. Eu quem entrei no quarto com a Felícia e ele me tratou muito bem, sempre educado, gentil, sorrindo... Saí de lá abismada. Até comentei com Harry quando cheguei em casa, não foi Harry?

– Sim, foi.

– Isso é realmente estranho. – falei suspirando – Na documentação que chegou em minhas mãos ele alega ter sido provocado, sabem? Induzido a dizer isso.

– E se realmente foi isso que aconteceu? – perguntou Gina.

– Você realmente acha? Ah, Gina, aquele idiota não muda nunca. – falou Rony, com raiva.

– Não faz sentido, Rony. Não depois de tudo. E não depois de todos esses anos. – defendi sem ao menos desconfiar do porque.

– Então, Mione, o que pretende fazer? – Harry perguntou.

– Não sei ao certo, mas se realmente foi isso que aconteceu, ele terá uma pequena punição por ter dito isso, afinal, induzido ou não, ele disse. E já aliviamos demais a barra dos Malfoy, vocês não acham?

– Eu acho que você deveria mandá-lo passar uns dias em Azkaban, isso sim. – falou Rony com veemência.

– Por falta de vontade não é, Rony, mas não posso abusar do poder que tenho. Por isso preciso pensar com calma no que vai ser feito. Conseguem me entender?

O único que não respondeu foi Rony, enquanto Harry e Gina confirmaram com a cabeça rapidamente. Algum tempo depois Jorge entrou no quarto, trazendo consigo novidades das Gemiliadades Weasley e como sempre, nos divertíamos pra valer.

O almoço havia sido farto e agradável. Percy havia chegado com a esposa para se juntar a nós e comemos todos bem animados e conversando sobre assuntos no Ministério e relembrando a época de Hogwarts e dessa forma foi durante toda a tarde.

Quando já estava anoitecendo, todos foram embora, pois Harry queria colocar Tedd para dormir. Esse, por sua vez, estava cansado de tanto brincar e seus cabelos estavam azuis turquesa. Agora com seis anos, era visível as características que herdara de Tonks e Lupin.

Gina caminhou comigo até os jardins, ansiosa. Sabia que ela queria falar algo comigo desde a hora que cheguei, mas com os meninos por perto era simplesmente impossível.

Quando já estávamos afastadas o suficiente, ela segurou minhas mãos e sorriu.

– Harry me pediu em casamento. – fingi surpresa, pois eu já sabia, é claro.

– E quando foi isso?

– Ontem a noite. Ainda não falamos nada com mamãe e papai. Estamos planejando ainda um anuncio oficial. Por enquanto somente você e Rony sabem.

– Bom, amiga, todos já esperávamos por isso.

– Eu sei, mas é tão... Diferente. Vamos nos casar. Você tem noção do que é isso?

– Não, eu não tenho – ri – moro sozinha desde meus dezessete anos, não faço ideia de como seja, amiga, mas estou feliz demais por vocês. Vai me fazer muito feliz vê-los se casando, finalmente.

– Finalmente né? Oito anos depois...

– Pois é, nem parece que tem tanto tempo – rimos – Desde o sexto ano que foi predestinado o quanto vocês se pertencem. Só posso desejar toda felicidade do mundo.

– Eu sei – ela pulou de felicidade – Promete me ajudar com tudo?

– Prometo.

– Ah, Mione. – ela me abraçou – senti sua falta.

– Eu também. Por que você e Harry não vão jantar comigo essa semana? Tedd adora ficar lá em casa mesmo.

– Vou falar com ele e te ligo. Estou adorando esse tal de celular, é realmente muito interessante. Parece até mágico.

– Acredite, Gina, os trouxas também são tipos de bruxos. Diferentes, mas também possuem suas mágicas. – rimos – Agora tenho que ir. Me ligue.

– Pode deixar.

Desaparetei me sentindo completamente exausta. E novamente estava eu, com uma taça de vinho, sentada em minha varanda e com uma visão maravilhosa de Londres. Havia escolhido morar logo perto do Big Ben para apreciá-lo todas as noites. Encostei minha cabeça na parede, conjurei minha garrafa e enchi minha taça novamente. É claro que eu era feliz, mas alguma coisa faltava.

Na segunda-feira

Havia chegado cedo para o julgamento de Malfoy. Seria um julgamento simples, em uma sala de audiência menor e sem muitas pompas. Os presentes seriam eu, Charlotte, Rolf e mais uma jurada, que compartilharia opinião comigo.

