Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 10
Ron Weasley, Mulher Gorda e Diabrete da Cornualha


Notas iniciais do capítulo

MIL desculpas pela demora D:
Espero que gostem pessoal, capítulos finais da fic ♥



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            Não tinha mais jeito, Teddy sabia. Dessa vez ele não iria escapar.

            Estava sendo suspeito de um homicídio, suspeita da tentativa de um – mesmo que Dunch falasse para quem quisesse ouvir, com todas as letras, que não fora Teddy – e agora, com certeza, seria suspeito de desaparecimento de Victorie Weasley.

            Depois de aparatar, completamente devastada, e deixar Teddy sozinho na Casa dos Gritos, o rapaz pensou que talvez, bem talvez, em um mínimo talvez, Victorie haveria voltado para Hogwarts. Imaginou que a encontraria sentada em um degrau de uma escadaria próximo a torre da Corvinal, como já a encontrara várias vezes. Imaginou que levaria alguns dias para Victorie se recuperar da novidade de que ela era uma lobisomem, se preparou para talvez ter que lidar com um término no namoro, por um tempo indeterminado, pois conhecia bem Victorie, ela não o perdoaria por ter mentido para ela tão cedo, se preparou para enfrentá-la, pois ela o mandaria ficar longe, mas ele não iria deixá-la sozinha em um momento tão frágil, afinal, ela nunca o deixou sozinho quando precisava dele, desde criança.

            Mas Teddy não se preparou para não encontrá-la.

            Victorie não voltou para Hogwarts. Quando anoiteceu, o corpo docente da escola já havia notado a falta dela. Após o que se sucedeu ao desaparecimento de Nêmesis, semanas atrás, os professores estavam preparado, em pouco tempo dividiram equipes de busca pelos terrenos de Hogwarts.

            — Não vão encontrá-la – desabafou Teddy, fitando o chão do Salão Comunal da Grifinória.

            James e Dominique trocaram um olhar apreensivo. Os professores mantiveram longe das equipes de busca todas as pessoas mais próximas a Victorie, para evitar envolvimento emocional, é claro que esperavam o pior.  

            — Não diga isso, porra! – exclamou Molly saltando da poltrona onde estava sentada, começando a andar de um lado para o outro — É claro que vão encontrá-la.

            — Não vão. Não até ela querer ao contrário – respondeu Teddy.

            — O que você fez, cara? – indagou Fred — Porque da forma como está falando, Vic desapareceu por vontade própria.

            Dominique olhava de Fred para Teddy, tentando absorver o que o primo queria dizer.

            — É verdade, Teddy? Minha irmã fugiu?

            Teddy assentiu. Não havia motivo para tentar esconder isso de sua família. Logo todos saberiam de toda a verdade. Porém, o que preocupada o garoto, era o bando de lobisomens sedentos por sangue atrás de Victorie para incrementar sua matilha. Se eles a achassem... Ela não teria como lutar contra eles.

            — Espero que ela esteja bem – murmurou James.

            — E então...? – perguntou Fred — O que a fez fugir?

            Teddy não sabia se era seu direito contar a sua família o que Victorie realmente era. Não sabia se ela gostaria que todos soubessem, não antes de ela mesmo entender o que era.

            — Não posso contar.

            — Mas que diabo, Teddy! – exclamou Molly — Ela é nossa família, temos o direito de saber o que está acontecendo, precisamos saber se ela está bem, e...

            Molly foi interrompida, pelo retrato da Mulher Gorda abrindo passagem para alguém entrar no Salão Comunal. Teddy não lembrava de ver a Mulher Gorda tão sorridente e carismática como estava naquele momento.

            “Oh céus, se soubesse que você aparecia por aqui, me arrumaria mais para ocasião! Perdoe o mau jeito... Mas como você está ótimo! Já faz tanto tempo, tanto tempo! Bom te ver, querido!”

            — Bom te ver também... – murmurou jeito o homem de cabeleira ruiva que passava pelo retrato — Na minha época, eu tenho quase certeza que ela não achava nada bom me ver – cochichou olhando de soslaio para o retrato, tendo certeza que já estava fechado — Olá, garotos.

