Não uso palavras bonitas. escrita por Stherphany


Capítulo 6
Cinco


Notas iniciais do capítulo

Depois de um capítulo pequeno, escrevi outro um pouco maior, acho que vocês devem ficar com raiva desse capítulos minúsculos não é, mas sei lá, não consigo fazer capítulos extensos. Prometo que vou mudar okay?!



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–Ah, mais olha o que o destino nos fez, não é verdade! -Disse Susy, nossa professora de inglês do qual tem uma rixa horrível comigo. -Bom, eu não estou surpresa, já que seu pai só me fala de você.

–P-pai, é uma pegadinha né?! -Disse, rindo nervosa. -Podem sair câmeras!! -Falei, procurando por uma câmera escondida.

–Ah, Arianny, não fale assim. Você deveria estar feliz. Por sua causa estamos juntos. -Disse Susy, abraçando meu pai, eca! -E olha o que temos aqui, Sr Leonardo. -Falou, fitando em Léo. -Tudo bem? -Deu um sorriso.

–Tudo. -Acho que o Léo estava mais chocado que eu.

–Bom, vamos né! -Falou meu pai, percebendo que não saímos da entrada.

–Ah, eu trouxe meu filho, eu falei pra você que o traria, sim. -Disse Susy, ao meu pai. -Felipe?!

Nesse instante um garoto entra por nossa porta. Cabelos castanhos, olhos escuros, vestia uma roupa formal mais que ficava incrivelmente bem, nele.

–Olhe os bons modos Felipe. -Falou sua mãe.

–Essa é a garota que iria me apresentar, mãe. -Ele parou e me analisou por completa, demorando sempre “naquelas” partes. -Se não estivesse de vestido, iria achar que era um menino. -Sorriu.

–O que cê disse?! -Falei, fazendo careta, e olhando bem naqueles olhos. -Pai, tem certeza que não é uma pegadinha. -Olhei pro meu pai, pedindo misericórdia com o olhar. -Eu vou subir, depois mande a Madalena deixar três sobremesas lá em cima. -Disse, puxando Léo, para subir as escadas.

–Não querida, você vai jantar, e comer comida de verdade. -Meu pai me puxou junto com Léo.

Jantar monótono, e conversa fiada. De vez em quando eu olhava pro tal garoto. Que comia calmamente, como se estivesse só ele na mesa, em alguns momentos olhava pro meu pai e dava um sorriso como resposta. Duvido que ele estava ouvindo uma só palavra, já que estava com fone.

–Léo, me passa o frango! -Disse com a boca cheia de farofa e salada. Talvez a Susy não me aguentasse com enteada e fosse embora pra sempre.

–Filha, cadê seus modos, achei que tivesse praticado etiqueta, há alguns meses. -Falou meu pai, quando me viu comer frango com as mãos.

–Bom, é impossível comer frango com garfo e faca, além disso, eu matava todas aquelas aulas em uma loja de discos, sem nenhum preconceito, mais lá só tinha almofadinha. -Falei, ainda com frango na boca. -Você queria que eu comesse, sim?! Estou comendo! -Sorri

–Ahh, bom, mais iai, como está se sentindo, ao saber que você foi a nossa cupido?! -Disse Susy, olhando pra mim e meu pai alternadamente. -Se não fosse por seu comportamento inadequado, eu nunca iria ter a chance de falar com seu pai tantas vezes, rsrs.

–Quer saber mesmo?! -Perguntei, ela se calou e continuou a comer.

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–Bom, foi ótimo nosso encontro. -Disse Susy, se virando e saindo pela porta.

–É melhor ir se acostumando, linda. -Disse meu pai. -Deixo acompanhá-los.

–Foi bom conheceu você, éééé. -Falou Felipe, parando para lembrar meu nome.

–Não precisa lembrar, se der sorte. Nunca mais você irá me ver. -Disse, apática.

–Que bom. -Ele estendeu a mão.

Limpei minha mão no vestido, e o cumprimentei, fazendo questão de deixar um pouco de farinha nas mãos dele. Dei um sorriso.

–Vamos Léo, pegue o resto da sobremesa e suba, hoje o dia foi horrível.

Subimos as escadas e entramos no quarto, tirei as sapatilhas e sentei no tapete, em frente a TV.

–Você tá bem Anny?! -Perguntou Léo, pondo a travessa de musse de chocolate no tapete e ligando o jogo e a TV.

–Eu só quero jogar. -Falei, pegando o joystick. -Sabe, meu pai poderia namorar com qualquer uma. Uma modelo, uma empresária, até uma bibliotecária. Mas uma professora, logo, a minha professora, justo a que tem marcação comigo?! -Disse batendo a mão no rosto.

Susy era a professora mais nova do colégio, mais no fim, não era nada diferente das outras, só era mais magra, e ainda não tinha verrugas em lugares estranhos...Ainda.

Eu sempre fui boa em inglês, era o resultado de viver com vários jogos e músicas internacionais, tirava um dez facinho, sem assistir uma só aula. Por isso sempre dormia ou conversava na aula de inglês, porque no fim, sempre tirava boas notas.

Com isso, o ódio da Susy por mim se iniciou, e bom, eu não posso negar, aquele sentimento foi recíproco.

–E você viu aquele filho dela, e um idiota, e crianção. Eu pareço um garoto, claro que não! -Nesse instante, Léo me examina dos pés a cabeça. -Você também não, né?!

–Bom, só um pouquinho... -Ele ri.


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Notas finais do capítulo

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