Imaginary Love escrita por Woodsday


Capítulo 19
Capítulo 18.


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei né? Sou péssima com promessas, mas bem, cá estou eu. Espero que gostem desse capítulo, queria que ele fosse melhor, mas o próximo é finalmente a primeira noite deles. E então, teremos provavelmente mais dois capítulos e um epílogo. Confesso, estou realmente deprimida. KOASKOASKAS. Quero agradecer a Amanda pela recomendação, eu adorei as palavras lindas, uma pena que ela tenha deletado sua conta. E agradecer também pelas garotas que deixaram comentários lindos de compreensão, vocês foram maravilhosas. Todas vocês. Muitissimo obrigada. Perdoem àquelas que não consegui responder, eu realmente li e adorei. Tô meio emotiva pela história estar chegando ao fim, mas... Vocês são maravilhosas! Enfim, leiam logo. skaoaskosa



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Oliver.

Orgulhava-me a forma como Donna falava de Felicity, com verdadeiro amor e devoção. Havia um orgulho genuíno em suas palavras, enquanto contava-me cada uma das façanhas de Fel quando mais nova — todas elas eu estive presente, é claro — mas era verdadeiramente interessante ouvi-las pelo ponto de vista de Donna. Eu ignorava as feições emburradas de Felicity, tentando distraí-la com carinhos discretos enquanto sua mãe ainda me contava inúmeras coisas sobre ela.

— Correndo o risco de ser assassinada... — Donna se aproximou mais de mim e vi Felicity estreitar os olhos, desconfiada. — Felicity tinha um amigo de infância imaginário chamado Oliver, acredita? Ela era meio apaixonadinha por ele. — Donna fez um gesto de mãos, um sorriso gigantesco nos lábios.

— Mamãe! — Felicity corou lindamente e eu não pude deixar de sorrir. — Eu não... Não... Eu... Droga, mamãe!

— Querida. — Donna inclinou a cabeça minimamente, olhando para a filha com atenção e divertimento. — Você estava sempre para lá e para cá com o Oliver. — Então se inclinou em minha direção. — Cheguei até a considerar levá-la ao psiquiatra.

— Mamãe!

— Mas não levei, claro. — Acrescentou Donna com calma e Felicity bufou, revirando os olhos e saindo em direção a cozinha, arqueei a sobrancelha para Donna e ela sorriu matreira em minha direção. — Tão previsível. — Murmurou com outro gesto de mãos. — Oliver, Felicity realmente tinha um amigo imaginário com seu nome e acredito em destino. — Ela suspirou. — Nunca a vi tão feliz, a não ser quando o outro Oliver estava por perto. Quando eu perguntava a Felicity como ele estava, ela me dizia que ele havia partido, que não estava mais por perto e que ela havia crescido. Mas, eu sabia reconhecer o brilho nos olhos dela... — Donna revirou os olhos. — Ela ainda insistia em mentir para mim. Quando ele realmente foi embora, bem, eu vi aquele olhar sumir do rosto de Felicity, não a vi dessa forma com mais ninguém. Nem mesmo com Ray Palmer.

— Obrigado, Donna.

Ela balançou a cabeça. — Ah querido! Quem deve agradecer na verdade, sou eu. Você trouxe vida a minha pequena Felicity. Fico muito feliz que estejam juntos e espero que você cuide bem dela.

— Com a minha vida. — Afirmei seriamente e Donna sorriu satisfeita.

— Bem, vá até lá e a traga de volta. — Ela fez um gesto de mãos. — Ela sempre fica acanhada quando tento tocar nesse assunto, mas só Deus sabe como eu fico contente por Felicity ter tido algum apoio. Ainda que este viesse da cabeça dela. — Ela piscou brincalhona e eu não pude deixar de sorrir outra vez.

Eu realmente ficava contente com a ideia de ter ajudado Donna e principalmente, Felicity. Quando a encontrei, ela estava parada diante da bancada, a expressão irritada e os braços cruzados, eu quase sorri pela visão familiar.

— Não me olhe dessa forma. — Pontuou lentamente.

— De que forma? — Arqueei a sobrancelha e ela ruborizou.

— Dessa forma... — Gesticulou em minha direção, soltando um grunhido. — Como se me conhecesse desde pequena.

