A Boneca de Emily escrita por Obake Suripu, Tia Luka Kane


Capítulo 8
Sótão


Notas iniciais do capítulo

Olá smiles lindos da tia!
Como vão? Eu vou bem ^-^

Well, eu realmente queria suas teorias... Mas tudo bem.

Boa leitura, smiles.



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No dia seguinte, Mia e eu voltamos para casa juntas. Dolleye não gostara muito da ideia, e não adiantou pedir para que ela ao menos conhecesse Mia. Ela não queria nem aparecer em casa aquele dia.

Mia adorou a aparência antiga da casa, e disse que se parecia muito com aquelas mansões mal-assombradas de filmes de terror. Então eu descobri que, assim como eu, Mia também curtia filmes de terror, o que resultou em mais uma longa discussão sobre o assunto.

Ao chegarmos em casa, mamãe nos recebera com um banquete delicioso com minhas comidas favoritas. Nos deliciamos com cada prato até estarmos cheias e sonolentas.

— Mamãe, Mia e eu queremos dar uma olhada nas coisas antigas da família para vermos se achamos alguma coisa. Poderia dar uma dica de onde procurar?

— Acho que vi alguns álbuns de fotos, livros e diários velhos lá no sótão. Poderiam começar por lá.

— Obrigada. Vem, Mia.

Subimos até o sótão e, de fato, achamos vários álbuns e livros velhos.

— Uau, olha isso tudo. Deve ser mais velho que esse país. — comenta Mia.

— Não exagera Mia — comento rindo.

Um livro me chama a atenção, em meio a tantos outros. Olho sua capa roxa e azul, já surrada pelo tempo. O nome, já quase descascando, mas ainda podia-se ler: "Contos Dododgianos".

— Este parece interessante — comento em um quase sussurro.

— Ah, não mesmo — diz Mia — Isso deve ser mais velho que minha avó. Olhe, vamos dar uma olhada nesses álbuns.

Pegamos o primeiro, onde se lia em letras cursivas e elegantes: "Margareth: 1883".

— Esse é bem velho — digo rindo.

Abrimos, nos surpreendendo logo em seguida. Por mais que tivesse a capa velha, surrada, e aparência de ter sido feito há muito tempo, o conteúdo do álbum era nada. Totalmente vazio. Nenhuma foto. Todas as folhas em branco.

— Que estranho — diz Mia.

Realmente, muito estranho.

— Talvez não tenham colocado nada neste. Vamos dar uma olhada neste.

Pego outro álbum: "Gerald: 1983".

— É do meu pai! — exclamo surpresa. — Não sabia que tinha um álbum do meu pai aqui!

Mia ri.

— Eu ainda não o conheci... — ela comenta.

— Ah... Ele morreu há 7 anos...

— Ah, sinto muito, Emy.

Sorrio.

— Tudo bem.

— Então vamos abrir! — diz ela animada.

Abrimos o álbum, mas o resultado é o mesmo: vazio.

— Não desanima Emy. — diz Mia ao ver minha expressão desapontada.

— Só... Achei que pudesse ter uma lembrança dele.

— Talvez achemos outra coisa!

Ficamos a tarde toda abrindo álbuns e procurando algo que contasse a história da família Jones, mas não achamos nada. No fim, Mia fora até lá inutilmente, pois não pudemos realizar o trabalho. Como eu diria isso a Sra. Red?

~~*~~

— Mãe, você viu minha boneca?

— Não vi não, filha — grita mamãe de volta, debaixo da escada.

Volto para o quarto e procuro novamente pela boneca, mas não encontro nada. Já faziam 2 dias que nem Dolleye, nem a boneca apareciam. Tento inutilmente procura-la, falando com flores ou qualquer coisa que pudesse me informar de Dolleye.

Teria ela ficado chateada por eu ter insistido em trazer Mia para casa? Não vejo o porquê disso. E mesmo que estivesse ela teria aparecido para brigar comigo com certeza. Seu sumiço era de fato muito estranho.

Sento-me na cama, desanimada.

— Emily, vamos nos atrasar. Já está pronta?

— Mãe, eu preciso da minha boneca!

— Emily, você procura depois da escola. Vamos logo!

Suspiro. Mamãe tem razão. Se eu não correr, me atraso.

~~*~~

— Nossa Emy, você parece mal. O que aconteceu?

— Bem... Eu...

Mia estranharia se eu dissesse que estou pra baixo por causa de uma boneca. Afinal, eu não tinha mais idade para brincar de bonecas.

— Vamos lá, Emy. Você pode me dizer.

Desde o dia que fuçamos no sótão, as coisas têm ficado realmente estranhas. Depois que Mia fora embora, mamãe me puxara para uma conversa esquisita

~~* Flashback on *~~

— Filha, você se lembra do que te contei, sobre a prima de seu pai, Bianca?

— Sim.

Eu me lembrava muito bem. Mamãe, quando mais nova, apaixonara-se por Bianca, e viveram momentos lindos juntas. Porém, a mãe de Bianca, a minha tia-avó Vanessa, não aceitou de jeito nenhum quando descobriu. Bianca morreu depois de cair da longa escadaria de sua casa. Mamãe ainda acha que Vanessa matou a pobre Bianca, mas nunca teve provas o suficiente. Depois disso, mamãe decidiu que um romance hétero era muito mais seguro e feliz do que um homo. Então se apaixonou pelo primo de Bianca, Gerald, meu pai, e casou-se com ele.

— Bem, Emily, eu sei quando uma garota está interessada em outra. E com toda certeza, Mia não quer somente sua amizade.

— Ah, mãe, mas Mia é só uma amiga.

— Eu só quero o melhor para você, Emily. Mia com certeza está interessada, então tome cuidado.

~~* Flashback off *~~

— Eu tenho uma boneca que era da minha bisavó, e é muito importante para mim. Mas eu não a acho em lugar nenhum, e estou preocupada. — acabo contando. Porém, Mia não liga para o fato de eu gostar de bonecas.

— Talvez você tenha deixado em algum lugar que não lembre — Ela comenta.

— Pode ser... — digo incerta.

— Você vai achar. Venha, agora é aula daquele professor doido de filosofia.

— Que professor doido? — eu ainda não conhecera meu professor de filosofia. Aparentemente, tínhamos aula com ele apenas na sexta.

— Você vai ver.

~~*~~

Realmente, o professor de Filosofia era completamente pirado. Tinha cabelos castanhos bagunçados, olhos também castanhos e esbugalhados. Sua postura inquieta parecia demonstrar o quanto de energia ele tinha. Ele usava um chapéu colorido parecido com uma cartola.

— Bom dia pequenos pirilampos — ele diz animado — Bem-vindos ao segundo semestre deste ano letivo!

Ele ri histérico.

— Bom, como podem ver — ele aponta para a lousa — Esse bimestre aprenderemos sobre a importância da lei e a inutilidade dela — ele ri — Afinal, não parecem se importar tanto com ela, não é?

Ele vai até sua mesa e pega uma garrafa térmica laranja — esta que pareceu piscar para mim — e coloca o conteúdo fumegante em uma xícara de porcelana.

— Como eu dizia — ele dá uma pausa para tomar um gole do líquido âmbar — Vamos fazer algumas comparações com o que está na lei e o que é cumprido. — mais um gole — E também deixarei vocês por dentro dos seus direitos e deveres. — ele ri animado. — A um ótimo segundo semestre! — ele levanta a xícara em brinde e acaba derramando um pouco do líquido no chão, mas ele não parece se importar. — Oh, que indecência minha. Querem chá?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Comentem pra tia saber!

Amo vocês, até ♡



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