Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 9
Legilimência, Aparatar e Meio-lobisomem


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores, DUAS coisas: A primeira é sobre minha justificativa pela demora, estou em final de período na faculdade, então nem para dormir estou tendo tempo, por isso por favor, desculpem a demora.

A segunda é para avisar que fic ta na reta final, então vão aproveitando bem esse cap e os próximos!

Boa leitura pessoal.



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Teddy estava divido entre manter sua atenção focada nos lobisomens ou em Victorie que adquiria feições inexplicáveis diante da situação. O rapaz ainda ponderava sobre o assunto quando Victorie o apertou pelo braço. A sensação das unhas da garota adentrando a derme não era nem de perto tão incômoda quanto à sensação de ser puxado para dentro de si próprio por um fio atado em seu umbigo.

A mente de Teddy rodopiou meia dúzia de vezes antes de parar de girar e o Grifano pudesse enxergar o que estava a sua frente e sentir seus pés tocarem no chão.

Eles haviam aparatado.

— Eles sabem que viemos para cá. Não temos muito tempo – avisou Victorie, correndo a frente.

Teddy notou que estavam a poucos metros diante do portão de entrada do castelo de Hogwarts, estavam parados sobre o terreno na máxima distância que se era permitido aparatar próximo aos terrenos da escola.

Foi necessário mais um segundo para que Teddy entendesse a situação e começasse a correr atrás de Victorie. Tinham de chegar aos portões antes que os lobisomens chegassem a eles.

O garoto rezava internamente para que o caminho até os portões fosse maior do que realmente era. Não havia formulado a situação em sua mente o suficiente para saber o que falar a Victorie.

— Está trancado! – exclamou Victorie histérica — O maldito portão está trancado!

As únicas entradas disponíveis para o castelo se iniciavam nas passagens secretas que se encontravam em Hogsmeade. Não podiam voltar.

— Mande um patrono, alguém virá abrir – sugeriu Teddy ofegante, ao chegar ao lado de Victorie.

— Ótima idéia, vamos apenas ignorar o fato de que estamos expulsos se formos pegos de fora do castelo mais uma vez até formarmos! – exasperou-se a loira, jogando os braços para os ares — Mas alguma idéia genial?

— Não consigo pensar em nada, apenas nas passagens secretas, mas todas estão em Hogsmeade – ponderou Teddy sentindo as mãos tremerem fora de seu controle, as fechou em punho e as colocou dentro dos bolsos laterais da calça, para que Vic não notasse seu nervosismo. Foi quando sentiu algo fofo roçar no punho direito: A capa da invisibilidade — Podemos voltar! – exclamou o garoto, tirando a capa de invisibilidade de dentro de seu jeans.

— São lobisomens Teddy! Vão sentir nosso cheiro há metros! – dizer que Victorie estava histérica era eufemismo.

— Eu acho que não, posso dizer com propriedade que fora da forma o olfato não é tão aguçado assim.

Victorie ponderou por um momento ou dois, olhou para ambos os lados, e por fim, soltou um suspiro de derrota quando não encontrou uma melhor alternativa. O casal se aconchegou com dificuldades sobre a capa de invisibilidade, já haviam crescido o suficiente para que a capa não cobrisse os dois por inteiro, tinham de ficar encurvados para que seus pés não ficassem à mostra. Sem qualquer delicadeza, Victorie apertou novamente o braço de Teddy e os dois aparataram, se materializando a frente da Casa dos Gritos. Victorie era esperta de mais para apartar direto dentro dela, pois poderiam encontrar companhias indesejáveis.

Os garotos se mantinham em silêncio, olhando cautelosamente para todos os lados, temendo outro encontro inesperado. Teddy forçou, com bastante dificuldade, sua visão, até que conseguiu enxergar com seus olhos licantropo, tendo certeza de que não havia outra presença por perto. O garoto piscou e seus olhos voltaram ao normal, porém sua cabeça latejava do esforço, Teddy não tinha o hábito de usar suas habilidades de lobisomem fora da lua cheia, e as poucas vezes que o fizera, os efeitos colaterais o arrebataram.

— Vamos indo – sussurrou o garoto no ouvido de Victorie, que não protestou, apenas foi seguindo seus passos.

O caminho se tornava bastante sinuoso à medida que subiam a colina que dava para a casa dos gritos, os esforços de atravessarem todo aquele caminho sem serem vistos sobre a capa de invisibilidade ocupou a cabeça dos garotos tempo de mais para que tivessem condições de falar sobre o ocorrido.

Victorie fez menção de tirar a capa de si quando chegaram à porta de entrada totalmente destruída da casa, mas Teddy segurou seu braço. Com a mão livre fez sinal para que ela mantivesse silêncio e para que olhassem à casa primeiro. Não queria arriscar estar em companhia de uma matilha.

O garoto apurou sua audição e sua visão, e nada captou. Deram uma volta pela casa e se certificaram que continuava tão abandonada como sempre fora antes de tirarem a capa.

Victorie conjurou fogo nos candelabros dispostos por toda ás paredes da sala, e uma luz bruxuleante caiu sobre o casal.

— Eles não iam se demorar, imaginei – comentou Teddy — Ao que Harry falou, o Ministério está na cola deles.

— Jura? – perguntou Victorie cruzando os braços no meio do que antes deveria ter sido uma grande sala de estar, com o piso em madeira totalmente destruído, lareira quebrada e teias de aranhas por todos os lados. A corrente de ar que corria pela casa proporcionava rangeres de todas as portas e paredes — O que mais você sabe que não conta, Lupin?

— Vic... Eu ia te contar...