— Mas, eu te conheço desde pequena.

Felicity soltou um suspirou.

— Porque você é tão lindo? — Soltou um muxoxo e então balançou a cabeça, suas bochechas adquirindo um tom rosado, eu ri. — Porque eu sempre faço isso a mim mesma? Acho que eu tenho sérios problemas e não continue a rir, Oliver. Ou eu juro, você não irá dormir comigo esta noite... Dormir, tecnicamente, dormir no mesmo quarto, claro, porque nós não dormimos juntos... Você não dorme, claro. E nem no outro sentido que envolva você nu... Não que eu tenha imaginado você nu! Quer dizer, já imaginei, claro, quem não imaginaria... Ai meu Deus, porque eu estou aqui falando das suas partes?! Não! Quero dizer, não suas partes... — Ela apontou em minha direção e respirou fundo, comprimindo os lábios duramente. — Um, dois três. — Felicity levou as mãos ao rosto, cobrindo-os de mim e eu me aproximei, tocando-as com suavidade. — Oh não, Oliver! Eu não sei o que estou dizendo... Eu.

— Deixe-me vê-la. — Murmurei gentilmente e Felicity suspirou, rendendo-se e abaixando os braços.

Eu sorri da melhor forma que pude, fitando-a e ela balançou a cabeça. Os olhos azuis estavam apreensivos e inquietos e dessa vez, eu quem suspirei.

— O que a esta deixando nervosa, amor?

Felicity ergueu o rosto, encarando-me com os lábios entreabertos, chocada. — Eu... Você... O que você disse? Do que você me chamou? Eu...

— Fe-li-ci-ty. — Eu a parei, pegando seu rosto entre as minhas mãos, sua pele quente em contato com a minha me fazia querer a cada minuto estar mais perto dela, saborear cada vez mais uma parte maior. — Eu te chamei de amor. Não é isso que você é para mim?

— Sim. — Murmurou baixinho, quase sem piscar.

— Então me diga, amor, o que a esta deixando nervosa?

Ela suspirou, corando mais uma vez. — Você. Quero dizer, não exatamente você... Só bem, você me conhecer desde pequena, isso é tão constrangedor, Oliver. Você consegue entender?

— Sim.

— Mesmo? — Ergueu o rosto, surpresa.

Assenti. Eu realmente entendia. — Entendo. Mas escute, não faz diferença para mim. Eu a amo, Felicity. Com todo o meu coração de anjo. A amo mais do que julguei ser possível ou permitido para mim. Amo cada pedaço seu, cada defeito e cada qualidade. Não se preocupe com as coisas que você fazia ou dizia quando pequena, pois eu as amei também, Fel. Cada momento em que estive ao seu lado foi um momento único e especial. Eu gostaria que você pudesse ter meu coração dentro de si, para poder entender uma fração do que sinto por você, Felicity. — Eu parei, encarando aos olhos azuis e marejados da minha garota. — Não se sinta envergonhada por ter crescido ao meu lado, Felicity. Foi isso que me fez te amar ainda mais. Você me mudou e gostaria que confiasse em si mesma, que visse a si mesma com meus olhos.

— Oh Oliver! – Ela resfolegou, chorosa e eu sorri. – Eu te amo tanto, que parece estúpido dizendo em voz, mas... Você sempre esteve tão presente em minha vida... Deus! Não sei o que poderia ser de mim sem você comigo.

— Não precisará descobrir. – Sussurrei depositando um beijo em seus lábios. Felicity apertou-se contra mim e eu desci minhas mãos até sua cintura, mantendo-a firme em meus braços. Porque era este o seu lugar afinal, em meus braços.

O som de palmas nos afastaram e observei Donna na porta da cozinha, com um sorriso gigantesco nos lábios, os olhos avermelhados nos encaravam emocionados.

— Ai meu Deus, para quando é o casamento?

— Mamãe?! – Felicity corou, mas ainda mantinha o sorriso em seu rosto. Quando o som da campainha soou, ela sorriu ainda mais. – Porque não vai até lá, atender o Barry e a Cait? Eu e o Oliver iremos levar o jantar até a mesa.

