Loving can hurt sometimes escrita por Luna Lovegood


Capítulo 22
Here Comes the Sun


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, como vocês estão? Eu tenho me sentindo tão feliz e tão triste ao mesmo tempo. Foram dois meses incríveis nos quais eu tive o prazer de dividir essa história com pessoas maravilhosas como vocês.
Primeiro eu quero agradecer pelo carinho imenso nos comentários do capítulo anterior, foram todos lindos e eu fiquei com vontade de abraçar cada um de vocês. Estou pensando seriamente em emoldurar alguns...!
Todos ficaram felizes com o final né? Oliver Queen is alive!
Segundo Feer Grazi, a Larrissa Redfild e ao Diego Wayne, muitíssimo obrigada pelas maravilhosas recomendações! Esse capitulo é para vocês!
Para quem não sabe eu comecei uma nova história “Fall in love” e já postei o capitulo 2 em “Loving – Como tudo começou”, “ Burning it Down” ainda não foi atualizada, mas ganhou um trailer =D. E ainda tem “Cartas para você” que estou escrevendo em parceria com duas escritoras aqui do site. Uffa.... Quantas fanfics né?! Espero que vocês gostem dessas histórias tanto quanto gostaram de Loving.
Muitos de vocês estão pedindo por uma continuação, e bom isso é algo difícil. Porque essa história terminou exatamente como eu planejei quando postei o capitulo um e eu tenho medo de fazer algo agora no calor do momento e simplesmente estragar todo esse romance. Então, por hora, vamos deixa-los serem felizes, talvez eu escreva algumas ones, mas ainda vai demorar pois pretendo me dedicar aos outros projetos.
Sei que todos estão muito ansiosos por esse capitulo, que deveria ser chamado de Epílogo, mas eu decidi que teremos dois... Sim, dois epílogos... a fic é minha eu faço o que eu quiser! :P Não consigo me despedir de Loving Can hurt Sometimes então farei isso da forma mais lenta e menos dolorosa possível!
Então, agora que a tempestade já passou que venha o sol...



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Here comes the sun, here comes the sun,

And I say it's all right

Little darling, it's been a long cold lonely winter

Little darling, it feels like years since it's been here

Here comes the sun, here comes the sun

and I say it's all right

Little darling, the smiles returning to the faces

Little darling, it seems like years since it's been here

Here comes the sun, here comes the sun

and I say it's all right

(Here Comes the Sun - Colbie Caillat)

 

Felicity Smoak

Três meses haviam se passado desde aquela noite horrível no Queen’s Gambit. Oliver estava se recuperando assombrosamente bem, apesar de ter sofrido pequenas complicações que o fizeram ficar mais tempo no hospital, a equipe médica não parava de dizer o quanto aquilo era incrível, que o trabalho dos cirurgiões e de toda a equipe médica tinha sido excelente. Eu não quero desmerecer o trabalho de nenhum dos médicos, mas para mim essa cura do Oliver tinha outro nome: milagre.

A impressa ficou em alvoroço quando o descobriu o ocorrido. O drama da família Queen estampava a capa de todos os jornais e revistas, não apenas da cidade, mas de todo o país. E eu não conseguia sequer sair de casa sem ser seguida por inúmeros jornalistas. Como Oliver ainda estava no hospital ele insistiu em contratar um segurança particular para mim. Eu odiei a ideia inicialmente, eu não precisava de uma babá me seguindo por todos os lados. Mas para deixar Oliver um pouco mais tranquilo eu acabei aceitando. Bom, isso e o fato de John Diggle ser uma excelente companhia. Em pouco tempo ele se tornou como um irmão mais velho pra mim. Sempre protetor e amigável.

A mansão Queen tinha sido fechada, ninguém mais ia lá, estava parecendo uma daquelas casas abandonadas de filme de terror. Thea havia se mudado para o nosso apartamento, pelo menos até Oliver se recuperar e depois disso ela iria morar com o Roy. Era bom ter alguém comigo, assim as noites não eram tão solitárias, embora aquele vazio no lado da cama e a falta de um braço quente ainda pesasse. Eu queria passar todas as noites no hospital ao lado de Oliver, mas ele negou terminantemente alegando que eu precisava estar em um ambiente tranquilo em razão do meu “estado”. Falando em gravidez Thea e Sara estavam eufóricas, sempre segurando revistas de bebês, comprando roupinhas e discutindo nomes. Acho que a chegada de um bebê era como um bote salva-vidas depois de um naufrágio, e todos estavam desesperados por ele.

