Corações Perdidos escrita por Syrah


Capítulo 19
19. Bem vindo ao time!


Notas iniciais do capítulo

Heyo hunters ♥ sentiram minha falta?

Sim, eu sei, demorei bastante dessa vez, justo quando estava pegando a mania de não atrasar T_T mas nem tem desculpa dessa vez, eu tinha que postar esse capítulo há dois dias (como inclusive avisei a algumas pessoas nas respostas das reviews), mas a irresponsabilidade não deixou (vocês podem me bater por isso, eu deixo e_e).

Mas enfim, cá estou eu e trago junto a mim um capítulo novinho em folha, todo trabalhado no glamour :3 espero que gostem.

E antes que eu esqueça: queria informar que CP AGORA TEM UM TRAILER ♥

Olhem, não é nada profissa, apenas as desventuras de uma garota brincando com um editor de vídeos, mas fiz de coração e me empenhei bastante pra que ficasse algo legal, então espero que gostem! ♥ o link é esse, pra quem quiser assistir: https://www.youtube.com/watch?v=icZikpQ-poE

Sem mais demora, boa leitura amores!



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O SOL JÁ estava alto no céu quando Sam apareceu na porta do meu quarto e disse que tudo se encontrava pronto para sairmos.

— Precisa de ajuda com alguma coisa? — ele me perguntou, recebendo um breve aceno negativo em resposta. Eu só estava levando uma pequena mala e não era muito pesada.

Sam vestia um casaco jeans escuro que caía muito bem sobre a camiseta branca que ele usava, acompanhada de calças cinza e as botas de sempre. Percebi que Moira até tinha uma pontada de razão; o Winchester tinha mesmo um ar de universitário desapegado, o tipo de cara que não dava a mínima para o fato de ter largado a faculdade, simplesmente porque sabia que se daria muito bem fora dela.

Bom, as coisas nem sempre são cem por cento verdades, mas isso não quer dizer que sejam completamente uma mentira.

— O que foi? — o moreno franziu a testa quando percebeu que eu o encarava, ajeitando o casaco. — Tem algo de errado comigo?

Ah, bem longe disso, Sammy, pensei.

— Nada, só estava admirando sua beleza fora do comum — brinquei, fazendo-o abrir um sorriso tímido e enrubescer de leve.

— Está pronta?

— Meu amor, eu nasci pronta — pisquei para Sam, com ele rindo e me dando passagem para fora do quarto.

Descemos as escadas e nos encaminhamos para o Impala de Dean, que já se encontrava estacionado em frente à minha casa. Quando nos viu, o loiro deu um aceno breve em forma de cumprimento e entrou na casa, dizendo que iria buscar as malas que faltavam.

Guardei minha bagagem no porta-malas e me virei, na intenção de entrar no carro, porém fui barrada por Sam, que me encarava de maneira inquisitiva. Ergui uma sobrancelha curiosa e o moreno falou:

— O que há de errado com vocês dois?

Dei de ombros, como se não fosse nada demais. Eu já esperava pela pergunta.

— Nada. O que poderia ter de errado comigo? Com aquele lá eu já não sei — olhei em direção à porta de entrada, por onde Dean passara há poucos segundos.

Fiz menção de andar, mas o Winchester segurou meus ombros, encarando meus olhos em seguida. Eu sabia exatamente o que Sam estava fazendo: ele queria saber se eu falava a verdade, achava que se não, a mentira estaria exposta em meus olhos.

Talvez estivesse, mas eu realmente não ligava.

— Não tente me levar no papo — disse o moreno por fim. — Dean acordou de mau humor hoje, e eu até consideraria isso algo comum, se não soubesse que vocês se falaram ontem à noite. E agora ele parece estar te evitando — fez uma pausa, pensando. — Por acaso isso tem a ver com... — Sam abaixou um pouco o tom — aquele beijo de vocês?

Abri a boca para protestar, mas fechei-a imediatamente, em seguida arregalando os olhos, completamente surpresa.

— Como você sabe disso? — eu praticamente gritei, mas como a rua estava deserta, duvidava muito que alguém tivesse escutado.

— Eu estava lá, Grace — Sam resmungou, revirando os olhos. — E então?

Suspirei, balançando a cabeça.

— Não é nada disso. Vamos apenas dizer que eu posso ter me negado a contar algo ao seu irmão e agora ele acha que não confio nele.