Okaaay. – Murmurou dando dois passos para trás e então piscou para Felicity. – Usem preservativos. Sou muito nova para ser avó!

— Mãe! – Donna ergueu as mãos em rendição, dando-nos as costas. – Ela vai me enlouquecer.

— Gosto da sua mãe. – Puxei-a para meus braços novamente, beijando seus lábios e Felicity fez um som engraçado, derretendo-se praticamente. Eu sorri, satisfeito por causar essa reação nela. – Afinal, ela trouxe ao mundo a coisa que eu mais amo.

— Tsc Tsc. Essa cantada é velha, anjo. – Balançou o dedo negativamente e eu ri.

— Não funcionou? – Arqueei uma sobrancelha.

Ela soltou o ar, como se estivesse realmente o prendendo. – Anjo, tudo que você me disser vai funcionar, acredite, eu estou completamente e absolutamente rendida aos seus encantos divinos. – Ela se inclinou na ponta dos pés, incitando-me com suaves e tentadores beijos. – Agora, porque não me ajuda com o jantar? De verdade?

— Sim senhora. – Concordei divertido, passando por ela e pegando as duas travessas; Uma delas continha uma lasanha – que era seu prato preferido – feita por mim e a outra uma grande quantidade de macarrão e molho. Felicity carregava nos braços um enorme pernil e quando passou por mim, me lançou um olhar travesso diante da menção da carne.

Era dia de ação de graças, uma tradição interessante e centenária dos humanos deste lado do mundo. Por isso todos os amigos de Felicity estavam ali, inclusive Diggle e Lyla, o que particularmente, me deixava bastante animado. Eu realmente gostava de Diggle, possuía uma sabedoria interessante e um modo de ver a vida pouco característico para os humanos. De toda forma, fora realmente difícil ajudar Felicity a escolher um bom prato para este jantar, especialmente porque ela queria fazer comida para o dobro de pessoas que realmente foram convidadas. Não fora surpresa alguma quando eu terminara saindo do super-mercado cheio de sacolas, quem afinal, neste mundo consegue discutir com Felicity Smoak? E sem dúvida, não quando se é subornado com beijos e abraços.

Eu já fora mais forte.

Estreitei os olhos em sua direção e ela riu, afastando-se entre rebolados. Logo, estávamos na enorme sala de Felicity, que parecia ainda maior, agora que os móveis foram afastados.

— Oliver! – Sara se aproximou, abraçando-me de lado e em seguida passando para Felicity. – Como vocês estão? – Perguntou sugestivamente e eu arqueei uma sobrancelha para a loira, questionador.

— Ótimos! – Felicity respondeu rápido demais e minha curiosidade se tornou ainda mais evidente. – Muito bem, e onde está Tommy? E Barry? Uh?

Lancei um olhar desconfiado em direção a Felicity, mas quando ela avistou Tommy e Barry, junto de — infelizmente — Ray Palmer, empurrou indelicadamente em direção a eles. — Vai, Oliver! Faz tanto tempo, converse com eles.

— Felicity? — Eu parei, segurando suas mãos e fazendo-a me encarar.

— Por favor? — Murmurou quase choramingando e eu me rendi, afastando-me em direção a Diggle. Surpreso e desconfiado da reação de Felicity à pergunta de Sara. Balancei a cabeça, desistindo de tentar entendê-la. Quem é que podia, afinal?

Felicity.

— Ai meu Deus, Sara! Como você é fofoqueira! — Grunhi arrastando-me em direção ao quarto, verificando se estava devidamente trancado.

— Mas não foi ontem? — Ela ergueu as sobrancelhas, genuinamente confusa e eu bufei, revirando os olhos, completamente irritada por Sara ser tão esquecida. — Ah, Fel, me desculpe! — Murmurou quando notou que realmente não fora ontem e pior, parecia ainda mais culpada.

— O que você fez? — Eu praticamente gemi as palavras e Sara fez uma careta culpada. — Sara...

— Convidei o pessoal para passar a noite aqui. Me desculpa! —Se apressou em dizer. — Vou concertar, prometo. Você não vai perder sua grande noite, confie em mim, é sério!

— Ótimo. — Murmurei comigo mesma. — Agora eu estou ainda mais nervosa, meu Deus, vai dar tudo errado, não vai dar certo, alguém vai chegar, Oliver não vai me querer ou minha nossa, será que eu me depilei? Já imaginou? Eu não posso, acho que eu vou...

