Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 7
Biblioteca, Harry Potter e Bandos


Notas iniciais do capítulo

ADIVINHEM QUE FIC TEM UM TRAILER AGORA? *o* Shadow Moon :3 Estava louca para postar o capítulo para compartilhar com vocês o trailer. Vou deixar o link aqui nas notas e no inicio do cap. Boa Leitura.


TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=yIstTCWymXU



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Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=yIstTCWymXU

Victorie dormiu por dezoito horas.

Madame Pomfrey deu alta da enfermaria para Teddy, mas o garoto não queria arrastar o pé de lá temendo que a namorada não fosse mais acordar. A idosa praticamente teve que empurrar Lupin porta a fora, pois o garoto insistia em permanecer por ali. Fora o fato de estar preocupado com que Victorie não mais acordasse, se preocupava com o fato de que ela acordasse e Dunch tivesse qualquer tipo de acesso ao vê-la consciente o encarando, alheia a tudo que fizera.

Teddy foi assolado durante os dias seguintes por Fred e Molly pelos quais tinham grande consideração, depois foi à vez de Dominique e James que mesmo sem terem tamanho de gente ameaçavam azarar qualquer um que olhasse torto para Teddy.

Passar um dia inteiro na enfermaria fez o garoto se esquecer por algumas horas que todos achavam que ele havia atacado novamente e que corria chances de ser expulso. Teddy que achara que sua consciência ficaria tranquila e as coisas voltariam ao normal se descobrisse que não era ele quem atacava alunos, se sentia pior do que teria sentindo se não houvesse descoberto. A garota que mais amava era a culpada. Teddy desejou trazer a culpa de volta para seus ombros. Conhecia Victorie bem de mais para saber que ela não suportaria o fardo de que matara sua melhor amiga e atacara seu melhor amigo.

O Grifano passou todo seu tempo recolhido na biblioteca tentando estudar para o NIEMs. Em qualquer outra situação, teria sido notificado quanto suas faltas e obrigado a comparecer para dar satisfação ao diretor de sua casa ou diretora da escola, mas todos os docentes de Hogwarts estavam cientes dos olhares, brincadeiras e ameaças lançadas contra Teddy, por tanto nenhum professor se esforçou para trazer o garoto de volta para a sala de aula.

Victorie foi liberada da ala hospitalar e aparentemente nada se lembrava sobre qualquer um dos ocorridos.

Teddy sabia que teria que encará-la cedo ou tarde, mas estava protelando o máximo para evitar isso de acontecer. Não sabia como olharia para Victorie tendo em mente o que ela era e o que ela fizera. Não conseguiria olhar em seus olhos e fingir que não sabia de nada. Ou pior ainda, não conseguiria olhar em seus olhar e contar a verdade.

Teddy manteve consigo o “mapa do maroto” de James, deixando-o sempre aberto, e quando o potinho intitulado Victorie Weasley aparecia em algum domínio nas redondezas, o garoto dava um jeito de escapulir de onde quer que estivesse sem se esbarrar na namorada.

Dunch recebeu alta pouco tempo depois que Victorie. O garoto ficou várias horas retido no gabinete da diretora sendo questionado pelo corpo docente da escola e membros do Ministério da Magia sobre o que aconteceu na última lua cheia.

— E o que você disse? – perguntou Teddy sentindo que colocaria para fora toda sua janta, pois à medida que Dunch ia contando o ocorrido, seu estômago se revirava mais.

— Que não lembro, é claro.

O garoto suspirou aliviado.

— Te devo essa cara.

— Deve. Mas os cara lá, não sei se engoliram. Eles me olhavam como se estivessem lendo minha mente. O que realmente é possível, pensando bem – comentou o garoto coçando a mandíbula, como se pensasse pela primeira vez na possibilidade.

— Eles não acreditaram mesmo – confirmou Teddy — Mas ao menos terei mais tempo para pensar no que fazer com Vic.

— Você tem que contar a ela, cara – murmurou Dunch olhando para os lados entre as fileiras de livros da biblioteca, para ter certeza se alguém os ouvia — Ela fica me perturbando o dia todo perguntando sobre você, e o pior é que eu não consigo agir mais normal perto dela. Ela me apavora.

— Ela tem um e sessenta e cinco de altura, Dunch. Como alguém de um e sessenta e cinco de altura te apavora? – indagou Teddy incrédulo.

— É porque você não viu o rosto dela todo peludo, as presas e os olhos... Mas pensando bem, vocês combinam mesmo.

— Cale a boca.

— Você que começou, cara! – exclamou Dunch ofendido.

— Não, sério, cale a boca. Estou ouvindo algo.

Teddy apurou os ouvidos. Passos. Alguém vinha vindo.

O garoto puxou o mapa do maroto aberto em meio aos livros esparramados pela escrivaninha e praguejou alto ao ver o pontinho Victorie Weasley quase grudando nos pontinhos intitulados com seu nome e o nome de Dunch.