— E você confia?

— Sam!

Ele riu de leve.

— Só queria confirmar — respondeu com um sorriso discreto. — É aquela história da garota que o vampiro mencionou? Como é mesmo o nome dela, Alexia? Allison?

— Alice.

— Exato. É isso, não é? — afirmei com um aceno. — Não se preocupe, Dean só está impaciente com tudo isso. Geralmente resolvemos um caso em alguns dias, mas esse está sendo mais demorado... imagino que ele só esteja querendo que isso tudo acabe.

Então ele vai ter que entrar na fila, pensei.

— Querendo que o que acabe? — a voz de Dean nos surpreendeu bem próxima, me fazendo sobressaltar.

— Resolveu dar uma de Castiel agora? — arfei, respirando fundo.

O loiro deu de ombros, enfiando as mãos dentro dos bolsos do casaco.

— O que queremos que acabe? — ele repetiu a pergunta, sem desviar os olhos da mim ou de Sam.

Fiz uma expressão pensativa.

— A fome no mundo, os demônios... vai ter que ser um pouco mais específico, por favor — ele me lançou um olhar sarcástico e revirou os olhos, recebendo um sorriso debochado em resposta.

 — É sério.

— Queremos que essa viagem acabe logo — foi Sam quem respondeu. — As próximas vinte e duas horas da minha vida serão passadas dentro de um carro, não parece animador.

Dean pareceu relaxar com essa reposta.

— Pense pelo lado bom, Sammy, estamos indo atrás de pistas cruciais que poderão, inclusive, servir de chave para esse mistério — disse. — Caramba, falando assim até parece que estamos em um episódio de Scooby Doo.

Não consegui deixar de rir com essa. Sam sorriu, enquanto Dean guardou a última bagagem que estava em sua mão no porta-malas.

— Entrem logo no carro e é melhor se acomodarem, porque essas bundinhas vão passar o resto da viagem sem se mover — o loiro mandou enquanto entrava no Impala, com Sam e eu fazendo o mesmo, então puxando o freio de mão e dando partida no motor.

Um sentimento estranho crescia em mim à medida que o carro avançava rapidamente pelas ruas, aos poucos deixando para trás a cidade e invadindo novos ambientes. Era mais um pressentimento, a sensação de algo vindo. Eu só não sabia se seria bom ou ruim.

Eu certamente torcia para que não fossem problemas, mas levando em conta os últimos acontecimentos, era mais fácil não subestimar meu azar do que me deixar surpreender por ele.

***

— Quer parar com isso? — reclamei com Dean, depois que ele mudou de música pela sétima vez em dois minutos.

Estávamos há mais de oito horas dentro do carro, e eu não aguentava mais o Winchester mudar de estação a todo momento. É claro que perceber que isso me irritava só fez com que ele fizesse mais frequentemente, então digamos que, no momento, eu estava me segurando ao máximo para não soca-lo, unicamente porque se isso acontecesse, iríamos sofrer um acidente.

E eu ainda não estava pronta para ir parar em um hospital por causa de Dean Winchester e sua estupidez ilimitada.

O loiro abriu um sorriso sarcástico.

— Na verdade, não quero — respondeu, voltando a trocar de estação. Sam parecia absorto demais em seu laptop para reparar na pequena discussão à sua volta. Ele realmente tinha sérios problemas com eletrônicos, talvez até piores que os meus.

— Chega! — protestei, me esticando para frente a fim de eu mesma trocar a canção atual por uma que fosse permanente. — Eu vou escolher a música agora!

Fui interrompida na metade do caminho por um tapa que Dean deu na minha mão. Encarei ele, furiosa, e percebi que o Winchester tentava a todo custo não rir da minha reação, eu deveria parecer chocada demais para os padrões dele.

— Como você se atrev...

— Eu sou o motorista, portanto, sou eu quem escolhe as músicas — ele me cortou antes que eu pudesse reclamar. — E você, baby, vai ser obrigada a escutar todas elas. Quem sabe assim eu coloco um pouco de bom gosto na sua cabeça, hein?

Encarei ele com o que julguei ser uma expressão mortífera.

— Não há nada de errado com o meu gosto musical! — repliquei.

— Claro que há. Você é uma adulta, não deveria ficar ouvindo boybands e cantorezinhos teens que em alguns anos não farão diferença alguma no mundo da música. Entende o que eu digo?