— FELICITY! — O grito de Sara me fez dar um pulo, sua voz umas cinco oitavas mais alta que a música que soava no outro cômodo. Sara pousou suas mãos em meus ombros, fazendo-me parar e encará-la. — Me escute, está bem? Vai dar tudo certo. Respira e fica calma. Você é linda, doce, incrível e aquele cara lá fora é louco por você. Não seja tola a ponto de ficar enlouquecendo de nervoso, Fel.

— Não consigo. — Choraminguei.

— Amiga, só confie em Oliver e confie em si mesma. Você vai ver como esta noite vai ser inesquecível.

Suspirei, deixando o ar entrar e sair e assenti para Sara. Ela tinha toda a razão, constatei o quanto estava sendo absurda ao voltar para sala. Oliver e Diggle conversavam animadamente sobre algum assunto e quando seus olhos me focalizaram, ele me dirigiu o sorriso mais lindo do mundo. O tipo de sorriso que faz seu coração parar e logo em seguida voltar a bater freneticamente. Eu sorri de volta e quando Barry se aproximou, passando os braços por meus ombros, me senti ainda mais contente.

Eu tinha tudo que precisava para ser feliz bem aqui, perto de mim.

— Então, Oliver, uh?

— Barry. — Eu lancei a ele um olhar de censura.

Ele riu e senti seu corpo tremer abaixo do meu. — Só acho uma coincidência bastante legal. — Então fez uma careta. — Pelo menos esse gosta de mim.

— O Oliver gostava de você. — Comentei dando um soquinho em seu braço. — Só não admitia isso.

— Sim, claro. — Retrucou categoricamente.

— E Cait, uh?

Barry corou como um pimentão e eu ri, seu sorriso se alargou quando seus olhos focalizaram Cait do outro lado da sala, ela estava conversando com Layla e brincando com a pequena Sara.

— Bem, nós estamos... Uh, você sabe... Nos conhecendo.

— Mas vocês se conhecem desde sempre! — Comentei para provocá-lo e Barry me lançou um olhar que deveria ser assustador. — Certo. E pra quando é o casório?

— Bem, eu deveria perguntar o mesmo. — Barry jogou a bomba de volta e eu estreitei meus olhos. Ele piscou, beijando minha bochecha e se aproximando de Cait outra vez.

Eu suspirei, bastante feliz e caminhei até Dig e Oliver. Diggle sorriu quando me aproximei e senti os braços de Olie passaram por minha cintura, puxando-me para si.

— Como está, Felicity?

— Muito bem e você, John?

Ele sorriu satisfeito, alternando olhares entre Oliver e eu. —Bastante bem. — Afirmou com um sorriso e eu não pude deixar de sorrir de volta.

O jantar correu muito bem e a cada minuto eu ficava cada vez mais nervosa. Estava planejando a minha primeira noite com Oliver há algum tempo e esperava que tudo desse realmente certo. Mamãe passou horas divertindo a todos com suas conversas bobas e quando o fim da noite chegou, Sara tratou de dispensar todos, chamando-os para algum tipo de evento imperdível que não me dei ao trabalho de ficar curiosa para saber onde ou sobre o que era.

E bem, não havia muita coisa que chamasse minha atenção mesmo. Eu estava absolutamente nervosa, podia sentir cada músculo do meu corpo se retorcer em nervosismo.

— Tudo bem? — Oliver puxou meu rosto em sua direção, forçando-me a encarar seus olhos e eu assenti lentamente. — Não minta para mim, amor.

— Oliver, você me quer? — Murmurei baixo demais, temerosa demais.

Oliver suspirou e todo o seu calor me envolveu, como se eu estivesse envolvida em uma nuvem de Oliver.

— Mais do que qualquer coisa. — Foi sua resposta firme, em voz baixa, porém absolutamente sensual.

Eu prendi a respiração, aproximando meus lábios dos seus e tomando-os para mim. Definitivamente, para mim e somente meu.


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Notas finais do capítulo

E ai, amores? O que acharam desse cap? Próximo vai ser a noite Olicity! Que ansiedade!