Touch-me only like you do. escrita por Sexiest, Director of dreams


Capítulo 15
Friend zone


Notas iniciais do capítulo

Adivinha quem vocês vão ter que aguentar pela terceira semana consecutiva? Isso mesmo, eu!!! o/
Ava está sem internet e pede desculpas por não ter tido como postar o cap novo ontem. Mas vejam só como eu sou uma boa pessoa, tô de virote na madrugada porque não queria deixar vocês sem nada! Mereço muitos comentários, muitos favoritamentos e muitas recomendações por isso u.u
Enfim. Sem mais delongas, que vocês já esperaram demais...
Boa leitura, nos vemos lá embaixo ;)



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Nicole queria me matar.

Com todo aquele sorriso doce, olhar encantador e jeito suave. Malditamente bonita e gentil como ela era, eu tinha certeza de que estava tentando me matar.

— É o pessoal da minha turma, Ace, eu não podia simplesmente dizer não. — Ela argumentou. — Já tenho uma forte propensão a ser taxada de nerd para o resto da minha existência por entrar no programa de calouros, eu não posso também ser chamada de antissocial.  

— Você é uma nerd, pequena. — Eu disse do outro lado da porta do banheiro, porque, bem, era verdade.

Nem meio minuto depois a porta abriu para revelar sua careta de desgosto. Ela estava franzindo a testa e fazendo beicinho para mim, mas a única coisa que eu reparei foi no seu pequeno short vermelho, que não fazia quase nada para esconder suas pernas torneadas e cremosas. Oh, porra, não!

Não havia nenhuma maneira no inferno que eu pudesse ter uma discussão com ela exibindo esse maravilhoso par de pernas. Eu não estava acostumado a ver Nicole em trajes como esse, Chicago não era exatamente cenário para roupas de praia. A Califórnia, no entanto, fez maravilha tanto para o guarda-roupas quanto para a pele de Nicole.

Ela empurrou meu peito, enquanto disse: — Você é tão mal!

E eu fui forçado a voltar o meu olhar para o rosto dela. Ela estava verdadeiramente chateada comigo agora, não por que eu cobicei suas pernas, porque ela era malditamente cega as minhas investidas, mas porque eu tinha dito que ela era uma nerd.

Ela vinha fazendo muito disso ultimamente, e eu não tinha ideia do porquê. Na segunda-feira ela surtou comigo quando eu disse que ela estava adorável no seu vestido de verão. Ela até mesmo foi de gritar comigo exigindo saber porque ela não poderia estar algo como ‘gostosa ou sexy’. Veja bem, Nicole nunca foi esse tipo de garota. Não que ela fosse feia, ela era bonita pra caralho, mas ela não era alguém para quem você abertamente empregaria esses termos, principalmente não na minha frente.

Ela é o tipo de menina que você trata com respeito, abre a porta do carro e leva para conhecer o seus pais. Então, não, eu não diria que ela estava gostosa mesmo que ela estivesse, de fato, tão quente quanto o maldito inferno. E, bem, ela certamente nunca tinha se queixado disso antes. Nem bem uma semana, e a faculdade já estava mudando a minha garota.

— Nicole... — Eu suspirei indo atrás dela. Ela não se virou para mim todo o caminho até a cozinha, onde ela abriu a geladeira e pegou o iogurte que eu mantinha lá para ela. — Eu não entendo porque você está tão chateada com isso.

Batendo a porta com o pé, ela caminhou até a sala de estar sem lançar um olhar na minha direção. Ela estava claramente me ignorando, que era outra coisa que ela nunca tinha feito. Eu estava tão na merda...

Eu me joguei no sofá ao lado dela, já um pouco desesperado com toda a situação.

— Baby, fale comigo. — Implorei.

— Não me venha com “baby”! — Ela jogou de volta, ainda sem olhar para mim, mas ela também pareceu amolecer um pouco, porque começou a falar. Amém, Jesus! — Eu cansei de ser a garota sem graça que ninguém presta atenção, Ace.

Mas. Que. Porra?

— Eu quero ser diferente aqui, sabe? — Ela continuou, sem aparentemente perceber que tinha me deixado em estado de choque. — É uma nova oportunidade. Eu tenho dezenove anos, e sabe quantas vezes eu fui num encontro? Zero. E você sabe porquê? Nenhum cara gosta de garotas nerds que ficam em casa fazendo lição.

