Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 8
Aniversário, Pena e Greyback


Notas iniciais do capítulo

Hello amigos. Desculpem a demora, agradeço a todos os leitores que comentaram no último cap e um bem vindo aos novos leitores ♥ Espero que gostem desse capítulo, é um daqueles meio bombásticos haha.
Boa leitura.



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— Cale a boca Teddy, você está me dando uma úlcera – resmungou Diggory fitando seu pergaminho, tentando entender porque diabo existia teoria para os NIEMs em feitiço.

— São três anos de namoro cara, eu queria fazer algo especial – respondeu Teddy pensativo, rabiscando a esmo o pergaminho em branco à frente, tendo consciência de que se arrependeria na última hora por estar protelando ao máximo os estudos — Vic passou por maus bocados nessas últimas semanas, se transformar, perder a melhor amiga, estar na mira de um bando de lobos. Queria distrair ela.

Dunch levantou os olhos do pergaminho pela primeira vez desde que Teddy começara a divagar sobre o que fazer ou com o que presentear a namorada. Estava incrédulo e de olhos arregalados, não acreditando no que seus ouvidos escutaram.

— Mas você nem ao menos contou nada disso pra ela! – bradou o garoto exasperado.

— Não vem ao caso – Teddy deu de ombros.

— NÃO VEM AO CASO? – berrou Dunch — Você quer distrair e animar a garota por algo que ela não faz idéia de que anda acontecendo? Você deveria era me animar, eu quem fui atacado! Ou talvez você deva dar de presente pra ela a verdade, o que acha?

— Que verdade? – perguntou uma Victorie Weasley se materializando de frente a mesa dos garotos, a garota sorria animadamente e olhava de um para o outro — Não conta, não quero saber. Aposto que sei sobre o que estão falando – confidenciou ela lançando uma piscadela a Teddy.

Dunch soltou um gritinho agudo e se atrapalhou tropeçando para fora de sua cadeira. O moreno dizia que não, mas criara fobia de Victorie e sempre fugia quando a via, nem ao menos tinha vergonha na cara para assumir o feito quando Teddy dizia para ele disfarçar melhor seu pavor de Victorie.

— Céus, aquele ataque não fez bem a ele – comentou Vic olhando Dunch cambalear para fora da biblioteca.

— Você nem faz idéia – murmurou Teddy.

— E então...? – perguntou Victorie. A loira jogava o peso de um pé para outro e mantinha uma compostura completa de alguém ansioso, apertando com força um livro sobre as mãos, arregalando os olhos para fitar Teddy e mordendo o lábio inferior.

— Então... – começou Teddy tentando pensar se ele deveria se lembrar de algo, afinal Victorie parecia estar prestes a explodir — Hum... Pois é – ele coçou os cabelos com a pena, chegando a conclusão que não fazia idéia do que Victorie queria falar.

— Merlin, você fica verde quando pensa de mais! – exclamou a garota, passando a mão pelas madeixas esverdeadas no couro cabeludo de Lupin — Não me diga que esqueceu que dia é hoje.

— Quê? Claro que não! Nosso aniversário, ora – respondeu o metamorfomago claramente ofendido com a mera insinuação da coisa. Teddy Lupin era famoso por guardar datas, fazia questão de saber todas para saber se cairiam na lua cheia. Por sorte faltava uma semana dali até a próxima lua cheia — Droga... – bufou o garoto, ciente que teria de contar a Victorie toda a verdade até a próxima semana, pois precisava proteger Victorie... E as pessoas de Victorie.

— O quê? – perguntou ela — Não importa. Eu tenho um presente pra você!

Teddy involuntariamente esqueceu o assunto lua cheia, afinal, ela tinha um presente pra ele! Quem pensa em problemas quando está prestes a ganhar um presente?

Victorie tirou uma chave de dentro do bolsinho do uniforme da Corvinal e entregou a Teddy. A garota sorria de canino a canino, os olhos brilhavam de emoção.

Teddy sentiu-se murchar como uma flor. Esperava ganhar... Algo que não fosse uma chave.

— Não sei como você adivinhou, eu realmente estava precisando de uma dessas há algum tempo – comentou ele, tentando não chatear a namorada, deixaria para fazer isso apenas na semana seguinte.

— Não seja idiota – Victorie revirou os olhos — Aluguei um quartinho para nós passarmos a noite em uma pousada em Hogsmeade – contou ela voltando a morder os lábios.