— Quer dizer então, que é verdade? Que o que aqueles lobisomens disseram sobre mim é realmente verdade? – perguntou a garota baixando um pouco o tom, fitando com intensidade Teddy.

Teddy não conseguiu transformar o que queria dizer em palavras, a frase se perdera em algum lugar de sua garganta, formando um bolo. O máximo que o garoto fez foi assentir.

Victorie soltou uma risada seca e sentou-se sobre a madeira destruída, balançando a cabeça.

— Faz tudo sentido, agora – comentou ela, sem olhar para Teddy.

— O que quer dizer? – perguntou o garoto, cauteloso, sentando ao seu lado.

— Bem, não é só você que ultimamente tem acordado em lugares estranhos, sem saber explicar como foi parar lá, nem se esquecido do que anda fazendo a noite.

— E porque não me contou, Vic?

— E porque você não me contou? – rebateu a garota, levando os olhos para o namorado, com as feições duras.

— Eu... Não sabia como – falou o garoto tentando procurar as palavras exatas — Acho que... Queria te proteger.

— Eu não entendo – a loira balançou a cabeça — Como? Porque? Quero dizer, porque quase depois de dezessete anos, só agora? Como eu não sabia? Eu não entendo – repetiu ela, visivelmente confusa e frustrada.

— Eu acho que quando seu pai foi atacado, ele era já um tanto mais velho para se transformar, apenas adquiriu alguns gostos peculiares ligados aos de lobisomens. Mas quando a filha mais velha dele nasceu, imagino que o gene licantropo passou para seu sangue. Assim como gene Veela de sua bisavó passou para você. Em pequena dose, mas passou.

— Mas porque agora?

— Eu não sei, Vic, juro que pensei sobre isso todas as noites desde que descobri, mas nunca cheguei a uma conclusão. Cogitei várias hipóteses, até mesmo a hipótese de que não foi só agora, talvez desde novinha isso acontecia, mas você não sabia, e nunca fora forte o suficiente para que alguém notasse.

— Como alguém não notaria algo peludo correndo por aí? Meus pais, minhas colegas de quarto teriam notado!

— Aí é que está. Você não vira algo peludo como eu. Você se transforma parcialmente. Não seria difícil isso acontecer enquanto estivesse dormindo, ninguém veria seus olhos mudarem, nem garras nascer de seus dedos, ou seu nariz virar um focinho.

Victorie ficou mortalmente em silêncio.

— Então é verdade? Eu realmente sou uma lobisomem? – perguntou a garota.

Meia-lobisomem – corrigiu Teddy — Eu sinto muito, Vic.

Victorie retornou ao seu silêncio mortal. Teddy se amaldiçoou por nunca ter aprendido legilimência de forma apropriada, pois queria mais do qualquer coisa, saber o que estava passando na cabeça da garota.

Teddy fez menção de falar uma ou duas vezes, mas sempre que abriu a boca para tal, voltou a fechar, sabia que Victorie estava tentando encontrar uma forma de digerir tudo que acabou de lhe ser jogado.

— Desde quando você sabe? – perguntou a garota, após vários minutos em silêncio.

— Desde o ataque ao Dunch.

Victorie se virou para Teddy com os olhos arregalados, por um minuto temeu que aquele par de perolas azuis fossem escapar das órbitas.

— Foi eu quem ataquei Dunch? – perguntando a garota, quase que de forma inaudível.

Teddy apenas notou naquele momento, que até aquela hora, haviam falado sobre tudo, menos sobre os ataques. Victorie, mesmo sabendo o que era, ainda não havia nem se quer cogitado a hipótese de associar os ataques a sua pessoa.

Teddy assentiu.

— Por isso ele quase desmaia toda vez que me vê – concluiu a garota com pesar.

— Vic... Eu acho melhor voltarmos ao castelo. Logo darão por nossa falta. Vamos chamar meu padrinho e seu pai para conversamos todos juntos sobre isso, para sabermos como lidar e...

— NÃO! – exclamou Victorie, cortando Teddy, se levantando num salto, como se algo houvesse se encaixado em sua mente — Por favor, não me diga que eu... Nêmesis... Não...

Teddy se levantou cautelosamente.

— Vic...

— Eu preciso saber, Teddy – pediu ela, ofegando.

— Eu acho melhor voltarmos agora e terminar de conversar...

— Ah, meu Deus, foi eu, não foi? Por favor, Teddy, eu preciso saber.

Teddy soltou um pesado suspiro. Não conseguia se lembrar se alguma vez em sua vida viveu momento pior que esse.

— Eu sinto muito – falou o garoto por fim.

As feições de Victorie eram inexplicáveis.

A garota deu as costas a Teddy. O garoto se aproximou de vagar, com a mão estendida para por em seu ombro, mas quando o fez, Victorie se desvencilhou.

— Você não tinha o direito de ter escondido isso de mim – falou ela por fim.

— Me desculpe – pediu o garoto, se sentindo perdido, não sabia o que fazer para que namorada se sentisse melhor, menos culpada, menos confusa.

— Apenas me deixe sozinha – pediu Victorie ainda de costas, a voz falhando.

— Eu não vou fazer isso.

Teddy foi tentar novamente por a mão sobre ombros da namorada, mas antes que suas mãos tocassem a pele da garota, ela desaparatou a sua frente com um estalo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Foi menor que os outros, mas prometo compensa-los nos próximos :D
E leitores fantasmas, que tal aproveitarem a oportunidade de que a fic ta acabando e deixar um comentário para fazer a tia Letter feliz? haha
Bom fim de semana pessoal, não deixem de comentar nem favoritar *-* Beijos.



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