— Nicole, baby, quem disse esta merda para você? Eu gosto de você, e eu sou um cara.

Ela me lançou um olhar de soslaio.

— Bem, você não conta! Você é o meu melhor amigo. — Ela me disse como se fosse óbvio.  E ela podia muito bem ter batido na minha cara, porque o efeito foi o mesmo.

Porra, eu já tinha cansado de contar quantas malditas vezes eu tentei fazer ela me ver, mas aparentemente, eu nunca ia ser um homem no catalogo de opções de Nicole Dale. Ela nunca ia me ver como uma possibilidade real, e eu sabia disso porque ela me disse inúmeras vezes, de inúmeras maneiras, como agora. Nicole já havia deixado bem claro que nunca namoraria comigo, ela tinha toda uma explicação lógica para dizer que se um dia nós namorássemos podia não dar certo, e fazer as coisas desandarem, e, bem, ela não podia me perder, porque eu sou o seu melhor amigo e ela precisa de mim.

Eu ia tê-la do jeito que desse. Se ela precisasse que eu fosse seu amigo, então seria o melhor maldito amigo que já andou nesse mundo.

Mesmo que fodidamente me matasse.

— Baby, como seu melhor amigo, — eu disse travando minha mandíbula — eu digo que isso é besteira. Você não pode fazer um cara te notar sendo alguém que você não é. Isso é todo o tipo de errado.

— Eu sei, — ela suspirou. — Eu não disse que eu ia começar a me vestir como uma piriguete e me jogar para os caras. Eu só vou sair com algumas pessoas, ao invés de ficar em casa. Quão ruim isso pode ser?

Podia ser bem ruim, na verdade, mas eu não disse isso a ela. Seria uma tortura lenta para mim.

Suspirando em derrota, eu tentei novamente.

— Você tem certeza que não quer que eu vá com você?

— Sim, eu tenho certeza. — Afirmou enquanto sacudia a cabeça. — Eu preciso parar de andar a sombra da sua popularidade, e fazer algumas amizades.

Doeu.

— O que há errado comigo?  — Eu perguntei desgostoso e carrancudo.

— Nada. — Ela garantiu quando se aproximou para deitar no meu peito e se aconchegar para assistir televisão. — Eu só acho que é hora de eu ter outros amigos, além de você.

Se eu via a necessidade? Não. Se isso fez meu peito doer menos? Óbvio que não. Se isso fez com que eu quisesse ela menos? Foda-se, não. Mas eu não fiz mais caso, e quando ela pegou o controle remoto da minha televisão e ligou no seu programa preferido de investigação, eu apenas me sentei lá e assisti com ela deitada no meu peito, no exato local onde seu nome estava tatuado em letras pretas e marcantes, assim como ela.

Eu gostava de pensar que aquele era o lugar dela. Mas ela não fazia tanta questão dele.

. ♥ .

Quando uma hora tinha se passado da hora que Nicole tinha marcado de se encontrar com os amigos, eu ainda estava em casa jogado no sofá e encarando meu celular como se ele fosse ditar a resposta para os meus problemas. A verdade é que eu estava esperando que ela fosse me mandar uma mensagem, para dizer se estava bem, ou que sentia minha falta, ou que queria que eu fosse busca-la. Mas ele nunca chegou sequer a acender, me lembrando o quão significante eu era no momento.

Deus, eu era patético.

E pela primeira vez eu estava feliz que Nicole não estava morando comigo, porque assim eu não teria que olhar para sua cara de felicidade quando ela chegasse as duas horas da manhã em casa, ainda com um meio sorriso no rosto para mostrar o quanto ela tinha se divertido.

Bem, isso não é verdade, nem mesmo assim eu conseguia deixar de ficar chateado por ela ter preferido morar nos dormitórios do que no meu enorme apartamento, comigo.

Viu o que eu disse? Patético.

Eu estava quase cedendo e mandando uma mensagem para ela, quando meu interfone tocou. E eu estava apenas agradecido pra caralho pelo porteiro ter me tirado da minha miséria, embora não fizesse ideia de quem em nome de Deus pudesse querer me ver aqui.

— Senhor Hannigan? — Marvin disse do outro lado da linha.

— Sim?