Revirei os olhos, bufando alto.

— Em alguns anos, você vai estar ouvindo música pop dentro desse Impala e adivinha só? Vai se lembrar exatamente desse dia e de como Emma Grace sempre está certa — adverti.

Dean abriu um sorriso malicioso.

— Sempre certa, hein? Não fui eu que corri às cegas em direção a um Wendigo...

Abri a boca para protestar, mas a fechei no mesmo instante. Golpe baixo!

— Senhoras e senhores, eu acabo de deixar a Srta. Grace sem palavras. Um ponto para Dean Winchester — o loiro zombou. Ao seu lado, no banco do carona, Sam riu.

— Vocês dois parecem duas crianças...

— Eu sou mais velho que você, Sammy — Dean respondeu na mesma hora.

— E eu tenho quase a mesma idade que você — apontei para ele, que ergueu as mãos em sinal de defesa.

— Ei, ei, calma! Foi só uma observação — riu.

Abri a boca para responder, mas fui impedida por um bocejo.

— Ahm... ainda falta muito até a tal cidade? — perguntei. Meu corpo já estava rígido pelas horas dentro do carro e eu sentia que precisava respirar algum ar que não fosse o de diesel misturado à cerveja.

Sam deu alguns cliques em seu telefone, rapidamente analisando alguns mapas online e se virando para mim.

— Faltam umas catorze horas até lá... mas já são nove horas, então você deveria descansar — sugeriu.

A lua estava alta no céu e as estrelas pareciam estar em maior quantidade, era uma vista linda para uma noite de calor como aquela.

— Dean também — comentei. — Ele poderia descansar um pouco, eu dirijo até Sioux Falls, sem problemas.

Na verdade, eu só queria saber a sensação de dirigir aquela lata-velha, mas, aparentemente, meu querido amigo Dean não partilhava das mesmas intenções que eu.

— Com problemas! — ele protestou. — Não vou deixar você tocar na minha bebê, Grace.

Encarei-o, indignada. Ainda levaria algum tempo até que eu entendesse a fixação de Dean com aquele carro, e eu tinha certeza de que não era algo muito saudável.

— Ah, pelo amor de Deus! Eu dirijo! — Sam exclamou, fechando o laptop e olhando para o irmão, que no momento parecia irritado.

— Como assim “eu dirijo”? Isso daqui é uma questão de permissão, vocês precisam...

— É isso ou você vai acabar dormindo ao volante e matando nós três — o Winchester mais novo cortou-o com uma expressão séria. — Eu já dormi mais cedo e são só algumas horas. Deixa de ser chato, Dean.

Eu olhava de um para o outro imaginando que aquela discussão era uma espécie de campeonato de ping pong. E Sam estava ganhando.

Dean revirou os olhos, finalmente cedendo:

— OK então. Mas se você causar um arranhão que seja...

— Tanto faz — Sam resmungou, guardando o notebook na mochila enquanto seu irmão estacionava no acostamento e ambos trocavam de lugar, com Dean murmurando algo sobre irmãos mais novos não serem mais como antes.

Suspirei quando o carro voltou a andar, me esticando no banco da forma mais confortável possível e ajeitando os braços sob a cabeça.

— O que pensa que está fazendo? — a voz de Dean me repreendeu, mas me mantive onde estava.

— Dançando conga — ironizei. Pude notar que alguém abafou uma risada, provavelmente Sam. — Eu vou dormir, seu idiota, você devia fazer o mesmo.

Ele retrucou alguma coisa, mas minha mente já estava distante. No momento em que fechei os olhos, a escuridão alcançou meu corpo e caí em um sono profundo instantaneamente. Não houve sonhos e não senti falta alguma deles.

Não sei por quanto tempo dormi, mas sei que acordei com o céu ainda escuro. Abri os olhos por um breve momento, antes de notar que os irmãos cochichavam baixinho, o que me fez voltar a “dormir” e passar a prestar atenção no que diziam.

Errado? Talvez, mas a minha curiosidade não parecia se importar com isso.

— ... não é tão mau assim — dizia Dean com a voz suave. — Além do mais, escuta isso, não é maravilhoso?

Uma pausa. Alguns segundos silenciosos se seguiram antes de Sam responder:

— Eu não ouço nada.

— Exatamente! — Dean exclamou em voz baixa. — Quando ela dorme, parece um anjo, e tudo fica calmo.