Quanto a Moira, ninguém falava dela. Era como se o nome fosse um tabu. Ela era praticamente “Aquela-Que-Não-Deve-Ser-Nomeada”. Mas se eles se sentiam melhor assim, eu não seria aquela a lembrá-los do ocorrido. Na hora certa eles falariam sobre isso. Por enquanto era melhor deixar como estava.

Aquele dia amanheceu ensolarado, nenhuma nuvem se atreveu a aparecer no céu e estragar a bela manhã. Eu também já não sentia mais enjoos ou tonturas. O dia estava perfeito e para melhorar Oliver finalmente teria alta. Eu estava ansiosa, nervosa, com o coração palpitando de felicidade. Depois de longos três meses de espera nós poderíamos voltar a viver as nossas vidas. Seguir em frente.

Diggle apareceu cedinho no apartamento pronto para me levar ao hospital. Thea disse que não queria ir, que preferia deixar-nos ter um tempo a sós. Ela estava com aquele semblante de quem tem um segredo. Ignorei-a deliberadamente e segui para o hospital.

— Ansiosa? – Diggle me perguntou assim que passamos pela porta de entrada do hospital. Ele tinha realmente se tornando um bom amigo.

— Muito. - Respondi.  - Eu sei que encontro Oliver todos os dias e passo a maior parte do tempo no hospital. - Dei um suspiro cansado. - Mas eu sinto falta de deitar no sofá, assistir um filme bobo e comer pipoca. De brigar com ele por deixar a toalha molhada sobre a cama. Eu sinto falta de estar no nosso lugar, a vida não parece certa quando não partilhamos essas pequenas coisas.

Diggle sorriu e me olhou de uma forma engraçada.

— Eu conheço vocês dois há pouco tempo, mas eu percebi algo diferente. O tipo de amor e devoção que vocês tem um com o outro é uma ligação muito forte. E passar por tudo o que vocês passaram... É inspirador. - Comentou.

— Obrigada John. - Agradeci lançando lhe um sorriso amigável.

Estendi minha mão e girei a maçaneta no quarto em que Oliver estava, graças a Deus, essa seria a última vez que estaria nesse lugar e se tudo desse certo, eu só voltaria aqui quando o nosso bebê nascesse. Encontrei Oliver de pé de costas para mim olhando pela janela, ele parecia absorto em seus próprios pensamentos, tanto que não eu quis incomodá-lo. Pensei em voltar e esperar um pouco, mas assim que dei um passo para trás Oliver se virou parecendo notar a minha presença.

Ele caminhou até mim, com uma certeza que fez meu coração palpitar. Seus olhos azuis continham um brilho diferente quando me olhavam, era algo como fascínio? Eu não sei ao certo. Só sei que eu estremecia diante desse olhar, tudo se esvaia da minha mente e meu único pensamento era Oliver.

Ele parou quando estávamos frente a frente, uma de suas mãos se levantou até meu rosto e o acariciou lentamente a outra me puxou possessivamente pela cintura, meu corpo se regozijou com a proximidade. Seus lábios tocaram os meus delicadamente a princípio, era mais como uma leve carícia. E então ele realmente me beijou. Possessivo e exigente e ao mesmo tempo mantendo a delicadeza do início. Meu corpo inteiro se sentia em casa quando estava nos braços de Oliver.

Ouvi um pigarrear longe e senti Oliver se afastar aos poucos.

Terminamos o beijo sorrindo um para o outro, e eu senti aquele gosto que parecia presente em todos os nossos beijos desde que Oliver acordara. O sabor era de pura felicidade.

— Eu acho que vocês prefeririam continuar isso em outro lugar. - Diggle falou e seus olhos estavam divertidos.

