Daydream escrita por Lulu Delite


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi, Oi gente. Lulu na área. Ia postar esse capítulo amanhã, mas decidi postar hoje por que amanhã provavelmente vou estar ocupada arrumando minha mala para uma viajem. O aniversário de Karma ainda não será neste capítulo e nem no próximo que mostrara um pouco mais de Karma e sua família. E aviso: estou escrevendo algumas coisas no ponto de vista do nosso querido menino Sebastian e queria perguntar se querem que eu poste antes ou logo depois do aniversário da Karma. Bjs da Lulu.



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– Ei maninha! Chegamos!

Me encolhi toda e Sebastian arqueou as sobrancelhas. Estávamos em meu quarto jogando cartas e então meu querido irmão gêmeo Aaron McQueen entrou no quarto. Meu quarto que era meu refugio e o único lugar onde ele não deveria entrar.

– Aaron. – Praticamente rosnei. – Fora. Do. Meu. Quarto.

Aaron sorriu de lado e revirei os olhos. Meu irmão era ruivo como eu, mas enquanto meu cabelo era encaracolado o seu era liso como o de papai, tinha olhos azuis e era alto como um jogador de basquete. Aaron era bonito, mas um pé no saco.

– Amável como sempre. – Ele pareceu notar Sebastian sentado na minha cama. – Namorado novo? Boa sorte em suportar ela, cara.

– Sebastian não é meu namorado. – Dei um tapa no garoto que tentava ver minhas cartas.

– Ainda desejo boa sorte em te suportar. – Aaron perdeu o sorriso e suspirou. – Papai está lá em baixo. Ele quer te ver.

Sorri de orelha a orelha saindo da cama em um pulo.

– Melhor sair pela janela. Papai não gosta que eu tenha amigos que tenham o que você tem entre as pernas. – Dei um beijo na bochecha de Sebastian. – Te vejo depois.

Desci as escadas correndo e na sala de estar encontrei um homem alto e de cabelo castanho bem cortado e usando terno parado em pé em frente a minha mãe que sorria de lado.

– Papai! – Gritei me jogando em seus braços.

– Joaninha! Estava morrendo de saudades. – Papai me levantou do chão e me girou enquanto me abraçava e eu ria como uma garotinha. Ao nosso lado Aaron abraçava nossa mãe pelos ombros e ela sorria ainda mais. - Você deveria ligar mais para seu velho pai.

Papai era quase tão alto quanto Sebastian ou Aaron e tinha o cabelo castanho grosso e liso, ele estava bem em forma para um homem em seus quarenta anos e atraia o olhar de muitas mulheres na rua, principalmente por estar sempre muito bem arrumado e na maioria das vezes de terno. Seus olhos eram tão verdes quanto uma esmeralda e mamãe costumava falar que eram a coisa que ela mais gostava nele.

– Desculpa. Eu ando ocupada com a escola e me preparando para aquele curso que falei. – Meu pai concordou e me colocou no chão.

– Só não se esqueça do mundo real...

–... Enquanto vive no mundo dos livros. – Completamos eu, Aaron e mamãe juntos e depois todos caímos na risada. – Você me fala isso desde que aprendi a ler, pai.

– Por que desde que você começou a ler preferia os livros as pessoas. – Mamãe disse e papai concordou.

Revirei os olhos e papai olhou para seu relógio de pulso e franziu a testa.

– Tenho que ir para o meu hotel. Tiffany está me esperando. Grace está louca para te ver. Eu venho te buscar as sete para jantarmos todos os seis juntos e então combinamos o que vamos fazer amanhã no aniversário de vocês dois. – Papai me deu um beijo na testa. – Tente não matar seu irmão.

Meu pai acenou com a cabeça para minha mãe e deu um tapinha nas costas de Aaron e então foi embora apressado.

– Achei que Tiffany e ele tinham terminado. – Disse confusa e meu irmão deu de ombros.

– Tinham, mas voltaram. Grace ficou feliz. Ela queria vir e ficar aqui, mas Tiffany disse que elas tinhas que procurar roupas para podermos jantar. – Aaron respondeu. Grace era nossa meia irmã, filha Tiffany que era casada com papai há alguns anos, e ela tinha a mesma idade que eu e Aaron e diferentemente de sua mãe uma pessoa adorável. Sentia pena de ela ter que viver com Aaron.

– Amanhã cedo vou ao hotel busca-lá para sair comigo e Charlie. Você não está convidado.

Meu irmão fingiu estar decepcionado e revirei os olhos voltando para o meu quarto e trancando a porta para que ele não entrasse.