— O Senhor tem uma garota aqui para vê-lo. — Ele disse, e eu não vou mentir, fiquei esperançoso de que Nicole tivesse reconsiderado e voltado, até que eu me lembrei de que ela tinha permissão para subir, e a maldita chave, se quisesse entrar. — Uma loira, olhos verdes. O nome dela é Loren, diz ser sua parente.

Pela segunda vez no dia: Mas. Que. Porra?

O quê? — Questionei para o telefone, antes que eu pudesse parar minha reação de espanto.

— O nome dela é Loren. — Marvin repetiu numa voz enjoada típica dele.

— Sim, sim. Desculpe, eu ouvi da primeira vez. Deixe ela subir, Marvin.

— Claro, senhor. Tenha uma boa noite.

— Você também. — Ofereci, mas ele já tinha desligado.

Sem me importar nem um pouco com isso, girei em meus próprios pés e segui para a porta da forma que eu estava, usando apenas shorts de basquete. Eu tinha certeza de que a minha irmã, de onde quer que ela tenha surgido, não ia ligar para o fato.

Eu abri a porta, ainda um pouco descrente de que pudesse ser ela, mas caramba, se não era Loren, minha irmã, sumida a quase três meses, parada lá fora com a mão levantada e pronta para bater!

Ela abaixou a mão e sorriu. Eu sorri de volta, ainda um pouco atordoado, pensando por onde começar a perguntar como no inferno ela sabia onde eu estava, e onde ela tinha estado. Eu cheguei a abrir a boca, mas alguém falou antes de mim. Resmungou, na verdade.

— Porra...

 Então eu fechei novamente, reparando pela primeira vez que tinha um cara parado atrás da minha irmã. Ele tinha que ser alguns anos mais velhos que ela, e era também alguns centímetros mais altos que eu, o que fazia dele alto pra caralho, com cabelo comprido e barba escura preenchendo todo o maxilar. Ele estava vestindo calça jeans e uma camiseta branca que não cobria o fato de que ele era tatuado. Ele também estava olhando diretamente para o meu peito.

Loren virou para trás quando eu fiquei parado lá apenas olhando para o cara, então ela seguiu o olhar dele de volta para mim e sorriu.

— Logan é tatuador. Acho que ele gostou da sua arte. — Ela explicou quando apontou um dedo para o lugar no meu peito onde ela estava desenhada.

Como se saído de um torpor, o cara, Logan, falou. — Você desenhou isso?

Ele não soava descrente, como a maioria, na verdade ele estava beirando o reverente. Eu não pude deixar de sorrir quando respondi.

— Sim.

Logan sorriu de volta. — Você deve ficar orgulhoso, é linda pra caralho.

E eu não pude evitar de gostar dele.

. ♥ .

Passado o lapso momentâneo, eu deixei eles entrarem, e então abracei Loren.

— Porra, eu sentia sua falta! — Disse para ela quando enterrei meu rosto no seu pescoço.

Eu senti mais do de vi a risadinha dela. — Eu senti sua falta também, Ace. Mas você está me sufocando aqui.

Eu a apertei por mais um momento antes de solta-la. Loren ainda tinha um sorriso no rosto quando me encarou. Eu levantei minhas mãos e segurei o rosto dela, esmagando as bochechas como ela detestava que eu fizesse.

— Onde diabos você estava, sua pequena rebelde?

 Ela empurrou minhas mãos para longe, antes de rebater: — O que diabos você está fazendo aqui, seu grandíssimo hippie de coração?

Então nós dois rimos. Loren sempre disse que eu tinha o maior coração hippie da história da humanidade, e sempre me fez rir. Até que ela olhou para mim, séria.

— Sério, Chase. Porque diabos você está na Califórnia? Você não largou a faculdade, não é? — Ela exigiu soando cada grama do ano mais velho que ela tinha sobre mim.

Ela tinha que aprender sobre prioridades, porque seriamente? Ela passou TRÊS MESES sumida, e ela vem querer exigir respostas.

— Não, irmã mais velha, eu não larguei a faculdade. Eu transferi, é diferente.

— Porquê? — Ela quis saber. Sua postura rígida de mãos na cintura e sobrancelha levantada ainda não tinha sido desfeita. Só faltava ela começar a bater o pé agora...

— Nicole está no programa de calouros da UCLA. — Informei simplesmente.