Não consegui evitar o calor que aqueceu minhas bochechas, quando eu iria parar de corar com essas insinuações bobas? Acho que nunca.

— Jonh. - Oliver se dirigiu à ele com um tom respeitoso. - Muito obrigado por tomar conta dela. Mas eu a protejo daqui para frente. – Falou entrelaçando a minha mão com a dele e me guiando para fora do quarto.

— Eu sei que você vai cuidar bem dela. - John disse. Percebi que eles trocaram um sorriso de cumplicidade, tinha algo estranho ali. Um pequeno segredo talvez? Depois de tudo o que aconteceu eu estava ficando expert em notar esses pequenos sinais. Mas resolvi ignorar, independente do que fosse eu não me importava. Nada era tão importante quanto nós.

— Pronto para ir para casa? – Perguntei apertando a mão dele com a minha.

— Eu vou a qualquer lugar desde que esteja com vocês. – Falou colocando as nossas mãos ainda unidas sobre a minha barriga que já estava bem acentuada. - Mas casa parece uma excelente ideia.

****

Oliver Queen

Eu ainda não acreditava que estava tendo essa segunda chance. Eu tinha certeza de que aquele seria o fim, eu sentia isso em cada parte do meu ser. Eu podia sentir a minha alma se desprendendo das coisas desnecessárias e supérfluas na terra e me sentia cada vez mais leve. Já havia aceitado que aquela vida estava acabando, e estava agradecido pelo tempo que eu tive, por cada erro e por cada acerto, e pelas pessoas incríveis que conheci durante minha existência. E principalmente eu estava agradecido por ter a encontrado, por tê-la amado. Felicity. A única que realmente já havia tocado o meu coração um dia.

Eu nunca fui do tipo de acreditar em destino, mas pensando em toda a nossa história, eu não podia deixar de notar a forma como tudo parecia conspirar para que ficássemos juntos. Como se cada obstáculo colocado a nossa frente fosse para nos testar e provar o nosso amor. Acho que no fim conseguimos. Eu gostava de pensar que era para ser eu e ela, que de alguma forma, esse sempre foi o meu propósito: Encontrá-la e ama-lá.

Mas era possível, um amor ser assim tão forte que rompesse as barreiras da morte? Um amor tão puro que se recusava a perecer diante das maiores atrocidades?

Parece que sim. E de alguma forma o amor dela por mim foi o que me trouxe de volta.

Eu só sei que o modo como eu amava Felicity Smoak era algo impossível de se explicar. E só havia ficado maior e mais intenso. Eu faria qualquer coisa por ela, seria qualquer coisa por ela.

Eu faria valer a pena. Esse seria o meu objetivo fazê-la feliz, compensá-la por tudo de ruim que nós passamos. Nosso amor merecia essa segunda chance. Nós havíamos passados por todas as provações e aqui estávamos, ainda de pé, juntos e seria assim até o final de nossas vidas. E talvez, depois dela também.

Quando acordei e a vi ali, de pé próxima à minha cama chorando eu pensei que eu ainda estivesse sonhado, mas quando ela começou a falar eu percebi imediatamente o que havia acontecido. Nós de alguma forma, mágica e muito além da compreensão humana, havíamos compartilhado aquele sonho.

Os três meses no hospital foram tediosos, embora eu raramente ficasse sozinho, Thea, Roy, Sara e Nyssa estavam sempre aqui me visitando. E inclusive Tommy e Laurel, com os quais posso afirmar com precisão estávamos restaurando uma amizade. Esse era um sentimento tão bom, de recuperar algo há muito perdido e de ao mesmo tempo construir algo novo. De recomeçar e de perdoar. Eu tinha certeza que de agora em diante nada mais de ruim ficaria entre nós.

Por mais que Felicity estivesse comigo a maior parte do tempo, não era a mesma coisa. Eu sentia falta da vida que compartilhávamos juntos. E eu queria poder apreciar cada segundo da maternidade, ouvir o coração do nosso bebê, conversar com ele antes de dormir, e eu não queria fazer isso dentro das paredes brancas de um hospital. Eu queria vivenciar essa experiência no nosso lar.

