Drunk escrita por NicolyBlack, The Marauders


Capítulo 3
03 — Are you okay?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeey, olha quem apareceu depois de um século???
Ok, não era minha intenção demorar tudo isso para postar, na verdade eu pretendia postar esse cap. dia 28 e o quarto ontem, porém meu computador deu pau e foi pro conserto, e eu fiquei com o note do meu pai, que não tem absolutamente nada, até que meu irmão me lembrou da existencia do Word Online, e lá fui eu escrever pelo Word Online, que alias, não é tão ruim quando o WordPad, mas continua sendo ruim, anyway, aqui está o capitulo!
E adivinhem quem está de aniversário hoje (04/05)? Isso mesmo, euzinha aqui! Completando os meus 17 anos de vida *-*
Parabéns pra mim!
Enfim, dedico esse cap. para a Mari Lupin, que me ajudou a escreve-lo e betou ele pra mim, thanks liebe *-*
AAAAHH! ÚLTIMA COISA! Drunk agora tem uma capa linda e seduzente feita pela Miller, do PD, olhem que capa diva, gente *-*
Só tinha isso mesmo para falar, aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/610173/chapter/3

— JAMES POTTER!

Ouvi um som extremamente agudo e extremamente alto que fez meu corpo reagir instantaneamente. Num minuto eu estava no perfeito mundo dos sonhos, no outro eu tinha praticamente dado um pulo e estava sentado.

Abri meus olhos rapidamente e os fechei logo em seguida por causa da luminosidade, mas isso foi o suficiente para que eu identificasse a sala do meu apartamento e constatasse que eu estava sentando no sofá. Mas que diabos?

— POTTER!

E mais uma vez eu ouvi meu lindo nome ser pronunciado em um tom irritante e alto, porém dessa vez notei que era uma voz feminina. Céus, o Sirius não tem jeito não?

Forcei meus olhos a abrirem e a primeira coisa que eu vi foi um mar ruivo, demorei um tempo para perceber que eram cabelos longos e ruivos, e logo em seguida eu identifiquei um par de olhos extremamente verdes me encararem com... raiva?

— Que?

Tentei pronunciar algo, mas minha garganta estava seca, impossibilitando que eu conseguisse pronunciar qualquer coisa decentemente.

— Que merda você PENSA que está fazendo?!

— Hã?

Olhei bem para a ruiva na minha frente e vasculhei a minha mente tentando lembrar de onde eu a conhecia. Escola, provavelmente. Mas isso ainda não explicava o fato de eu ter dormido no sofá e nem o porquê de ela estar gritando e com raiva de mim, e não de Sirius.

— Se você pensa que o James é rápido ou inteligente logo ao acordar, você está completamente enganada minha cara Evans. — uma terceira e conhecida voz se fez presente.

— Hey! — protestei automaticamente contra Sirius.

— Dê um tempo para ele, Evans, ele provavelmente nem deve estar lembrando de você no momento.

Evans. Evans. Eu conhecia esse nome. Tenho certeza que eu conhecia o nome Evans. Só não conseguia lembrar de onde.

Voltei a encarar a garota. Ela era realmente muito bonita, mas a única coisa na qual eu conseguia prestar tenção era em seus olhos de um tom incrível de verde. Acho que eu acabei a encarando por muito tempo, pois ela bufou e levou as mãos a cintura, fechando ainda mais a cara.

Foi quando minha mente deu um estalo.

— Lily! — minha voz acabou saindo mais fina do que eu queria.

As lembranças da noite anterior começaram a surgir em minha cabeça ao mesmo tempo em que a ruiva aparentava ficar com mais raiva ainda, se é que isso era possível. Ouvi Sirius soltar uma gargalhada em algum ponto atrás de mim.

— Eu vou perguntar mais uma vez Potter, e eu quero uma resposta descente dessa vez, o que, em nome de Deus, você pensou? — a voz dela estava autoritária e irritada, fazendo eu me encolher no sofá.