— Olá – cumprimentou a loira incerta, apertando as mãos com toda sua força sobre pesados livros que segurava, materializando-se ao lado da escrivaninha dos garotos.

Dunch soltou uma exclamação e quase se desequilibrou da cadeira em que ele balança para trás. Num segundo o moreno se colocou de pé e saiu aos tropeços da biblioteca.

— Posso jurar que ele está fugindo de mim – comentou Victorie em um misto de sorriso e incerteza.

Teddy sentiu seu coração apertar ao ver a namorada. Se possível, Victorie ficara ainda mais atraente durante esses dias em que Teddy a evitara.

— Posso jurar que você está fugindo de mim também – continuou ela olhando de soslaio para o mapa do maroto que Teddy retirava sem cuidados da escrivaninha para dentro da mochila.

— Não, não – negou o garoto – Não, não... Não. Não.

Victorie sorriu com o embaraço de Lupin e aproveitou a deixa para dar a volta na escrivaninha e se ocupar do lugar de Dunch.

— Tem certeza?

— Uhum, é tenho sim – balbuciou Teddy — É que os NIEMs... sabe? Sorte a sua ter que fazê-los só no próximo ano.

— Teddy não precisa fingir que nada aconteceu.

O garoto engoliu em seco.

Encarou Victorie e seus expressivos e granduços olhos azuis. Será que ela se lembrava?

— Você se lembra? – perguntou o garoto cauteloso.

— Sim... – respondeu a Weasley baixando os olhos para a mesa — Nunca me esquecerei de como encontramos Dunch.

— Você... hum... Viu o que o atacou? – indagou Teddy, incerto.

— Não – negou a garota balançando os cachos loiros — Deve ter me acertado primeiro, pois acordei na Floresta Proibida. Tivemos sorte Teddy.

— É, tivemos sim – murmurou o garoto sem saber se sentia alívio ou não por Vic não se lembrar. Talvez se ela se lembrasse seria mais fácil, ele não teria que dar a fatídica notícia do que ela era.

— Podia ter sido a gente – sussurrou ela baixinho — Podia ter sido igual foi com Nêmesis.

O coração de Teddy se estilhaçou. Como pelos sete infernos ele poderia contar para Victorie a verdade? Olhando aqueles olhos esbugalhados e as bochechas rosadas da namorada não a conseguia imaginar como um monstro, não conseguia a imaginar como ele. Como tiraria a força dela todas as suas verdades, inocência e lançaria um peso maior do que o céu em seus ombros?

— Vic... – começou ele. Ele teria que falar, não adiantaria protelar mais, uma hora ele teria que falar. Teddy inspirou fundo. A hora era essa. Não poderia deixar a garota se aprofundar mais no que acreditava.

— Não, Teddy – Victorie se levantou e andou até Teddy, se jogando em seu colo — Eu tive tempo para pensar. E percebi que não posso ficar lamentado Nêmesis para sempre. Não me esquecerei dela. Não deixarei de procurar quem ou o que a matou. Mas também não deixarei de viver ou de ser sua namorada.

Teddy piscou algumas vezes. A conversa era a mesma? Como chegaram naquilo? Do que Victorie estava falando?

— Eu não estou te acompanhando – confessou Lupin fazendo uma careta.

— Já tem semanas que não venho sendo uma boa namorada ou amiga – contou ela passando os braços pela nuca de Teddy — E eu sinto falta de nós como éramos. Sinto saudades sua, sinto que estamos afastados e prometemos um ao outro que não deixaríamos isso acontecer.

— Não estamos afastados – protestou Teddy — Só que no momento tem coisa de mais acontecendo e tudo bem termos que priorizar outros assuntos.

— Sim, mas... – Victorie se aproximou delicadamente da orelha de Teddy e sussurrou em seus ouvidos — Mas tudo bem também nos esquecermos de tudo e matar a saudade um do outro. Na sala precisa.

A garota afastou os lábios do ouvido de Teddy e sem afastar o seu rosto do roto do garoto, colocou seus lábios sobre os dele, dando lhe um sugestivo e molhado beijo.

— Agora? – perguntou o garoto atordoado, divido entre o desejo que sentia pela namorada e a sanidade que dizia que ele deveria estar pensando em como contar a verdade a ela e não qual seria a roupa íntima que ela estaria usando por baixo do uniforme.

Victorie se afastou o suficiente para fitar Teddy. Sorria de forma tentadora ao assentir a Lupin.

— A não ser que você esteja ocupado de mais estudado – respondeu ela provocativa.

— Eu... não, não, imagina.

A voz da razão dentro de Teddy o xingava de todos os nomes possíveis e impossíveis.

— Ótimo. Porque eu não estou me aguentando – confessou Victorie — Sinto que tem um animal selvagem dentro de mim que precisa se soltar nesse momento.

O tesão crescente de Teddy foi quebrado por um balde de água fria que foram as palavras de Victorie.

Animal selvagem.

