Imaginary Love escrita por Woodsday


Capítulo 10
Capítulo 09.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOI, OI OI, SENTIRAM A MINHA FALTA? AI MDS. EU SENTI A DE VOCÊS; Mas até eu preciso de folga né? Poxa .n Enfim, postarei esse cap e um de tarde, porque ontem não postei né? Então, vocês já sabem.



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Oliver.


– Ai meu Deus, quem é que faz algo assim? - Felicity apontou a tela com a expressão animada e eu tentei não rir de suas caretas ora indignadas e ora derretidas.

Falhando miseravelmente, é claro.

Estávamos assistindo uma comédia romântica clássica e Felicity estava se entupindo de algo do Big Belly e estava completamente indignada com o casal do filme. Havia alguma graça em vê-la tão à vontade assim. Eu podia sorrir somente por tê-la por perto.

– Realmente. - Concordei com ela, Felicity me encarou convencida com um sorriso gigantesco. - Quem é que foge de um casamento? - Balancei a cabeça e ela revirou os olhos.

– Eu acho romântico! - Suspirou. - Você descobrir seu verdadeiro amor dessa forma é tão... - Ela suspirou outra vez.

Voltei a negar com a cabeça, observando-a com atenção. - Acha mesmo? - Perguntei e Felicity me encarou com as sobrancelhas unidas em confusão. - Não é mais fácil dizer a pessoa que ama que você a ama logo de uma vez?

– Às vezes não é tão fácil. - Rebateu erguendo o queixo e voltando os olhos para o filme.

– Às vezes, o mais difícil não é dizer as palavras, Felicity e sim lidar com as consequências dela.

Felicity desviou os olhos da tela e me encarou, silenciosa e séria. Era óbvio que ela já tinha entendido o rumo da nossa conversa, me perguntei por que ela insistia então, em ignorá-lo. Eu já estava aqui há dois dias e ela evitava, desde então, a grande conversa sobre seus antigos sentimentos. Eu não queria pensar que Felicity ainda nutria esse tipo de amor por mim, mas a constatação de que talvez fosse possível, fazia com que um sentimento estranho brotasse dentro de mim. Humano demais.

Tanto quanto ela, se eu pudesse, abandonaria a conversa sobre minha partida, mas era evidente que não podíamos. Todas as vezes que eu via Felicity olhando-me apreensiva, eu sabia que isso estava passando por sua cabeça e eu sentia a necessidade de explicar para ela, ainda que, parte de mim talvez não entendesse bem as reações que vinha tendo diante de Fel.

– Não deveriam existir conseqüências, Oliver. – Felicity balançou a cabeça, abandonando o filme completamente e virando-se para mim. Eu a fitei, sentindo o impulso de apertá-la contra mim e retirar toda a mágoa que via em seus olhos. – É amor. Amor não é ruim, não é maldade... Amor é amor. Não deveria ser assim. – Ela baixou os olhos, as mãos delicadas desfiando os fiozinhos do tapete, suspirei, aproximando-me dela e pegando seu rosto entre minhas mãos. Observei seus olhos azuis, ainda sentindo a pontada estranha que me puxava em sua direção. Sempre para cuidar, acalentar e de certa forma, amá-la. – Não é errado, Oliver. – Finalizou desviando os olhos dos meus.

– Felicity... – Eu abri os lábios em busca das palavras, mas não havia muito o que se dizer.

– Esqueça isso, logo você irá embora outra vez. – Ela pousou sua mão sobre a minha e eu sorri com o gesto simples. – Eu entendo. – Assentiu lentamente. – Quero dizer, não completamente, mas entendo. Fico feliz de que se você não me ama, não amará mais ninguém também. Ainda que isso soe terrivelmente frívolo e egoísta.

Ignorei seu surto de palavras chutadas.

– Eu te amo, Felicity.

Ela sorriu, chateada. – Não como eu queria que amasse, Olie. Gostaria mesmo que tivesse sido alguma coisa adolescente. Assim teria passado... E por Deus! Eu tenho um noivo. Não posso fazer isso!

– Você tem. – Confirmei com um entortar de lábios. Um gosto amargo de desgosto invadindo-me.