— Será que você poderia ser mais específica, ruiva? Eu penso em muitas coisas, e muitas das coisas em que eu penso são idiotices.

— Pelo menos ele admite que é um idiota. — Sirius mais uma vez se pronunciou.

— Admiti que eu penso em muitas coisas idiotas, não que eu sou um idiota, são coisas diferentes, Pads. — respondi um pouco antes de levantar.

Evans não saiu do lugar, ela ficou parada no mesmo lugar em que estava, mas o problema é que ela estava exatamente na minha frente, e eu só percebi isso quando já estava de pé, com Evans muito perto. Ela ainda mantinha as mãos na cintura e a sua expressão ainda era de raiva, porém agora suas bochechas estavam levemente coradas, em momento algum ela quebrou o contato visual.

— Não vou sair daqui até que você me responda. — a voz dela estava mais relutante.

— Evans, não sei se percebeu, mas eu acabei de acordar, e eu realmente preciso ir no banheiro. — ela corou mais um pouco, mas mesmo assim não se moveu.

— Estou esperando Potter.

Ela realmente parecia estar falando sério, a sua voz com um leve tom de irritação, os olhos semicerrados, as mãos que antes estavam na cintura agora se dirigiam ao seu peito e se cruzavam ali, porém seu rosto estava adquirindo uma tonalidade vermelha muito forte e muito rápido, e os olhos dela eram o que mais atiçavam minha curiosidade. Eles não pareciam emanar raiva ou irritação ou incredulidade, era algo diferente, era algo perto de medo.

Não sabia qual era a minha expressão no momento, mas tudo o que eu consegui fazer foi arquear uma sobrancelha. O que diabos estava acontecendo com a Evans?

Senti um sorriso de canto aparecer involuntariamente em meus lábios, e Evans então bufou e virou o rosto para o lado, deixando a sua bochecha completamente virada em meu campo de visão. Não sei exatamente o que eu pretendia fazer, mas eu me aproximei dela, depositando um beijo em sua bochecha que ainda estava em um tom avermelhado.

Evans pareceu reagir instantaneamente, dando um pulo para trás, levando uma das mãos até a bochecha que eu beijei e me encarando com os olhos completamente arregalados.

Comecei a gargalhar no mesmo instante que Sirius, que aparentemente observava toda a cena atrás do sofá.

Consegui conter meus risos para olhar para ela, e agora sim os olhos dela estavam cheios de incredulidade.

— Quem você acha que é, Potter?!

Eu não a respondi, só pisquei um olho para ela e sai da sala, indo em direção ao me quarto.

Voltei para a sala depois de ter feito toda a minha higiene matinal, tomar um banho e de ter colocado o uniforme da escola, somente para encontrar Sirius no sofá vidrado em uma de suas séries e a Evans sentada em uma das cadeiras da mesa, com as mãos na cabeça.

Claro, a coisa mais natural do mundo era Sirius estar vendo séries, mas eu não esperava que a Evans ainda estivesse aqui, pensei que ela já teria ido embora. Sentei de frente para ela e fiquei encarando-a por um tempo até que ela notasse que eu estava ali e levantasse a cabeça para me encarar.

— O que você quer, Potter?

A encarei por alguns segundos com uma expressão séria antes que eu desse uma risada. Senti os olhos dela me fuzilarem e um quase rosnado sair entre os seus lábios.

— Você realmente ama meu sobrenome, não é? — perguntei com um sorriso de canto.

— Eu o que? De onde você tirou essa ideia? — sua voz estava carregada de raiva, o que fez meu sorriso aumentar ainda mais.

— Oras, você não para de pronunciar Potter!

— Porque esse é seu sobrenome, e nós não somos amigos para eu chamá-lo pelo primeiro nome. — Evans se afastou de mim, recostando-se na cadeira.