Quando Felicity adentrou no quarto eu nem precisei me virar, eu sentia a presença dela tornando tudo mais belo ao meu redor. E então eu me virei e meu coração se aqueceu por dentro. Sempre que eu a via era assim agora, ela parecia emitir uma luz própria, um calor acolhedor. Algo que eu não conseguia explicar, ela era como o sol aparecendo depois de uma longa tempestade de verão, iluminando tudo e trazendo uma agradável sensação de renovação.

Estava começando. Meu primeiro passo para fazê-la imensamente feliz. Assim que me aproximei eu a beijei, e coloquei naquele beijo todos os meus desejos para ela. Para nós. Para a nossa família.

Segurei firme a mão dela durante todo o percurso de volta para casa. John agora seria nosso motorista, mesmo que Felicity insistisse que não precisasse mais de um segurança tinha algo em John Diggle que me inspirava confiança e algo que me fez acreditar que deveria mantê-lo perto de nós.

Felicity olhava atentamente pela janela do carro, enquanto eu mantinha minhas mãos sobre a barriga dela. Eu estava ansioso para que nosso pequeno se manifestasse. Uma ruga se formou no rosto dela quando deixamos o centro de Starling City, os prédios altos começaram a desaparecer e a dar lugar à uma paisagem mais repleta de verde, com casas com imensos jardins e crianças passeando de bicicleta.

— John, - o chamou. - Esse não é o caminho da nossa casa. - Falou um pouco confusa.

— Estou apenas seguindo ordens Sra. Queen. - Diggle esboçou um pequeno sorriso o qual notei pelo retrovisor.

— Oliver? - Seus olhos se arregalaram na minha direção e eu não pude evitar sorrir.

— Eu achei que nós precisávamos de um lugar novo. - Falei assim que John parou o carro em frente à uma casa de dois andares revestida de tijolos e com um amplo jardim na frente. Tinha até mesmo uma árvore com um balanço no quintal.

Felicity arfou, seus olhos estavam repletos de lágrimas. Seu rosto tão angelical expressava tantas emoções e o sorriso dela... Deus! O sorriso dela era como meu sol particular. Era gratificante poder colocar esse sorriso nos lábios dela outra vez.

— Vamos? - Falei abrindo a porta do carro e estendendo a mão à ela. Pela expressão em seus olhos eu percebi que ela havia notado. Aquilo que eu estava a oferecendo não era só uma casa nova, era um começo novo. Longe de toda a negatividade que um dia tivemos em nossas vidas.

Ela aceitou a minha oferta. E caminhamos juntos.

— Espera - Falei assim que Felicity girou a maçaneta - Me deixe fazer isso do jeito certo! - Falei a suspendendo em meus braços e segurando-a em meu colo.

— Oliver, você acabou de sair do hospital, não deveria fazer isso. - Ela tentou protestar, mas eu a segurei firme em mim.

— Há certas tradições que devemos seguir, amor. - respondi fazendo-a sorrir, enquanto passava com ela pela porta. Deixando-a descer, tão somente quando estávamos no meio da sala.

Percebi o olhar de admiração de Felicity quando viu o interior da casa, ela caminhava pelo lugar tocando em tudo, sentindo as texturas, os cheiros. Eu escolhi as cores que ela mais amava, e a casa realmente parecia exalar vida.

— É tão acolhedor. Parece tanto com um...

— Lar? - Completei olhando-a com expectativa. Felicity por sua vez apenas sorriu e concordou com a cabeça emocionada de mais para responder com palavras.

— Oliver, quando foi que você fez tudo isso? Você ficou três meses no hospital. - Me perguntou confusa.

— Eu já estava procurando uma casa desde o dia em que suspeitei da sua gravidez. Eu sempre imaginei que criaríamos nossos filhos em um lugar como esse. Então um dia eu vi essa casa em um anúncio da internet e... - Perdi meu foco por um momento só de imaginar como seria viver ali, eu Felicity duas ou três crianças. - Eu sabia que seria perfeita. Sara cuidou do resto. - Respondi.