Assim que terminei de vestir minha capa, onde havia as siglas da Suprema Corte, coloquei o meu chapéu e me direcionei para o mesário alto e central. Sentei-me e coloquei uma expressão séria no rosto, pedindo para os guardas trazerem Draco.

E então ele apareceu.

Eu poderia usar muitas palavras naquele momento, mas nada parecia alto ou bom o suficiente. Tudo me escapava. Ao atravessar a porta, Draco invadiu aquela pequena sala como um anjo branco de mármore, com seus olhos inexpressivos, porém calorosos, diferente da última vez que o vi.

Estava mais corado e também mais forte. Seus cabelos haviam crescido bastante e diferente de antigamente, agora eram mais desorganizados e ondulados. A postura, assim como Gina analisou, ainda era a mesma... Sempre dura e superior, mas havia algo diferente nele. Algo que talvez somente o tempo pudesse explicar.

Ao me ver colocou uma expressão de surpresa e espanto na face, mas logo depois se recompôs, sentando na cadeira do Réu.

– Senhor Draco Malfoy, sou Hermione Granger, chefe do Departamento de Execução das Leis Mágicas e quero que me o senhor me diga o motivo pelo qual está aqui.

Observei Draco rolar os olhos e suspirar.

– Olha, Granger... – ele começou, sendo interrompido por mim.

– Senhorita Granger, por favor.

Ele rolou os olhos novamente e bufou.

Senhorita Granger – ele enfatizou – Aquele idiota praticamente me obrigou a insultá-lo daquela forma.

– Pelo menos tem consciência de que isso é uma forma de insulto, então?

– Claro que tenho...

– E sabe muito bem que agora é lei, não sabe? Chamar um nascido trouxa de sangue-ruim é proibido de acordo com o Ato número 193.921.443 do Ministério da Magia.

– Também sei disso.

– E mesmo assim chamou-o dessa forma. Por que?

– Ele estava insultando a mim e a minha família por conta do passado. Olha, eu sei que meu nome não tem moral alguma nesse Ministério, mas fomos inocentados. Muita coisa mudou e ele realmente me irritou. Há anos que não dizia aquelas palavras e acredite, meus pensamentos mudaram, então para que eu o chamasse dessa forma, ele realmente deve ter me irritado, não acha?

Fiquei em silêncio por um momento e pedi a opinião de Rolf. Ele não parecia afim de ajudar a aliviar a barra de Draco, mas viu que era visível que ouvíssemos o depoimento do acusador.

– Tragam Jared Collins. – pedi.

No momento depois um rapaz de cabelos cor palha e olhos verdes atravessou a porta, sentando-se em uma cadeira próxima a Rolf. Ele me olhou temeroso, mas nada disse.

– Senhor Collins, é verdade que estava insultando a família do Senhor Malfoy?

– Eu não... É mentira... É mentira dele.

Analisei aquela voz vacilante e aqueles olhos que não conseguiam me encarar. Diferente de Draco ele estava pálido, apavorado e inseguro. Era fácil perceber quem era o mentiroso.

– O senhor tem plena noção de que temos aqui uma poção que o fará dizer a verdade querendo ou não, não tem? Então acho melhor colaborar da forma mais amigável.

Ele me olhou apavorado e novamente abaixou a cabeça.

– Talvez eu tenha dito algumas coisas.

– Que tipo de coisas? – perguntei.

– Falei... Falei algumas coisas ruins.

– O senhor em algum momento induziu o Senhor Malfoy a chamá-lo de sangue-ruim?

Jared não respondeu, apenas permaneceu tremendo, em completo silêncio.

– Senhor Collins, estou lhe fazendo uma pergunta e quero que me responda imediatamente.

– Bom... – ele gaguejou – Eu talvez tenha feito isso sim.

– Talvez? Preciso que me responda precisamente.

– Sim. – ele respondeu, tremendo tanto que fiquei com medo dele ter algum tipo de acesso.

Suspirei e massageei as têmporas. Isso mudava tudo. Mudava a situação completamente. Draco não era tão culpado assim, não tão culpado quanto eu queria que ele fosse.

– O senhor tem noção de que isso infringe leis também, não tem?

– Si-sim.

– E sabe que será punido, não sabe?

– Cer-certamente, senhorita.

Draco me encarava aflito, sentado a minha frente. Eu sabia o porque dele estar assim. A sua última visita a um tribunal bruxo não foi nada agradável. Ah, como eu, a chefe do Departamento de Execução das Leis Mágicas poderia me deixar ser são persuasiva? Não, não. Só poderia ser pena o que eu estava sentindo. Apesar de tudo sobre o passado, não consegui deixar de ajudá-lo. Percebi que era uma oportunidade do destino para consertar certas coisas e tentar um recomeço. Se eu tentasse, o que poderia mudar neste mundo? E se eu tentasse, o que conseguiria mudar entre nós? Nada, Hermione. Absolutamente nada! Não delira!