— Você sabe que poderia me chamar até de palerma que eu não me importaria. — não era minha intenção falar em um tom rouco e baixo, mas foi exatamente assim que minha voz saiu.

— E você é realmente mais idiota do que eu imaginava. — ela estava corando, mas mesmo isso não impediu que sua voz fosse grossa e rude. Não me que eu me importasse com isso.

Eu me levantei e fui em direção a sala, onde Sirius ainda estava vendo uma de suas séries.

— De qualquer jeito, Evans, eu e Sirius já estamos de saída, e eu sinto lhe informar que você não pode ficar aqui, eu te deixo aonde você quiser, mas anda logo, não temos todo o tempo do mundo.

Fui até a televisão e a desliguei, pois se não meu amigo não sairia da frente dela, depois fui até a porta e peguei a chave do meu carro, que ficava em um chaveiro pendurado na mesma, e do lado da porta estava minha mochila e a de Sirius. Peguei as duas, colocando a minha pelo ombro, e jogando a de Sirius para ele, que já estava em pé na sala.

— Não vou a lugar nenhum com você. — ouvi a voz de Evans e me virei em sua direção, arqueando uma sobrancelha. — Preferiria aceitar a ajuda de uma lesma do que a sua, Potter. — ela disse com desdém na voz, e eu pude perceber o quando ela falou meu nome com nojo.

Não é que eu realmente me importasse com o que os outros falavam para e sobre mim, mas eu realmente fiquei com raiva de Evans quando ela disse isso. Fechei meus olhos com força e uma de minhas mãos em um punho, só parando depois que eu senti que minhas unhas estavam começando a machucar minha pele.

Abri meus olhos e a encarei com raiva.

— Ok.

Não me atrevi a falar mais do que isso, se não eu acabaria falando o que não devia. Abri a porta e fiz um gesto para Evans, indicando que ela saísse logo.

— Huum, não quero me intrometer na briguinha de vocês, mas não seria melhor você pelo menos aceitar a carona do Prongs, ruiva? — Sirius perguntou de um jeito calmo, e eu tentei ignorar o fato de ele ter chamado ela de ruiva.

— Potter. — ela me chamou, e eu tive que respirar fundo e desviar meu olhar para não xingá-la.

— Não quero chegar atrasado, então, por favor, saia logo. — tentei ao máximo não deixar minha voz transmitir nenhum tipo de emoção.

— Como eu vim parar aqui? — ela finalmente disse algo depois de uns minutos em silêncio, a sua voz estava um pouco insegura, eu tive que voltar a olhá-la. Ponderei se eu responderia ou não.

— Te achei bêbada por aí, e mesmo depois de você ser rude comigo, decidi te ajudar, mas como eu não sabia se seus pais estavam na cidade, e nem se você gostaria ou não de ir para lá, te trouxe para a minha casa. — contei o ocorrido do jeito mais curto que eu consegui.

Apesar de que ela me deixou com muita raiva não deixei de olhá-la enquanto eu contava o que aconteceu, portando eu vi quando seu rosto começou a corar mais uma vez. Quando eu terminei de falar, Evans baixou a cabeça e ficou encarando os seus pés por um tempo antes de qualquer som ser pronunciado.

— Por que? — a voz dela estava baixa, e eu quase não a ouvi.

Na verdade, eu ainda não sabia o porquê agi daquele jeito com ela, e eu estava me fazendo essa mesma pergunta desde ontem à noite, até agora eu não tinha essa resposta, e eu não sabia como responder ela, então eu fiz a coisa mais fácil: a ignorei e sai, indo até o elevador, esperando que nenhum dos dois me seguissem.

Sim, eu sabia que tinha sido um idiota ao sair daquele jeito, mas mesmo assim eu não voltei. Não demorou muito para que eu chegasse ao meu carro e logo me joguei no banco do motorista, deixando minha cabeça bater no volante, não fazendo questão de levantá-la.