Felicity continuou, alheia a minha reação. – Eu só... Bem, fico feliz que esteja aqui, Oliver. Você é um bom amigo. – Felicity suspirou, então afastou minhas mãos de seu rosto, ela inclinou-se em minha direção depositando um beijo em minha bochecha. – Boa noite, Olie.

Eu a observei se levantar e ir em direção ao seu quarto. Levantei-me alguns minutos depois, seguindo até a porta do apartamento de Felicity, com uma última olhada para a porta de seu quarto, eu saí em direção à rua.

Era absurdamente estranho e eu jamais tivera que lidar com algo assim antes. Eu já não sabia mais há quanto tempo vagava pelo mundo, cuidando de crianças, adultos e às vezes velhinhos. Todos sempre conquistavam um pouco de carisma, eram boas pessoas. Pessoas incríveis e com futuros brilhantes pela frente.

Porque então, Felicity era diferente?

A resposta era gritante. Ela era Felicity, a minha Felicity. Não havia forma de descrever a montanha russa de sentimentos e sensações que era estar do seu lado. Felicity me tornava humano ainda que eu, em minha forma, seja um anjo.

Felicity fazia de mim algo além de mim mesmo.

Cada pequeno gesto, cada mania e cada detalhe de Felicity me faziam querer protegê-la, mantê-la em meus braços sem que ninguém nunca a magoe. Eu a amava além da minha condição, mas este era um conflito para o qual eu não estava pronto. Era um quebra de cabeça de infinitas pessoas, eu era o seu anjo, não podia, de forma alguma amá-la de tal forma.

Levei as mãos aos bolsos da calça, caminhando pelo parque gigantesco, havia uma infinidade de vidas ali, alguns casais estavam juntos, havia ainda os pequenos seres que usufruíam da quantidade de verde disponível, no entanto, meus pensamentos ainda estavam voltados para o apartamento de Felicity.

– Garotas? – Eu me virei, surpreso ao observar o homem ao meu lado, ele era negro e alto. Usava um grosso casaco de parca e só então me dei conta do quão estranho soava um homem só de camisa. Fazia realmente muito frio nesta noite.

– Só uma. – Respondi finalmente enquanto caminhávamos.

– Bem, meu caro. É assim mesmo. – Ele tirou uma das mãos dos bolsos, esticando-a em minha direção. – Sou John Diggle.

– Sou Oliver.

– Então, Oliver. O que há com a sua garota? – John sorriu prestativo e eu sorri imediatamente lembrando-me de Felicity. O sua garota soava muito bem aos meus ouvidos, muito melhor que em minha mente.

– Ela me ama. – Eu soltei um suspiro frustrado.

Diggle franziu as sobrancelhas, soando genuinamente confuso.

– E isso é ruim?

Eu o encarei por um minuto inteiro. Definitivamente não era ruim, o sentimento que me preenchia sempre que pensava no amor de Felicity não era de pesar ou de tristeza. Eu podia me sentir, na verdade, lisonjeado por justo ela sentir isso por mim. Algo tão puro e tão bonito. Mas, a confusão se fazia completamente presente em meus sentidos. Por um lado, eu me sentia lisonjeado por seus sentimentos e por outro, me sentia indigno pelos meus. Era errado. E isso era incontestável.

– Não. – Neguei rapidamente. – É que talvez uma parte de mim a ame também, mas não é o bastante. Não podemos ficar juntos. Pensei que era uma bobagem, essa coisa adolescente sabe? Algo que passaria com os anos. Mas, ela ainda me ama.

Diggle parou, encarando-me com a expressão séria e eu sorri reconhecendo nele um amigo. Com palavras sinceras e bom coração.

– Oliver. – Ele pousou a mão em meu ombro. – O que você realmente sente pela moça?

– Felicity. O nome dela é Felicity.

– Lindo nome. – Jhon elogiou e eu sorri, eu concordava. Donna fizera uma boa escolha. – E então, o que essa garota faz com você?

Eu pensei por um instante. Não era uma resposta difícil, mas colocar em palavras uma centelha o que certamente já seria um incêndio, era absurdamente complicado. Eu jamais perdera palavras antes, tantos anos... E tantas experiências teriam de que render alguma coisa. No entanto, não isso.

Não com Felicity.

– Felicity faz com que eu seja diferente. – Eu disse finalmente. – Sinta coisas diferentes.

