A Boneca de Emily escrita por Obake Suripu, Tia Luka Kane
Notas iniciais do capítulo
Olá smiles lindos da tia!
Como vão? Eu vou bem ^-^
Well, eu realmente queria suas teorias... Mas tudo bem.
Boa leitura, smiles.
No dia seguinte, Mia e eu voltamos para casa juntas. Dolleye não gostara muito da ideia, e não adiantou pedir para que ela ao menos conhecesse Mia. Ela não queria nem aparecer em casa aquele dia.
Mia adorou a aparência antiga da casa, e disse que se parecia muito com aquelas mansões mal-assombradas de filmes de terror. Então eu descobri que, assim como eu, Mia também curtia filmes de terror, o que resultou em mais uma longa discussão sobre o assunto.
Ao chegarmos em casa, mamãe nos recebera com um banquete delicioso com minhas comidas favoritas. Nos deliciamos com cada prato até estarmos cheias e sonolentas.
— Mamãe, Mia e eu queremos dar uma olhada nas coisas antigas da família para vermos se achamos alguma coisa. Poderia dar uma dica de onde procurar?
— Acho que vi alguns álbuns de fotos, livros e diários velhos lá no sótão. Poderiam começar por lá.
— Obrigada. Vem, Mia.
Subimos até o sótão e, de fato, achamos vários álbuns e livros velhos.
— Uau, olha isso tudo. Deve ser mais velho que esse país. — comenta Mia.
— Não exagera Mia — comento rindo.
Um livro me chama a atenção, em meio a tantos outros. Olho sua capa roxa e azul, já surrada pelo tempo. O nome, já quase descascando, mas ainda podia-se ler: "Contos Dododgianos".
— Este parece interessante — comento em um quase sussurro.
— Ah, não mesmo — diz Mia — Isso deve ser mais velho que minha avó. Olhe, vamos dar uma olhada nesses álbuns.
Pegamos o primeiro, onde se lia em letras cursivas e elegantes: "Margareth: 1883".
— Esse é bem velho — digo rindo.
Abrimos, nos surpreendendo logo em seguida. Por mais que tivesse a capa velha, surrada, e aparência de ter sido feito há muito tempo, o conteúdo do álbum era nada. Totalmente vazio. Nenhuma foto. Todas as folhas em branco.
— Que estranho — diz Mia.
Realmente, muito estranho.
— Talvez não tenham colocado nada neste. Vamos dar uma olhada neste.
Pego outro álbum: "Gerald: 1983".
— É do meu pai! — exclamo surpresa. — Não sabia que tinha um álbum do meu pai aqui!
Mia ri.
— Eu ainda não o conheci... — ela comenta.
— Ah... Ele morreu há 7 anos...
— Ah, sinto muito, Emy.
Sorrio.
— Tudo bem.
— Então vamos abrir! — diz ela animada.
Abrimos o álbum, mas o resultado é o mesmo: vazio.
— Não desanima Emy. — diz Mia ao ver minha expressão desapontada.
— Só... Achei que pudesse ter uma lembrança dele.
— Talvez achemos outra coisa!
Ficamos a tarde toda abrindo álbuns e procurando algo que contasse a história da família Jones, mas não achamos nada. No fim, Mia fora até lá inutilmente, pois não pudemos realizar o trabalho. Como eu diria isso a Sra. Red?
~~*~~
— Mãe, você viu minha boneca?
— Não vi não, filha — grita mamãe de volta, debaixo da escada.
Volto para o quarto e procuro novamente pela boneca, mas não encontro nada. Já faziam 2 dias que nem Dolleye, nem a boneca apareciam. Tento inutilmente procura-la, falando com flores ou qualquer coisa que pudesse me informar de Dolleye.
Teria ela ficado chateada por eu ter insistido em trazer Mia para casa? Não vejo o porquê disso. E mesmo que estivesse ela teria aparecido para brigar comigo com certeza. Seu sumiço era de fato muito estranho.
Sento-me na cama, desanimada.
— Emily, vamos nos atrasar. Já está pronta?
— Mãe, eu preciso da minha boneca!
— Emily, você procura depois da escola. Vamos logo!
Suspiro. Mamãe tem razão. Se eu não correr, me atraso.
~~*~~
— Nossa Emy, você parece mal. O que aconteceu?
— Bem... Eu...
Mia estranharia se eu dissesse que estou pra baixo por causa de uma boneca. Afinal, eu não tinha mais idade para brincar de bonecas.
— Vamos lá, Emy. Você pode me dizer.
Desde o dia que fuçamos no sótão, as coisas têm ficado realmente estranhas. Depois que Mia fora embora, mamãe me puxara para uma conversa esquisita
~~* Flashback on *~~
— Filha, você se lembra do que te contei, sobre a prima de seu pai, Bianca?
— Sim.
Eu me lembrava muito bem. Mamãe, quando mais nova, apaixonara-se por Bianca, e viveram momentos lindos juntas. Porém, a mãe de Bianca, a minha tia-avó Vanessa, não aceitou de jeito nenhum quando descobriu. Bianca morreu depois de cair da longa escadaria de sua casa. Mamãe ainda acha que Vanessa matou a pobre Bianca, mas nunca teve provas o suficiente. Depois disso, mamãe decidiu que um romance hétero era muito mais seguro e feliz do que um homo. Então se apaixonou pelo primo de Bianca, Gerald, meu pai, e casou-se com ele.
— Bem, Emily, eu sei quando uma garota está interessada em outra. E com toda certeza, Mia não quer somente sua amizade.
— Ah, mãe, mas Mia é só uma amiga.
— Eu só quero o melhor para você, Emily. Mia com certeza está interessada, então tome cuidado.
~~* Flashback off *~~
— Eu tenho uma boneca que era da minha bisavó, e é muito importante para mim. Mas eu não a acho em lugar nenhum, e estou preocupada. — acabo contando. Porém, Mia não liga para o fato de eu gostar de bonecas.
— Talvez você tenha deixado em algum lugar que não lembre — Ela comenta.
— Pode ser... — digo incerta.
— Você vai achar. Venha, agora é aula daquele professor doido de filosofia.
— Que professor doido? — eu ainda não conhecera meu professor de filosofia. Aparentemente, tínhamos aula com ele apenas na sexta.
— Você vai ver.
~~*~~
Realmente, o professor de Filosofia era completamente pirado. Tinha cabelos castanhos bagunçados, olhos também castanhos e esbugalhados. Sua postura inquieta parecia demonstrar o quanto de energia ele tinha. Ele usava um chapéu colorido parecido com uma cartola.
— Bom dia pequenos pirilampos — ele diz animado — Bem-vindos ao segundo semestre deste ano letivo!
Ele ri histérico.
— Bom, como podem ver — ele aponta para a lousa — Esse bimestre aprenderemos sobre a importância da lei e a inutilidade dela — ele ri — Afinal, não parecem se importar tanto com ela, não é?
Ele vai até sua mesa e pega uma garrafa térmica laranja — esta que pareceu piscar para mim — e coloca o conteúdo fumegante em uma xícara de porcelana.
— Como eu dizia — ele dá uma pausa para tomar um gole do líquido âmbar — Vamos fazer algumas comparações com o que está na lei e o que é cumprido. — mais um gole — E também deixarei vocês por dentro dos seus direitos e deveres. — ele ri animado. — A um ótimo segundo semestre! — ele levanta a xícara em brinde e acaba derramando um pouco do líquido no chão, mas ele não parece se importar. — Oh, que indecência minha. Querem chá?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam? Gostaram? Comentem pra tia saber!
Amo vocês, até ♡