A cabeça de Kate estava a mil, seus pensamentos em Castle e a forma como ela agira com ele, ainda tinha o caso ela precisava se concentrar, o pior é que ela não entendia porque fez isso com ele, pelo tom da voz dele, se chateou muito com o que ela disse, talvez fosse por medo dele perceber seus sentimentos, sentir o quanto ela estava mexida por conta da conversa que teve logo cedo com Lanie, Castle pegou-a desprevenida.

Kate seguiu com a investigação, conseguiu entrar em contato com o outro irmão da vitima, e mais dois amigos próximos, estavam esperando os mesmo chegarem para depor.

O legista confirmou que as marcas na vitima foram socos, antes das facadas o assassino e a vitima entraram em luta corporal, porem não foi encontrada nenhuma digital.

Esposito chegou com mais uma informação importante.

— Kate, falei com alguns colegas que fazem seguranças em algumas casas noturnas e alguns deles disseram já ter visto nossa vitima varias vezes em casas noturnas que servem de fachada para casas de jogos, nossa vitima era viciado em jogos.

—Ótimo Espo, bom trabalho, ele pode ter sido morto por algum cobrador, Ryan olhe as finanças dele, veja como foi à movimentação de uns seis meses pra cá. O irmão da vitima chegou, vou pegar o depoimento dele. Espo veja se consegue algo mais, se ele ficou devendo muita gente.

A detetive seguiu para sala de interrogatório com o irmão da vitima, Frank James, ele perguntou como foi que tudo aconteceu, se Beckett já tinha um suspeito. A detetive passou toda a informação que tinha para irmão, falou que a vitima estava envolvida com jogos e provavelmente por isso foi morto. O irmão da vitima estava muito abalado, pois disse não perceber que o irmão estava passando por um momento assim. Beckett pegou mais algumas informações, procurou saber onde estava na hora do crime, o mesmo disse que estava no trabalho, o que foi confirmado, pela empresa onde trabalha e foi liberado e informado que assim que teve o caso encerrado avisaria.

Já passavam das dezessete horas em NY, a cidade esta congelante, as pessoas estão sentindo bastante a queda da temperatura, todos bem agasalhados, com seus casacos, gorros, suas luvas térmicas, apesar de muito frio, Kate amava, era bonito de ser ver, aqueles flocos de neve finos, as crianças brincando, ela se lembrava de momentos únicos que tivera com sua mãe.

Nesse momento ela estava na copa se aquecendo com um café quentinho, ela já tinha terminado de pegar o depoimento de uns dos amigos da vitima, o amigo contou que sabia que ele jogava mais não imaginava a gravidade da coisa, e que poderia acontecer o que aconteceu, Kate averiguou tudo sobre ele e nada, ele estava limpo, foi embora bastante abalado.

Os meninos vieram ao seu encontro com mais informações. Espo disse que a vitima morreu devendo algumas pessoas, mas um valor baixo, que as pessoas quando souberam que ele estava morto não se importou com a quantia, muitos lamentaram. Ryan olhou toda finança e viu que durante os últimos seis meses a conta dele só andava no vermelho, porem dias antes da morte, o mesmo fez um deposito de um cheque de 300 mil dólares e esta na conta intacto. Ryan aproveitou e pesquisou de onde veio o cheque, de um empresário que tem um casino, Antony James ganhou no jogo e esse foi o valor do premio.

—Certo, meninos, então quem matou o Antony sabia desse dinheiro.

—Kate, como foi o interrogatório? –Perguntou Espo.

—Sem muita coisa, os dois estão limpos, tem álibi, estavam no trabalho.

—Estou esperando o outro amigo, Carlo Francis, que na verdade. –Kate olha no relógio. –Ele já era para ter chegado, são quase dezoito horas.

—Vou dar mais uns trinta minutos, depois entramos em contato com ele novamente. Se não tivermos sucesso vamos atrás dele. Frank o irmão da vitima me disse que esse rapaz é simpático, um bom amigo, o pouco que ele pôde perceber, mas eles são amigos a uns quase dois anos, apenas. Tem algo ai que eu não gosto. Perguntei se ele tinha namorada, ele me disse que conheceu apenas duas delas, mais que tinha sido há muito tempo.

—O John amigo me disse que ele não estava em relação nenhuma há algum tempo, o que é estranho, ele era jovem, bonito.  Esse cara tem que ter algo para nós vamos Carlo onde você esta?

—Vamos tentar entrar em contato com ele. –Disse Beckett.