Teddy bem sabia que não eram os hormônios de Vic falando. Era o seu lado selvagem. Toda lua cheia o garoto tinha de controlar seus instintos sexuais, pois nessa época do mês algo acontecia que o fazia ter vontade de fugir para a Sala Precisa com Victorie várias vezes ao dia.

O garoto se recordava de ler algo em que lobisomens fêmeas o problema acontecia duas vezes ao mês: Lua cheia e algum período do ciclo menstrual.

Não que Teddy reclamasse de Victorie querer levá-lo para a Sala Precisa, longe disso. Poderia levá-lo e usá-lo como quisesse. Mas a voz da consciência que o irritava, dizia que não seria certo se aproveitar da boa disposição da namorada sem que ela soubesse o porquê de se sentir tão excitada de repente pelo namorado que fugia dela há dias.

— Vic, eu acho que não... – a garota o silenciou com seus lábios. A única noção que Teddy tinha naquele momento é de que ela estava em seu colo, seus lábios em sua boca e suas mãos por baixo de sua camisa.

Teddy chegou à conclusão de que iria para o inferno, mas iria feliz ao colocar as mãos sobre a cintura namorada e apertá-la mais sobre seu corpo.

— Á sala precisa então? – perguntou ele excitado.

Victorie saltou de cima de Teddy e o puxou pelas mãos, sem se importar com todo o material que eles deixavam largado para trás.

Teddy estava tentando abafar a voz da consciência de sua cabeça quando eles quase tropeçaram em cima de um homem na entrada da biblioteca.

— Harry! – exclamou Vic corando violentamente.

— Vic – cumprimentou Harry Potter com um aceno de cabeça — A diretora disse que eu poderia o encontrá-lo aqui Teddy, estava na escola conversando com seu amigo, Diggory, e pensei em dar um “oi”. Esse seu amigo lembra muito o tio dele.

Carma. Pensou Teddy. Logo agora?

— Oi – respondeu o garoto sorrindo, Victorie abafou um riso.

— Podemos conversar a sós um minuto?

— Eu te espero... – falou Victorie mordendo os lábios, deixando os padrinho e afilhado a sós.

— Teddy, Minerva me contou o que aconteceu. Contou que você e Victorie foram quem encontraram o garoto Dunch – Teddy assentiu, sentindo que esse minuto a sós se tornaria mais desagradável do que o necessário.

“Nem um, como vai?” Pensou o garoto amargurado.

— Madame Pomfrey deixou bem claro para todos que a lesão de Dunch foi feita por um lobisomem.

O garoto suspirou. Sabia onde isso iria chegar.

— Não fui eu – apressou o garoto, pois sabia o que viria a seguir.

— Tem um motivo, Teddy, um motivo para o qual eu e sua avó nos esforçamos tanto para manter isso escondido de todo o resto fora à família. Um motivo para que ninguém fora de sua confiança saiba o que você é – continuou o padrinho como se não o houvesse escutado.

— Eu sei – respondeu Teddy prontamente, aborrecido pelo modo como o padrinho falava, como se ele fosse entender a dimensão real de tudo que estava acontecendo.

— Não Teddy, você não faz idéia – murmurou Harry sombriamente estreitando os olhos.

Teddy notou como o clima e as feições do padrinho mudaram instantaneamente.

— O que o senhor não está me contando? – perguntou o metamorfomago, cauteloso.

Harry suspirou fundo, e por um momento efêmero colocou a mão sobre a cicatriz, como sempre fazia á um sinal de mau presságio. Teddy captou nesse momento que coisa boa não estava por vir.

— Esses acontecimentos não têm ficado isolados na escola, a notícia correu e chegou a ouvidos de quem não deveria nunca chegar. Mesmo o Profeta Diário não publicando nada a respeito.

— O Ministério da Magia – suspirou o garoto imaginando como conseguiria proteger Vic deles. A mandariam para Askaban se soubessem?

Harry negou com a cabeça.

— As pessoa como você vivem em bandos, a maioria abre mão e negam totalmente o convívio social fora do bando. Há vários bandos. Bons, ruins, não importa. Um bando sempre tenta ser mais forte que o outro, e o que define o tamanho da força de uma alcatéia são seus números de membros. Sempre que escutam sobre um novo lobisomem, seja filhote ele, ou não, eles vão atrás. Um bando sempre tenta chegar primeiro que o outro e um recrutamento é sempre um evento sangrento. Eles sabem que tem um lobisomem aqui em Hogwarts, Teddy, esse lobisomem não é você, eu tenho certeza disso. E eu sei que você está protegendo alguém, mas contra toda uma alcatéia, ou várias, você não vai conseguir proteger ninguém. Você precisa me contar quem é o aluno se quiser proteger ele de verdade, pois uma vez membro de um bando, a pessoa perde sua humanidade, e principalmente, sua liberdade.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do trailer? :3
O que acharam do cap?
O que acham que vai rolar agora?
haha espero que tenham gostado