“Claro que alugou”, pensou Teddy que por um momento quase se esqueceu da fera selvagem que dominava Victorie e a fazia assediar o garoto todos os dias. Quando Teddy se lembrou do fato quase pôde sentir os arranhões profundos que Victorie havia deixado em suas costas ainda naquela semana.

Não que ele reclamasse, longe disso.

— Ufa, estava pensando o que diabo eu iria fazer com uma chave.

— Estou cansada da sala precisa, torre de astronomia, armário de vassouras, vestiário de quadribol...

— Ei, ei! Não precisa ficar citando aos quatro ventos todos os lugares que já usamos por aí – Teddy olhava de um lado para outro, preocupado de alguém estar os ouvindo. Suspeitava que isso era violação do código da escola, e por mais que Dunch houvesse limpado sua barra declarando que não fora ele que o atacara, Teddy ainda não estava sendo bem visto por Hogwarts.

— Enfim, acho que data requer um quarto de verdade – Victorie deu de ombros, nem tinha mais a vergonha de corar, notou Teddy.

— E você como sempre está mais do que certa – o garoto se levantou e passou seus braços pela cintura da loira, a puxando para perto de si — Eu adorei o presente – confessou ele, envolvendo-a em um beijo.

Madame Pince que passava pelo corredor com seu espanador de pó em mãos não acreditou no que seus olhos viam. Um casal se engraçando bem no meio de seus livros. Foi com muito prazer que enxotou os dois de dentro de sua biblioteca, os espanando enquanto berrava, afinal, ela era a única que tinha o privilégio de fazer isso dentro da biblioteca.

—--

— Sabe, eu realmente já nem sinto que eles são meus mais – comentou James Potter com certa amargura na voz ao entregar para Teddy a capa de invisibilidade que afanara de seu pai Harry e o mapa do maroto.

— Você ainda tem vários anos pela frente para abusar disso por aqui, eu me formo em menos de meio ano ­– se justificou Teddy enrolando a capa de invisibilidade nas mãos, junto com o mapa.

— É o que você pensa, ano que vem quando Albus entrar terei que dividir com ele – bufou James.

— E o que um garoto de 13 anos quer com tais objetos, afinal? – brincou Teddy.

— Não quero nem saber, você vai me indicar para o time de quadribol desde já, soube que o apanhador irá formar no próximo ano.

— Pode deixar! – prometeu Teddy saindo às pressas da sala comunal da Grifinória.

—--

Victorie ficara tão grata pela Pena que Teddy fizera para ela de presente, que não se conteve em várias formas de agradecê-lo dentro do quartinho alugado em uma das hospedagens de Hogsmeade.

Teddy matutara durante toda a tarde sobre o que dar a namorada, quando se lembrou que não passaria quase nada de seu tempo com ela no próximo ano, uma vez que ele se formaria – ou ao menos assim desejava – e ela daria continuação aos seus estudos em Hogwarts. Pensando nisso enfeitiçou duas de suas penas com um feitiço que ouvira falar sobre. Teve de ser sorrateiro ao voltar na biblioteca para procurar sobre o tal feitiço, pois sabia que Madame Pince não esqueceria tão cedo que o expulsara de lá. O feitiço consistia em que tudo que uma pena do par que fora encantado escrevesse, se materializaria em qualquer pergaminho ou superfície propícia a escrita, próximo a onde a outra pena estivesse. Era algo perfeito para se comunicar e se manter perto de Victorie. Não precisaria esperar um dia ou mais para alguma coruja levar uma carta. A hora que quisessem, podiam escrevendo falar um com outro.

Fora o presente perfeito. Um aniversário perfeito.

Estava tudo perfeito.

Victorie estava deitada com a cabeça pousada sobre o peito de Teddy, analisando a pena que ganhara. Mal parecia ter se cansado.

Teddy se sentia satisfeito, outro ano com Victorie ao seu lado como namorada se passara, logo ela se formaria, e talvez dali um aniversário ou dois de namoro já podia pedi-la em casamento. Não escondida de ninguém o desejo que tinha de formar logo uma família.

— Logo temos que voltar – lamentou-se Victorie.

Teddy concordou soltando um pesado suspiro. Sabia que logo dariam pela falta de dois alunos dentro do castelo, e com toda a certeza não seria bom ser pego novamente fora da cama antes do amanhecer após tudo que acontecera.

Victorie terminava de prender os cabelos em um coque após se vestir e Teddy amarrava seus cadarços quando alguém bateu na porta.

O casal se entre olhou simultaneamente após fitarem a porta.