— Obrigada. - Felicity me abraçou. Fechei meus olhos e deixei a sensação de tê-la em meus braços me preencher. Eu não tinha mais medo de perdê-la, eu sabia que não havia mais nenhum perigo, mas eu gostava de tê-la segura e protegida em meus braços.

— Vem, você tem que ver o resto. - Falei puxando a pela mão e subindo as escadas, estava ansioso para que ela visse o cômodo mais importante.

Deixei que ela abrisse a porta, e Felicity ficou sem reação por um momento e depois as lágrimas vieram. Ela tocava tudo desde o berço ao pequeno mobile, sentou-se na poltrona onde provavelmente ninaria nosso bebê por várias noites. Eu via pelo semblante dela que ela estava imaginando como seria a nossa vida aqui. Fui até ela e me ajoelhei próximo a poltrona colocando minhas mãos sobre a barriga dela.

— Você gostou? - Perguntei.

— Eu amei, cada pedacinho do que você fez aqui amor. Cada pequeno detalhe que você fez pensando na nossa família. - Sorri quando ela disse “nossa família” - Mas, você sabe que terá que pintá-lo de rosa se for uma menina.

— Confie em mim quando eu digo que é um menino. - Falei, eu não sei de onde veio essa certeza, mas eu sentia que seria um garoto. Por isso pedi para pintarem o quarto de azul suave, assim como os olhos da mãe.

Felicity apenas suspirou com as minhas palavras. Ela não entendia.

— E você campeão? Gostou do seu quarto? - Perguntei, e fiquei estático quando o nosso bebê finalmente se mexeu.

— Acho que ele concordou. - Felicity disse emocionada.

— Eu amo você. Eu amo vocês dois. - Falei me levantando e a beijando. Seria impossível ser mais feliz que isso.

***

Felicity Smoak

Os meses seguintes se passaram com deliberada rapidez. A adaptação a nossa nova casa foi fácil, o difícil foi convencer Oliver de que eu queria voltar a trabalhar. Eu precisava ocupar a minha mente com outras coisas. No fim ele concordou, mas só porque percebeu que eu passaria o dia inteiro com ele na empresa.

Eu já estava com quase nove meses agora, eu me sentia uma baleia, meus pés estavam sempre inchados, meu cabelo estava horrível. Mas Oliver sempre dizia que eu estava ainda mais bonita, qual era mesmo a palavra que ele usava? Ah, é Radiante.

Meu parto estava programado para o final do mês, eu não estava me segurando de ansiedade. Queria ver o rostinho do nosso bebê e segurá-lo logo em meus braços, amamentá-lo e saber o sexo também já que o nosso pequenino se recusava a mostrá-lo.

E ainda havia a questão do nome. Nós simplesmente não conseguíamos entrar em acordo quanto ao nome do bebê. Tudo culpa do Oliver é claro! Ele insistia em dar um nome de um jogador de beisebol! E essa certeza dele de que seria um menino já estava me irritando. Mas eu tinha uma carta na manga, um nome que eu sabia que ele não recusaria...

Nesse último mês eu não estava trabalhando, também estava difícil andar com essa barriga enorme. Diggle ficava aqui comigo e Oliver me ligava a cada hora.

Hoje ele ainda não havia me ligado. Mas eu sabia o porquê, o dia seria difícil era o julgamento dela, Moira Queen. Acusada de sequestro e tentativa de assassinato. Oliver tentou esconder a informação de mim, eu o vi jogando fora os jornais ou desligando a televisão na hora das notícias. Mas se algo está na internet eu consigo achar.

Oliver chegou mais tarde naquele dia e com o semblante triste. Aquilo estava me matando por dentro, eu precisava fazer algo. Precisava tirar aquela tristeza e colocar o meu sorriso preferido de volta ali.

— Como foi o julgamento? - Perguntei. Oliver parou e me olhou com surpresa. - Você tentou e eu acho lindo esse seu gesto, mas eu estou preocupada com você. Ela ainda é sua mãe Oliver. Você tem o direito de se sentir mal por ela. E de querer conversar...

— Não importa. - Respondeu-me fitando o nada com um olhar perdido.