Como eu não podia xinga-lo em voz alta porque estava ocupada fingindo dormir, apenas murmurei um “babaca” na minha própria cabeça.

— Você confia nela? — a voz do Winchester mais velho interrompeu o silêncio outra vez.

— Ela está conosco há quase um mês — Sam respondeu, uma pontada de confusão era visível em seu tom.

— Não foi isso que eu perguntei.

Outra pausa. O silêncio era tão gelado quanto a brisa da madrugada, me fazendo arrepiar e ansiar pela resposta.

— Confio — o Winchester mais novo disse, a firmeza em seu tom me deixou mais aliviada, embora não totalmente. — Se representasse uma ameaça, ela já teria se revelado como tal — continuou. — Mas e você?

— O que tem eu?

— Confia nela?

Me surpreendi ao constatar que estava ansiosa por aquela resposta em especial. Não era como se a confiança de Dean mudasse algo, mas de repente desejei que eu a tivesse.

A espera pareceu infinita, mas ele finalmente respondeu.

— Sim, eu confio. — sussurrou, e por pouco não reprimi um suspiro de alívio. Mas que diabos? — Mas se você disser isso a ela, vou negar com todas as forças.

Sam riu, nenhum dos dois disse nada depois disso. O silêncio, combinado ao frio, fizeram com que eu voltasse a dormir, mas desta vez os sonhos marcaram presença.

E eles foram turbulentos como nunca.

***

— Chegamos!

A voz de alguém anunciou, embora eu estivesse grogue demais para diferenciar seu dono. Abri os olhos com relutância, vendo que Sam me observava com uma expressão curiosa.

— Dean tem razão, você dorme como se tivesse sido enfeitiçada — sorri, me levantando vagarosamente e ajeitando o cabelo da melhor forma que pude sem um pente e um espelho. — Ele foi ajudar Bobby a colocar as malas dentro da casa, a propósito, e se mostrou bastante inclinado a te acordar com um balde de água gelada. Mas eu o convenci a te deixar quieta quando falei que a água também atingiria o carro idiota dele no processo.

Abri um sorriso largo.

— Você... é a melhor pessoa do mundo — bocejei de um jeito meio manhoso. — Mas agora eu preciso mesmo de água, em uma garrafa e não em um balde, de preferência.

Sam riu e me entregou uma garrafinha. Saí do carro e usei a água no rosto para ver se acordava de vez, me secando com a toalha que havia trago dentro da mochila. Dean surgiu ao meu lado instantes depois de eu já estar consideravelmente apresentável, exibindo um sorriso presunçoso.

— É impressão minha ou você parece um pouquinho... nervosa? — alfinetou, cruzando os braços enquanto me encarava. — Não que eu esteja certo, só estou comentando, você sabe.

— Também acho isso — suspirei.

— Então está mesmo nervosa?

— Não, também acho que você não está certo — abri um sorriso debochado com ele revirando os olhos e rindo.

Sam apareceu alguns segundos depois, nos chamando para entrar. Acompanhei os irmãos através do ferro-velho que aquele lugar era, literalmente. A casa de Bobby — era esse o nome do amigo da família que os meninos haviam mencionado — era mais aconchegante por dentro. Por fora, com dois andares, ela tinha uma decoração meio assustadora, como aquelas casas de Halloween que você acredita que só aparecem no Dia das Bruxas, mas o interior era mais suave e tinha um toque antiquado que me agradou à primeira vista.

As paredes, pintadas de vermelho com toques abstratos de bege, eram condecoradas com diversas prateleiras repletas de livros (essa foi uma das melhores partes) e alguns quadros e mesas espalhadas. Tinha um lance de escadas que levava ao segundo andar e uma porta que deveria dar em algum cômodo privado. A cozinha era pequena, porém convidativa. O lugar todo cheirava a uísque e jornal velho, mas até que não era tão ruim.

Absorta na decoração, quase não percebi quando um homem de aparência envelhecida veio até mim e estendeu a mão para me cumprimentar.

— Robert Singer — se apresentou. — Mas você pode me chamar de Bobby. — Ele era um cara alto e acima do peso que tinha uma barba rala e cinzenta. Usava um boné de beisebol meio surrado e cheirava a bebida e bolinhos, não me pergunte como. — Você é Emma Grace, certo? — assenti com um sorriso. — Sam me falou de você. Quero que saiba que aqui tem todo e qualquer tipo de livro que julgue necessário em uma pesquisa. A biblioteca está, literalmente, a dez metros de distância — falou, me fazendo rir.