Por mais que Evans tivesse recusado a minha carona, Sirius ainda ia comigo para a escola, e eu não podia ser egoísta e deixar ele aqui.

Não sei exatamente quanto tempo eu esperei por Sirius, talvez uns 10 minutos para que eu finalmente ouvisse a porta ser aberta e fechada em seguida, porém eu ouvi duas portas sendo batidas. Criei coragem e levantei o rosto para então ver Sirius do meu lado e um mar de cabelos ruivos no banco de trás. Franzi o cenho, afinal, ela não tinha recusado a carona?

— Lily, não quer dizer nada?

Sirius disse em um tom calmo e baixo, me fazendo olhar para Lily pelo retrovisor interno. Ela estava com a cabeça baixa e uma expressão estranha.

— Eu queria, hã, pedir desculpas... pelo meu comportamento.

Realmente me surpreendi com aquela atitude dela.

— E o que mais? — meu amigo mais uma vez se pronunciou.

— Eu também queria saber se... — Evans parou de falar por um momento. — Se você ainda poderia me dar uma carona, até a minha casa. — ela finalmente se calou, porém Sirius fez um som com a garganta, como se estivesse engasgado. — Por favor, James. — a ruiva então completou, fazendo uma careta engraçada.

— Certo.

Respondi depois de um tempo em silêncio. Eu não estava esperando por isso, então não sabia o que responder. Também não estava esperando que Sirius tivesse conversando e convencido ela a falar isso, e como eu não era uma pessoa rancorosa não ia mandá-la sair do carro, por mais que uma parte do meu corpo estivesse implorando por isso.

Dei partida no carro e fui rumo a residência dos Evans.

Eu não disse nada durante o caminho todo, ao contrário de Evans e Sirius, que de vez em quando começavam a conversar. A casa dela não era muito longe do prédio em que eu e Sirius morávamos, mas mesmo assim pareceu uma longa viajem até lá.

Assim que eu cheguei, parei o carro e olhei para trás, onde Evans tentava sair, porém parecia perder a luta contra o cinto de segurança, deixei uma risada escapar antes de sair do carro.

Evans saiu logo em seguida, ela parecia meio apressada para entrar logo em sua casa, mas isso não me impediu de segui-la alguns passos e segurar o braço dela, fazendo ela para de andar e se virar para mim.

— Olha só Potter, eu te pedi desculpa e tudo mais, só que isso não te dá o direito de sair me puxando por aí. Eu agradeço a carona, e tenho que ir. — como sempre, ela começou me atacando.

— Você está bem, Evans?

Não consegui evitar que a pergunta saísse, afinal, a última coisa que Lily Evans parecia estar era bem, e eu ainda me preocupava com ela, por mais que eu tentasse me convencer do contrário.

Somente agora eu percebi que ela andava estranha, evasiva e desleixada, mas ninguém parecia notar ou se importar com isso, não depois do que aconteceu, mas eu nunca esperaria que ela estivesse se embebedando, não daquele jeito. Uma parte de mim não permitia que eu percebesse isso e deixasse de lado.

Ela pareceu congelar com a minha pergunta, seus olhos arregalaram e ela parou de tentar se soltar de mim, abriu e fechou a boca várias vezes antes de me responder.

— É claro que eu estou bem, Potter, por que não estaria? — e então ela se soltou de mim e caminhou rapidamente para sua casa.

Eu sabia que ela não estava bem, e nem a afirmação dela me convenceu de que ela estava bem. Alguma coisa estava acontecendo com a ruiva, alguma coisa séria, e eu não conseguia me convencer a deixar quieto, eu ainda me importava demais com ela para não fazer nada.

Ela claramente não queria que ninguém se metesse na vida dela, mas isso nunca impediu que eu me metesse na vida dos outros. Eu precisava descobrir o que estava acontecendo com ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguém ai notou como o Jay é extremamente lento ao acordar? kkkkkkkkk