Eu encarei a mim mesma com a expressão nervosa, a Felicity do espelho estava com as bochechas vermelhas e as sobrancelhas franzidas. Eu suspirei, apoiando-me contra a pia e deixando o ar escapar dos meus pulmões mais uma vez.

Tudo bem, Felicity. É o Oliver. Repeti para mim mesma mais uma vez. Eu não era Bella Swan e não precisava surtar em um banheiro, quero dizer, isso nunca aconteceu antes, era só entrar no quarto e ficar com ele! O que mais eu quis desde que tinha quinze anos? Céus, era ficar com Oliver, vê-lo sorrir, beijar seus lábios, sentir seu toque em minha pele.

Eu sorri confiante

Sim, tudo que eu mais queria nesse momento era sentir cada toque de Oliver em cada pedaço do meu corpo. Abri a porta do meu banheiro receosa, admirando mais uma vez o quarto que Sara me ajudara a arrumar. Havia flores por todos os lados e velas, aromatizantes porquê segundo ela, eles faziam o clima ser melhor. E o principal de tudo, havia Oliver. Esperando-me sentado na minha cama coberta de lençóis vermelhos. Ele se levantou parecendo ansioso quando notou minha presença, estava sem camisa e eu desci meus olhos por seu corpo, mordendo meu lábio ao observar cada pequena cicatriz de seu peito, além da tatuagem chamativa e sensual. Ual. Pensei abobalhada, eu realmente tinha muita sorte.

– Você está linda, absolutamente linda. - Elogiou com a voz rouca e sensual, eu estremeci vergonhosamente, observando-o dar dois passos em minha direção. Engoli em seco, sentindo meu corpo esquentar só de estar próximo ao seu. Seu perfume me envolvia e enredava, deixando meus sentidos lentos e confusos. Esse era o efeito Oliver sobre mim.

– Obrigada. - Murmurei abrindo um sorriso envergonhado. - Você também é lindo, quero dizer, está bonito, sem camisa... sabe, com a tatuagem e... - Levei as mãos ao rosto, fechando os olhos e os lábios com força. - Eu... desculpe, vou ficar parada, não exatamente parada, só em silêncio, quero dizer, eu não... Ok. - Minha voz soou abafada pelas mãos que escondiam meu rosto.

Ouvi seu riso ao mesmo tempo em que sentia suas mãos segurando meus pulsos com delicadeza. Ele afastou minhas mãos do rosto e eu abri meus olhos, muito consciente de sua presença poderosa a centímetros de mim. Deus, isso fazia sentido? Esse tipo de amor? Esse sentimento que me fazia delirar por este homem?

– Não fique nervosa. - Murmurou passando os dedos com suavidade pela maça do meu rosto, mais uma vez eu fechei meus olhos, completamente entregue ao seu toque quente e envolvente. - Confie em mim.

– Não vou. - Sussurrei fitando-o diretamente. - Sempre.

Oliver sorriu, aproximando seu rosto do meu e eu entreabri meus lábios esperando por seu beijo, no entanto, diferente do que eu esperava, sua boca tocou minha bochecha direita, em seguida a esquerda e então lentamente o rosto todo. Eu estava ali, parada no meio do quarto, usando um lingerie cor de rosa - porque achava que vermelho era luxurioso demais para esta noite especial - e estava completamente derretida e envolvida pelo perfume de Oliver. Fechei meus olhos, sentindo o toque de seus dedos escorregarem em direção ao meu pescoço, tocando cada pedaço da minha pele e deixar um rastro de fogo por onde passavam.

– Oliver? - Murmurei quase em um sussurro baixo, abrindo meus olhos e encarando-o os seus. Estavam quentes, enevoados e tão desejosos quanto os meus. Passei a língua pelos lábios, de repente, completa e absurdamente desesperada por uma única coisa.

– Sim, amor? - Sussurrou de volta e minhas pernas praticamente viraram gelatina.

– Beije-me.