— Obrigada, espero que não seja um problema eu ficar aqui, os meninos insistiram...

— Por favor, eu cuido dos Winchester desde que eles se conhecem por gente, você não vai ser nenhum problema comparada a eles.

— Ei! — Dean e Sam protestaram em uníssono, fazendo com que eu e Bobby ríssemos.

— Bom — ele continuou. — Já separei seu quarto lá em cima, Emma, tenho certeza de que os garotos podem mostrar a você onde fica — concordei com um aceno.

Dean me guiou até o quarto, certificando-se de que eu não precisava de mais nada — coisa que eu achei bem estranha, mas não reclamei, claro — antes de se retirar à procura de Bobby e de uma garrafa de álcool.

O quarto era bem confortável, assim como o resto da casa. Uma cama de casal ficava disposta no canto, com um criado-mudo e um abajur ao seu lado. Uma janela ampla dava visão para o resto do lote, onde a área era maior do que eu imaginara antes, ao chegar aqui. Havia um pequeno guarda-roupa velho de madeira no outro extremo do quarto e, como ele estava vazio, ocupei-o com algumas mudas minhas de roupas e alguns sapatos.

Eu ainda estava retirando alguns acessórios da mala quando Bobby apareceu na porta, dando algumas batidas nela para que eu notasse sua presença.

— Posso entrar? — perguntou.

Sorri e acenei que sim, com ele entrando e caminhando até a cama, onde se sentou ao meu lado e passou a me encarar.

— Os meninos me contaram sobre a história do seu pai — começou a falar, com eu concordando. Eu já imaginava que os garotos houvessem feito isso, por isso não me incomodei. — Sabe, eu já cacei algumas vezes com o seu pai. Ele era... ele é um bom homem.

Fiquei tão surpresa com sua declaração que mal liguei para a última frase.

— Eu não... não me lembro de você — admiti, meio embaraçada. Bobby sorriu.

— Imaginei que não, nas caçadas que participei com Adam, ele nunca estava com nenhuma garotinha.

Calculei que Bobby provavelmente era acostumado a caçar coisas mais pesadas, considerando que as únicas caçadas em que eu não ia junto com meu pai eram as que ele julgava perigosas demais até para mim.

— Emma, quero que saiba que, se existe alguém no mundo que realmente pode te ajudar a encontrar seu pai, esse alguém é Sam e Dean — Bobby voltou a falar, seu tom era brando, porém sincero. — Aqueles dois não vão te abandonar, e você pode contar comigo para te ajudar enquanto estiver por aqui, não hesitarei em fazê-lo. Se algo foi perigoso o suficiente para capturar Adam, então precisamos capturar essa coisa também. E quanto antes fizermos isso, melhor.

Suspirei de modo aliviado, sentindo-me mais confiante com suas palavras. Abri um sorriso sincero, segurando as mãos do homem e passando a encara-lo.

— Obrigada, sério.

Ele sorriu de volta, assentindo e se levantando, deixando o quarto. Fiquei perdida em pensamentos por um tempo antes de me lembrar que ainda tinha coisas para arrumar. Talvez esse lugar fosse realmente algo bom, talvez até fosse o meu destino final na reta de concluir toda essa história.

Mas isso eu teria de pagar para ver.


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Notas finais do capítulo

E então, aproveitaram? Alguém aí gostou da entrada do nosso amado Bobby Singer na fanfic? Quem gostou já pode ficar mais feliz, porque o personagem vai aparecer por mais alguns capítulos :3

Apenas deixando avisado que: devido a minha demora nessa postagem, farei outra um pouco mais cedo, ainda nessa semana, fiquem espertos, hehe.

No próximo capítulo: Bobby pede ajuda aos Winchester e Emma para combater uma criatura que anda atormentando alguns moradores de Sioux Falls e os três não hesitam em aceitar. Momentos divertidos estão por vir entre Sam e Emma enquanto nossos amados caçadores começam a desvendar a teia de mistérios envolvendo o novo caso. Preparem os corações para mais um capítulo de... *abertura da 20th Fox* Corações Perdidos!

Até breve, hunters! :3



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