— Importa para mim. Eu preciso saber se você está bem. - Falei com urgência, colocando uma das minhas mãos em seu rosto e o fazendo olhar para mim. Oliver esboçou um pequeno sorriso, e colocou uma pequena mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— Ela confessou. - Ele falou, e eu prendi a respiração por um momento. - E ela me disse que lamenta muito.

Senti um pequeno incomodo no ventre, acho que nosso bebê não estava gostando muito da conversa. Mas eu precisava dar um fim a essa história.

— Eu não estou dizendo que eu a perdoo, eu quase perdi você e isso é... - parei não conseguindo encontrar a palavra correta que definisse o que seria perder Oliver. - Inconcebível. - Mas eu não quero que a nossa família comece com esse rancor, eu quero nos ver livres disso.

— Você está certa. Você sempre está. - sorriu. - Eu me pergunto como tive a sorte de encontrar uma mulher incrível como você? Você me salvou uma vez e está aqui me salvado outra vez. - Correspondi ao sorriso dele.

— Então você vai pelo menos conversar com ela? - Perguntei.

— Eu vou. Um dia. - Falou sério. - Mas agora eu quero me concentrar em coisas felizes. Como está o nosso bebê hoje? - Perguntou e suas mãos acariciaram a minha barriga.

— Agitado. - Respondi sentindo outra pontada  que me fez perder o ar e dando um gemido de dor em seguida. As sobrancelhas de Oliver se uniram e ele me lançou um olhar preocupado.

— Alguma coisa errada amor?

— Eu acho que pode estar na hora. - Falei, sentindo novamente aquela dor chegar. Eu apenas gritei e cravei minhas unhas com toda a força no braço de Oliver. Aquilo deixaria uma marca.

— Felicity! - Gritou apavorado.

— Oliver, o bebê vai nascer!

****

As exatas  vinte e duas horas da noite nasceu o nosso pequeno Robert Smoak Queen, pesando três quilos e duzentas gramas. Cabelos incrivelmente loiros e os olhos azuis profundos do pai. Eu tinha certeza que ele seria um mini Oliver Queen espalhando seu charme por aí e arrasando os corações de pobres jovens apaixonadas. Esse garoto me daria trabalho.

Oliver ficou ao meu lado durante todo o parto, e chorou como uma criança quando pegou nosso pequeno filho nos braços. Chorou novamente quando eu disse o nome que eu gostaria de dá-lo. Era algo mágico, trazer uma vida ao mundo, uma emoção única que eu nunca conseguirei expressar em palavras.

Nosso quarto estava abarrotado de pessoas Thea, Sara, Roy, Nyssa, Diggle... Todos vieram conhecer o nosso bebê até mesmo Laurel e Tommy passaram aqui e nos felicitaram. Oliver estava tão exultante e orgulhoso, e claro, imensamente feliz. Eu me sentia realizada, completa e afortunada eu tinha tudo e um pouco mais. Eu não poderia pedir por mais.

— Obrigada por me trazer de volta. Eu seria miseravelmente infeliz sem vocês. – Falou baixinho no meu ouvido antes de me dar um beijo na testa. Eu sempre me senti feliz ao lado de Oliver, mas esse era um tipo diferente de felicidade, com meu filho nos braços e o amor da minha vida ao meu lado eu me sentia completa. Ser mãe era uma dádiva e ter Oliver dividindo isso comigo era a melhor coisa do mundo.

Nesse exato momento vi um flash e percebi que Thea havia tirado uma foto. Olhei para ela e sorri, enquanto ela se desculpava por estragar o momento.

Acho que eu teria uma nova fotografia preferida agora.

 

FIM


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Notas finais do capítulo

Sabe quando você começa a escrever e não consegue mais parar? E um milhão de ideias começam a fervilhar em sua mente? Foi exatamente assim escrever esse capitulo, estou com calos nos meus dedos por causa disso!
Espero que vocês tenham apreciado! No próximo teremos o nosso capitulo bônus, com um pequeno salto no tempo para conhecer essa família e aí acabou mesmo! Adeus Loving... :( Obrigada por lerem!