Como se somente esperasse por meu pedido, ele beijou com urgência e ansiedade, fazendo-me derreter completamente em seus braços, as mãos de Oliver enlaçaram minha cintura, puxando-me em sua direção. Eu arfei, espalmando minhas mãos em seu peito por um mísero minuto, no seguinte, entretanto, minhas mãos já estavam em sua nuca, puxando-o ferozmente para mim e unindo meu corpo ao seu o máximo que a lei da física permitia. Era um fato verídico, eu o queria. E não queria só porque Oliver era lindo e era gostoso, claro, ele realmente era lindo e gostoso, era forte e sensual, e Deus! Ele tinha um cheiro maravilhoso. Mas, não. Eu o queria porque era o Oliver, o meu Oliver. Eu o amo desde que aprendi a falar, a primeira pessoa que chamei foi Oliver. Foi o primeiro homem que amei e o primeiro que já imaginei passar a vida ao lado, ele era o meu melhor amigo e era o amor a minha vida,. Eu o amo com todo meu coração e com todo meu corpo. E queria que meu corpo fosse dele tanto quanto o outro órgão pulsante cheio de sangue era.

Não havia ninguém como Oliver.

Eu suspirei em seus lábios, afastando-me quando o ar me foi suficiente, meus lábios provavelmente inchados e minha respiração ofegante, eu sentia meu peito subir e descer descompassado. Minhas mãos voltaram a descer por seu pescoço, indo em direção ao seu peito em um impeto de coragem, lentamente eu o empurrei em direção à cama. Sorri, observando-o como um mendigo faminto observa um suculento prato de comida e ele riu. Esse era o momento, era o nosso momento. - Minha nossa, eu esperei muito por isso. - Murmurei fitando seu dorso nu. A única luz do quarto eram as das velas e Oliver não podia estar mais bonito, me ajoelhei sobre o colchão, aproximando-me dele e colocando minhas pernas ao redor de seu colo, eu podia sentir sua excitação tocar a camada fina da lingerie e estremeci sentindo meu interior umedecer imediatamente, um desejo feroz e enlouquecer, estremeci mais ainda quando senti a mão de Oliver adentraram o tecido da camisola, grandes e fortes apertando a pele da minha coxa. Apoiei minhas mãos em seus ombros e ele me encarou sério, os olhos de um tom diferente do comum. Meus cabelos caíram sobre meu rosto e Oliver pegou uma mexa com a mão livre, enrolando-a nos dedos e me fazendo estremecer, eu passeei minhas mãos por sua pele, me deliciando com cada músculo e cada pequena cicatriz. Eu sorri, aproximando meu rosto de seu peito e beijando cada uma delas delicadamente, Oliver jamais me contara como as conseguira, eu achava que deveria ser perfeito, ter a pele perfeita. Entretanto, todas essas imperfeições faziam com que ele fosse quase humano, e eu adorava isso. Senti seu corpo estremecer abaixo do meu e me senti satisfeita com sua reação, satisfeita com os pequenos grunhidos que ele soltava cada vez que eu me remexia sobre seu colo. Arranhei sua pele com meus dentes suavemente e o ouvi grunhir mais ferozmente. Soltei um grito agudo e surpreso quando rapidamente ele nos girou, ficando por cima do meu corpo. As mãos seguraram as minhas, erguendo-as até em cima da minha cabeça e eu prendi a respiração, esperando ansiosa.

Não havia mais receio entre nós, nem hesitação, somente a excitação. A nossa bolha tão costumeira. Oliver soltou meus braços, no entanto, eu os mantive lá, entregue, parada, anestesiada, seus dedos se infiltravam em minha pele, deixando um rastro de fogo por onde passavam, suspirei quando nossos lábios se uniram mais uma vez, apertando-me contra seu corpo e lentamente, Oliver desceu a alça da camisola, deixando-me exposta para ele. Eu estremeci diante da brisa fria que infiltrou minha pele e os lábios de Oliver separaram-se dos meus descendo com suavidade e uma lentidão torturante em direção ao meu pescoço, eu me inclinei a cabeça dando a ele total acesso àquela área. Fechei meus olhos, completamente rendida por suas mãos fortes e seus lábios habilidosos passeando por minha pele, senti quando Oliver desfez o pequeno laço que prendia a peça ao meu corpo e ela escorregou pelos meus braços.

– Oliver... - Eu murmurei sentindo ele traçar com a ponta dos dedos o contorno da lateral dos meus seios e seus lábios parearem pelo vão entre eles, torturando-me descaradamente. - Oliver...