— Oh. — Loren arquejou, finalmente relaxando. — Faz sentido, eu acho. Você e Nicole finalmente estão...? — ela terminou a pergunta com um gesto esfregando o indicador e o dedo médio juntos.

Eu apenas grunhi.

— Bem, eu acho que não. — Concluiu. — Porque você não disse ao Colin que estava vindo? — Atacou novamente, como uma campeã de mudar de assunto.

— Eu deixei um bilhete.

— Sério, Chase?! Um bilhete?  

— Melhor do que o que você nos deixou. — Apontei.

Loren suspirou. — Não há necessidade de ser grosseiro. O que está havendo com vocês dois? Vocês contam tudo um para o outro.

— Eu estava chateado com ele. — Novamente informei de forma simples.

— E você se importa em me dizer porque, senhor estoico?  

— Talvez outra hora. — Dispensei, eu não queria falar sobre isso ainda. Então, mudei de assunto. — Que tal depois que você me disser onde diabos você passou três meses?

Loren suspirou, de novo. Estava começando a ficar irritante.

— Sim, bem, é uma longa história. Vamos nos sentar, Logan ficou de pé todo esse tempo enquanto a gente brincava de vinte perguntas...

Eu ia corrigir para “você brincou de vinte perguntas”, mas ela já tinha começado a andar para me sofá, então, eu apenas segui o líder.

O cara grandão, tatuador, apreciador de uma boa arte corporal, e desconhecido, sentou-se perto dela sem dizer uma palavra. Ela sorriu para ele, como se ele tivesse pendurado a maldita lua no céu, e ele retribui o sorriso sendo igualmente pateta e intenso. Eu não precisei ver ele passar um braço atrás das costas dela, ou precisei ver ela reagir se encostando e aconchegando nele para saber que algo estava acontecendo ali.

Estava tudo descrito na forma estupida como olhavam um para outro.

Bem, porra, eu acho que a minha irmã tinha um namorado.

Eu olhei para ela com uma sobrancelha erguida quando ela parou de sorrir para o grandão e voltou a olhar para mim. — Você pode começar me dizendo quem é o cara aí com você...  — Sugeri, apenas em parte provocando.

— Chase, esse é meu amigo, Logan Heidy. Logan, esse é o Chase.

As palavras meu amigo, não foram perdidas nem por mim, e nem por ele.

Oh, o pobre coitado! Ele estava apenas tão na merda quanto eu.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoas lindas do meu s2
Estou um pouco bêbada de sono, mas tenho pessoas para agradecer:
Primeira: Luciana, menina, obrigada pela MP ♥ só amor.
Em segundo lugar, as meninas dos comentários gigantes que eu sou apaixonada: Luna Lima ♥ Amora ♥ e vou colocar Kaah ♥ aqui, ela anda sumida, mas também faz muito disso.
Em terceiro lugar, são várias, na verdade. Meninas maravilhosas que me deixaram comentários maravilhosos no ultimo cap:
♥ Ana Salvatore
♥ luzilane da silva de frança
♥ LadyYuro
♥ Mari Kinomoto (que bom que voltou, garota!)
♥ Elise Caroline Gouveia
♥ The Carols Confidences
♥ Luna Lima
♥ Luciana
♥ luizeadias
♥ Amora
AMEI MUITO TODOS ELES!!! Acho que vocês bateram recorde de comentários num cap lol lol lol #surtando
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Leitores novos, sejam bem vindos!!!
Apareçam aí nos comentários, eu sempre respondo com muito amor!
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Ava vai postar o próximo, independente do dia, quando a net dela voltar. Espero que ainda essa semana. Vamos cruzar os dedos e mandar good vibes!
O Pov da Loren seguirá daí.
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O que acharam deste bônus improvisado da madrugada? O que acharam do Chase? O que acharam desse final? O.o Morrendo para saber, então me contem!

Acho que era só isso que eu tinha para dizer, se eu esqueci alguma coisa é por causa do sono me consumindo. Então vou lá, tenho que clicar em postar antes que eu durma.
Beijões bem grandões :*
Até o próximo!!!

P.s.: Ah, ia esquecendo. Amora? O Chase é muito adepto do DeBoismo, mas vamos manter o foco no Colin, okay? Certeza que ele vai ser ciumento.