Daydream escrita por Lulu Delite


Capítulo 10
Capítulo 10 (POV Sebastian)


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente. Eu já postar essa narração do Selly depois de postar o aniversário da Karma, mas meu computador está formatando (estou postando pelo celular) e acabei não passando o capítulo 10 verdadeiro para o meu celular na hora da correria de levar o notebook, mas ele provavelmente está no meu pendrive. Espero que gostem, bjs da Lulu.



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POV Sebastian

Karma McQueen me intrigava. E não pouco, mas pra cacete.
Quando a vi pela primeira vez no corredor da escola enquanto colocava seus livros no armário pensei que ela fosse o tipo de garota tímida e chata que sempre via por ai e que às vezes acabava ficando por gostar de variar o cardápio. Mas me enganei completamente.
Karma McQueen era uma megera filha da puta que fodia com minha cabeça.
Aos olhos desavisados ela podia parecer à típica santinha nerd que se escondia atrás de livros de romances ingleses, mas na verdade ela lia aqueles livros por não ter paciência para lidar com idiotas como eu. Em seus olhos que mudavam de verdes para azuis se via tanta malicia quanto nos meus.
Queen era o tipo de garota que não liga para o que os outros pensam e que lida facilmente com tudo e todos, mas isso não significa que ela seja a pessoa mais doce que eu conheço. Se você for fraco ela ira te esmagar como um inseto e acredite, ela tentou fazer isso comigo. Não que eu não tenha gostado.
Foi uma surpresa agradável quando descobri que a pequena, e maldosa, ruiva era minha vizinha e que sua janela ficava ao lado da minha. Claro que sendo quem ela é não foi nada legal comigo.
Em algum momento, que não sei qual realmente foi, acabamos nos tornando amigos. Talvez ela tenha simpatizado um pouco comigo quando dei uma surra em seu ex-namorado stalker e provavelmente Charlie tenha me ajudado um pouco.
Começamos a sair juntos e ela me ajudava com Literatura e eu a ajudava com Calculo e logo éramos inseparáveis.
– Então você soma os dois valores e multiplica eles pelo terceiro. – Expliquei pela terceira vez e mesmo assim a testa de Karma continuou franzida. O que acontecia quando ela não entendia alguma coisa.
– Acho que entendi. – Ela murmurou pegando seu lápis e terminado de resolver a equação.
Estávamos em seu quarto. E Karma deitava na cama de barriga para baixo pouco se importando com sua postura. E eu estava deitado como ela na outra parte da cama.
Seu cabelo ruivo estava muito perto do meu rosto e eu podia sentir o cheiro de flores do campo. Na verdade Karma por inteiro estava muito perto. Eu podia sentir nossas pernas se tocando, assim como nossos quadris. Ela usava apenas uma regata cinza e seus shorts jeans favorito que estavam bem velhos, mas que ainda ficavam bem nela.
– Sebastian? – Karma me chamou e sai de meus devaneios olhando para sua conta e vendo que finalmente estava certa. – Okay. Chega de estudos. Não consigo mais me concentrar.
Observei ainda deitado, enquanto Karma juntava seu material e depois de guardá-lo se jogou de volta na cama só que agora de barriga pra cima.
Queen me olhou e seus olhos lentamente foram deixando de ser verdes e se tornaram azuis como o céu. Ela não usava maquiagem e as sardas em seu nariz estavam aparentes a deixando bem fofa.
– Afim de fazer alguma coisa? – Perguntei me deitando também de barriga pra cima e cruzando os braços atrás de minha cabeça para usa-lós como travesseiro.
Karma negou com a cabeça, dizendo:
– Obrigada por me ajudar, Sebastian. Não sei como agradecer.
Sorri, malicioso.
– Eu poderia ter algumas ideias em como você poderia me agradecer... Ai!
Massageei meu ombro por conta soco que levei. Eu e Karma ficamos em um silencio confortável e reparei em como suas mãos nunca ficavam paradas por conta de sua hiperatividade. Seus dedos batucavam em sua barriga ou no colchão.
– Você tomou seu remédio hoje? – Perguntei arqueando uma sobrancelha e ela me olhou confusa por um instante antes de arregalar os olhos e se sentar pegando a caixa de seu remédio para TDHA e tomar o pequeno comprimido.
– Tomei. – Respondeu sorrindo marota e revirei os olhos.
Karma se ajeitou na cama ficando de lado e me olhando e por reflexo fiz a mesma coisa. Podia sentir a respiração dela em minha clavícula e senti vontade de me aproximar mais e lhe puxar para que ela colocasse a cabeça no meu ombro.
– Acho que não vou correr com a Charlie hoje. – A Ruiva disse em meio a um longo bocejo. Quando vi ela veio para mais perto de mim e colocou seu braço sobre meu estomago dando um leve suspiro.
Queen havia dormido por causa do remédio para hiperatividade e só então me abraçado. Depois de um tempo me soltei lentamente de Karma, a arrumei na cama e apaguei a luz. Dei-lhe um beijo na testa e então pulei sua janela indo para o meu quarto suspirando um tanto decepcionado pensando em como nunca havia sentido tanta vontade de beijar uma garota como há alguns instantes.


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Notas finais do capítulo

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