Dez minutos depois o suspeito de Beckett chega. Estava ele bem agasalhado parecia estar com muito frio. Dirigiu-se aos detetives, os cumprimentou e pediu desculpas a todos pelo atraso, segundo ele, teve que andar pois o transito estava muito complicado, Kate ofereceu um café, o mesmo aceitou.  Kate foi chamada pela capitã e a mesma pediu que Espo e Ryan seguissem com o interrogatório.  A capitã tinha assuntos sobre alguns processos que Kate ajudaria e também queria saber sobre o caso, eles ficaram conversando por uns trintas minutos, quando Kate retornou Espo e Ryan já tinham feito todo procedimento do interrogatório, Kate pegou toda informação e juntou no quadro. Infelizmente eles não conseguiram fechar o caso, faltava algo, Kate cismou com o amigo da vitima, mais pelo jeito ela estava errada, toa informação passada pra ela sobre Carlo Francis não batia, mais ela sentia algo no ar.   

—Se Castle tivesse aqui. –Pensou Kate olhando para o quadro.

—Detetive? – Chamou a capitã.

—Senhora?

—Vamos encerrar por hoje, amanhã, depois de uma boa noite de sono pensamos muito melhor. Vá pra casa. Boa Noite!

—Sim senhora. Boa Noite!

— Kate, eu e Ryan vamos beber alguma coisa, nos acompanha?

—Hoje não meninos.

—Ah Kate vamos, só uma cerveja.

—Vamos Kate, você vai gostar o lugar é muito legal, se você não gostar pode ir embora da porta mesmo.

— Tudo bem, vamos lá ver se é isso tudo mesmo, só uma cerveja.

—Fechado.

Os meninos apresentaram a ela o novo bar, um espaço legal, alegre, jovem, um pouco diferente do que eles costumam ir, mas nada muito cheio, Kate gostou e não teve como pensar em Castle, ele ia amar.

—Rapazes, como descobriram esse lugar, as meninas sabem disso?

—Ah Kate um amigo, de um amigo meu, me falou desse lugar só que ainda não tinha vindo aqui.

—Humm entendi Espo. –Kate ria. 

— Vamos ver um lugar pra sentar.  –Espo

—Castle ia amar esse lugar, não Kate? – Ryan disse.

—Acho que sim Ryan. –Kate sorriu

Sentados em um lugar bacana, uma mesa que tinha visão de todo ambiente, eles viam quem entrava e quem saía do ambiente. Kate já bebera três cervejas, ela pensou já que estava ali iria aproveitar pelo menos não ficava sozinha no seu apartamento, sem muito para fazer e pensando em como se desculpar com Castle. Ela estava distraída, quando Espo perguntou a ela por Castle.

—Kate você sabe quando o Castle vem? Tem um tempinho que ele não fala comigo.

—Eu não sei ao certo Espo, só sei que ele tem mais alguns lugares pra ir.

—Ele ligou pra mim hoje, na verdade sempre que pode ele liga.

—O que? E porque pra mim ele não liga? –Espo ficou sem acreditar.

—Não sei não Bro. –Ryan provocava, rindo da cara do amigo.

—Gente, vamos parar vocês dois? Chega ate ser cômico, vocês brigando pela atenção de Castle.

—Não estou brigando pela atenção dele, só vejo que tenho me preocupado com ele a toa, já que não se importa comigo.

—Para Espo, Castle já ligou pra você algumas vezes e você não atendeu, nem retornou as ligações.

—Ryan eu não tenho dinheiro pra ficar ligando pra fora do país não e quando ele liga, eu não vejo.

—Meninos, por favor, Espo acredito que não seja nada disso, com certeza esta havendo desencontro entre vocês. 

—Kate quando você falou com Castle hoje eu sentir que você estava meio chateada, aconteceu alguma coisa?

—Não Ryan, esta tudo bem, eu sei que eu estava meio sem paciência com ele, mais eu vou conversar e me desculpar.

—Kate, aquele rapaz esta te olhando desde que chegamos.

—Então o deixa continuar olhando Espo, olhar não tira pedaço.

A música era boa, os três conversavam e bebia alegres, a música contaminava. Espo chamou Kate pra dançar na pista, depois de muito insistir ela aceitou, os amigos se divertiam, logo em seguida ele foi chamar Ryan, quando o tal carinha se aproximou da detetive, ela continuou  dançando sem mostrar nenhum interesse, até que ele coloca a mão na sua cintura e a puxa contra seu corpo.