A Boneca de Emily escrita por Obake Suripu, Tia Luka Kane


Capítulo 13
Suco de Frouley


Notas iniciais do capítulo

Olá, smiles! Tudo bem com vocês? Eu estou ótima!

Demorei mas cheguei ahuehaueh

Boa leitura, smiles.



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No dia seguinte, a situação fica mega constrangedora. Mia parece tentar me evitar, embora não tenha sido rude comigo em nenhum momento. Ela me pediu educadamente para fazer o trabalho com outra pessoa, e eu não a culpo. Agora sozinha, peço à professora educadamente mais algum prazo para terminar seu trabalho.

– Achei que era uma boa aluna, Jones. Não esperava isso de você - diz ela séria.

– Eu ando tendo alguns problemas ultimamente, professora. Eu... Tive que frequentar um psicólogo - digo timidamente - E Mia não pretende fazer o trabalho comigo.

– Certo, certo. Vou te dar um desconto porque é nova aqui. Mais uma semana está bom para você?

Assinto alegremente.

– Sim, está ótimo.

– Vou deixar passar essa mentirinha sua porque sei que tem um grande propósito, Jones. Da próxima exigirei atestado, está bem?

– Não é mentira, mas eu trago.

~~*~~

Depois de convencer a professora, me dei conta que eu era mesmo uma causa perdida. Como iria fazer o trabalho sem as fotos e sem alguma história legal para contar? Uma que não envolva bonecas humanas? Desesperada, subo pela vigésima vez ao sótão, dois dias depois de Mia ter me atacado, procurando qualquer coisa que servisse. E pela vigésima vez, nada. Já estava entrando em desespero.

– Posso ajudar-te se quiseres - mesmo de costas, sei que é Dolleye, e ela tem uma voz culpada.

– Você não pode - digo ainda de costas - Ninguém vê as fotos.

– Darei um jeito para que enxerguem - ela diz compreensiva.

Só então me viro para encara-la. Ela tem olheiras e tem ar de quem não dormiu bem. Seus olhos estão inchados. Ela carrega uma cesta com várias frutinhas estranhas de cor púrpura que nunca vi na vida.

– Mesmo?

Ela sorri de lado

– Sim. Mas vais dever-me um favor.

– Que favor?

– Direi-te quando terminarmos.

Sem muita escolha, aceito seu acordo e nos colocamos a trabalhar. Ela corta uma frutinha no meio e fico surpresa por ver que ela não tem nada em seu interior, exceto por um líquido vermelho parecido com sangue, o qual Dolleye espalha sob a primeira página do primeiro álbum.

– O nome dessa fruta és Frouley. Seu suco funcionas como um colírio para os olhos humanos. Ele deixa-os ver o que não conseguem quando o líquido o toca.

– Você podia passar um pouco disso em você... - digo deprimida.

Ela ri. Aquele som gracioso ecoando em todo o sótão.

– Não posso. Esta fruta és muito difícil de encontrar, e és preciso arriscar-lhe a vida para colhê-la.

– Então porque você as colheu?

– Para ajudar-te.

– Mas então não precisava! - levanto do banco, preocupadíssima e a olhando severa - Não arrisque sua vida por algo tão banal!

Ela sorri, meiga e gentil.

– Se fores por ti, não importo-me a fazê-lo. Vem, vou te ensinar como corta-las e espalhar seu suco.

~~*~~

Não demoramos muito para espalhar o suco por todos os álbuns, exceto o último. Eu jamais o levaria mesmo. Dolleye então me leva ao meu quarto e senta em minha cama. Em seguida, ela bate sua mão no colchão a sua esquerda.

– Deita-te. Vou contar-lhe algumas histórias legais para que conte aos teus colegas.

Faço o que ela pede e deito em seu colo. Era um lugar gostoso de se estar, como se nada no mundo pudesse me chatear ali. Então ela começa:

– Tua bisavó eras uma garota muito bonita quando mais nova. Ela sempre usava roupas rosa, pois dizia admirar meus vestidos. Ela gostava muito de ler, colher flores e cantar com elas também. Não fostes admirável quando se apaixonastes por seu bisavô, o Bill. Ele eras um rapaz gentil e atencioso que gostava de escrever. Margareth amava ler suas histórias. Bil fizera muito sucesso quando mais novo, com seus livros com histórias fantásticas que Margareth passava horas a ler. Mas infelizmente Bill decidiu que não continuaria para se casar com Margareth. Embora este pudesse continuar mesmo casado, ele dizia que Margareth merecia toda sua atenção voltada para ela, de modo que ele escreveria para ela, e somente para ela.

– Isso é lindo - comento, imaginando o quanto bisavó Margareth devia ser feliz com o bisavô Bill.

– Bill e Margareth tiveram duas filhas. Tua tia-avó Vanessa e tua avó Vitória. Vitória eras uma garota doce e gentil como a mãe, e raramente arrumava confusão. Mas Vanessa tinha um gênio explosivo, era dona de uma personalidade forte e não aceitava ordens de ninguém.

– Deu pra ver pelos últimos álbuns. - digo simplesmente.

– Margareth teve uma morte inexplicável, assassinada em sua própria cama. Curiosamente, os Jones não quiseram dar continuidade às investigações e o paradeiro do assassino de Margareth és desconhecido. Após o assassinato, Bill mudou-se com as filhas para outro condado, mas manteve a antiga casa sem ser vendida. Para manteres a memória de Margareth viva, Bill deixou seu quarto do jeito que ela gostava quando mais nova, e não deixou que ninguém mudasse nada do lugar.

– E então vovó Vitória casou-se com Heitor e teve papai, que se casou com mamãe e nasceu eu! - digo fazendo pose e rindo.

– Correto! - diz Dolleye rindo também.

~~*~~

– ... Então Gerald se casou com Susan e eu nasci - digo sorrindo para os curiosos da minha sala - Emily Jones.

Todos batem palmas e eu fecho o álbum, me revereciando para todos ao levantar do banco.

– Muito bem, senhorita Jones - diz Sra. Red - Ganhou um dez.

Todos me olham surpresos e eu quase explodo de alegria. Segundo meus colegas, era muito difícil conseguir um dez com a Sra. Red. Muito menos quando se atrasa tanto para a entrega.

Volto para meu lugar, e Mia se vira para me cumprimentar:

– Você esteve ótima. Não sabia que sua bisavó havia sido assassinada.

– Descobri a pouco tempo.

– Como conseguiu achar os álbuns com fotos?

Penso por um instante, mas decido falar a verdade. Já não me importava mais mesmo.

– Dolleye me ajudou - digo com firmeza - Passamos suco de Frouley nas páginas.

– Mily... O que é Frouley? Nunca ouvi falar - ela hesita, mas continua: - E você sabe que Dolleye...

O sinal toca, mas não me seguro quando solto a avalanche:

– Problema é seu se não a vê. Eu a vejo e é o que importa. Ela é minha melhor amiga porque acredita em mim e se importa com minha opinião. Ao contrário de você, que além de não acreditar ainda não se importa se eu quero ou não te beijar.

Levanto-me irritada, saindo da sala e deixando uma Mia surpresa para trás.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem pra tia saber!

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Até a próxima o/



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