John sorriu, como se tivesse ganhado o prêmio do ano. – Garoto... – Ele balançou a cabeça, ainda divertido. – Você está ferrado.

Eu sorri. Certamente era uma expressão humana muito adequada.

– O que precisa fazer Oliver, é sentir menos com isso aqui... – ele apontou para a própria cabeça – e sentir mais com isso aqui. – logo apontou para o coração. – Essa garota, que te faz dar esses sorrisos aí, deve ser uma boa garota.

John sorriu confiante, dando-me dois tapinhas camaradas no braço.

– Não deixe de fazer as coisas por receio, Oliver. Você pode se arrepender depois, em algumas vezes, mas... – John olhou em direção ao hospital em que paramos em frente. – em outras pode valer muito a pena.

– Obrigada John. – Tentei expressar o agradecimento em minha voz e o John me puxou para um abraço. – Ela vai ser incrível. – Comentei com um sorriso e John me olhou confuso. – Confie em mim. – Dei dois tapinhas em suas costas e John abanou a cabeça, resolvendo deixar de lado a estranheza de minhas palavras; O observei caminhar em direção a entrada do hospital.

A pequena Sara, de fato, seria uma garotinha incrível.

Tão incrível quanto a minha garota.

Eu caminhei de volta para o apartamento de Felicity, notando que já haviam se passado algumas horas, provavelmente, ela já estava realmente dormindo. Preocupei-me por um momento em deixá-la sozinha, afinal, Sara ainda estava com o namorado. Mas, quando atravessei a porta do apartamento de Felicity, foi surpreendido por seus braços rodeando-me.

– Oliver! – Ela sussurrou contra o meu pescoço e eu a apertei contra mim. – Achei que tivesse ido embora!

– Tudo bem, coisinha. – Sorri reconfortando-a. – Eu só fui dar uma volta. Porque ainda está acordada?

Felicity corou, dando-se conta das roupas que vestia. De fato, as peças eram curtas demais e deixavam a pele quente dela em contato com a minha, gelada pela temperatura do parque. Felicity estremeceu e eu me afastei gentilmente dela.

– Senti sua falta. – Murmurou cruzando os braços contra o peito e eu sorri, pegando uma mecha de seu cabelo, brincando com ela em meus dedos.

– Estou aqui.

Ela assentiu lentamente. – Eu sei.

– Porque não vem deitar? Ficarei com você até dormir.

Felicity assentiu sonolenta. Como se ao ver que eu ainda estava aqui, seu sono tivesse voltado repentinamente. Eu a peguei no colo, sob protestos de resmungos e por fim, Felicity me abraçou, deixando a cabeça pousar em meu ombro. Eu caminhei até sua cama, colocando-a sob o colchão e Felicity puxou minha mão, não me deixando afastar-me.

– Fique aqui, Olie. – Murmurou baixinho e completamente rendido por ela, eu fiquei. Um emaranhado de cachos loiros sob seu peito e os braços de Felicity ao redor da minha cintura. A apertei contra mim, depositando um beijo em sua cabeça. Eu certamente me acostumaria com isso. Era bom estar ali, ao lado de Felicity. E talvez John tivesse razão, afinal.

Suspirei, observando as feições angelicais da minha humana.

Talvez, alguma parte de mim, finalmente esteja cedendo. Eu só precisava descobrir se isso era realmente bom ou não.


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Notas finais do capítulo

Então gente? O que vocês acham? Oliver finalmente se dando conta dos sentimentos dele e tal. O que eu quero que vocês vejam é que tipo, é amor gente. Sem essa de pegar primeiro e se apaixonar depois. Nops. Eles vão se apaixonar, vão ter experiências baseadas nesse amor e então, depois, irá rolar uma pegação aí. Pensem bem, eu peguei bem leve com essa coisa de conflito céuxterra e tal. Mas ainda preciso manter isso presente, afinal, o Oliver é um ser divino certo? Ele não pode imediatamente se deixar ceder pelas tentações. Mas... Ainda estamos só no começo e tem mais 20 capítulos pela frente. (Sim, a história terá 30 capítulos), então, vocês podem ficarem calmas ok? Eu ia fazer maior, mas é a média, entonces. Mais tarde tem mais! E prometo, puro amor.
Beijos!