            — Tio, Ron – cumprimentou Molly ainda rabugenta. Cada um dos garotos deu um aceno de cabeça, sem muita emoção ao Weasley que aparecera ali.

            — Victorie está bem – contou ele, deixando todos um pouco mais atento — Ela passou o dia todo conosco no Ministério, foi nosso erro não avisar a direção da escola. Nos envolvemos tanto no assunto que nem lembramos de enviar uma coruja, só lembramos quando uma carta de Neville chegou, pedindo ajuda para um grupo de busca – comentou rindo.

            — Esse tempo todo, ela estava com vocês?! – exclamou Dominique — Eu vou matar a minha irmã!

            — E nós aqui, achamos que ela tinha fugido! – contestou Fred.

            — E por que ela fugiria? – Ron pareceu surpreso.

            — Isso que estávamos tentando fazer Teddy nos contar – respondeu Fred olhando para Teddy com uma carranca no rosto.

            — Sr. Weasley, o senhor não veio aqui apenas para nos contar que Victorie está no Ministério, não é? – indagou Teddy, ignorando os primos postiços.

            Um auror do ministério não apareceria sem motivos importantes dentro do castelo de Hogwarts, Teddy sabia disso muito bem, independente do quão próximo fosse esse auror de algum estudante ou funcionário, até o próprio padrinho de Teddy aparecera apenas por conta da investigação quanto ao assassinato de Nêmesis.

            — Suponho que não, Teddy.

            — O que foi? – perguntou ele se levantando.

            — Podemos conversar lá fora? É particular.

            — O que?! – exasperou Dominique — Não podem não, é minha irmã, não é nada particular o que quer que tenham que falar.

            — Desculpe, Domi – pediu, Ron, e seu tom deixava bem claro que o assunto estava encerrado.

            Teddy ignorou a cara feia dos garotos lhe olhando ao sair do Salão Comunal com Ron ao seu lado. O ruivo permaneceu em silêncio enquanto andavam pelo deserto corredor. Teddy imaginou que todos os alunos deviam estar jantando, após passarem horas fazendo uma busca desnecessária deveriam estar com muita fome.

            — E então...? – começou o garoto, depois de perceber que Ron não fazia nem menção de começar a falar.

            — Teddy, Victorie foi no Ministério depor sobre os crimes ocorridos. Ela nos contou tudo.

            — Mais que droga... – grunhiu Teddy — O que vai acontecer com ela?

            — Eu acho que você sabe o que vai acontecer.

            Teddy sabia. Aconteceria o que ele por semanas imaginou que na verdade aconteceria era com ele. Victorie teria sua varinha quebrada, seria expulsa de Hogwarts, não poderia seguir qualquer carreira descente no mundo bruxo, tomaria dezenas de poções enquanto ficaria presa em algum lugar até ser maior de idade. Depois talvez a transfeririam para Azkaban, por homicídio.

            — Ela vai ser julgada – contou Ron.

            — Mas ela não sabia o que estava fazendo – justificou Teddy.

            — Mas você sabia, Teddy.

            — Não – negou o rapaz, parando de andar, fitando Ron – Não até o Dunch me contar, quando ele foi atacado. Eu não sabia como contar para ela...

            — Teddy, saber de um crime e não contar, faz de você cúmplice.

            — O que isso quer dizer? – perguntou o rapaz confuso.

            Ron soltou um pesado suspiro.

            — Olha, eu odeio de verdade ter que fazer isso. Você sabe o quanto gosto de você, não sabe? Eu admirava muito seus pais, sempre admirei o rapaz que você se tornou. Quando olho pro pequeno Hugo, torço para que ele cresça um bom garoto igual você cresceu.  Você é mais do que família para mim Teddy, quando vi você pela primeira vez, você era menor que um Diabrete da Cornualha...

            — O que foi, Sr. Weasley? – perguntou Teddy, sabendo que coisa boa não viria pela frente.

            — Diabo, odeio fazer isso Teddy, odeio mesmo. Mas me mandaram aqui...

            — O que é? – insistiu Teddy, ávido.

            — Preciso te levar para o Ministério. Você vai ser julgado como cúmplice de Victorie.

 


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Notas finais do capítulo

Quem ainda estiver acompanhando, deixe seu ''hey'' :D
Bom carnaval pessoinhas, até o próximo.



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