Era melhor, afinal, eu dar um fim nisso de uma vez por todas.

– Ótimo. O senhor pagará uma indenização de 20 galeões ao senhor Malfoy e cumprirá uma semana de serviço comunitário no St. Mungus. Em relação a Draco Malfoy, mesmo que tenha sido induzido, ainda sim o insultou, pagando então uma indenização de 30 galeões para o Senhor Collins, de forma que quita parte dívida dele. Quero que fique bem claro que não há injustiça aqui. Não há insulto se não haver um provocador. Não estou beneficiando o Senhor Malfoy, toda a corte e o próprio sabem que tenho motivos para não fazê-lo, mas tenho que ser justa. Que não se repita!

Todos ficaram em silêncio e o sorriso de vitória de Draco, de uma forma estranha, me contagiou.

– Já que é assim, encerramos por aqui. Um bom dia a todos.

Vi Draco se levantar, assim como Jared Collins e fiz o mesmo. Retirei minha capa e Charlotte veio me ajudar com todas aquelas pastas e panos.

– Foi muito bem, Senhorita Granger.

– Também gostei – disse Rolf – mas assumo que queria ver o Malfoy se ferrar.

– Eu também – ri – Mas sou justa, nada mais podia ser feito.

– Sim, eu te entendo.

– Agora pretendo ir a minha sala para começar a preparar a próxima audiência. É coisa grande, com Kingsley e no Departamento de Mistérios... A coisa realmente vai pegar fogo. – ri – Obrigada a todos.

Caminhei em segurança até minha sala e sentei-me, já pegando o pergaminho da próxima audiência.

Ouvi alguém batendo na porta e falei para que entrasse, ainda concentrada nas minhas coisas.

– Olá!

Olhei para frente e fiquei chocada com o que vi. Draco Malfoy estava ali, frente a frente comigo, em minha sala.

– O que faz aqui?

– Também senti saudades, Granger. Ou aqui tenho que te chamar de Senhorita Granger também? – ele perguntou, irônico.

– Não há necessidade. – respondi formalmente – O que quer, Malfoy?

– Agradecê-la.

– Me agradecer? Por que?

– Por ter aliviado a minha barra.

– Não fiz por afeição a você, porque como já deve imaginar não tenho afeição nenhuma, mas eu sou correta e justa. Só fiz o meu trabalho.

– Mesmo assim. Eu não... Eu não faria isso de novo, Granger. As coisas realmente mudaram. E isso me prejudicaria muito no meu trabalho. Recebo prêmios, sou bem conceituado no que eu faço. Um processo desses em cima de mim colocaria muita coisa que construí abaixo. Você consegue me entender?

– E você sempre preocupado com sua imagem e reputação.

– Você sabe muito bem como é isso, Granger. Também tem uma reputação e uma imagem para zelar aqui dentro do Ministério, não tem?

– Bom... sim. – respondi insegura.

– Pois bem. Gosto de cuidar das pessoas e é bom saber que posso continuar com a minha profissão sem problema algum. E o dinheiro desse rapaz, bom... Não o quero. Prefiro que fique para os fundos do Ministério. Isso é possível?

– Sim, é possível. Posso colocar como uma doação em seu nome.

– Não precisa colocar meu nome. Só dê um jeito nisso, está bem?

– Certo. Mais alguma coisa, Malfoy?

– Nada, é só que...

Olhei para ele curiosa. Estava evitando seus olhos desde o momento em que ele entrara naquela sala.

– O que?

– Está diferente.

– As pessoas ficam diferentes, Malfoy.

– Não, estou dizendo em questão física.

– Hein?

– Está muito mais bonita. – e começou a sair e quando já ia atravessando a porta, parou e se voltou para mim – E extremamente sexy com essa roupa e esse olhar sério de chefona, Granger. Passar bem!

Socorro, eu estava sem ar.

Tentei respirar, mas não conseguia. Tateei a mesa e busquei me sentar, de forma que pudesse desacelerar meus batimentos cardíacos. Malfoy cretino! Como ele era capaz de me dizer uma coisa assim? Ainda arfante tentei organizar meus pensamentos, mas durante todo o resto do dia nada parecia trazer de volta minha concentração.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar.

Noix q voa! ^^



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