Sebastian estava sentado de costas para sua janela, com fones de ouvido e aparentemente desenhando. Chamei por ele, mas o garoto não pareceu escutar. Olhei para o espaço considerável entre nossas janelas, Sebastian conseguia balançar suas longas pernas entre ele quando sentava em sua janela, suspirei passando por minha janela e pulando para a de Sebastian e conseguindo passar por ela caindo no chão do quarto dele, mas nem o barulho fez o garoto me notar.

Levantei do chão ajeitando minha blusa. Fui até Sebastian que parecia extremamente concentrado em seu desenho e o cutuquei no ombro e ele deu um grito escondendo o desenho antes que eu pudesse o ver e tirando seus fones.

– Você quase me matou do coração! – Ele gritou e sorri de lado. – Como entrou?

– Janela. – Arqueei as sobrancelhas tentando tomar seu bloco de desenhos dele, mas ele o colocou no alto longe de mim. – O que está desenhando?Um nu da líder de torcida peituda que saiu com você semana passada? Eu tive que colocar música no máximo para não ouvir os gemidos e gritos dela.

Sebastian franziu a testa e então sorriu de lado.

– Com ciúmes, McQueen? – Ele perguntou e revirei os olhos tentando ainda ver o seu desenho. – E não. Não é um nu da...

– Mônica. – Completei já que ele não parecia lembrar o nome da garota.

–... Isso. Mônica. É apenas um desenho aleatório que ainda não está pronto e que você não vai ver, Ruiva. E você não deveria pular janelas, pode cair feio e se machucar.

Fiz beicinho e ele colocou o bloco dentro de seu armário que, por mais incrível que fosse, era muito arrumado. Na verdade, todo o quarto de Sebastian era muito arrumado. As paredes eram escuras e a mobília (que se resumia a sua cama enorme, o guarda-roupa, um criado mudo e uma cômoda) era clara dando um belo contraste. Haviam pôsteres de bandas e filmes pelas paredes e muitos desenhos feitos pelo próprio Sebastian. O meu favorito era um do Big Bang feito em carvão.

– Quer alguma coisa em especial? Ou apenas me irritando para sair do tédio?

Me deitei em sua cama e sorri travessa.

– Segunda opção. Você parecia tão concentrado que tive que atrapalhar.

Sebastian revirou os olhos cinzentos e sorri mais ainda.

...

Sebastian havia me expulsado de sua casa para ele poder tomar banho já que segundo ele iria sair com Dylan e alguns outros caras. Eu também deveria começar a me arrumar para ir jantar com meus pais, madrasta e irmãos, mas minha curiosidade era maior e eu sempre me atrasava mesmo.

Pulei pela segunda vez naquele dia a janela de Sebastian tentando não fazer barulho. Andei lentamente até seu guarda-roupa escutando Sebastian cantando muito desafinado no banho e abri pegando seu bloco de desenhos. Procurei pelo desenho que eu não conhecia passando por árvores, frutas, uma cadeira de balanço e então achei o desenho.

Ele ainda não estava pronto, mas claramente era um garota. O desenho retratava apenas seu tronco de costas e nu, ela olhava por cima do ombro com um sorriso um tanto malicioso para suas feições angelicais, seu cabelo era cacheado nas pontas e batia em seus ombros como os meus e eram a única coisa pintada no desenho. Ele era ruivo assim como o meu.

Meu Deus! Sebastian estava me desenhando.

Escutei o chuveiro sendo desligado e joguei o bloco de desenho de volta no lugar que estava antes e corri para de baixo da cama. Estúpido, eu sei, mas era melhor do que pular a janela com pressa e quebrar meu pescoço.

Vi os pés descalços de Sebastian e ele assoviando. Parou em frente ao guarda-roupa e então vi uma toalha branca caindo no chão e se amontoando aos seus pés. Engasguei com minha saliva mesmo que eu não pudesse ver nada que estivesse acima dos tornozelos do garoto. Depois de vestido e muito perfumado (consegui sentir seu cheiro mesmo em baixo da cama) ele se sentou na cama para colocar seus coturnos. Tampei minha boca com minha mão tentando não fazer barulho e respirando fundo para me manter calma e imóvel. Finalmente Sebastian pegou suas chaves e foi embora gritando um tchau para seus pais.

Esperei alguns minutos, Sebastian sempre esquecia alguma coisa na hora de sair, e vendo que ele não voltaria ainda sai rapidamente do meu “esconderijo” e voltei para o meu quarto pela janela.

Enquanto me arrumava só pensava no desenho que Sebastian estava fazendo e em como ele sabia que eu tinha uma marca de nascença nas costas.


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Notas finais do capítulo

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