– Felicity. - Murmurou com os lábios entre a minha pele, a voz rouca e sensual me fez estremecer quase de prazer. - Sabe o quanto eu esperei por isso? - Voltou a sussurrar depositando um beijo em meu queixo e outro mais abaixo, descendo lentamente.

– Não tanto... Não como eu. - Murmurei quase confusa e senti seu corpo tremer abaixo do meu. - Estou aqui, quase completamente nua em seu colo e...

– Shhhi, Felicity. - Oliver calou-me com um beijo e eu me agarrei a ele, saboreando cada segundo de seus lábios nos meus. Era típico de mim questionar, mas Oliver tinha razão. Eu não queria pressa. Queria lentidão, queria que Oliver me amasse como quisesse e então o fizesse de novo e de novo e quantas vezes pudéssemos para aproveitar esta noite e todas as outras da minha vida. Eu suspirei quase contrariada quando Oliver afastou seus lábios dos meus e pude ouvir seu riso satisfeito, mas logo, agilmente, ele estava deitando-me contra o colchão outra vez e eu suspirei de novo, dessa vez completamente impressionada por seu físico atordoante de tão sexy. Pude ouvi-lo murmurar algumas palavras, mas estava absorta demais em todas as sensações indescritíveis que me tomavam. Quando ele se aproximou outra vez, eu segurei minha respiração ansiosa e arfei, soltando um gemido quase sofrido ao sentir sua boca em meu seio, ora lambendo, ora chupando, fazendo-me delirar com a forma como era rude e delicado ao mesmo tempo. Era inesperado e absurdamente delicioso. Fechei meus olhos, aproveitando a sensação do toque de suas mãos, de seus lábios em cada centímetro de mim. Oliver parecia querer decorar cada mínimo detalhe da minha pele e do meu corpo e eu estava em êxtase com isso. Tudo parecia incrível, novo, doce e sensual. Suas mãos percorrendo minhas coxas, puxando minha perna para encaixar-se contra sua cintura, seus lábios conhecendo-me, explorando cada parte de meu corpo. Era especial, apaixonante e surreal.

Completamente surreal.

– Oliver... Eu quero você. - Murmurei descendo minhas mãos suavemente em direção a calça que ele ainda vestia. Lentamente, desci a baguilha do jeans e Oliver livrou-se das peças. Eu sorri satisfeita e maliciosa e pude notar o divertimento nos olhos de Oliver. - Quero você agora. - Voltei a dizer, a minha voz soando entrecortada e falha, mais séria e intensa. Minha nossa. Como eu o queria. A constatação era assustadora e corrosiva. Parecia derreter meu cérebro e todos os meus sentidos. Eu o queria desesperadamente, o queria agora, o queria para sempre. Era... Aterrorizante. Eu o queria.

– Você já me tem, Felicity. - Ele disse, os olhos escurecidos fixos aos meus e eu estremeci diante da forma como a frase foi dita. - Eu sou todo seu. - Sussurrou tocando meus lábios com os seus, suave e delicadamente. - Sempre serei seu, não importa o que aconteça. - Finalizou tomando meus lábios, agora com urgência e espantando qualquer pensamento que eu pudesse ter, qualquer coerência sendo reduzida a nada. Eu jamais conseguiria pensar em qualquer coisa com os lábios de Oliver nos meus daquela forma, com seu corpo tão próximo ao meu daquela forma.

Quando Oliver finalmente nos uniu, gememos juntos e eu arqueei meu corpo em sua direção, sentindo-o movimentar-se lentamente em um vai-e-vem deliciosamente torturante. Eu estava quente, arfando, estávamos completamente suada e a luz de velas, o único som que eu podia ouvir eram os nossos gemidos e o som do nossos corpos juntos. Estávamos juntos, unidos e interligados. Eramos um só. Dois corpos não ocupando o mesmo espaço, mas certamente, dividindo o mesmo coração. Chegamos ao nosso ápice juntos e eu sorri satisfeita e bobamente quando os lábios de Oliver tomaram os meus logo após um sussurro breve, suave e apaixonado dizendo que amava-me.