— Vic, você não convidou mais ninguém para se juntar ao meu pacote de presente, convidou? – indagou Teddy, mesmo apesar da brincadeira, a voz da razão que sempre surgia em sua cabeça e que ele atribuíra a voz de sua mãe, mesmo nunca tendo a ouvido, soltou um alerta em sua cabeça.

— Não seja iludido. Talvez seja serviço de quarto? – perguntou Victorie desconfiada, indo em direção da porta. Ás duas da manhã? Teddy duvidava.

— Não abra – sussurrou Teddy, se levantando e pegando sua varinha que estava posta em um criado mudo ao lado da cama.

— Teddy...? – Victorie olhava de Teddy para a varinha.

Outra batida na porta.

— Pegue sua varinha – ordenou o garoto num sussurro.

Victorie obedeceu sem questionar.

Por um segundo tudo ficou em silêncio.

No segundo seguinte um estouro quase derrubou a porta que se abriu num estrondo antes de bater na parede.

— Toc, toc – disse um homem entrando no quarto, se é que podia chamar aquilo de homem. Pelos brotavam de toda sua face, bilateralmente. Teddy notou suas unhas: amarelas e grandes, como garras. O sorriso do tal homem mostrava claramente seus caninos, que mais pareciam duas presas.

Logo atrás do homem, mais dois entraram, esses pareciam mais humanos que o primeiro. Os três trajavam pesadas capas e botas pretas, exalavam um cheiro desagradável de metal.

— Vic, fique atrás de mim – mandou Teddy, não foi preciso dizer duas vezes para que a garota o fizesse.

— O que bonitinho – murmurou um dos homens, esse estava mais atrás, era ruivo, mais baixo que os outros dois, mas tão intimidador quanto.

— Eu realmente tenho que agradecê-los, sério – começou o da frente a falar, sua voz era estridente e incômoda de ser ouvida – Com certeza não seria fácil pegar um lobo dentro de Hogwarts. Aquela escola é protegida de mais pro meu gosto – cuspiu o homem – Mas você veio de bom grado para fora. Seus instintos devem ter te dito que estávamos por aqui, imagino. Afinal, quem nasce com gene licantropo tem os instintos e habilidades mais desenvolvidas do que quem o adquiriu no decorrer da vida.

— São lobisomens – cochichou Victorie em tom assustado no ouvido de Teddy.

— E além de tudo é esperta! – o segundo homem que não havia ainda se pronunciado exclamou.

— Não fiquem assustados. Primeiro, deixe-me nos apresentar. Garra – disse ele indicando o mais miúdo – Canino – apontou para o segundo – E eu sou Greyback, já devem ter ouvido falar de meu irmão mais velho, Fernir, que Deus o tenha.

— O que vocês querem? – perguntou Teddy com a varinha apontada para os três, em posição de ataque.

— Mas não é óbvio? Viemos recrutar mais um lobisomem para nossa matilha, e não aprendemos ainda em como lidar com pessoas que recusam o nosso convite. Somos a matilha mais forte do país. Duas dúzias de lobisomem.

— Bom, isso até a próxima lua cheia – murmurou o mais miúdo de forma displicente.

— Vocês não levarão Teddy – Victorie saíra de trás de Teddy, a varinha apontada para os três lobisomens tremia em suas mãos, embora sua voz permanecesse firme — Temos influência, se o levarem, não irá sobrar nem meia dúzia em sua matilha para contar até a próxima lua cheia.

Os três soltaram gargalhadas que se equiparavam a uivos.

— Teddy? Teddy quem? – perguntou Greyback, visivelmente o líder — Qual seu sobrenome garoto? Sua namorada o mordeu? Ela é tão selvagem assim? – perguntou ele em tom sugestivo — Diga, qual seu nome.

A confusão transparecera no rosto de Victorie.

— Lupin. Teddy Lupin – cuspiu o garoto.

— OOH! – exclamou Greyback — A lua está sorrindo para mim? Quer dizer que viemos atrás de um lobo e encontramos dois?

Victorie arregalara tanto os olhos que Teddy achou que eles iriam saltar das órbitas. Olhava visivelmente confusa de Teddy para os três homens lobos. Sua confusão era tão clara, que até os lobisomens notaram.

— Não vai me dizer, que você não sabia? – perguntou Garra com um ar divertido — Não é atoa que as notícias correram tanto sobre sua ferocidade, um lobo que não sabe que é lobo faz as coisas de forma tão descontrolada... Devíamos ter imaginado.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo! Espero que tenham gostado :D Confesso que a fic ta tomando um rumo um pouco diferente do que pensei de início, mas ainda assim estou amando escrevê-la. O que vocês acharam do cap? Por favor, não deixem de comentar!



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